Falling in Love escrita por Lady Luna Stark


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores! Espero que gostem!



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CAPÍTULO 1

–ROSEEEEEEEEEEEEEEEEEE!

Pulo de susto. As potentes cordas vocais de minha prima Roxanne não mudaram nada. Nada mesmo. Sento-me em minha cama enquanto Roxanne Katherine Weasley (vulga Roxy) pula ao meu lado, o sorriso quase maior que a cara.

–Adivinha que dia é hoje!

Reviro os olhos. É claro que eu sabia.

Hoje era dia 1° de setembro. Dia de voltar para Hogwarts. E, para mim e para minha não tão discreta prima, era início do sexto ano. O meu penúltimo ano na maior e mais fantástica escola bruxa de todos os tempos.

–Porque eu te deixei dormir na minha casa mesmo?

–Porque não foi você. Foi a tia Hermione. Tecnicamente, você nem teve escolha.

–Ah, é.

A morena ao meu lado possuía olhos tão escuros quanto os cabelos, a pele um tantinho bronzeada (a mistura das cores de tio George e tia Angelina). Ela vestia um pijama das Esquisitonas, que era, obviamente, superesquisito.

Já eu, em comparação, estava ainda pior. Meus cabelos ruivos estavam presos em um rabo-de-cavalo frouxo, longas mechas vermelho-alaranjadas caiam pelo meu rosto. E meu pijama era dos Ursinhos Carinhosos, o que era ainda pior do que usar um pijama igual ao da Roxy, ou até mesmo igual o da Lily, que dizia algo como “OS UNICÓRNIOS SÃO DEMAIS”. E olha que a menina tem catorze anos.

Mas o pior de tudo, de tudo mesmo, era ter que ouvir a Lily, minha querida prima Lilian Luna Potter, tagarelando de como o meu amado irmãozinho, Hugo, era lindo-maravilhoso-adorável-bonito-gentil e blábláblá.

Mas poderia ser pior. A Lily poderia ter passado TODO o verão aqui em casa, como a preguiça morena que eu chamo de prima insistiu em passar. Pois é.

Bom, vou me apresentar de um modo não tão formal assim. Meu nome é Rosalie Jane Granger Weasley, mais conhecida como diva, Rose, Rosa, Rosinha (argh, odeio esse), futura senhora Malfoy. É, é. Quando você pensa que não tem jeito de o poço ser mais fundo que é, você descobre que ele vai direto até o centro da Terra.

Antes de mais nada, me deixe explicar. EU ODEIO O MALFOY. É isso aí. É puro ódio mesmo. Não aquele tipo de ódio que você sente quando seu querido irmão mais novo põe bomba de bosta na sua cama, ou quando suas primas doidas põem tinta no seu shampoo e você passa o verão de cabelo rosa Pink (esse até foi engraçado), ou quando seus primos Fred Idiota Weasley II (que puxou pra linda irmãzinha Roxy) e James Sirius Galinha Potter fazem questão de montar um pára-quedas trouxa com TODAS as suas calcinhas (esse foi bem criativo, mas não me importei com isso na hora em que cavei a cova deles).

Não, mas voltando ao Malfoy, eu realmente não suporto aquela doninha-albina-quicante-loira-platinada-júnior, também chamada formalmente (não por mim, claro) de Scorpius Hyperion Malfoy. Ele me irrita.

Tudo começou quando nos vimos pela primeira vez, há cinco anos. Conheci-o no Expresso de Hogwarts, quando ingressava no meu primeiro ano da escola. Assim que vi aqueles cabelos loiros esbranquiçados, senti um arrepio na hora. Isso ocorreu porque meu pai havia me contado umas coisinhas sobre a família Malfoy. Coisinhas não tão agradáveis assim.

De qualquer jeito, meu pai me fez prometer que eu iria batalhar para ser melhor que ele em tudo, para que, dessa vez, os Weasley é quem fossem os gostosões do pedaço. E eu, como boa filha, inteligente, bonita, obediente e supermodesta, prometi. E, acredite, quase mudei de ideia ao ver aqueles olhos azul-gelo me olhando pela primeira vez.

