Levi ouviu o primeiro gemido e estancou na porta do escritório de Erwin. Será que estava acontecendo o que ele achava que estava acontecendo? A porta estava entreaberta e ele se sentiu tentado a dar uma espiada, apenas para ter certeza.

Outro gemido.

Opa. É. Ele não precisava espiar para ter certeza do que estava acontecendo. E também, não tinha porque saber sobre aquilo, eram coisas do seu comandante e não era da conta dele.

E então ouviu uma risada familiar e estancou na porta novamente. Levi conhecia bem demais aquela risada, especialmente a dona dela.

Quem estava com Erwin era... Hanji?

Inicialmente hesitou, mas ainda incrédulo, acabou cedendo e espiou pela fresta da porta.

Wow. Levi ficou um pouco chocado e os seus lábios se apertaram em uma linha reta.

Ele conseguiu ver bem a silhueta feminina através do pequeno espaço. A costa nua e bronzeada, a mão grande e pálida de Erwin pousada nas costas dela. O comandante estava sentado no sofá com as pernas um pouco abertas e Hanji estava montada em cima dele virada de frente. Ela não vestia nada além da calcinha e seu cabelo estava solto e bagunçado — mais que o normal.

A camisa de Erwin estava desabotoada e um sorriso diferente de todos que ele já tinha visto, dançava em seus lábios.

— Isso é sua culpa. Eu deveria estar trabalhando, mas você me distraiu — Erwin disse em voz baixa, mas foi o suficiente para que Levi conseguisse escutar. O loiro roçou o nariz na curva do pescoço dela, fazendo-a soltar uma espécie de ronronado.

— Eu? Mas vim apenas entregar relatórios, Comandante — Hanji sussurrou de volta.

Puta que pariu. Sério? Sério mesmo? Maldita hora que ele resolveu ir falar com Erwin.

Levi deu meia volta e rezou para que aquelas imagens saíssem de sua cabeça.

Mais tarde no mesmo dia

Horas mais tarde Levi estava indo a caminho do refeitório, era hora do jantar. Na metade do caminho, ele ouviu Hanji chamando por ele:

— Hey, Levi! Me espera! — Ele fez questão de apressar o passo, não ia conseguir olhar nos olhos dela depois do que tinha visto mais cedo. Hanji colocou a mão no ombro dele. — Hey.

— Eu tenho que ir! — Inconscientemente as imagens das costas nua de Hanji lhe vieram a mente e ele corou, afastando-se depressa. — Porra, nunca mais vou conseguir olhar encarar a quatro olhos de merda ou o Erwin. Grr. — Grunhiu.

— O que deu nele? — Hanji murmurou para si mesma, pensativa.