Destinados escrita por Lucy Myh


Capítulo 14
Capítulo 13. ANO NOVO


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo de hoje... Se der, amanhã posto mais
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CAPÍTULO 13 – ANO NOVO

Edward POV

“Tínhamos mesmo que chegar tão cedo, Alice?” Comecei a reclamar. Todos estávamos com trajes de gala, escolhidos pela baixinha. embora tivéssemos plena capacidade e bom senso para nos vestirmos, ela tomou para si essa tarefa porque nos queria perfeitos.

“Não chegamos cedo. Chegamos na hora.” Ela continuou. “A festa está marcada para as 21 h e agora são 21h 10.” Era impressão minha ou a baixinha procurava alguma coisa? Em sua mente só havia Jasper. Pode tentar, Edward, você não conseguir mais nada de mim. Aquilo me irritou. Ou ela estava escondendo algo de mim ou ela só fazia isso pra me irritar.

“Mas nós nunca chegamos no começo da festa.” Dessa vez, Rosalie se juntou a mim. “Sempre fazemos uma entrada triunfal no auge da festa.” Como sempre, o centro das atenções.

“Ora, deixem a irmã de vocês em paz.” Esme veio em defesa de Alice. “Tenho certeza que ela tem um motivo para isso e, além disso, somos relativamente novos aqui, teremos mais tempo para interagir.” O sorriso de Esme seria animador, se eu estivesse disposto a me animar com essa festa. Mais um ano, um ano vazio, sem vida, uma vitória para mim, sobreviver a mais um ano com minha atuação que tirava a preocupação da minha família.

Entramos todos juntos, já havia algumas pessoas lá e logo os donos da festa, os Smith, vieram nos receber. Não sabia bem o que eu tinha, só tinha a sensação de que algo estava errado, como se o mal espreitasse, esperando um descuido meu para atacar. Alguma coisa estava acontecendo, uma estranha sensação me dividia ao meio. Ao mesmo tempo em que algo dizia que eu devia ficar, outra coisa gritava que não devíamos estar aqui.

 

Luna POV

Ai, droga! Isso só acontece comigo! Eca! Preciso tirar essa meleca da minha pele, mas antes preciso limpar essa bagunça. Guardei a jarra de suco na geladeira e corri na lavanderia para pegar um pano. Ainda bem que o copo não quebrou! Coloquei ele na pia e comecei a limpar o suco da mesa, depois desci para a cadeira em que estava sentada e, por fim, o chão. Levei o pano para a lavanderia e o joguei no tanque. Voltei para a cozinha e lavei o copo.

Nesse instante, meu pai entrou na cozinha.

“Filha, estamos pron...” e me encarou com os olhos arregalados.

“Mas o que...?” mamãe estava atrás logo atrás.

Não deixei ela terminar a pergunta e soltei tudo, rápido.

“Assustei com o barulho, derrubei suco em mim, vou tomar uma ducha rápida e vou trocar de roupa. Não demoro.” Saí correndo em direção a escada.

Fui em disparada para o meu quarto. Peguei uma toalha e corri para o banheiro. Enfiei todos os meus cachos em uma touca de banho para não estragar o penteado e tomei uma ducha, lavando bem o suco de morango da minha pele. Saí rápido, me sequei e me enrolei na toalha. Corri para o quarto e me tranquei. Já eram 21 h 45.

 

Edward POV

Fomos apresentados a muitas pessoas. Carlisle e Esme logo foram puxados para uma mesa e uma conversa com adultos, enquanto eu e meus irmãos fomos jogados em uma mesa com vários adolescentes. Fala sério, como se nós não fossemos mais velhos que os avós deles.

Alice tentava esconder a ansiedade conversando com a filha dos donos da festa, Gabriella. Jasper estava bem controlado e não largava a baixinha. Emmett e Rosalie não faziam questão de participar de nenhuma conversa, pelos pensamentos dos dois, a única conversa que queriam manter era uma em que estivessem longe de olhares curiosos e em algum lugar em que pudessem ficar extremamente à vontade. Eu tentava, sem sucesso, parar de ouvir os pensamentos pervertidos em relação a mim e a minha família, que não eram exclusivos dos adolescentes presentes na festa. Olhei impaciente o relógio. Eram 22h 15.

Foi então que aconteceu. Outra visão de Alice, mas essa não era nada animadora. Precisamos sair daqui. Rápido!