Cara, eu vou te contar. O menino era o mais bonito que eu já tinha visto, empatava com os meus primos Potter. Mas aqueles olhos logo adotaram uma expressão de desprezo, algo que meu pai dizia que sempre via nos olhos de Draco Doninha Malfoy. E eu fiquei vermelha de raiva, na hora peguei alergia ao garoto. Eu nasci pra ser diva, não pra ser desprezada.

Eu o ignorei na viagem inteira para Hogwarts. Meu primo Alvo Severo Potter, inacreditavelmente, se tornou amigo do Malfoy na hora. Melhor amigo, na verdade. Algo que não me agradava e que nunca agradou.

Assim que chegamos em Hogwarts, houve a Seleção das Casas. Eu sabia que não iria para a Sonserina, já que eu não era totalmente sangue-puro nem nada, mas tinha chance de ir para as outras Casas. Mas queria mesmo era ir para a Grifinória, a Casa dos Grandes. E estava super nervosa quando a Seleção começou. O velho Chapéu Seletor estava em um banquinho. Depois dele cantar aquela musiquinha horrível e típica do Chapéu, Minerva McGonagall, vulga tia Minnie, começou a chamar um primeiranista por um, a voz severa se elevando a qualquer outra daquele salão. E, cara, que salão. Era melhor e maior do que em meus próprios sonhos. As quatros mesas enormes estavam preenchidas por milhares de jovens bruxos.

–Arttenton, Willa.-a velha começou.

A menina loira botou o chapéu na cabeça e se sentou no banquinho. O chapéu se amassou um pouco, formando uma expressão pensativa.

–LUFA-LUFA!-bradou ele um segundo depois. A menina praticamente correu para uma das quatros mesas, de onde se ouviam gritos e aplausos.

Nem sei quanto tempo fiquei na fila esperando, meu corpo tremendo de nervosismo.

–Longbottom, Alice. -uma menina de cabelos loiro-claros se dirigiu ao banquinho.

–GRIFINÓRIA!-a mesa dos leões berrava tanto que quase fiquei surda.

E a fila foi andando.

–Malfoy, Scorpius. - A doninha loira se sentou calmamente no banquinho, mas nem precisava, já que, na hora em que ele ajeitou o chapéu no cabeção dele, o outro soltou um forte “SONSERINA!”.

E caminhou até o ninho das cobras.

A fila continuou andando.

–Potter, Alvo. -meu primo se sentou no banquinho, meio nervoso.

Ele havia me dito, um tempo atrás, que estava muito indeciso sobre a escolha das Casas. O pai dele, meu tio Harry, tinha dito a ele que era possível, sim, escolher uma Casa, pedindo ao Chapéu Seletor, mas mesmo assim o pobre garoto não se acalmou e ficou falando sobre as Casas a viagem inteira.

Mas ele pareceu se resignar com a escolha do Chapéu quando aquele gritou “SONSERINA”. E se sentou ao lado do Malfoy na mesa sonserina.

A Seleção estava chegando ao fim. Era a vez dos Weasley agora.

–Weasley, Dominique. -Minha prima loira Nicky, filha do tio Gui e da tia Fleur, e irmã mais nova de Victoire, se sentou graciosamente no banquinho. Um minuto depois, foi selecionada para a Lufa-Lufa, mesma Casa da irmã, quando esta ainda freqüentava Hogwarts.

–Weasley, Molly. -Era filha do tio Percy e da Tia Audrey. Superinteligente e ruiva como o pai, acabou sendo selecionada para a Corvinal.

AI, MERLIN! Era minha vez, afinal, só faltava eu, Roxy, e um cara que tinha o sobrenome começando com Z. Zabini, acho.

–Weasley, Rosalie. -Tia Minnie entoou. Minhas pernas se transformaram em gelatina e, meio cambaleante, cheguei até o banquinho, e praticamente enfiei o Chapéu na cabeça, fechando rapidamente meus olhos, ciente que toda a atenção do salão estava em mim agora.

–Weasley, Weasley. Outra Weasley. – a voz grossa do Chapéu alcançou minha cabeça.-A família só cresce, não é mesmo, Rose? Mas, dessa vez, a escolha é realmente difícil. Onde coloco você? É orgulhosa como uma sonserina, leal como uma lufana, inteligente como uma corvinal, corajosa como uma grifinória. Vejo que é tão esperta quanto sua mãe era na sua idade, talvez até mais. Talvez você tenha alguma preferência?

