Colisão - Garras e Deduções escrita por Vallerie Kriger


Capítulo 10
9. Carteira, Colo e... Flor




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– Estas são suas grades de aulas. – disse uma das atendentes da diretoria aos dois irmãos. – E essas são as combinações dos seus armários. – continuou entregando para cada um as senhas. - Vocês estão com sorte, pois eles ficam um do lado do outro. – completou. – Bem a primeira aula de vocês já deve estar no fim já que demoramos um pouco na matricula por causa do problema da impressora e assim que isso for resolvido eu vou entregar a vocês o papel com as normas do Colégio. – falou. - Mas se quiserem já podem ir para a segunda aula, é a ultima sala do segundo andar a direita.

– Agradecemos. – disse o moreno ajeitando os óculos e sem demora ambos saíram da diretoria.

– Só espero não ficar entediado aqui. – falou o loiro observando o papel que a humana havia lhe dado.

– Não era você, Lucas, que estava animado com a idéia de freqüentar o ambiente escolar dos humanos. – pronunciou o mais velho, por apenas alguns meses, serenamente afinal desde que nasceram em seu Pack nunca conviveram diretamente com os humanos.

– Ainda estou Simon. – disse ao outro. – Apenas não gostei dessa quantidade de aulas pelo dia. – falou balançando o papel com os horários. Onde logo chegaram a uma das escadas e começaram a subir, já que a sala como a mulher dissera ficava no segundo andar.

– No entanto essa não é nossa prioridade aqui. – comentou Simon.

– Mas isso não quer dizer que não podemos aproveitar alguma coisa. – disse Lucas.

Danny tinha acabado de chegar e assim que entrou no prédio seus olhos caíram nas escadas e tudo o que viu foi a silueta de um garoto de cabelos loiros que logo sumiu de seu campo de visão, foi algo um tanto rápido, por volta de alguns minutos ou mesmo segundos, mais que fez uma curiosidade sobre esse garoto lhe tomar e antes que tomasse alguma atitude sobre aquilo o som do sinal lhe despertou ao mesmo tempo que outros alunos surgiam pelos corretores se dirigindo para suas próximas atividades ou aulas.

– Meu carma sempre vai ser ter uma queda pelos loiros. – disse pra si mesmo, afinal podia ficar ou namorar com qualquer garoto mais tinha uma atração maior pelos loiros tirado Jackson é claro, pois como havia dito para o mesmo nunca havia sentido nada além da amizade por ele. – “Com certeza você esta desfrutando de algo dessa sua nova vida, amigo.” – concluiu ao pensar no Whittemore.

Jackson havia acabado de chegar de sua corrida matinal, porem este parou no meio do caminho quando notou Derek parado na entrada da porta.

– Só quero te comunicar que espero que de agora em diante você não haja mais por debaixo dos panos comigo. – disse o Alpha seriamente estava realmente bravo por aquilo, mas também não queria ser duro demais apenas queria fazer que seus Betas lhe respeitassem e não que tivessem medo de si. – Estamos entendidos.

– Sim. – disse o loiro que não ficou muito feliz pela digamos bronca de seu Alpha. – Não acontecerá novamente. – completou e viu Derek apenas fazer um aceno antes de voltar pra dentro. – Nossa! Ele ficou irritado. – exclamou.

Stiles estava com parte da cabeça para dentro do armário, pois dentre os livros e coisas ali buscava o livro de historia para próxima aula, no entanto no meio do processo ouviu alguém lhe chamar.

– Há... Oi Danny. – cumprimentou o garoto que parou ao seu lado. – Você acabou de chegar? – questionou voltando a sua busca já que sua primeira aula também era a de Danny.

– Digamos que sim. – respondeu Danny. – Precisei ver uma pessoa antes de vir para cá. – completou, mas sentiu que o menor parecia levemente abatido. – Mas você parece cansado. Você não me parece muito bem. – comentou.

– Há eu só tive uma pequena queda de pressão essa manhã, é algo que puxei da minha mãe. – informou.

– Mas não seria melhor você ir na enfermaria? Queda de pressão requer cuidados. – pronunciou preocupado.

– Eu já estou melhor. – respondeu descontraído afinal tinha visto que Danny havia ficado preocupado com seu bem estar e era muito gentil da parte dele. - E se quiser depois te empresto as anotações da aula. – falou Stiles suavemente querendo mudar o foco do assunto.

– Há valeu. – disse Danny vendo que o amigo realmente parecia bem mesmo que sua fisionomia não mostrassem toda a sua energia, porém logo algo chamou sua atenção e isso estava no pescoço do Stilinski. – Mas o que é isso... – começou dirigindo a mão ao local e antes de completar a frase ou mesmo tocar a pele do menor, este se afastou rapidamente. – Parece até um chupão. – falou e Stiles ficou sem jeito e reação.

– Há isso... – disse Stiles colocando a mão sobre o hematoma. – Eu acabei caindo ontem a noite e bati na madeira da cama. – falou rapidamente rezando para que Danny acreditasse.

– Agora que você falou não parece mais um chupão. – comentou o Mahealani. – Afinal nenhuma garota teria força suficiente para fazer isso. – afirmou. – Nem mesmo um garoto deixa algo assim. – disse e sorriu para Stiles que ficou abismado e constrangido pelo comentário do amigo. – Então eu já vou, não quero perder mais uma aula. Nos vemos depois e se cuida. – completou começando a andar. E assim que achou o livro Stiles fez o mesmo.

