Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Oieeee! Estou de volta, feliz e agradecida como sempre pelos maravilhosos reviews. Povo, não é por nada não, mas vocês conseguem ser tão fofos que não dá nem pra descrever. Valeuzão, esses comentários do último cap me inspiraram de verdade e me deixaram, como diria Rose, "super ultra mega feliz". Amo vocês, meu amores!
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Lindo. Essa era a única palavra que servia para descrever o que a luz guardava. Meu cérebro, ainda tenso pela agitação pela qual tinha passado, ainda não conseguia pescar todos os detalhes da claridade que se tornava mais visível.

Cega pela luz, quase tropecei em alguma coisa, mas Scorpius me segurou com mais força. Meus olhos piscaram e, dessa vez, eu pude ver.

Toda a imensidão verde do jardim que eu conhecia desde que nasci, brilhava, mesmo que ainda sobre a luz quase desaparecida das oito da noite. Nesse verão, demora mais para escurecer, então foi uma boa ideia fazer o casamento nessa hora. Bem na minha frente, tinha uma barraca branca imensa, bem aberta na parte da frente, mas que não tornava muito possível ver até onde ela ia.

Eu e Scorpius caminhamos mais um pouco pelo chão verde, até finalmente entrarmos na barraca e o verde ser substituído por um tapete branco impecável. Caminhamos por esse tapete com minha tensão diminuindo a cada passo. Olhei para os lados e, em ambos, havia fileiras de cadeiras brancas agrupadas, onde estavam sentadas pessoas que meus olhos não reconheciam, já que voavam pescando os detalhes daquele ambiente tão ricamente decorado.

Eu já não precisava mais me obrigar a sorrir; minha felicidade estava estampada no meu rosto. Na verdade, ela fluía por todo o meu ser. Arrisquei uma olhada para Scorpius e notei que ele também sorria, e os olhos dele se encontraram com os meus antes de nós dois olharmos para a frente, para o altar, e tomarmos nossas posições, ao lado de meus pais.

Os dois me olharam sorrindo; até parecia que meu pai esqueceu que quem estava do meu lado era a “doninha 2”, e eu sorri para os meus velhos enquanto assumi posição do lado do meu pai. Ele apertou minha mão com força e beijou minha testa carinhosamente. O loiro segurava minha outra mão.

Pude perceber, do outro lado do altar, tia Fleur com lágrimas nos olhos, do lado do vovô, que olhava sorridente para Louis e Lucy, que agora chegavam e assumiam suas posições perto dele. Tio Harry e tia Gina estavam do lado dos meus pais, e Nicky e James estavam do outro lado do vovô.

Teddy e Andrômedra estavam um degrau daquele altar mais altos que o resto de nós, e Teddy olhava para frente ansiosamente, esperando que, a qualquer minuto, Victoire entrasse em seu campo de visão. E espero que ela venha mesmo (tomara que o tio Gui não a deixe fugir!), senão o cara é capaz de arrancar até o último fio de cabelo azul dele em toda aquela neura. Certeza.

Tio Carlinhos, sorridente e brincalhão como sempre, avançava com vovó do lado, que quase chorava de emoção. Vovó assumiu seu lugar ao lado do Scorpius, e Carlinhos ficou do outro lado dela.

Não demorou muito para tio George e tia Angelina surgirem. Tia Angie se prendia ao tio George como ele fosse a salvação dela, e era outra que estava quase chorando baldes. Já o tio George parecia bem calmo, tão calmo que a cara de sério dele só deixava a cena mais cômica. Tio George, tio George. Sempre tão engraçadinho, o tio George.

Tio George quase tropeçou no próprio pé na hora de ir para o lado dos pombinhos Lucy e Louis, e segurei o riso ao ver a “cara do mal” da vovó. Por sorte, tia Angie segurou o maridão dela antes que os dois fossem para o chão e essa ceninha de comediante passou despercebida para a maioria do povo. Típico do tio George, fazer gracinha em qualquer lugar, até mesmo em um casamento (não é nada de novo, se levarmos em conta que, segundo me disseram, George e Fred I devem ter aprontado no casamento da Fleur e do Gui), não importando se sem querer ou não.

Tio Percy, com seus ares de importância, conduziu sua esposa pelo tapete com tanta graciosidade que acho que nem percebeu que os óculos de tartaruga estavam quase caindo da cara. Tia Audrey, com os cabelos pretos curtos fazendo uma bela combinação com o vestido dourado, avançou com um sorriso, desviando a atenção do marido para ela.

