Operação Pirraça escrita por Anna_Rosa


Capítulo 1
Operação Pirraça


Notas iniciais do capítulo

Capitulo único
Uma história simples, mas bastante divertida... espero que gostem...



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Era começo de inverno, o vento fustigava os jardins da escola, as nuvens cinzentas e pesadas indicavam que logo nevaria. No interior do castelo um pequeno grupo de alunos ria, enquanto outras pareciam assustadas, ate preocupadas. Ao centro do bolinho uma garota pequena afastava dos olhos algo que parecia baba de Cérbero, as vestes da Grifinória, assim como os cabelos compridos estavam ensopados de tal substancia, acima dela um homenzinho de roupa laranja gargalhava, ela voltou o olhar para ele, devia estar no primeiro, maxímo segundo ano.

–Isso vai ter volta Pirraça! – exclamou a garotinha

–Duvido! – disse o Poltergeist após outra gargalhada – Você precisaria me surpreender muito pirralhinha, e isso você jamais irá conseguir...

***********************

–Não vai conseguir... isso é o que veremos! – murmurou a mesma menina dias depois ao devolver um livro a estante, ela usava óculos lilás e tinha os cabelos castanhos presos em marias -chiquinhas – Eiii!! Me espera!! – gritou ao ver um garoto moreno passar pelo corredor.

–Anna! – cumprimentou ele animado, usava vestes da Sonserina, parecia um pouco mais velho que ela – o que faz aqui? Ah, claro, biblioteca...

–Erick Malfoy, bibliotecas são legais! – ele riu, era alto, os cabelos encaracolados meticulosamente arrumados em um falso moicano – Tenho uma missão para nós!

Ele a observou por um momento, os olhos dela brilhavam de empolgação, ele balançou a cabeça ao sorrir.

–Ok né... nova detenção, ai vamos nós!!

********************

A noite já se punha soberana sob o castelo, a maioria dos alunos dormia tranquilamente em seus dormitórios, um ruído baixo de passos ecoava no primeiro andar.

–Sabe que não devíamos estar aqui! – falou uma menina de cabelos claros e levemente ondulados também da sonserina, ela parecia emburrada por estar ali.

–Thais – disse Erick impaciente olhando a volta – é só você voltar!

–Nem pensar! – respondeu ela decidida – Quero toda aquela maquiagem que vocês me prometeram!

–Compraram a amiga de vocês! Isso não parece muito certo! – disse uma voz atrás deles

–Meu Merlin!! – exclamou Erick assustado já pegando a varinha e algumas GWs

–Ei! – disse Anna – A Grazi vai com a gente, e a ideia de comprar ela foi do Erick!

–Eu não comprei ninguém! Fiz apenas uma troca justa – respondeu ele ao que Thais sorriu em concordância.

–Certo – disse Grazi, uma menina da Lufa-lufa de olhos claros e cabelos castanhos – mas cadê o seu irmão e o resto do bando... digo, grupo de vocês?

–Detenção! – respondeu Anna como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo –Vamos!

–Te-tem certeza que vamos encontra-lo aqui? – quis saber Thais ao chegarem ao terceiro andar

–Claro – respondeu Grazi – ele vem muito aqui quebrar coisas e riscar as paredes...

–Porque o Pirraça risca as paredes? – indagou Anna com a tipica curiosidade de uma Weasley.

–A questão é o que vocês fazem aqui essa hora! – disse outra voz fazendo o grupo virar-se repentinamente, Vinícius Lupin, monitor da Corvinal os observava no fim do corredor – Me admira ver você com eles Grazi, sendo uma recém nomeada monitora da Luf...

A Lufa rolou os olhos, momento em que os pés de Vinícius foram enrolados por algo que o fez perder o equilíbrio, ele tentou gritar em surpresa, mas Grazi o silenciou com um feitiço.

–Shhhiii! – fez ela indicando o corredor por onde o monitor viera e ajudando Erick a esconder o garoto atrás de uma gárgula.

Thais observou outro monitor atravessar o corredor e ser pego pelas linhas invisíveis que Anna havia colocado no corredor, o rapaz emitiu um som silencioso, então ficou pendurado em uma rede a alguns metros de altura, o rosto voltado para cima.

–Você é um monstrinho menina! – exclamou Vinicius – Vocês são! Anna Weasley, quem te vê quietinha...

–Seguinte – falou Anna com um sorriso travesso – você pode vim com a gente ou o Erick pode te deixar amarrado ai...

–Esta ameaçando um monitor senhorita!?

–Não, estou te convidando para vir conosco! – respondeu ela rolando os olhos.

–Ele não pode vir conosco!! – disseram Erick e Thais ao mesmo tempo

–Não vejo porque não – falou Grazi pensativa, Anna afirmou positivamente com a cabeça – é, ele vai com a gente!