John estava dentro do jipe sentado na poltrona do carona que estava levemente reclinada e que lhe deixava um pouco mais confortável, por outro lado estava um pouco cansado e isso por que todos ali praticamente não paravam de lhe encarar parecia até que tinha algo grudado na testa, porem agora estava aliviado disso ter acabado e que Sherlock tinha finalmente se contentado com as informações e pistas que queria para analisar, e vendo que assassinato do corpo tinha ligação com o caso do garoto era certo que ficariam ainda mais ocupados.

– Você esta bem? – a voz rouca e aveludada de Sherlock preencheu seus ouvidos quando este entrou no jipe.

– Um pouco cansado. – informou ao amigo. – Acho que vou dormir um pouco e quando acordar vou comer o bolo que você fez. Come-lo apropriadamente. – falou encarando o amigo com um olhar e uma carinha que fez Sherlock perdeu o ar, como John poderia ser tão fofo assim.

– Certo. – começou o detetive. – Mas não se esqueça que você tem que fazer tudo que eu quiser hoje. – informou e viu John acenar com aquela carinha, céus estava perdido se ele continuasse a lhe olhar assim.

– Só espero que não me faça ser sua cobaia em alguma coisa. – afirmou o loiro rindo onde logo colocou o cinto de segurança.

– “Você nem imagina o que eu quero que você seja”. – pensou o detetive engatando a marcha e saindo daquele lugar.

– Bom dia. – disse uma mulher de cabelos e olhos castanhos assim que chegou na recepção do hospital.

– Bom dia Dra. Grant. – respondeu a única recepcionista que estava ali. – Aqui estão as fichas dos seus pacientes. – falou entregando alguns obituários. – A Senhora parece cansada. – comentou.

– Apenas um pouco, afinal minha sobrinha é um mar de curiosidade e se não ficar de olho, ela faz o que quiser. Hoje ela até saiu sozinha. – afirmou olhando os papeis que recebera.

– Nossa isso é um pouco perigoso. Ela deve ser cheia de energia. Qual o nome dela? – disse a recepcionista.

– Você não viu nada, e ela se chama Savanna, ela é idêntica a minha irmã menos pelos olhos que ela puxou do meu cunhado, ela tem lindos olhos azuis. – falou a medica sorrindo olhando para a mulher. – Então melhor eu ir, pois tenho que dizer um olá pros meus pacientes. – disse.

O corpo já havia sido levado para o necrotério do hospital e seus homens já tinham voltado para suas atividades como tinha pedido, porém as palavras do detetive soavam constantemente em sua cabeça. Como ele conseguia encontrar pontos em comum em 3 casos diferentes onde uma das vitimas não tinha ligação nenhuma com as duas outras, e de só olhar para ferimentos brutais encontrar ali um padrão, era de se surpreender e até perder o fôlego quando o Sr. Holmes fazia suas deduções, o homem parecia enxergar além de tudo aquilo e até através das coisas e perto dele suas ações pareciam ser inúteis, afinal fazia alguns meses que esses casos estranhos surgiam na cidade e em nenhum deles encontrou algum suspeito ou algum fundamento, era como se todas as repostas estivessem a sua frente porém não conseguia enxergá-las. Era até como se estivesse cego. No entanto mesmo que estivesse cego, seguiria seus instintos, buscaria seus próprios padrões e evidencias, sendo que já tinha um padrão e não perderia mais tempo com teorias, estava na hora de agir.

Chris Argent estava fazendo alguns ajustes no motor de sua caminhonete, isso depois de fazer uma boa verificação em seu arsenal de armas e deixar alguns de seus caçadores de prontidão principalmente pelas novas ordens que tinha passado a estes, afinal se tinha feito uma aliança com o Lobisomem Alpha tinha que colocar na mesa suas condições e não havia se surpreendido em nada quando o Hale também colocou as dele afinal como Patriarcas de suas famílias lutariam pelo bem delas. E sua filha era seu bem mais precioso, mesmo que a idéia dela namorar um lobisomem ainda não lhe descesse bem no estômago, mas tinha decidido prezar pela felicidade dela sendo que tinha que falar com esta sobre a tal aliança com os lobisomens, entretanto o barulho da campainha chamou sua atenção o que até estranhou, pois dificilmente recebia visitas a essa hora e sem demora foi até a porta e ao olhar por uma das janelas que ficavam perto dela apenas viu a silueta de um homem alto e este vestia o uniforme da policia, o que não era uma visita muito comum para alguém, principalmente pela situação que o rondava e não era preciso pensar muito para saber o que este queria falar consigo.

– Em que posso ajudá-lo? – perguntou assim que abriu a porta.

– Se não se importa Sr. Argent, gostaria de falar com o Senhor. – a voz suave do homem a sua frente preencheu seus ouvidos assim que este se virou, ao mesmo tempo que os olhos claros do Xerife Stilinski se conectavam aos seus de um modo que não conseguia evitar.

Peter estava sentado na beira de um lago que ficava a uma boa distancia de Beacon Hills, porem não era uma distancia tão grande assim, só uma hora e meia de uma longa e cansativa caminhada, onde seus pés estavam mergulhados na água fria enquanto seus pensamentos vagavam de volta ao passado, principalmente os momentos que conviveu e compartilhou com aquele ser.

– Hale... Hale... Hale. – uma voz feminina e sarcástica invadiu seus ouvidos o fazendo levantar rapidamente, principalmente pelo fato de não ter sentido ou ouvido alguém se aproximar. – Como você é lamentável.

– Ora fazia tempo que não era chamado de algo assim. – ironizou ampliando seus sentidos de lobisomem, afinal podia não saber quem estava ali mais tinha certeza que devia ser uma lobisomem. – Porque não conversamos cara a cara para que eu te ensine alguns insultos mais eficazes. – disse, ao mesmo tempo que seus olhos azuis ficavam dourados.