Eu não conheço muito bem a história desses dois, mas parece que o tio Percy, em uma das conferências bruxas internacionais em que foi como secretário do ministro da magia, na França, acabou conhecendo a tia Audrey, que foi uma dos palestrantes nessa conferência. Ela é Medi-Bruxa, e na época a tese dela se baseava em tentar utilizar combinações de medicamentos trouxas com bruxos para criar uma cura para a loucura causada por uma Maldição Cruciatus potente. Genial, não é? Infelizmente, essa “cura” não deu muito certo, sendo que diminuía um pouco os efeitos da Maldição, mas não erradicava totalmente a doença que provinha dela. Mas tia Audrey conseguiu maravilhar a todos com a ideia, e tio Percy não foi exceção. Tá, é claro que ele deve ter ficado bem mais encantado com ela do que com o assunto do tema que ela discutia, mas é claro que não perdeu uma chance e usou aquilo para se aproximar de Audrey. Bom, foi isso que Molly me disse.

E a “tática de sedução” do tio Percy deve ter funcionado, pois aqui está o casalzinho, indo se postar do lado do tio Carlinhos. E é claro que esse meu tio Carlinhos não perdeu uma chance e deu uma espécie de tapa na cara do “Percivaldo” para colocar os óculos de volta no lugar, o que ocasionou em um mini-ataque de raiva do tio P, que quase recebeu outro tapa da vovó, que não ia poder gritar em um casamento, então decidiu que um tapa dava conta do recado, que seria CALAR A BOCA do tio Percy. E a do Carlinhos também.

Não é preciso nem dizer que, interiormente, eu ria e ria sem conseguir parar. Eu até que podia, mas não queria rir de verdade porque gosto de ter uma cabeça em cima do pescoço, e não lá no Japão (aposto como o soco de direita da vovó é bom. Não que ela fosse me socar, claro), não cola rir em um casamento, eu sou muuuuito educada, falou? Mesmo assim, eu queria dar um chute em mim mesma só para não rir da vovó, que parecia que ia dar uma voadora em Carlinhos e Percy a qualquer minuto. E a pobre da tia Audrey ia acabar no St.Mungus, e não a trabalho, já que ela estava perto demais do perigo.

Absorta como eu estava em uma luta de boxe que iria rolar aqui perto a qualquer momento, nem percebi que Roxy e Alvo já estavam lá do outro lado e que Molly e Fred vinham para cá. O Fredereca caminhava sem muita pressa, sorrindo para os lados nada exibidamente (irônica, eu? Deve estar me confundindo com minha irmã gêmea que não existe), como se fosse “o cara” (se bem que eu acho que deveria ser “a hiena”, mas tudo bem), e arrastava Molly com ele, que estava se segurando para não estrangulá-lo. Bom, era o que parecia.

Molly e Freddie têm uma relação estilo ódio romântico, ou amor odioso, sei lá. Pelo menos por parte dela, que parece que desenvolveu mesmo personalidade múltipla por causa de Fred, então nunca se sabe quando Molly vai beijá-lo ou tentar matá-lo. E não, se você achou que tenho dó do Fred, tire o unicórnio da chuva, porque é mais fácil eu sentir dó de uma aranha do que dele. Tá, não vamos exagerar. É mais fácil eu ter dó de um dementador do que do Fred e pronto.

Ela pisou, sem querer eu acho (só que não!) no pé de Fred quando eles se aproximaram de nós e ainda sorriu perversamente quando ele fez uma careta de dor. Essa mulher me dá medo às vezes. Mas não, ainda assim não tenho dó do Fred. Nananinanão.

Os últimos padrinhos, e, graças a mim é claro, o casal divo (e lerdo) do ano Lily Potter e Hugo Weasley chegaram e foram pro outro lado. Hugo, surpreendentemente, hoje não fez jus à lerdeza dele e caminhou bem rápido, como se estivesse apostando uma corrida de grindlows, ou algo do tipo, com Lily. Mas acho que ela está correndo dela, não com ela, que ainda deve estar bem fula com ele com aquela história da merda. Mas, em defesa de meu maninho, qual é, todos cagam, agora é proibido? Quer dizer, era melhor fazer em cima da hora do que na hora, concorda? Mas não sou eu quem vou gastar saliva explicando isso pra Lily, não mesmo.

Todos os padrinhos se entreolharam, desse lado e daquele, com a agitação se fazendo presente de novo. Agora era hora da Victoire.

A marcha nupcial foi tocada, e as cortinas dessa barraca imensa e lindamente decorada se abriram de novo. Duas garotinhas fofinhas, loirinhas e pestinhas (palavras da Nicky. Quer dizer, palavra) passaram, uma carregando uma cesta de pétalas, que jogava pelo caminho, e a outra, um pouco mais alta e mais velha, segurava as alianças. Acho que a mais nova é Marie, e a outra Apolline. Tipo, só acho.