Uhn, talvez sim. Sempre sonhei em entrar para a Grifinória,pensei.

–Ah, sim, boa escolha. A Morada dos Bravos. Casa de Grodric Grifinória, James e Lily Potter, Sirius Black, Harry Potter, Hermione Granger, Rony Weasley. É isso. Ainda se surpreenderá com essa Casa, terá uma importante atuação para seu funcionamento. Todos eles tiveram. E você terá mesmo, Rose Weasley. Prepare-se.

–GRIFINÓRIA!-ele berrou.

–ROSEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!

–AI, ROXY! PELO AMOR DE DEUS, QUER ME DEIXAR SURDA?!

–Mal aí.-ela sorriu zombeteira.-É que você não ouviu nadinha mesmo do que eu falei do Alvo.

Ah, é. Esqueci de mencionar que minha fabulosa prima tem um precipício pelo nosso PRIMO, Alvo Severo Potter. E eu tenho que sacrificar meus pobres ouvidos agüentando ela dizendo isso e aquilo sobre o Alvito.

–Ah, isso é horrível, né? Fim do mundo. -diga olá para a minha ironia.

–Ai, ai, sonhando com o Malfoy de novo?

–Endoidou, garota? Cheirou muito Pó de Flú?

–Não tanto-ela revirou os olhos.

Tá, continuando com a história da doninha 2, continuamos na mesma situação do primeiro ao terceiro ano. Eu era invisível para ele, e eu nem me incomodava com ele. Nunca troquei mais de cinco palavras com ele durante esse tempo todo. Eu só o suportava quando necessário, ou seja, quando o Alvo chegava para falar comigo e com a futura senhora Potter aqui, e arrastava o loiro junto. Nessas ocasiões, ele ficava na dele, lançando um ou dois olhares de indiferença para mim, o rosto bonito desprovido de qualquer expressão.

Mas, no quarto ano, ele mudou. Passou de Doninha Malfoy Júnior para Doninha Galinha Malfoy Júnior. É isso mesmo. O cara virou um verdadeiro pegador, empatava com James Sirius Potter nesse quesito. Toda hora, eu o via com uma garota diferente, e, uns dois dias depois, via a mesma garota chorando em algum canto. E eu passei a desprezar ele ainda mais. E o ódio aumentou bastante quando o animal partiu o coração da Nicky. Minha pobre prima Dominique. Ela chorou no meu ombro por uma semana inteira. Todo por causa daquele asqueroso, lindo, metido, arrogante, filho de uma...Ok, é melhor não xingar a pobre da mãe dele. Ela não tem culpa de ter tido imbecil como ele como filho. Bom, na verdade tem sim.

Enfim, um dia, o idiota simplesmente decidiu que eu era sortuda o bastante para merecer a atenção dele e perguntou se eu queria ir a Hogsmeade com ele. E ficou com cara de bunda quando eu lhe dei um bom e sonoro “NÃO!”. Merlin, riram muito da cara dele quando a notícia se espalhou por toda Hogwarts no dia seguinte.

E, quando achei que me livraria dele, descobri que estava enganada. E como. A doninha quicante passou a me perseguir. Ficava lançando cantadas em mim o tempo todo, fazendo gracinhas e me convidando para sair. E eu só no “NÃO!”. Como eu era a única que dito essa palavra aparentemente desconhecida para o debilóide, virei a “exceção” dele. Aquela que ele tinha porque tinha que conquistar. E eu, como sou esperta, continuei no “estágio negação”, e nunca facilitei pra ele. E, acredite ou não, é assim até hoje. O Malfoy, infelizmente, não desiste logo de mim. E rapidamente minha prima diva e futura Potter aqui do lado me homenageou com o “Sra.Malfoy”. Até parece.

AGUAMENTI!

–DROGA!-o jato de água saiu rapidamente da varinha de Roxy e me ensopou inteira.

Cerrei os dentes. Respira, Rose, respira. Ah, que se dane.

–ROXANNE KATHERINE WEASLEY! VOCÊ ESTÁ MORTA!-berrei a plenos pulmões.

Já mencionei o quanto eu amo a minha linda prima?


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Notas finais do capítulo

Vou tentar postar a cada dois ou três dias. Beijinhos!