Cinderella: A Garota Mascarada - Dramione escrita por BDP


Capítulo 5
Capítulo 5 - Garota Em Fuga


Notas iniciais do capítulo

Cloquei esse nome por causa do filme "Noiva Em Fuga", embora eu não tenha visto de verdade, achei que ficou legal o nome.Espero que gostem do capítulo, flores!



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(POV Hermione)

Corri de volta para parte interna do baile e começo a procurar Gina. Precisava sair daqui agora.

Olhei em volta, desesperada. Gina não estava em lugar algum. Vi Harry de longe e segurei meu vestido, para que não tropeçasse, e corri até ele.

– Harry! – Chamei, quando cheguei mais perto.

Ele se vira, e me olha aliviado, parecia que o peso do mundo tinha saído de seus ombros. Como Atlas, pensei.

– Gina foi para sua casa, ela disse que se Georgia chegasse ela a enrolaria de alguma forma, para dar tempo de você chegar a casa. – Harry me informou.

– Se Gina já foi como eu voupara casa? – Perguntei, me desesperando ainda mais.

– Meu carro está aqui. Ela pediu para eu te levar para casa.

– Então o que você está esperando? Vamos!

Eu e Harry começamos a correr até a saída do baile. Subimos a escada em alta velocidade. Quando chegamos ao topo, eu me virei, procurando, inutilmente, o garoto, fantasiado de príncipe.

– Hermione, o que você está esperando?

Voltando a realidade, continuo a correr para fora do baile.

Como Harry não estava usando um sapato altíssimo, e nem um vestido, ele correu bem mais depressa que eu. De forma que, quando eu cheguei a seu carro, o mesmo já estava ligado e Harry estava prestes a dar partida no carro.

Entro no banco do passageiro, fecho a porta, arfando. Tinha corrido muito. Harry da partida no carro, e começou a dirigir para minha casa, Gina já havia dito onde ela ficava.

Ainda não tínhamos andando muito, quando Harry começa a falar:

– Gina me contou, sobre sua história.

Olhei horrorizada para ele. Gina nunca tinha contado meus segredos para ninguém, e eu nunca pensei que ela fosse contar!

– Gina o quê?! – Perguntei, com os olhos arregalados.

– Olha, ela não fez por mal. Disse que nunca tinha contado isso para ninguém, e também disse que você precisava de mais um aliado, com tirando ela. Gina não escolheu alguém avulso para contar seus segredos. – Paramos num sinal e ele olhou para mim. – Eu e Rony, irmão de Gina, nos conhecemos desde os onze anos, só fui para a casa dele quando tinha doze, foi quando conheci Gina. No início ela tinha vergonha de mim, mas já me explicou o motivo de toda vergonha. Depois, fiquei dois anos sem vê-la, por isso ela não me reconheceu de imediato. Ficamos conversando a noite toda, concordo com ela. Você só tem Gina, se precisar de mim, me ligue, peça para ela me ligar, qualquer coisa. – Ele me deu um papel com o número dele.

Fiz uma careta.

– Por acaso está...

– Te cantando? – Perguntou ele rindo, antes de me deixar completar a frase. – Não, só quero ser seu amigo. Sinto que você precisa de um agora.

O sinal abriu, e Harry voltou a olhar para frente.

– Obrigada. Você é um cara legal. Então, espero que não magoe Gina. Você sabe, ela realmente gosta de você.

– Eu também gosto muito dela, foi por isso que me afastei um pouco, durante dois anos. Sei como Rony é ciumento, não queria estragar nossa amizade, então... me afastei, mas não consegui parar de pensar em Gina.

– É uma linda história. – Comentei.

– Quer dizer que Hermione Granger é uma romântica? – Perguntou Harry, rindo.

Fiz um gesto de indiferença e falei:

– Sinceramente? Para mim tanto faz. Desde que eu complete meus estudos, faça uma faculdade e vá para longe daqui.

– Então você está tranquila? Com isso de Gina ter me dito tudo sobre sua... família.