“Alice, conte aos nossos irmãos, vou avisar Carlisle.” Disse num tom urgente e extremamente baixo para que só ela me ouvisse, logo em seguida, me levantei da mesa.

 

Luna POV

Graças aos céus, minha mãe me conhece bem para acreditar que um imprevisto podia acontecer com minhas roupas, como agora. Tinha comprado um vestido reserva branco, soltinho, curto, com uns bordados prateados no busto. Vesti ele. Iria passar um pouco de frio, mas tudo bem, quem mandou derrubar suco na outra roupa?

Ajeitei o cabelo, retoquei a maquiagem, coloquei as sandálias e levei as roupas sujas na lavanderia. Tinha que colocá-las para lavar agora ou corriam o risco de ficarem manchadas depois.

Tudo pronto, saímos de casa às 22h 15, combinamos de encontrar com vovó lá, o local da festa não ficava longe de casa, 5 minutos de carro, mas o movimento na frente do evento estava grande. Parece que toda a cidade estava naquela festa e que todos chegaram no mesmo horário que nós. Foram mais 10 minutos para poder estacionar e seguir para a festa.

Finalmente chegamos lá e estava tudo lindo. Mas alguma coisa estava errada. Algo me dizia que o perigo estava por perto. Que isso! Deixa de ser louca, Luna! É coisa da sua cabeça. Esquece isso e curte a festa, a pior coisa que pode acontecer é você tropeçar ou escorregar e cair no chão. Ok, só tome cuidado por onde anda.

“Olá.” Um casal simpático nos recepcionou.

“Bem vindos à festa de reveillon dos Smith.” O homem meio baixo e gordinho disse. “Sou Oliver e esta é minha mulher, Ashley.” Disse indicando a mulher alta e esbelta ao seu lado.

“Olá.” Meu pai disse. “Somos os Fly. Sou Henry, esta é minha mulher, Roberta, e minha filha, Marie Claire.”

“Oh, sim, sim. A família da Sra. Gloria White. Prazer em finalmente conhecê-los.”

“O prazer é nosso.”

“Bom, vamos, entrem.” Agora a mulher dizia. “Sintam-se à vontade. Gloria deve estar em uma das mesas do salão.” E se voltando para mim. “Se você quiser, querida, eu a acompanho para a mesa onde minha filha e seus amigos estão.”

“Oh, Obrigada. Aceito sim. É muita gentileza da parte da senhora.” Sorri educada.

“Venha comigo e me chame só de Ashley.”

“Claro.” Despedi-me dos meus pais com um aceno e segui a anfitriã.

Logo reconheci a Gabriella e a Elisa, as garotas que me abordaram no shopping, na mesa ainda havia mais pessoas. Mais duas garotas que me foram apresentadas como Kali, uma garota de origem havaiana, pele morena, cabelos escuros e lisos, e Nancy, loira, delicada e de olhos castanhos. Dentre os garotos sentados à mesa, me foram apresentados Peter (loiro, olhos azuis), Richard (ou Rick, moreno, olhos castanhos), Ryan (magro, moreno, olhos verdes e óculos) e Thomas (ou Tom, cabelos castanhos, olhos castanhos).

Depois das apresentações nós começamos a conversar animadamente. Eles ficaram interessados no meu apelido e na minha marca de nascença, é uma história realmente diferente. Contei que vim de Phoenix, embora tenha nascido aqui e que vinha visitar minha avó às vezes, mas nunca tinha encontrado eles aqui. Falei como era minha vida lá. É claro que saiu um comentário de como eu era muito branca para uma pessoa que veio de Phoenix, mas eu disse que, não importa quanto sol eu tome, ou eu não pego cor nenhuma ou eu fico vermelha como um pimentão. As meninas me perguntaram como eu deixava a minha pele tão saudável e eu respondia que eu não passava nada, só lavava diariamente, genética, eu acho, pelo menos nisso eu tive sorte.

Tive a impressão de que os garotos me olhavam com demasiado interesse, mas achei melhor não prestar mais atenção nisso. Tipo, eu sou nova na cidade, é normal as pessoas se sentirem curiosas com uma novidade. Descobri que eles eram os populares da escola e que eu estava convidada para participar do grupo deles. Agora já tinha uma mesa para ficar no intervalo, não ficarei sozinha e eles se ofereceram para me acompanhar para as aulas.

