Elizabeth Potter Pov.

Sabe aquela sensação de ter o estomago embrulhado e o seu sangue esquentando? Pois é, estou sentido isso. Acho que é a primeira vez, pois já varri todo o meu cérebro tentando encontrar essa sensação, mas nada.

James não parecia muito diferente de mim. Mas o problema é que quando ele fica irritado ele fica vermelho e o seu punho fica fechado.

E o motivo disso tudo? Se você pensou numa ruiva e num lobisomem, parabéns, você acertou! Sim, Lily e Remus estão muito grudados e sim eu estou com ciúmes. Um sentimento totalmente novo no meu corpo. E está sento extremamente difícil admitir isso.

Mas o pior não é isso, e sim o Sirius. Aquela coisa fica dando indiretas pra mim, tais como: “Olha, a Liza tá toda enciumadinha, por causa do Aluado”. “Eu disse que você está afim dele”. E a vontade de jogar um Crucio nele não passa. Cachorro sarnento.

Agora estamos na última aula do dia: Transfiguração. Sirius está sentado do meu lado escorado com a cabeça no meu ombro. Além de cachorro é folgado!

A aula estava acabando e eu estava quase dormindo e Sirius estava quase babando no meu ombro. Alguns minutos depois a aula acabou e eu tive que acordar o Almofadinhas.

– Acorda Sirius. A aula acabou. – Falei tentando tirar todo aquele peso de mim.

– Hmm, Liza me abraça. – Ele falou sonolento e me agarrou.

– Me solta seu cachorro. – Com um pouco mais força consegui empurra-lo e o cabeludo caiu no chão.

– AI MEU DEUS, QUEM MORREU? – Ele gritou assustado.

Eu simplesmente comecei a rir. Não como uma pessoa normal, eu fava gargalhadas altas.

– Minha cabeça. – Ele choramingou passando a mão atrás da cabeça.

– Vamos, levanta. – O ajudei a levantar.

– Precisava me acordar daquele jeito? – Ele perguntou fazendo bico.

– Precisava sim. Agora para de reclamar e anda.

Ele me deu a língua e eu revirei os olhos. Andamos um pouco até passarmos por um grupo de garotas da Corvinal, pelo qual Sirius piscou e as garotas deram risinhos. Iludidas.

Não demoramos a chegar à sala Comunal da Grifinória. Onde alguns alunos já estavam lá conversando perto da lareira (Que já estava acesa). Passei meus olhos e encontrei Remus e James sentados no chão cheios de pergaminhos, penas e tinta.

James parecia mais calmo, e Remus estava com o cenho franzido.

– OLÁ MEUS QUERIDOS. – Sirius gritou para os meninos.

– Oi. – Remus e James falaram ao mesmo tempo.

Sentei ao lado de James e ele passou o braço ao redor da minha cintura e beijou minha bochecha.

– O que você quer veado? – Perguntei me virando pra ele.

– É CERVO, CERVO LIZA. E nossa que consideração pelo seu irmãozinho, eu só quero passar um tempo com minha irmã. – Ele tentou ser convincente.

– Ah, conta outra Pontas. Anda, diz logo o que você quer.

– Me ajuda? – Esticou um dos pergaminhos e arregalou os olhos como os de uma coruja.

Tentei resistir, mas realmente, não dá pra resistir ao meu irmão.

– Tá bom. – Falei convencida e ele vibrou do meu lado.

– VALEU LIZA, EU TE AMO. – Me abraçou apertado.

– Jay... N-não c-c-consigo r-respirar –ele me soltou- Seu gordo.

Começamos então com quase uma pilha de deveres que parecia nunca mais acabar.

– AMÉM. ATÉ QUE ENFIM. – Gritei deitando completamente no chão.

– Ah Liza, nem foi tanto assim. – James falou.

Revirei os olhos e levantei num pulo, ficando tonta e me apoiando em Sirius.

– Calma loira. – Ele falou rindo.

– Vamos comer. – Falei ignorando Sirius.

Eles assentiram e todos se levantaram e saímos pelo quadro da Mulher Gorda.

Peter havia se juntado há nós pouco tempo depois que eu comecei a ajudar James com os deveres. Mas o mesmo quase nem abriu a boca (só pra comer).

James e Sirius iam à frente e conversavam animados sobre Quadribol, Peter estava do lado deles tentando acompanhar a conversa e eu e Remus estávamos mais atrás em silencio.

–Liza está tudo bem? – Ouvi a voz de Remus ao meu lado mais baixa do que o normal.

– Claro que está, porque não estaria?

– Você quase não falou comigo hoje. – Ele olhava para o chão.

– Pensava que estava muito ocupado com a Lily. – Falei um pouco mais alto.

Ele me olhou por um momento de um jeito estranho, mas depois voltou a encarar o chão.

– James me falou a mesma coisa. Só que mais alterado. Sirius me disse que ele estava com ciúmes. E nós tivemos uma pequena discussão, e agora ele quase não fala comigo. – Percebi um pouquinho de tristeza na sua voz.

– James é um idiota. – Falei sem pensar e ele riu.

Olhei pra ele e ele me olhava sorrindo. Fiz uma cara estranha e agora eu passei a olhar o chão.

Sim, Remus John Lupin tinha conseguido me deixar sem graça apenas com um sorriso. Qual é o meu problema?