Circus escrita por Nico kaulitz


Capítulo 5
Capítulo 5




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Pra você ver como as coisas são estranhas. Um dia eu estou no trabalho e chega um cara que no mesmo dia me aborda em um beco me fazendo uma proposta de emprego. No dia seguinte eu chego aqui, descubro que ele sabe dos meus poderes, e descubro também da existência de outros semelhantes a mim sem contar em um vampiro. Piração total, seria isso que a Megie diria se estivesse aqui.


Depois de poucos instantes de eu ter aceitado o convite, Baltazar retornou.


-Pela suas feições, creio que tudo correu muito bem. Reuniu-se a nós eu presumo Audrey.


-Sim, eu aceitei sua proposta Baltazar.


-Que esplêndido. Tomaremos a estrada o mais rápido possível. De preferência amanhã.


-Amanhã? –eu me espantei.


-Alguma objeção?


-Eu não esperava partirmos tão rápido. Eu tenho que acertar algumas coisas. O apartamento, meu emprego...


-Ah querida, coloque fogo em tudo, tenho certeza que ficaria mais bonito em cinzas.


-Baltazar. Não podemos partir amanhã, acho que de acordo com as notícias o ideal seria um mês. – Kathelin e georg estavam de mãos dadas.


-Eu peço que vocês dois saiam de meus pensamentos agora. Já não basta a falta de privacidade em si.


-Não podemos evitar, nos desculpe. – Kathelin estava desconcertava.


-Que novas notícias? – eu questionei.


-Bem Audrey, digamos que temos motivos pra não ficar mais de duas semanas em um mesmo local. Você é ainda é muito nova pra entender, mas passaremos mais três semanas aqui; acho que será o suficiente para você aprimorar seus poderes o mínimo necessário.


-Para me aprimorar?– eles poderiam ser um pouco mais claros.


-Tempo Audrey, com o tempo tudo será esclarecido. – ele perseguiu. – Por hora é tudo, vá para casa e apartir de amanha começa seu “treinamento”. Não se preocupe você terá suas respostas em breve.


-Não acha que é um pouco tarde pra ela ir para casa sozinha Baltazar? – Kathelin se posicionava ao meu lado.


-Tenho certeza que ela não é uma donzela indefensa Kathe.


-Ainda sim, prefiro que alguém vá com ela. – ela indagou.


-Tudo bem. – ele se virou – Dama a acompanhe.


-Não mesmo, me bota fora dessa. – Ashiley se levantou e subiu as escadas.


-Eu posso ir Baltazar. –Georg propôs.


-Não. Preciso de você e sua irmã aqui. E se você for, ficara completamente indefeso.


-Então quem? – Kathelin perguntou.


-Tom Venha até aqui.- Baltazar elevou seu nível de voz,que era aparentemente inalterado.


Tom desceu as escadas prontamente mais ainda sim com a cara amarrada.


-Tom acompanhe Audrey até sua casa.


-Você está de brincadeira né? Eu não vou a lugar nenhum com a novata


-Seja um bom menino e me obedeça. Afinal você já aprontou muito nos últimos tempos.


-Porque tudo sempre é comigo. - ele falou muito sério. –Mas se é o que você quer. - ele se virou para mim me encarando. –Você também quer que eu te leve no colo ou você sabe andar?


 


Após eu me despedir de todos, ou melhor, de todos aqueles que queriam falara comigo; eu e Tom fomos caminhando pela avenida principal – se houvesse muita gente teria menos chances dele me matar. – até chegarmos ao metrô. Durante toda a caminhada nós íamos acompanhados pelo silencio.


Melhor o silencio que as grosserias gratuitas dele.


-Há quanto tempo você está com o Circo? – talvez essa fosse minha ultima chance de tentar quebrar essa animosidade que ele criara por mim.


Estávamos sentados nas cadeiras azuis do trem, o vagão estava quase completamente vazio, com exceção de nós e um velho que lia jornal do outro lado.


-Há mais tempo que os outros. – ele falava secamente olhando pra janela do vagão.


-Você também não é vampiro é?


-Mais é claro que não, da onde você tirou isso? – ele me olhou com antipatia. Eu sentia estava bem próxima de levar uma surra. – Baltazar nunca encostaria um dedo na gente, principalmente em mim.


Por quê? Você é de açúcar?


Era bem isso que eu queria dizer, nunca vi um garoto tão azedo, tão amargo daquele jeito.


-Apesar do que a Kathelin diz, não olhe pra mim como se eu fizesse parte de uma família feliz na qual você acaba de entrar.


-Mas eu achei que todos vocês eram como irmãos...


-Nós somos. Você não. – ele se levantou. – A próxima parada é a nossa.


Eu me levantei e déssemos na estação.


Caminhamos o caminho de costume que eu fazia sempre que ia pra casa.


-Você mora num lugarzinho bem nojento hein. – ele olhava pros prédios velhos do quarteirão onde eu morava.


-Será que você já reparou que você mora num circo? – eu o encarei.


Ele riu. Eu me espantei. Não foi um riso forte, não uma gargalhada. Mas mesmo assim foi um riso tímido, eu nem teria percebido se não estivesse olhando pra ele.


-Você também vai morar lá a partir de agora.


- Mesmo contra sua vontade. – ele seguia olhando pra frente.


-E isso faz alguma diferença. Você vai continuar lá manipuladora de fogo.


-Meu nome Audrey. Eu só queria saber por que você não gosta de mim ilusionista. – eu dei ênfase na ultima palavra.


-Você quer saber de muita coisa. Eu não tenho nada contra você, só não trato ninguém com beijinhos e abraços. – ele me olhou com uma cara de um adulto que fala com uma criança.


  Já estávamos quase na porta do meu prédio,quando eu vi pro entre as sombras uma pessoa,estava deitada na escada de entrada, parecia desmaiada ou estava dormindo. Eu não liguei, havia tantos bêbados por ali, só que quando estávamos bem próximos eu reconheci a silhueta caída.


-Vinny! – eu saí correndo até onde ele padecia caído. – Vinny, acorda. O que foi que aconteceu?


-Seus amigos são piores do que eu pensava.


-Será que dá pra você calar a boca e me ajudar.


Tom caminhou até nós e apoiou o corpo no ombro enquanto eu ajudava do outro lado.


Com dificuldade eu consegui rodar a chave, e subimos as escadas com o vinny desmaiado. Entramos no apartamento e Narow dormia sobre o sofá, quando nos viu entrar tomou um susto.


-Vamos colocar ele aqui no sofá. – eu falei enquantoTom deixava o corpo cair sobre o meu velho estofado.


-Com certeza eu prefiro um circo a isso.


-Que merda. – ele havia passado dos limites. – Será que dá pra você parar de reclamar das coisas, você não precisa gostar de nada. Essa é a minha casa, o meu lar, isso é melhor que qualquer circo nômade por aí.


Eu desabei na cadeira da mesa, eu estava cansada demais pra começar uma discussão que um idiota que eu nem conhecia.


-Obrigada por me trazer. Mas se quiser ir embora a porta ainda está aberta.


-Tudo bem. – ele foi recuando até a porta. – Boa sorte com seu amiguinho pinguço.


Isso foi tudo que ele disse antes de sair e encostar a porta.


 


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