–Eu vou?!- indagou ele assustado, Erick o desamarrou e indicou o corredor a frente – É, eu vou...

**************

–Isso tudo por causa de uma brincadeira?? – questionou Vinícius mais tarde ao observar os outros montarem algo como uma armadilha estranha – Como sabe que vai funcionar?

–Aquilo tinha cheiro, gosto e consistência de baba de cachorro – disse Anna – sei que vai funcionar porque vi em um livro algo do gênero, e essa rede aqui é magicamente modificada...

–Ainda não entendo como vai pegar o Poltergeist com um vidro e uma peneira...

–Você é da Corvinal mesmo? – questionou Thais com toda delicadeza Lestrange que possuía, o garoto ia responder, mas Erick o interrompeu:

–Seguinte, essa bagaça ai – disse ele indicando a peneira que devia ter uns 40 cm de diâmetro – tá enfeitiçada para não deixar ele fugir, a garrafa tem feitiço anti-quebra...

–Eu entendi isso! – disse Vinícius se irritando – quero saber...?

–Quando o Pirraça passar aqui, a poção suspensa ali vai cair – continuou Grazi indicando um frasquinho luminoso que flutuava a alguns metros deles – obrigando-o a ficar parado e revelando algo de sua natureza mágica que o impedira de fugir, então a rede cairá sobre ele e os feitiços na garrafa o aprisionarão...

–Genial não é? – brincou Anna arrumando o último fiozinho – Ai vem ele!!

O que aconteceu a seguir foi rápido de mais para ter reação, a poção caiu sobre o Poltergeist, um brilho perolado o envolveu, ele tentou fugir, mas a peneira caiu sobre ele o empurrando em direção a garrafa que começou a suga-lo. Anna e Erick puxaram o fiozinho que selaria a garrafa e foi ai que tudo deu errado. Por algum motivo incerto Pirraça se lançou para frente, metade do corpo para dentro, metade para fora da garrafa, Anna enrolou o fio no pulso e puxou, Pirraça foi mais forte, Erick e Grazi tentaram ajudar, porém foram erguidos e arrastados corredor a fora pela garrafa-Pirraça que zumbia e soltava fumaça, Thais correu atrás para tentar ajudar, Vinícius parecia confuso de mais para reagir.

–Propinqus! – gritou Anna antes que Grazi pudesse impedi-la, ela sorriu por um momento, então sentiu um vazio abaixo de si – Ahhhh!!

A queda os fez rolar os últimos degraus da escada que levava ao grande salão, Vinícius e Thais correram ao encontro dos três.

–Sai de cima de mim! – disse Erick a uma radiante Anna, a menina havia caído em cima das costas do amigo, mas segurava a garrafa translucida e para surpresa de todos Pirraça estava lá dentro. Grazi se aproximou deles enquanto Thais ajudava Anna a se levantar.

–O que vai fazer com ele agora? – indagou a Lufa

Anna deu de ombros, não havia pensado no que fazer se conseguisse prender o Poltergeist ,ela olhou para garrafa por um momento, Pirraça parecia arrasado.

–Acho que vou soltar ele – respondeu ela – mas só amanhã!

–É o que?? – indagou Thais – Devia deixa-lo preso ai eternamente, esse monstrinho mal educado!

–Ela tem razão – falou Erick – poderíamos fazer grandes negócios com ele preso...

–A Anna está certa – falou Grazi com aquela calma tipica de uma Lufa – nem mesmo ele merece viver preso em uma garrafa, além do que, ele sabe que agora pode ser vencido, tem uma divida conosco - ela riu ao ver o olhar intrigado dos amigos - ao menos com você Anna...

–Vocês são malucos! – disse Vinícius balançando a cabeça – Porque prende-lo se iam soltar!?

–Pela aventura caro colega! – falou Grazi dando um tapinha nas costas do monitor.

–Vou terminar de patrulhar esse corredor – continuou o Corvinal de cara amarrada – vocês, voltem para seus dormitórios, se eu pegá-los fora da cama outra vez...

–Vai nos seguir em outra aventura! – completou Anna – É, podemos pensar no seu caso...

Ele riu a contra gosto ao ver Erick, Thais e Grazi descerem a seus salões comunais ainda falando sobre o Poltergeistt. Anna acenou para os amigos e segurou a garrafa seguramente próxima de si. Pirraça a olhou de dentro do vidro, ela pareceu não notar. Sim, eles o soltariam no dia seguinte, mas o Poltergeist jamais esqueceria que um dia fora surpreendido e preso por um grupo de estudantes a quem ele costumava chamar de pirralhinhos.


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Notas finais do capítulo

Esta história foi oficialmente escrita para uma competição de um fã clube do Harry Potter que participei...Então, gostaria de dizer aos amigos da história, que vocês são parte dos melhores amigos que eu poderia ter... obrigado por acreditarem na história e ter permitido que ela fosse a melhor *--*



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