Ain't No Way We're Going Home escrita por snowflake


Capítulo 12
Madrugada pt. 1


Notas iniciais do capítulo

Oiee! Eu sei que demorei.. Sorry..

OBRIGADA pelos reviews do cap. anterior... Eu não poderia pedir leitores melhores :3
Especialmente Shirayukki e Gabriel ♥ Meus amores ♥

Essa capítulo era pra ser um só, mas ele ficou muito grande. Por isso ele acaba num momento meio aleatório. É que eu dividi ele, literalmente no meio.
Mas acho que ficou bom...

Eu cortei o capítulo por que essa é a minha média de palavras por capítulo.. Ela vai de 1.200 a 2.000 palavras, e ele inteiro teve quase uma 3.000 palavras (segundo o word)

Sem mais enrolação...

Mommy loves you ♥



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Há quase quinze minutos, Austin tentava acender a merda da fogueira.

Eu estava sentada no chão, enrolada no cobertor, dedilhando no violão a um bom tempo.

— Por que você não trouxe fósforos ou algo assim? – perguntei, soltando o violão ao lado.

Ele parou por um segundo.

— Eu já volto. - Ele disse, levantando-se e indo em direção ao carro.

Pego o violão novamente, de dedilho algumas notas. Gosto do ritmo. Pego meu celular e gravo a melodia. Talvez ela seja útil algum dia.

Achei!— ouço-o gritar lá da picape.

Reviro os olhos, e ele logo volta com uma caixinha de fósforos, e algumas folhas de jornal.

— Por que você tem isso dentro da picape? – indaguei. – E eu pensei que ela fosse de Dez.

Assim que ele acende a fogueira, sinto-me melhor. Afinal, estávamos no completo escuro, e estava bem frio.

Mas foi realmente uma sensação boa. Peguei meu celular do bolso do moletom. Abri o bloco de notas.

“You lit a fire, feel like millionaires”
(Você acendeu o fogo, nos sentimos milionários).

Interessante... Isso combina com a melodia que eu toquei.

— Ah. Bem melhor agora, não é? – ele fala, sentando-se ao meu lado.

Concordo e ajeito-me ao seu lado, me virando para ele.

— Olhe Austin... – chamei sua atenção. – Você não tem que fazer. Essa é a sua particularidade. Se eu te contei minha história, foi por que eu quis e... – fui rudemente interrompida pelos lábios do loiro nos meus.

— Escute só, Alls. – ele começa a falar. Eu ainda estou em estado de choque. – Se eu te trouxe aqui, foi porque eu quis. Entendido? – ele perguntou, segurando minhas mãos, e olhando-me nos olhos.

Ok. Dizer “não” a ele, seria a mesma coisa que matar um cachorrinho filhote da raça Pug.

— Tudo bem... – falei, rendendo-me. – E o que foi aquilo? – perguntei.

— Aquilo, o que? Isso? – ele perguntou, dando-me mais um selinho.

Fui pega de surpresa (novamente). Contraí os lábios num bico, e olhei-o enfurecida.

Ele somente riu da minha reação e eu, já não aguentando mais, ri também.

— Ok, ok. – ele falou, e as risadas cessaram. – Viemos aqui por um motivo.

Assenti, ele parecia, realmente, bem abalado.

— Austin.. – cortei-o. – Eu já lhe disse. Você não precisa fazer isso... Você não parece nem um pouco preparado pra isso. – falei, olhando em seus olhos.

O loiro suspirou. Olhou para baixo, e depositou um sorriso de canto nos lábios.

— Ally eu.. – ele começou, mas parou imediatamente, olhando algo atrás de mim.

Seu sorriso cessou.

Ele puxou o cobertor e jogou-o por cima da pequena (para não dizer, minúscula) chama da fogueira, apagando-a.

— Aus.. – ele me calou. Não do modo anterior (duas vezes seguidas). Ele colou a mão na minha boca, pedindo silêncio.

Vamos. No caminho te explico.— ele sussurrou.

Levantamo-nos devagar. Ele pegou o cobertor delicadamente, para não fazer nenhum barulho, e me entregou o mesmo. Pegou o violão, e pendurou-o no ombro.