Descobri também que não sou a única novata. No meio do ano a família de um médico, os Cullen, se mudou para cá e já fiquei sabendo de todas as fofocas sobre eles. Foi estranho, acho que conheço o nome, mas não lembro de onde. Talvez eu tenha lido em algum jornal ou revista da área de saúde, bom, não me lembro agora, leio tanto que, depois, nem me lembro onde li.

Tentei ao máximo bloquear as fofocas, não é uma coisa que eu goste de ouvir. Além de as informações virem acompanhadas de várias mentiras, embora a verdade às vezes apareça também, elas podem despertar alguns preconceitos e sentimentos ruins, como inveja. Embora me esforçasse, não consegui não ouvir o que as garotas disseram. Eles eram lindos, ricos, anti-sociais e superesquisitos. Eu cheguei a duvidar se não era só inveja, teria que checar isso depois. Pelo que elas contaram, eles eram todos adotados. Parece que o Dr. Carlisle e sua esposa, Esme, são muito jovens e não podem ter filhos. Dentre os filhos, havia um casal de loiros, sobrinhos de Esme, sob os cuidados dela desde a morte de seus pais, havia um grandalhão, muito musculoso que sempre andava com a loira estonteante, uma baixinha de cabelos arrepiados que sempre andava com o loiro, e havia um ruivo, o único que não tinha um par.

Elas falaram de um jeito estranho, como se tirassem a bondade de Esme e Carlisle ao adotar todos aqueles adolescentes, ao citar o fato dela não poder engravidar. Não gostei disso. E quando elas citaram que eles ficavam juntos e moravam juntos, como se o que eles fizessem fosse pecado, também não me agradou. É claro que é estranho, mas eles não têm nem o mesmo sangue. Eu até que achei interessante, ter uma família assim. Eles devem se amar muito, posso sentir isso. Não gostei do modo como elas pareceram julgá-los, mas não me pronunciei, afinal, não os conhecia ainda.

“E eles não vêm para a festa?” Perguntei escondendo o meu interesse.

“Eles vieram, mas já foram embora.” Gaby falou.

“É, eles ficaram muito pouco.” Kali completou.

“Parece que a Alice passou mal e todos foram embora.” Nancy disse.

“Ahm...” Foi a única coisa que saiu da minha boca. De repente, aquela sensação de que o perigo estava próximo me tomou de novo, quase me fazendo esquecer de todos que estavam à minha volta. Sem perceber, tinha cruzado os braços em minha cintura. Não havia braços frios me esmagando. Definitivamente, teria um pouco mais de trabalho para esquecer esse pesadelo, mas com novas amizades, seria mais fácil distrair a mente e esquecer.

“Vamos todos lá para fora, daqui a pouco começa a contagem regressiva!” Fui desperta por Gaby, que se levantou empolgada e todos a seguimos.

Encontrei meus pais e fui ficar com eles, deixei um pouco aquela sensação de lado, permitindo que a animação da minha família e das pessoas daquela festa me tomasse e me concentrei na contagem.

10...

9...

8...

7...

6...

5...

4...

3...

2...

1...

FELIZ ANO NOVO!!!

Fogos de artifício iluminavam o céu, luzes coloridas contra a noite escura. Os estouros ensurdecedores dos fogos se combinavam aos das garrafas de champanhe, juntamente com os gritos de felicidade e os desejos de um ano novo próspero e feliz.

Beijos, abraços, risos, demonstrações de carinho e alegria. A esperança preenchia a atmosfera, o medo cedia. Não havia mais sombra do perigo, por hora, essa sensação de vulnerabilidade tinha passado.

Todos estavam felizes. Eu deveria estar muito feliz. Minha família toda estava comigo e estava feliz, eu tinha acabado de fazer muitos amigos, tudo está dando certo na minha vida. Então, por que me sinto tão incompleta?


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Notas finais do capítulo

Que visão a Alice teve? Alguém chuta?

Bom, bom... no próximo capítulo, um fantasma retorna para essa história, mais POV do Edward e, quem sabe, lobos?

Ah, antes que eu me esqueça, aviso: Muitas coisas estão acontecendo na vida dela, sua vida e sua cabeça estão cheias de novidades, então, não estranhe se ela se esquecer de alguma coisa, ok?



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