– Dispenso sua oferta Hale. – pronunciou com um sorriso enquanto observava a figura do homem abaixo da onde estava. – Mas posso dizer que te ver neste estado patético é uma visão única e prazerosa. O que foi? – desdenhou. - Finalmente descobriu que seu ridículo amor de juventude esta morto. Que ela nunca mais vai voltar para esse lugar. – cuspiu as palavras, e no momento que ouviu aquilo Peter ficou sem reação, afinal nunca tinha contato aquilo para alguém. Nunca tinha falado da Veela até o momento. E nunca contou, ou mesmo contaria, do que havia sentido por ela. – Oh desculpe acho que peguei justo na ferida. – ironizou.

– Estou surpreso que alguém além de mim é claro, saiba disso. – falou sarcástico depois de uns minutos, mas seus olhos mostravam uma rara seriedade. – Isso me deixa ainda mais curioso para saber quem é você. Por que não aparece para termos uma conversa mais agradável. – pronunciou.

– Adoraria mais acabei de fazer as unhas. – falou. – Então o deixarei a vontade com suas lamurias e lamentações. Até outro dia. – disse e logo começou a se mover.

Assim que aquelas palavras foram ditas Peter ouviu alguns sutis sons contínuos e quase imperceptíveis começando a se distanciar do ponto onde estava, realmente nunca conseguiria ouvir isso se não prestasse bastante atenção, no entanto esses sons não vinham do chão e sim acima dele, e a única explicação para isso, era que quem quer que fosse estava usando as arvores para se mover. No entanto logo se pois atrás do som e a cada trecho que percorria mais difícil de ouvir ficava, estava quase chegando mais perto e vendo alguma movimentação sobre as arvores quando o som alto de uma buzina preencheu seus ouvidos ao mesmo tempo que um cervo extremamente assustado trombava em seu caminho e logo que se recuperou de seu pequeno susto viu que estava próximo da estrada e assim que olhou para as copas das arvores apenas viu e ouviu o movimento sutil das folhas pela força do vento.

O Xerife estava um pouco perdido dentro da casa do Sr. Argent afinal era a primeira vez que entrava no lugar e também estava ali porque decidira de ultima hora que faria aquele comunicado, e pelo que via o homem tinha uma boa casa com belos moveis, no entanto algumas fotografias em cima da lareira chamaram sua atenção. Eram fotos do Argent, sua filha e sua falecida esposa, que pelo que se lembrava esta havia se suicidado no ano passado, e tinha que admitir que as fotos transmitiam uma sensação agradável e calorosa, principalmente pelo sorriso que o Sr. Argent dava nelas, hora um pouco contido e em outras mais aberto mostrando todos os dentes brancos, realmente um sorriso que poderia fazer qualquer pessoa sorrir junto com ele.

– O Senhor pode se sentar Xerife. – a voz grave do dono da casa lhe deu um pequeno susto, afinal este assim que permitiu sua entrada pediu um momento para se limpar já que quando ele abriu a porta, pela aparência este parecia que estava fazendo algum trabalho em seu carro, porém agora o Sr. Argent estava com uma camisa branca e jeans escuros e retos enquanto sua expressão estava serena e neutra, algo totalmente ao contrario das fotos atrás de si.

– Há obrigado. – disse James se sentando em um dos sofás.

– O senhor aceita um café? – questionou Chris ainda de pé.

– Oh, não precisa se incomodar. – falou o Xerife educadamente, onde em seguida o Argent se sentou no sofá a sua frente.

– Então Xerife se me permite... – começou. – Há que devo sua visita? – perguntou mesmo que já soubesse essa resposta.

– Bem Sr. Argent, gostaria que minha visita fosse por outras circunstancias. – disse escolhendo bem as palavras afinal nunca era fácil informar uma pessoa da morte de algum ente. – Bem, hoje pela manhã fomos informados que um corpo foi encontrado na velha fabrica... – a voz aveludada do homem a sua frente invadia seus ouvidos de uma maneira estranha, era como se elas tocassem em algo dentro de si, enquanto os olhos do Xerife se mantinham firmes em sua direção. – E eu sinto dizer que pelo que tudo indica parece que seu pai foi assassinado. – falou e colocou sobre a mesa de centro a carteira que um de seus homens havia encontrado.

O Argent até o momento estava impassível em relação a aquilo, porém assim que o Xerife colocou a carteira de seu pai sobre a mesa instintivamente seus olhos se puseram nela onde no mesmo instante perdeu a compostura como o ar de seus pulmões, a carteira estava aberta mostrando um documento com foto de seu pai, porém o que mais prendia sua atenção era uma das duas pequenas fotos que estavam do lado direito, uma era de seu pai com sua irmã que ele sempre mostrou ser sua preferida. No entanto a foto do lado desta era a que mais mexeu consigo, era uma foto de algum momento de sua infância de que nem se lembrava ou nem parecia ter vivido, porém naquele pedaço de papel havia sido gravado e vendo isso era até irônico, se tratando da pessoa que seu pai era, no entanto logo pegou a carteira olhando mais de perto a foto e aquilo para si era algo que não se encaixava no contexto e nem deveria estar ali, então sem mais delongas atirou a carteira contra o fogo da lareira o que assustou o Xerife que até o momento apenas observava em silencio.

– Mas o que... – começou James se levantando vendo a carteira as poucos ser consumida pelo fogo onde logo se virou na direção do dono da casa, afinal o que estava queimando era uma pista do crime, porem ao se virar as palavras fugiram de sua garganta ao ver Chris Argent observando fixamente o fogo enquanto de seu olho esquerdo uma solitária e perdida lágrima percorria sua face e algo naquela imagem prendeu totalmente sua atenção e logo tirou algo do bolso e se aproximou dele.