– Elas não são minha família. Minha família está morta, se ainda me resta alguma família neste mundo é Gina, que é praticamente minha irmã. E sim, acho que fiquei até feliz por ter mais alguém para contar comigo. Isso se realmente tiver, mas se não quiser, tudo bem, apenas não conte para ninguém sobre meu segredo e minha “família”.

– Ei! Calma, claro que pode contar comigo, falando nisso, me dê seu número, para que possa te ligar de vez em quando.

Foi o que eu fiz, anotei meu número num papel e entreguei-o para Harry.

– Onde está sua máscara? – Ele pergunta.

Tateio meu rosto, como se para verificar que a máscara realmente não estava lá.

– Ah meu Deus! Sei que quando estava lá fora, com aquele garoto, ainda estava com a máscara. Onde ela pode ter caído?

Harry pensou um pouco, e depois de um tempo disse:

– Quando você veio falar comigo, procurando Gina, você já estava sem a máscara. Na hora estava tão desesperado te procurando que nem percebi, mas, lembrando agora, não estava mais com você.

Bati na minha testa.

– Deve ter caído no caminho, estava tão nervosa e desesperada que nem percebi! Mas que droga! Era da minha mãe, uma das poucas coisas que sobraram dela.

Harry olhou para mim, com solidariedade.

– Se quiser, depois que te deixar em casa, eu posso voltar ao baile, para procurar a sua máscara.

Eu balancei a cabeça.

– Não, não precisa. Não te pediria isso. Será que alguém me viu?

– Acho que não. Foi rápido demais para alguém ter reparado em você.

O resto do caminho foi silencioso, estava nervosa demais para conversar e Harry entendia isso. Quando chegamos à minha casa, peguei o pulso de Harry e olhei no relógio dele. Meia-noite.

– Obrigada, Harry. – Disse. – Mas agora tenho que ir. Te vejo depois?

– Claro, agora vai logo!

Eu rio saio do carro, batendo a porta. Vejo Gina em frente à porta da minha casa, olhando em volta, preocupada.

Corro até ela e a abraço.

– Deu tempo – ela avisou.

– Ainda bem – digo, suspirando, aliviada.

– Bem, depois tenho que te contar uma coisa. Espero que você não fique brava comigo...

– Harry me contou. – Falei, indo direto ao ponto. – Fico até feliz por ter feito isso. Sei que teve boas intenções. Mas agora preciso ir! Falo contigo amanhã, beijos!

Despedindo-me de Gina, e pegando minhas coisas na bolsa dela, eu entro em casa, tranco a porta e subo correndo. Quando chego ao meu “quarto”, tiro meus sapatos, minhas luvas e meu vestido e os guardo de volta na caixa. Depois disso corro para o banheiro e tomo um banho rápido.

Depois do banho, escuto passos, subindo a escada. Corro para minha cama, apagando a luz no meio do caminho e me deito. Suspiro, aliviada, e vou dormir.

(POV Draco)

Depois que meu choque e minha admiração pela rapidez da Garota Mascarada vão embora, eu começo a correr atrás dela.

Vi o vestido dela, entrando na parte interna do baile. Corro ainda mais, estava quase entrando no salão, quando vejo algo que me impede. Jogado no meio do caminho está a máscara da garota.

Eu me ajoelho e pego a máscara. Fico analisando-a entre os meus dedos, talvez ela possa ser a chave, com ela poderia reencontrar a garota.

Sorrio, aliviado, e volto a ficar lá fora. Não queria ir lá para dentro, assim Pansy me encontraria e ficaria me enchendo o saco. Então, volto a sentar no banco onde estava há segundos, e fico me lembrando da garota tão encantadora e inteligente, a Garota Mascarada.

~*~*~

(POV Hermione)

O despertador toca e eu me levanto. Já era segunda, então teria que arrumar a casa, e me arrumar para ir para escola. Tudo isso em pouco tempo, mas eu nunca demorei para me arrumar, como a maioria das garotas, e, além disso, já estava acostumada.

O fim de semana passou rápido. Fiquei fazendo as tarefas, troquei algumas mensagens rápidas com Gina e estudei. Só isso.

Eu me levanto, tomo um banho, e ponho uma roupa. Depois disse faço todos meus serviços matinais, que já sabia de cor.

