Elizabeth Potter Pov.

Já era noite e, James e Sirius estavam jogados no tapete da sala, enquanto se lambuzavam de chocolate e riam um da cara do outro (Tenho certeza que tinha alguma coisa nesse chocolate). Remus estava sentado ao meu lado, mas um pouco mais afastado, e olhava fixamente para o quadro, onde estava pintada uma coruja preta de olhos azuis.

– O que foi Rem? – Perguntei o tirando de seus pensamentos.

– Hã? Nada. – Se ajeitou no sofá e jogou a cabeça para trás encarando o teto.

– Nada? Tem certeza? – Ainda não tinha me convencido.

Ele ia falar alguma coisa, mas foi impedido pelo grito de Sirius:

– HÁ ISSO AÍ JAMES, MUITO BEM CARA. – Sirius “pulou” sorrindo.

James revirou os olhos, e eu olhei para ele tipo: “Qual é o problema desse retardado?”.

Voltei minha atenção para Remus ainda querendo saber o que estava acontecendo com o lobo enjoado, mas ele parecia disposto a não me dizer nada. Maldito Lupin.

– Vocês não estão com sono? – Meu pai apareceu na porta sorrindo.

– Não, já é pra dormimos? – James perguntou olhando pro meu pai.

– Só se vocês quiserem, eu e a sua mãe vamos sair. Não temos hora para voltar. – Papai falou.

– Tá bom. Se cuidem. – Falei e meu pai veio até mim e me deu um beijo na testa.

– Vocês também. – Meu pai deu um tchau geral para os meninos.

Ficamos em silencio por um breve momento. Até percebemos que estávamos sozinhos. Sem nenhum adulto por perto.

– Já comprou meu presente amorzinho? – Sirius perguntou manhoso sentando entre as minhas pernas.

– Já. Uma coleira. – Falei e Remus gargalhou.

– Pensei que gostasse de mim. Sua feia. – Mostrou a língua para mim e eu revirei os olhos.

– Eu já comprei o da Lily. – James comentou olhando fixamente para minhas pernas.

– É? Comprou o que Pontas? – Perguntei.

– Um anel. – Falou.

– Um anel? Fala sério James, quem compra um anel pra garota com quem se está saindo? – Sirius falou como se fosse obvio.

– Talvez porque ele vai pedi lá em namoro? – Falei e Sirius arregalou os olhos e olhou para o meu irmão.

– Você vai pedir a ruiva em namoro? – Ele perguntou se ajeitando.

– Vou. – James falou.

– Cara, você vai se prender? É isso mesmo? – Sirius fez cara de indignado.

Dei um tapa na cabeça dele e ele resmungou, mas percebeu que era pra calar aquela maldita boca dele.

Iniciamos então um assunto qualquer e ficamos ali jogando conversa fora e dando risada.

– Ah, eu vou dormir. – Falei entre um bocejo e outro.

– Já? Mas ta cedo. – James fez bico.

– Jay querido, já são quase duas da manhã. – Falei e ele arregalou os olhos.

– Tudo isso?

– Tudo isso. Bom, boa noite meus amores. – Dei um beijo na testa de Sirius e o empurrei para ele sair de cima de mim.

Agachei-me e beijei a bochecha de James, que me puxou e me abraçou e falou um: “Boa Noite” e fui até Remus onde quando fui beijar sua bochecha, ele se virou e acabamos dando um selinho. Coramos, e eu me despedi. Sorte que ninguém viu.

Subi para o meu quarto e coloquei meu pijama. Escovei meus dentes, fechei a porta do meu quarto, mas não tranquei. E me enfiei de baixo das minhas cobertas.

E peguei rapidamente no sono...

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Acordei com a garganta seca. Olhei pelos buracos da janela e vi que ainda estava escuro. Deve ser o que? Três da manhã?

Joguei minhas cobertas pro lado e saí da minha cama. Abri a porta e fui até a cozinha tomar um copo de água.

Só que eu encontrei certo lobo, parado de frente pra pia. Apenas de calças de moletom e sem blusa nenhuma. Olhei suas costas e vi algumas cicatrizes. Mordi o lábio e não me aguentei, passei meus dedos por elas, causando um arrepio nele.

– Mas o que... Liza? – Se virou e arregalou os olhos a me ver.

– Ah, desculpe. Eu não me aguentei. – Falei envergonhada.

Olhei bem para ele, e sorri ao ver como ele ficava bonito apenas com a luz da lua nova lá fora (apesar dela não fazer tanta luz) e desci meu olhar para o seu abdômen, e juro que quase escorreu baba aqui.

Ele parecia que também estava perdido nas minhas pernas. Maldito pijama que em cima é de mangas compridas e em baixo é um shortinho curtinho.

Mordi meu lábio e olhei para ele. Ele demorou um pouco para me olhar, e quando me olhou eu juntei nossos lábios.

Passei minhas unhas pelo seu abdômen e ele apertou minha cintura, desceu uma das mãos para minha coxa e apertou. Sorri entre o beijo e mordi seu lábio e desci meus lábios para o seu pescoço. Onde eu dava pequenas mordidinhas. Ele gemeu baixo e eu coloquei meu dedo indicador em seus lábios, pedindo para ele fazer silencio.

Ele sorriu e ele agora passou a beijar meu pescoço, enquanto passava a mão pelo meu corpo todo. Uau Lupin, quando fogo!

Continuamos com tudo isso, por algum tempo. Mas o pouco de sanidade que ainda restava nele voltou e ele nos separou. Ofegantes sorrimos um para o outro.

– Boa noite meu lobinho. – Sussurrei no seu ouvido e mordi seu ombro.

– Boa noite pequena. – Me deu um selinho.

Eu subi pro meu quarto com um sorriso que quase iluminava o caminho.

Rem, porque você não é assim na escola? Sabe eu deixo.