Assim que percebeu o Xerife próximo a si, Chris parou de encarar o fogo e ao olhar para o homem viu que este lhe estendia um lenço branco e foi ai que finalmente sentiu um leve sabor salgado nos lábios o que lhe deixou ainda mais aturdido, porém logo aceitou o lenço que lhe foi oferecido.

– Agradeço por me avisar Xerife. – falou o homem após passar o lenço pelo caminho inconveniente que aquela lagrima havia percorrido. – Mas se não se importa gostaria de ficar sozinho. Preciso processar tudo isso. – completou sem olhar para James por nenhum momento depois que aceitou o lenço.

– Entendo. E minhas sinceras condolências. – pronunciou o Xerife e logo se dirigiu para a porta saindo em seguida deixando Chris sozinho, e este assim que viu que estava só se levantou e respirou fundo por um momento porém no segundo seguinte pegou o objeto que estava mais próximo de si e o tacou com força contra a parede fazendo o vidro do vaso se espatifar e se espalhar pelo chão, estava com raiva, principalmente por ter agido de uma forma tão vergonhosa na frente do Xerife.

Stiles mexia distraidamente na comida e até o momento só tinha levado a boca apenas algumas garfadas pois não tinha muita fome o que era algo raro para si já que independente da situação nunca perdia o apetite.

– Então como foi a saída com Jackson? Se divertiram no Boliche? – a pergunta de seu amigo lhe fez automaticamente arranhar um pouco o prato, afinal por mais que soubesse que Scott iria lhe questionar sobre isso não estava totalmente preparado para a pergunta.

– Foi legal. Principalmente pela cara que ele fez quando eu ganhei. – falou depois uns minutos tentando ser o mais natural. – Cara você me disse que ele era bom, mas pelo que parece eu sou melhor. – disse com um sorriso de orelha a orelha.

– Que bom que se divertiu bastante com o Jackson. – a frase que saiu da boca de Scott automaticamente tirou o sorriso de seus lábios, principalmente pelo tom amargo usado pelo amigo. – Pois caso você tenha esquecido ontem era a nossa noite de jogos. – afirmou e aquilo foi como se um balde de água fria tivesse caído sobre Stiles fazendo o ar fugir de seus pulmões por alguns segundos e Scott ao se dar conta do que havia dito não queria realmente ter dito aquilo, pois percebera a mancada que havia feito.

– Valeu por só agora se lembrar do nosso compromisso. – pronunciou Stiles e no segundo seguinte soltou o garfo de sua mão que caiu sobre o prato fazendo um sutil barulho e sem demora se levantou deixando o amigo para atrás.

Lydia e Allison tinham acabado de chegar no refeitório quando Stiles passou por ambas como uma densa tempestade de verão.

– Stiles, o que te deu! – exclamou Lydia massageando o ombro pelo trombo, porém este nem lhe respondeu. – Nossa que bicho mordeu ele? – questionou olhando para a Argent que também massageava o ombro.

– Não sei. – disse Allison. – Mas tenho uma idéia. – falou olhando para a mesa onde o namorado estava sentado.

Chegar na casa fez com que John sentisse mais o peso daquela manhã, então decidiu que primeiro descansaria um pouco afinal tinha tido uma tontura a algumas horas atrás e como medico sabia que precisava de um pouco de repouso onde na hora havia sido um tanto negligente consigo mesmo e até com a preocupação de Sherlock afinal seu amigo por mais que não tivesse alguma sutileza nas palavras que usava era certo que ele se havia se preocupado consigo.

– Eu vou dormir um pouco Sherlock. – falou. – Se precisar de mim, me acorde. – completou olhando de relance para o amigo e logo começou a se dirigir até as escadas, mas antes mesmo de colocar o pé no primeiro degrau sentiu o chão sumir de seus pés ao mesmo tempo que algo erguia seu corpo e quando deu por si estava nos braços de Sherlock e este começava a subir as escadas. – Mas o que você esta fazendo? – perguntou alarmado.

– Te ajudando a subir. – disse Sherlock. – Afinal você teve uma tontura repentina e poderia ter outra enquanto subia e assim poderia acabar caindo das escadas. – completou adorando a sensação de ter o loiro em seus braços.

– Poderia me auxiliar do jeito que fez na fabrica. – disse o medico. – Então poderia me colocar no chão Sherlock, eu não... Quer dizer... Eu. – pronunciou se mexendo, estava um tanto perdido, estava incomodado por aquela situação mais ao mesmo tempo não, e não tinha palavras para descrever o que realmente sentia ou mesmo queria no momento.

– Se continuar se mexendo ambos vamos cair. – disse Sherlock perto da orelha de John que automaticamente parou de se mexer ao ver que estavam quase no final das escadas e se o detetive perdesse o equilíbrio teriam uma queda feia. – E também você não disse que ia fazer tudo o que eu quiser. Então eu quero que me permita te carregar. – falou sorrindo, enquanto John queria dar um soco nele afinal porque seu amigo não tinha dito aquilo desde o começo.

Quando chegaram ao quarto, John deu graças aos céus quando Sherlock o colocou na cama e quase beijou cada centímetro dela, no entanto logo se livrou dos sapatos e desabotôo alguns botões da camisa para ficar um pouco mais confortável.

– Eh... Obrigado pela ajuda Sherlock. – disse assim que entrou dentro das cobertas um tanto sem jeito pelo que tinha acontecido.

– Foi um prazer. – falou o detetive com um sorriso e no instante seguinte se aproximou do medico onde ajeitou melhor o lençol sobre este, enquanto o medico lhe encarava sem reação. – Bons sonhos John. – disse encarando aquelas duas esmeraldas que tanto lhe fascinavam, mas logo cortou o contato e saiu do quarto.