~*~*~

Assim que chego à escola acho Gina. A maioria das pessoas está lamentando, pelo fim de semana ter passado tão rápido. Mas eu não. Eu gosto da escola, prefiro vir para cá, estudar, e conversar com Gina, do que ficar em casa fazendo tarefas chatas e ridículas.

– Hey Gina! – A chamo, animada.

– Oi, Mione.

Ficamos conversando até o sinal bater. Era impressionante como minha vida era diferente da dela. Ela me explicou que fez várias coisas esse final de semana, inclusive saiu com Harry, que perguntou se eu estava bem.

Falando em Harry, eu conversei com ele, pelo facebook, esse final de semana. Talvez eu tenha feito uma coisa diferente, então.

O sinal bate, mas estávamos com tanta saudade uma da outra, que ignoramos. Depois de um dez minutos eu lembrei que tinha aula, e quase gritei:

– Nós temos aula!

– Eu sei – respondeu Gina –, mas to com preguiça de ir!

– Preguiça! Quando você repetir, vamos ver se você vai continuar tendo preguiça.

Eu comecei a empurrá-la pelo corredor, enquanto ela murmurava algo que não escutei.

Passo pela sala dela, e me despeço. Eu me encaminho para a minha, e bato na porta. Escuto o professor me mandar entrar, e é o que eu faço.

Porém, quando ia para meu lugar, vejo que tem alguém sentado nele.

– Ele é um aluno novo, foi transferido de colégio, como achei que não viria, senhorita Granger, pedi para que ele se sentasse no seu lugar. Pode se sentar ao lado do senhor Malfoy, já que não tem outro lugar.

Segurando minha vontade de bufar, e gritar com o professor, me dirijo para me novo lugar.

Sentar ao lado do Malfoy não estava nos meus planos. Eu me sento silenciosamente. Ainda me lembro que ele queria conversar comigo, e me deixar em casa. Só pude evitar isso prometendo que se eu fosse ao baile falaria com ele. Promessa eu não cumpri, e nem poderia, ninguém sabia que era eu.

Pansy me mataria, se ela soubesse que me sentei ao lado dele. Ela sabe que eu não tenho chances com ele, mas detesta que eu mexa nas coisas dela. Por mais que eu tenha explicado que Malfoy não é dela, isso só fez que ela acreditasse que eu estava a fim dele. Mereço.

O professor começa a entregar as provas de matemática e eu fico ainda mais nervosa do que estou.

– Hermione Granger – ele me chama.

Eu me levanto, e vou até a mesa do professor. Pego a prova e olho a nota. Dez.

Volto toda sorridente para meu lugar, e, pela primeira vez, olho para Malfoy.

Parecia que o garoto estava longe, sua face estava com uma expressão distraída e seu olhar distante. Seus olhos se encontram com os meus e ele sorri.

Desvio o olhar, e volto a sentar.

(POV Narradora)

Draco mal conseguia conter sua felicidade. Hermione Granger tinha despertado sua curiosidade. Por quê? Porque ela era a única garota do colégio que não queria que ele a acompanhasse até em casa. Que fazia de tudo para se livrar dele. Inclusive prometer coisas, que não se pode cumprir.

A princípio Draco não falou nada. Sabia que o professor iria entregar as provas, e ele tinha ido muito mal.

O professor chamou seu nome, ele se dirigiu até a mesa do mesmo para pegar a prova. Quatro. Draco bufa, e volta para o seu lugar. Quando chega lá, Hermione já tinha se levantado para pegar a prova dela.

Draco se joga na sua cadeira e guarda a prova na mochila. O garoto realmente precisava melhorar em matemática, suas notas não estavam nada boas.

Ele deixou que seu pensamento vagasse para um lugar muito melhor. A Garota Mascarada. Ele tinha ficado com sua máscara, com a esperança de que ela fosse procurar por ela. Draco queria voltar a vê-la, falar com ela, encontrá-la. Onde quer que ela esteja.

Porém ele não sabia que ela estava tão perto assim.