Andamos pelo gramado até chegar à picape. No meio do caminho, Someday do Nickelback começa a tocar. Identifico o barulho, vindo do bolso do meu casaco.

Trish. Pego o aparelho e o desligo rapidamente.

— Corre. Só corre! – Austin fala.

Com essa simples fala, começo a correr na frente do loiro.

Não fuja Moon!— ouço uma voz masculina gritar atrás de nós.

Olho rapidamente para trás. Um homem estava onde a fogueira foi apagada. Austin estava logo atrás de mim.

Continuo correndo até a picape, ouço um estouro. Assim que chegamos até o carro, eu estro e Austin em seguida.

Fugimos em disparada.

Eu estava alterada. Coloquei o cobertor atrás do banco.

— Onde está o violão? – perguntei para Austin que dirigia na direção contrária de Cocoa Beach. – E onde estamos indo?

— O violão, ele acertou uma bala, e caiu no meio do caminho. – ele falou já mais calmo, e dirigindo mais calmo, também.

— Em questão a segunda pergunta.. Eu não faço a mínima ideia.

Respiro fundo. Reclino-me no banco. Espreguiço-me e bocejo.

— Com sono? – ele pergunta, dando uma risadinha.

Sorrio. E assinto.

— Bem. Você deve estar se perguntando o que foi aquilo, não é? – ele questiona, olhando fixamente a estrada.

— E não precisa me explicar agora. Você está dirigindo. – falo, alertando-o.

Ele concorda.

— Estamos perto de Melbourne. Podemos achar uma pousada por lá. Até por que vai ser impossível passarmos para a casa de Dez. O único caminho é aquele, e... Bem. Você sabe. – ele falou.

Aceito sua proposta. Logo começo a ouvir o som do mar. Estamos perto mesmo.

Passam-se alguns minutos. Estávamos conversando sobre assuntos aleatórios, e tentávamos não pensar no ocorrido no... Eu não que nome dar a aquilo. No local onde estávamos antes.

E eu tentava não pensar nos “sustos” que recebi de Austin.

Minha sanidade está a ponto de acabar se esse garoto continuar com essa atitude. Sorrio com meus pensamentos. E logo começo a gargalhar com os mesmos.

Paro de rir, e olho para o loiro ao meu lado, ele tinha um pequeno sorriso nos lábios. Uma de suas sobrancelhas estava levantada, e ele olhava para mim. A picape estava estacionada.

— Você está bem, Ally? – ele pergunta.

— Estou ótima, senhor Moon. – respondo risonha. Ele somente revira os olhos. – Onde estamos?

— Aqui tem uma lanchonete, e eu estou morrendo de fome. – ele fala, acariciando a barriga.

Revirei os olhos e empurrei-o de leve.

Ele riu novamente e saímos do carro.

Ele trancou a picape e colou a chave no bolso de seu jeans. Então eu percebi como estávamos.

Austin estava com o cabelo um pouco bagunçado, com aspecto de cansaço.
Vestindo um jeans desgastado, meio claro. Com uma camiseta cinza escura de manga comprida. E claro, seus inseparáveis All-Star.

Eu estava de pés descalços, com uma calça leg preta (que por sinal estava meio suja de areia pelo ocorrido na praia), e com um moletom verde claro que era duas vezes o meu tamanho. Se duvidar, esse moletom era de Dallas.

Andamos pela calçada. Ela estava fria. Era um pouco incômodo andar desse modo.

— O que foi? – acho que transpareci meu “sofrimento”.

— Só um pouco difícil andar descalça, mas eu me acos... – fui cortada por um grito vindo de mim mesma (novamente).

Austin havia me pego no colo, como uma noiva. Olhei para ele, raivosa.

— Austin. Me põe no chão! Eu consigo andar sozinha! – protestava, enquanto ele andava em direção à lanchonete.

Apesar do letreiro dizendo “24 HORAS”, não havia ninguém dentro no estabelecimento. Somente uma garçonete. Ela parecia ter a minha idade. Estava com um vertido curto amarelo, e um avental vermelho. Típico uniforme.

Estava encostada no balcão, mascando um chiclete, e ouvindo música.

Assim que ele viu Austin, colocou um sorriso no rosto, mas ao me ver em seu colo, ela desanimou-se.