Assim que o detetive saiu do quarto instantaneamente John se colocou totalmente para dentro das cobertas, ficando como se estivesse dentro de um casulo. Era estranho essas atitudes de Sherlock agora. Afinal era algo que nunca tinha visto ele fazer ou se comportar e também se perguntava como ele havia conseguido subir consigo nos braços sem nenhuma dificuldade principalmente por causa do físico deste, parecia até que o detetive tinha ganhado alguma super força.

– Você deve ser algum tipo de caixinha de surpresas Sherlock. – sussurrou para si mesmo e nem percebeu que sorria.

Stiles estava na enfermaria, não que tivesse tido mais um queda de pressão mais sim porque o quase desmaio que teve o havia deixado cansado e precisava descansar como foi recomendado pelo medico quando tivesse essas quedas repentinas, além também que estava irritado com Scott e queria se esconder do amigo e dos outros por um tempinho. Afinal como seu amigo podia dizer na sua cara que tinha esquecido do compromisso dos dois, sendo que foi justamente ao contrario e nem por isso foi arrogante e jogou aquilo na cara dele e por mais chateado que ficou no momento por ele ter se esquecido tentou ser compreensivo e até tinha aceitado emprestar seu jipe.

– Sr. Stilinski eu vou sair por um momento. – comunicou a enfermeira que era responsável pelo lugar. A principio quando pediu para ficar ali ela não acreditou muito no que disse já que alguns dos alunos as vezes fingiam estar com alguma coisa para matar aula, mas assim que ela checou seu histórico medico e fez algumas perguntas e um ou dois procedimentos ela finalmente o liberou para ficar ali. – Mas eu não vou me demorar. – informou a mulher e Stiles apenas acenou, onde sem demora saiu.

E assim que se viu sozinho no ambiente se cobriu até a cabeça com o lençol já que mesmo que as janelas que estavam próximas da cama onde estava deitado estivessem com as cortinhas fechadas a enfermaria ainda continuava com uma boa claridade vindo das outras e que não lhe ajudavam a pelo menos dormir por alguns minutos. E debaixo das cobertas sua mente ainda trabalhava, ora voltada para sua briga com Scott ou o tal comunicado de Derek a noite. E pensando no Alpha tinha vontade que ele estivesse agora consigo, como o típico namorado que ameaça o amigo do companheiro por ele ousar fazer seu companheiro ficar triste, e tal cena, de Derek tirando satisfações com Scott era até engraçada.

– Isso seria hilário. – afirmou ainda pensando na cena em si. – Mas por agora eu só queria um abraço seu e ouvir você me dizer que: Eu e Scott tivemos um desentendimento idiota. E que somos duas crianças idiotas e imaturas, mas que mesmo assim somos melhores amigos e que logo, logo vamos esquecer isso... E tudo vai ficar bem. – sussurrou, enquanto seu dedo fazia um pequeno circulo invisível no lençol.

O dedo de John circulava o lençol fazendo algum tipo de circulo enquanto o sono ainda não tinha chegado totalmente e seus olhos continuavam semi abertos ao mesmo tempo que sentia uma sensação estranha como se alguma coisa não estivesse bem.

– Esta tudo bem. – disse a si mesmo afastando aquela sensação. – Tudo vai ficar bem. – completou sentindo finalmente o sono tomar cada parte de si.

Sherlock estava no laboratório que tinha acabado de montar no escritório da casa e a parede onde tinha colocado as fotos e informações dos outros dois casos tinha ganhado as fotos do corpo encontrado na fabrica e o detetive analisava algumas amostras que pegou do corpo, porém parou o que estava fazendo quando sentiu a vibração de seu celular no bolso da calça.

– Como John esta? – a voz de Mycroft invadiu seus ouvidos assim que colocou o aparelho na orelha.

– O Xerife já não te contou o que houve. – afirmou Sherlock indiferente desde o começo sabia que seu irmão iria ter alguém lhe vigiando ou passando alguma informação.

– Satisfatoriamente, porém ele não tem informações de agora. – pronunciou o mais velho enquanto um sorriso um tanto travesso brincava discretamente em seus lábios.

– Independente de ser informado ou não, você já concluiu muito bem como ele esta agora. – falou começando a se incomodar, não gostava nada dessa fixação de Mycroft em John no momento, mesmo sabendo que ele fazia isso para lhe irritar.

– Exato. – começou Mycroft. – E sabe ele fica adorável dormindo.

Ao ouvir aquilo Sherlock automaticamente desligou. Não gostara nada do comentário, pois isso lhe fez lembrar do dia que Mycroft recuperou seu cartão de acesso, depois do caso do cão. Como sempre ele apareceu sem avisar, porém nesse dia John tinha chegado mais cedo do trabalho e acabou caindo no sono no sofá lhe dando a cena mais linda e pura que já tinha visto até seu irmão chegar e estragar, entretanto logo outro som de seu celular chamou sua atenção e conhecia o som muito bem.

“Sr. Holmes acabei de receber seu pacote.”

Assim que leu a mensagem um sorriso se desenhou em seus lábios se havia uma pessoa que conseguiria extrair o que quer que estivesse na câmera seria ele. E algo lhe dizia que o que tinha nela responderia uma parte da lacuna que tinha entre os três casos.

Mycroft ainda tinha um sorriso divertido e até contido em seus lábios depois que seu irmão caçula desligou, porém tal sorriso sumiu quando ouviu duas sutis batidas na porta de seu escritório onde em menos de cinco minutos Anthea adentrou.