Hermione se aproxima sorridente da mesa, e Draco olha para ela. Ele sorri, mas a garota desvia o olhar e se senta, silenciosamente.

– Quanto você tirou? – Pergunta ele. Podia não ser o melhor assunto de todos, mas era melhor que nada, pensou ele.

– Dez – respondeu Hermione, ainda sorrindo. – E você?

– É... Quatro.

– Ah... ta.

Hermione não queria puxar muito assunto. Tinha medo de Pansy, mas Draco continuou a falar, e ela não queria ser grossa.

– Sabia que é feio prometer e não cumprir?

– Sabia. Mas eu não prometi que ia ao baile, prometi? Eu nem fui – mentiu Hermione.

– É uma pena, adorarei ter tido sua companhia.

– Mas você nem me conhece! – Exclamou a garota.

– Sei disso. Pode ser estranho, mas eu gosto de você. Você é... diferente.

– Isso é bom ou ruim? – Perguntou Hermione, duvidosa.

– Bom – respondeu Draco, sem hesitar. – Com certeza muito bom.

– Mas você deve ter se divertido... – Comenta Hermione, e Draco a impede de terminar a frase.

– Como você sabe disso?! Você é... – começa Draco, achando que tinha encontrado a Garota Mascarada.

– Hermione Granger – falou a garota, cortando Draco. –E sei disso, porque ouvi falar que Pansy estava atrás de você. Ela se arrumou toda para ir ao baile.

Hermione estava falando tudo àquilo para saber se tinha dado certo entre sua “irmã” e Malfoy. Se tivesse dado certo, provavelmente Pansy não reclamaria por ela ter sentado ao lado de Draco e conversado com ele.

– Pansy? Não. Posso ser sincero com você, não posso? – Hermione assentiu com a cabeça. – Que bom, porque eu já sentia que podia. Enfim, não gosto de Pansy. Ela é tão metida, acha que é melhor que todos.

– Mas você está no grupinho dos populares – observou Hermione. – Para falar a verdade, você tecnicamente não deveria estar falando comigo.

Ele fez uma careta.

– Odeio isso! Por que todos acham que só por eu ser “popular” – ele fez aspas com os dedos, quando disse “popular” – tenho que ser metido, idiota, fútil, e tenho que sempre falar com as mesmas pessoas. Fingindo que temos assuntos divertidos e legais, e fingindo que temos coisas divertidas para fazer. Claro, tenho amigos de verdade lá, mas nem todos são legais. Pansy não é um deles, na noite do baile ela realmente me procurou, mas ela começou a falar sobre como ela era linda e rica, então fui passar minha noite com outra pessoa.

A princípio, Hermione tinha até ficado assustada. Nunca pensou que Malfoy pensasse assim. Na verdade ela nunca realmente gostou do garoto. Ela o achava metido, e irritante. Hermione abaixou a cabeça, envergonhado por tê-lo julgado tanto sem apenas o conhecer.

– Então você me odeia. Porque, sinto em lhe dizer, eu achava que você era metido, chato, e fútil – falou Hermione, sem graça, olhando para baixo.

A garota ainda não sabia direito o motivo por estar falando para aquilo para ele, assim como Draco não sabia o porquê ter contado tudo para a Hermione.

– Não te odeio. Não tem como odiar. Você não tem noção! Eu fiquei atrás de você esses dias todos por isso. A maioria das pessoas nunca acharia isso do “grupinho dos populares” e nunca nem ousariam em pensar nisso. Fariam de tudo para que qualquer um deles conversasse com eles, ou levassem eles até em casa. E eu quis fazer isso com você, e você recusou.

Hermione já estava desesperada. Se Pansy soubesse desta conversa, ela estaria mais do que morta. Ainda mais com Draco pensando tudo isso sobre ela.

O sinal toca, livrando-a de responder Draco. Hermione se levantou apressadamente e saiu correndo pelos corredores, para que o Malfoy não tivesse chance de segui-la.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Gente eu PRECISO saber de uma coisa: vocês gostaram da aparição do Harry? Porque, se vocês quiserem, eu dou um jeito de colocá-lo mais na fic, e aí o Rony também entraria! Vocês que decidem, ok?



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