— O que desejam? – ela disse, sem muita vontade.

Austin largou-me no chão, e nos aproximamos do balcão.

— Olá.. – olhei o crachá em seu uniforme. – Britanny! Poderia nos informar se tem alguma pousada ou hotel por aqui? Chegamos há pouco tempo.. Só precisamos passar uma noite.

— Ah! E precisamos de dois dunnuts de chocolate, e duas latas de Sprite. – virei para Austin, que estava atrás de mim.

— Como sabe que eu só tomo Sprite? – perguntei. Ele somente deu de ombros.

Britanny nos olhou de cima abaixo. Parecia desconfiada. Tirou os fones, colocou-os em cima do balcão. Cuspiu o chiclete num lixo ao seu lado.

— Bem. Estamos no período de férias, então vai ser meio difícil, já que Melbourne é um grande atrativo para turistas.

Ela fez uma pausa, e pensou um pouco.

— Vocês são um casal, certo? – ela perguntou, e antes de eu negar, Austin confirmou.

— Claro! Não é amor? – ele falou, passando a mão pela minha cintura.

— Ah... – ela falou, e não parecia tão feliz com isso. – Sendo assim, eu sei de um lugar. Só vou ver o endereço certinho. Só um minuto. – Britanny disse, e entrou dentro da cozinha da lanchonete.

O que pensa que está fazendo, Moon? – perguntei, sussurrando. Afinal, ela poderia ouvir, e não saia o que Austin estava tramando.

— É só pra conseguir o quarto, relação... – ele falou, calmamente.

Assim que ele me respondeu, Britanny voltou com uma embalagem de papel. Tipo do Starbucks, mas estava escrito “Danny’s 24 HORAS” em laranja. Voltou até a geladeira de bebidas que estava ali perto, marcando -0,5 graus. Pegou duas latas verdes com azul. Sprite. A bebida dos deuses, sem mais.

Ela colocou as três coisas no balcão de madeira.

— Aqui está o endereço. – ela entregou um papelzinho para Austin. Ele passou os olhos no papel e agradeceu.
O loiro pagou os dunnuts e os refrigerantes. E eu lhe disse que devolveria o dinheiro mais tarde. Ele negou, e fomos até a picape discutindo isso.

Infelizmente... Ahm, quer dizer.. Por sorte, a discussão distraiu Austin, e ele não pode me levar no colo até a picape. Felizmente. Não infelizmente.
Não pensem nada errado.

Ele pediu para eu segurar as coisas, e eu coloquei-as ao meu lado no banco.
Peguei o papelzinho e li o endereço. Ele disse que logo estaríamos chegando.

Abri uma das latinhas e tomei um gole.

— Quer? – perguntei para Austin. O mesmo aceitou, e tomou grande parte do conteúdo da lata.

— Eu também quero! – falei rindo. Ele somente balançou a cabeça com um sorriso no rosto.

Vendo Austin nesse momento, de perfil, ele parecia bem bonito mesmo.

Seu cabelo loiro bagunçado, já estava bem grande, e precisava ser cortado. Seus olhos castanhos concentrados na rua. A linha do meio dos olhos até o queixo, fazendo curvas. Os lábios finos, com um simples sorriso de lábios.
Ele não aparentava ter algum problema.

Quando passamos por um poste de luz, seu rosto de iluminou por segundos, e vi algumas olheiras embaixo de seus olhos, mas ele está sem dormir a um tempo, deve ser isto.

Logo avistamos um pequeno prédio de dois andares. Era numa cor amarelada. Um dourado sujo, digamos assim. O loiro estacionou pouco depois da pousada. Coloquei a outra latinha dentro da embalagem para levar tudo numa mão só.

Descemos da picape. Entrelacei minha mão direita com sua mão esquerda e nós andamos até o prédio

— Primeiro as damas. – Austin disse, abrindo a porta de madeira clara, e sorrindo depois.

Agradeci, e entrei.

Um flash do pesadelo que acabara de ter passou por minha mente, mas ignorei-o quando o loiro pegou minha mão novamente.


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Notas finais do capítulo

Até o próximoo!

Capítulo BEEEM aleatório. I know.. ¬¬

E desculpem-me qualquer errinho... Eu não revisei :p