– Com licença Sr. Holmes. – disse esta. – Mas o Senhor me pediu para lhe passar qualquer informação sobre aquela pessoa.

Ao ouvir aquilo Mycroft fez um sutil gesto com a cabeça para que ela continuasse.

– Acabamos de saber que ele foi visto entrando e saindo de uma das propriedades dos Hiddens.

E tal informação surpreendeu um pouco o Homem de Gelo, afinal a família Hidden tinha uma boa influencia no governo como também com a família real, entretanto eles sempre foram uma família tradicional e reservada, isso porque por mais poderosos e influentes que fossem eles nunca apareciam em publico ou nos grandes eventos que eram convidados e a única vez que algum deles apareceu na mídia foi depois que a Princesa sofrera o acidente que lhe tirou a vida.

– Aumente a vigilância e me deixe a parte de tudo Anthea. – pronunciou depois de uns minutos e sua assistente apenas acenou onde em menos de cinco minutos saiu de sua sala.

Assim que Anthea saiu se levantou da cadeira onde estava e se dirigiu para a enorme janela que ficava atrás de sua mesa. O dia em Londres estava nublado e sombrio, fazendo a cidade parecer o palco de um calmo filme preto e braço, no entanto sua mente não estava calma, mas sim agitada, principalmente depois da informação que recebera. Será que realmente tinha tomado a decisão correta ao solta-lo, mesmo sabendo a possessão e o objetivo dele e que foram gravados com tanto afinco nas paredes da sala em que o havia deixado, eram questionamentos que nunca teria cem por cento das repostas.

Tinha acabado de chegar ao velho hospital, com um sorriso sarcástico. Afinal não poderia estar de tão bom humor como agora, porém assim que adentrou no local viu a mais jovem do grupo.

– O que estava fazendo Feia? – perguntou a pequena menina que usava um lindo vestido cor de rosa e parecia entretida em um caderno de colorir e como se divertia perturbando ela.

– Eu não sou feia. – disse a pequena emburrada.

– É mesmo. – começou esta olhando para o caderno de colorir da pequena e logo o pegou. – Então isso é mais feio que você. – falou folheando o caderno.

– Me devolve. – pronunciou a garotinha. – Isso é meu... Me devolve. – continuou esta afinal aquele caderno havia sido o ultimo presente que ganhou de seus pais.

– Pode pegar. – disse a mulher deixando o braço bem estendido para cima. – Mas vai precisar crescer para isso, Anãzinha.

– Eu não sou Anã... Me devolve. Esse caderno é meu...

– Posso saber aonde estava Geórgia? – pronunciou uma voz masculina chamando a atenção das duas que automaticamente olhara para o lado onde estava um jovem de escuros olhos cor de ônix. E este estava acompanhado de um homem alto que sempre esta ao seu lado, sendo que Geórgia o chamava de a sombra do Alpha.

E antes de responder a mulher soltou o caderno da garotinha que o pegou olhando feio para esta que nem ligou.

– Bem eu fui até meu alvo e aproveitei para dar um olá ao meu ex-pretendente. – falou e riu em seguida ao se lembrar da fisionomia miserável dele.

– Independe de estarmos camuflados pelo sangue da Veela... – começou suavemente o jovem. – Seria bom que não chamássemos mais atenção do que já chamamos com o corpo do Argent. – disse seriamente ao mesmo tempo que seus olhos mudavam de cor ficando tão vermelhos como o sangue.

Ao ouvir e ver aqueles olhos a garotinha instintivamente se encolheu de medo enquanto Geórgia por mais que aquele olhar tivesse força o suficiente para lhe abalar mentalmente, esta estava mais que animada afinal ela estava na frente do Alpha dos Alphas.

Stiles acordou com o barulho de algo batendo levemente e assim que sua visão ganhou foco notou que uma das janelas estava aberta e o vento forte no momento a fazia ranger ao mesmo tempo que entrava na sala, entretanto logo se lembrou que antes de dormir todas as janelas da enfermaria estavam fechadas. Era algo que tinha certeza absoluta já que não mais dormia com as janelas abertas e lentamente se levantou indo até a aberta aonde viu que nada parecia ter a forçado, e o trinco dela parecia frouxo e pela força do vento a janela poderia ter se aberto, e sem demora a fechou cessando o barulho e a ventania. E olhando pela janela via que o dia continuava ensolarado como concluiu que ia ser pela manhã, no entanto logo notou algo diferente em seu reflexo na janela, havia algo avermelhado mais ou menos na altura de sua orelha e ao passar a mão no local e tirar a coisa viu que era uma pequena mais bela flor vermelha. Entretanto como ela havia aparecido ali?

– Sr. Stilinski se sente melhor? – a voz da enfermeira lhe deu um pequeno susto onde automaticamente colocou a pequena flor no bolso da camisa.

– Sim. – respondeu. – Acho que eu só precisava dormir um pouco. – completou.

– Que bom. Desculpe por demorar mas o Diretor precisava falar comigo. – falou. – No entanto antes de te liberar vou te que fazer um ou dois exames para ver se sua pressão esta normal. – informou e Stiles automaticamente se sentou, onde a enfermeira logo tirou sua pressão. – Prontinho agora posso te liberar. Mas se sentir qualquer coisa pode me procurar.

– Certo. – disse o Stilinski, que ao sair da sala olhou no relógio e viu que em alguns minutos a penúltima aula iria acabar e com base nisso resolveu já ir para a sala de Química sua ultima aula do dia.

Scott estava se remoendo por dentro depois do desentendimento que teve com o melhor amigo e para piorar todos os outros estavam lhe olhando com expressões assassinas, eles não estavam nem ai se a culpa era realmente sua ou não mais queriam que pedisse desculpa a Stiles logo, porém o problema é que ninguém sabia onde Stiles estava.