Então, com as daminhas já sentadas no degrau do altar, a noiva entrou. Acho que minha boca se abriu sem eu nem perceber, tamanha a surpresa. Vicky estava, tipo... Incrível. Ela não é totalmente veela, mas duvido que uma veela inteira consiga ser mais bonita do que ela. Não é por menos que sempre tive inveja de Victoire. Eu queria, quando eu era mais nova, que os meninos me olhassem como olhavam para Victoire Delacour Weasley, a miss de Hogwarts. Queria que alguém me olhasse como Teddy olhava para ela. E eu acho que finalmente consegui o que queria. É, minha razão de viver tem nome, nome do meio e sobrenome. Não, não é Feijõezinhos de Todos os Sabores. É o Scorpius Hyperion Malfoy, conhece?

Tá, mais voltando para outra coisa loira, Victoire estava demais. Os cabelos dourados, que eram só um pouco mais escuros do que o de Scorpius, estavam presos em um coque meio solto, como o meu, mas detalhes prateados decoravam a cascata loira. Os olhos azuis tinham um pouco de maquiagem, mas não muita, já que ela é naturalmente linda, e a boca também tinha um pouco de batom vermelho-claro. O vestido branco dela era tomara-que-caia e ia até o chão. E também era bem estilo princesa, como o meu. Só que a saia era um pouco mais volumosa, um vestido de noiva ideal. Mas o que tornava Vicky mais bonita era a simplicidade dela. Linda como é, não precisa de muito para ficar bela.

E acho que o Teddy concorda comigo. Desviei o olhar dela pra ele e a expressão dele era tão... Maravilhada. Eu não ia conseguir descrever a emoção presente nos olhos dele, mas acho que um dia poderei sentir o que ele está sentindo olhando para a noiva. Na verdade, meio que já senti uma fase disso hoje (Scorpius-eu-escada-conto-de-fadas-emoção, lembra?) e sentirei isso ainda mais forte (Scorpius-eu-casamento), sei que vou.

O tio Gui, graças ao bom Deus, a Merlin e nem sei mais o quê, não estava irritado, tentando matar Teddy e/ou James com um Crucio pelo olhar, ele estava, na verdade (pasmen!) tão emocionado quanto tia Fleur, e parecia que ele ia chorar mares a qualquer minuto. Ele apoiava o braço de Victoire, e era difícil decidir qual desses dois ia chorar primeiro, mas acho que Vicky. Bom, eu apostei nela e Lucy no Gui, mas deixa pra lá.

Gui e Vicky chegaram ao altar, e fui eu quem tive que segurar o choro quando tio Gui deu a mão de Victoire para um Teddy muito, muito encantado mesmo (juro que ouvi tio Gui falar alguma coisa do tipo “Cuide da minha princesa ou te mato”. Tio Gui, sempre tão amável com os genros) e o bruxo bem no centro do altar colocou as mãos dos dois unidas. Sem brincadeira, foi muito difícil, de verdade mesmo, segurar o riso quando percebi que o bruxo que iria oficializar a união dos dois não era ninguém menos que Gilderoy Lockhart. Segundo papi, o Obliviate que o tio Gil ia jogar nele se reverteu, já que a varinha do papi tava meio quebrada, então a memória apagada foi a do tio Gil. Ele escrevia livros e era um professor muito ruim em Hogwarts (meu pai diz isso, minha mãe insiste que não. Acho que o Lockhart era bonitão. Isso explicaria tudo), mas decidiu virar o “ás” do casório (não é pra menos, o cara casou CINCO vezes, e se separou CINCO vezes, então não é de admirar que tenha virado uma espécie de padre dos trouxas, nos casamentos).

Tio Gil começou a falar as palavras que vinham junto com a troca de alianças (aqueles “Fulana, você aceita sicrano como seu marido, até que a morte os separe” ou “Fulano, você aceita sicrana como sua esposa e tralalá...), depois daquele discurso de “como o casamento é importante, como é importante trazer amor e crianças a esses mundo” (nessa parte tia Fleur teve um ataque de choro e vovô teve que dar umas palmadinhas nas costas dela), e logo houve a troca de alianças, com os noivos repetindo as palavras do tio Gil. Então, já era oficial. Teddy e Vicky eram marido e mulher e logo seriam pais.

Teddy e Vicky se beijaram, emocionadamente emocionados, antes de saírem do altar para rumarem para a recepção do casório, que seria em outra barraca. Eles foram recebidos com palmas, assovios e com chuvas de faíscas dos convidados quando passaram por eles, assim como os outros pares de padrinhos também, quando passaram.

Eu só pude sorrir um sorriso radiante, com Scorpius segurando minha mão, enquanto passávamos sob uma chuva de faíscas azuis e amarelas brilhantes.


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Notas finais do capítulo

E aí? Mereço reviews, seus fofos?



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