– Sério Scott ainda não acredito que você deu uma mancada dessa com seu melhor amigo. – disse Erica que tinha acabado de saber.

– Eu sei. – falou. – E minha nuca já esta doendo por isso. – disse afinal tinha ganhado tapas nada contentes deles.

– Jackson disse que você é um idiota. – pronunciou Lydia chamando a atenção dos demais e Scott fungou de irritação. – Ele disse que quando saíram, o Stiles automaticamente se lembrou que te emprestaria o jipe. – completou. – E ele me pediu para corrigir uma coisa. Você não é um idiota... É o maior deles. – disse e todos riram.

– A culpa disso é dele. – falou Scott já cheio daquilo. – Se ele não tivesse levado o Stiles para sei lá onde isso não teria acontecido... Ele é o culpado deu ter brigado com meu melhor amigo.

– Cara você esta com o típico ciúme de melhor amigo. – falou Isaac. – O mesmo ciúme que o Stiles teve no ano passado quando nos aproximamos, mas diferente de você ele não deu chilique. – falou serio não gostara nada do que houve, afinal eles pareciam que tinham se esquecido do quase desmaio que o Stilinski havia tipo e mesmo que ele não demonstrasse sentia que Stiles estava sensível fisicamente e este poderia estar emocionalmente.

– Scott... – disse Allison. – Stiles é, e sempre será, seu melhor amigo, e se você explicar que sente por ter esquecido o compromisso e o que disse foi por ciúme. Ele vai te desculpar, afinal ele é o Stiles e ele não é do tipo que guarda magoa por muito tempo.

Ao ouvir aquilo da namorada Scott sorriu brandamente. Ela tinha razão, afinal conhecia Stiles como ninguém e seu amigo por mais magoado que estivesse com alguém ou mesmo não gostasse totalmente dessa pessoa, sempre se esforçava para ajudar, mesmo que se machucasse ao mesmo tempo, e automaticamente se lembrou do dia que beijou Lydia, aquilo havia machucado Stiles de uma maneira que nunca imaginou afinal ele gostava dela desde criança e a ruiva sempre fora o primeiro amor dele, e quando ele foi lhe ajudar já que era noite de lua cheia sentiu a magoa dele pelo que tinha feito e não era só magoa que sentia vindo dele, mais sim um dor profunda que praticamente tomava todo o seu ser. E mesmo que Stiles dissesse que estava dando o troco quando lhe algemou, sabia que ele sofria pelo beijo. Sofria pelo que estava fazendo consigo. E sofria por não poder lhe ajudar mais do que podia contra os efeitos da lua cheia. Ele era assim sofria pelos outros mais não deixava ninguém ver ou perceber quando ele mesmo sofria.

– Tem razão. – disse e automaticamente deu um selinho na namorada.

– E eles viveram felizes para sempre. – as vozes dos amigos acabaram com o momento.

– Ei! Só o Stiles tem permissão para dizer isso. – pronunciou Scott serio mais acabou rindo.

Stiles estava sozinho na sala e seus dedos brincavam com flor que achou em sua orelha, ainda não tinha encontrado uma resposta para saber como ela havia parado nela, mas só de olhá-la sentia seu coração mais leve e o desentendimento que teve com Scott parecia ser uma coisa quase sem importância, no entanto ainda doía. Não uma dor forte, mais uma leve e continua que subia em sua garganta e descia ao mesmo tempo, entretanto o barulho de passos e risadas chamou sua atenção fazendo com que novamente escondesse a pequena flor no bolso e ficasse estático assim que Scott entrou na sala acompanhado dos outros.

Assim que viu que o amigo estava ali o sorriso de Scott automaticamente se foi ao mesmo tempo que suas mãos suavam de nervoso.

– Stiles. – o chamou se aproximando e este lhe encarou. – Eu queria me desculpar por ter esquecido o nosso compromisso... Você é o meu melhor amigo e eu não estou te dando o valor merecido nesses dias. Nem quando Gerald te seqüestrou, eu não consegui fazer nada para te ajudar, mesmo sabendo que eu podia. E o que eu disse antes foi por que eu estava com ciúme, principalmente por ver que você se divertiu tanto com outra pessoa. – disse olhando pro amigo sendo que quando começou a falar Stiles no mesmo instante abaixou o olhar e depois de uns minutos este se levantou e se colocou a sua frente ainda com o olhar baixo onde logo sentiu uma pressão leve na boca do estomago e quando percebeu, viu que Stiles lhe dera um soco.

– Oh Droga! – exclamou Stiles ao sentir a dor na mão. – Esqueci que vocês são sólidos como uma rocha. – afirmou, pois a dor que sentia era a mesma de quando socou a face de Derek. – Bom, agora falando serio. – disse assim que a dor da mão diminuiu. – O que aconteceu com Gerard esta no passado agora e também não vou dizer que eu me senti bem vendo que ninguém apareceu lá enquanto eu, a Erica e Boyd estávamos com ele... – falou e sem perceber passou a mão no rosto, bem na parte que os machucados haviam ficado. – Mas você fez o que era certo no momento, e se eu estivesse no seu lugar acho que faria o mesmo. – comentou. – E vou dizer mais uma coisa... Você não é meu melhor amigo. – falou serio surpreendendo a todos ali e antes que alguém dissesse alguma coisa continuou. – Você é mais que meu amigo Scott, você é meu irmão de coração. Seu idiota. – falou rindo e Scott sorriu vendo que Stiles naquelas palavras tinha lhe perdoado.

– Posso saber o que esta acontecendo dentro da minha sala? – perguntou o Sr. Harris na porta.

– Nada Professor. – disse automaticamente Lydia. – Só estávamos conversando.

– Então poderiam se sentar em seus lugares, pois eu quero começar a aula. – disse serio e imperativo, onde automaticamente todos se sentaram e em alguns segundos os resto da sala chegou.

– Bem eu vou começar entregando suas ultimas provas. – começou o Sr. Harris e logo pegou uma pilha de papeis de sua maleta. - Não vou dizer que estou contente com suas notas medianas e quase sem nenhum interesse, porém os parabenizo por acertarem seus nomes, mesmo que só uma pessoa cometa todas as vezes mesmo o erro. – falou o professor e Stiles sentiu a indireta, estavam no ultimo ano do Colégio e o Sr. Harris ainda o perturbava por causa do ocorrido com seu pai.

Entretanto logo uma batida na porta seguida da mesma sendo aberta chamou a atenção de todos onde uma das funcionarias da secretaria entrou e atrás dela estavam dois garotos, um era alto de cabelos curtos e pretos e usava um simples e elegante par de óculos de grau. O outro era loiro e tinha os cabelos um pouco maiores que estavam semi presos.

– Com licença Sr. Harris. – disse ela. – Eu só vim trazer os novos alunos, os Srs. Simon e Lucas Arrow. Eles demoraram um pouco pois precisei entregar o folheto com as normas que ficou faltando na matricula deles.

Assim que os dois garotos entraram automaticamente Stiles sentiu que havia algo diferente nos dois, principalmente pelo jeito que eles encaravam a todos. No entanto além disso viu que eles tinham alguns traços em comum e até o jeito que eles se portavam em pé era um tanto semelhante mesmo que de primeira vista eles não tivessem nada em comum, então logo concluiu que eles deviam ser parentes e isso ficou confirmado quando ouviu o nome deles.

– Certo podem sentar nos lugares vazios. – disse o Professor e em toda a sala só havia duas cadeiras vazias uma ao lado de Stiles e outra ao lado de Isaac.

– Licença. – disse o loiro ao se sentar ao lado de Stiles.

– Vocês são parentes? – Danny que estava ao seu lado perguntou ao loiro. Sendo que o Mahealani automaticamente percebeu que o loiro era o mesmo que viu rapidamente nas escadas e assim que este entrou viu que ele fazia e muito o seu tipo e até além disso, mas também notou que ele tinha algo de diferente.

– Meio-irmãos. – respondeu Lucas sutilmente ao ser encarado pelos olhos do filho de Avalon, afinal sabia muito bem quem era aquele garoto. Afinal os filhos de Avalon eram conhecidos por guardarem grandes conhecimentos. – Temos o mesmo pai, mas nascemos de mães diferentes.

– Entendo. – disse Danny. – Bem eu sou Danny Mahealani. – falou e estendeu a mão ao loiro.

– Lucas Arrow. – falou este e apertou a mão que lhe era estendida, o que fez com que Stiles que até o momento estava calado prendesse os olhos na pulseira que o loiro tinha no pulso, era um simples cordão preto porém o que chamou mais sua atenção fora o relicário que estava preso nela, sendo que ele não parecia um relicário comum para colocar fotos, ele era em forma de cilindro como se tivesse algo dentro do mesmo. – E você? – a voz do loiro chamou sua atenção.

– Sou Stiles. – falou. – Stiles Stilinski. – completou.

– Espero que nos demos bem também Stiles. – disse Lucas. – “Então esse é o mascote.” – pensou sentindo o cheiro de todos os lobisomens que estavam impregnados no humano e até um cheiro em especial e que até parecia estar bastante fresco nele, mesmo que o cheiro de um Alpha demorasse um pouco para sumir de alguém ou mesmo de um lugar.

Ao longe Simon observava seu irmão interagir com o mascote do Pack Hale e com o Avalon o digamos alvo principal de Lucas, porém notou que este pelo cheiro havia se interessado automaticamente em seu irmão o que poderia ser uma vantagem como também uma desvantagem já que Lucas nunca lidou com situações de relações mais profundas. No entanto logo se voltou para si mesmo afinal ao entrar na sala seu instinto Alpha uivou dentro de seu peito, sendo que ao se sentar ao lado dos dois Betas ali seu Alpha estava totalmente agitado em seu peito e sabia muito bem o que aquilo significava e ficou mais confirmado quando olhou de esgueira para o Beta ao seu lado, parecia até uma brincadeira sem graça do destino e isso lhe irritou.

– Ei! Eu sou Isaac. – disse o Lahey assim que percebeu que era encarado pelo novato e no mesmo instante estendeu sua mão a ele.

– Não fale comigo e nem me toque. Você é irritante. – pronunciou friamente e logo desviou seu olhar dele.

Isaac demorou uns segundos para absorver o que o moreno havia dito e isso lhe deixou extremamente bravo, mal se conheciam e ele dizia aquilo depois que foi amigável e de uma coisa agora tinha certeza não ia com a cara dele.

– Vendo que não teremos mais interrupções vamos continuar a aula. – pronunciou o Sr. Harris chamando a atenção de todos.

O silencio predominava a velha residência dos Hales, e na mesma só havia um único indivíduo que estava totalmente alheio a tudo a sua volta. Peter ainda não tinha voltado da onde quer que tivesse ido e Jackson tinha saído para mais uma de suas caminhadas, enquanto o Alpha estava mergulhado num sono sem sonhos e isso depois de ficar a noite inteira de vigia e mergulhado em pensamentos, o que seria algo até um pouco comum desde que a ameaça Alpha surgiu, se não houvesse algo que não se encaixava totalmente na cena em si, já que entre os dedos de Derek havia uma pequena pétala vermelha.


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