A Promessa escrita por Maisa Cullen


Capítulo 17
Capítulo 16 - Antepassados


Notas iniciais do capítulo

Oi, eu sei que demorei um pouco mais dessa vez. É quase meia noite e agora que eu vim terminar esse capítulo. Tenho prova amanhã, mas resolvi aproveitar que o computador voltou a conectar na internet (tinha tido uns problemas aqui com o pc).
Quero agradecer a minha linda Luh, que me motivou a madrugar pra escrever esse capítulo e ao EdDuh que saiu da zona dos fantasminhas só para comentar no capítulo passado (eu esclarecerei alguns pontos sobre o tio do Peter, como você pediu). Valeu! E se quiser fazer novas visitas, fique à vontade.
Aviso: Eu pirei legal escrevendo esse capítulo, mas achei que vocês mereciam algumas explicações sobre a família do Peter.
Boa leitura!



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Ainda meio entorpecida pelo pesadelo, Lúcia notou que Peter mantinha seus braços firmes à sua volta, mantendo-a recostada contra seu peito e afagando-lhe um dos braços. E mesmo envergonhada pela proximidade, sentiu-se segura com ele.

Ergueu uma mão trêmula para enxugar suas lágrimas, porém Peter adiantou-se e as secou com as costas da mão, fazendo Lúcia corar levemente com a carícia. Ele a ajudou a sentar-se mais ereta, mesmo que à contra gosto, sentindo que ela já estava mais calma e que não poderia prolongar o momento.

Os dois ficaram sentados lado a lado sem saber muito bem como interromper o silêncio constrangedor. Quando Lúcia lembrou-se de algo:

–Onde está Edmundo? –Ela questionou notando a ausência do irmão.

–Quando eu acordei ele estava saindo para pegar mais lenha. –Contou Peter.

–No meio da noite? –Lúcia estranhou.

–O fogo mantêm os animais ou qualquer criatura longe. –Lembrou o garoto.

Lúcia soltou um suspiro e constatou que o único motivo para o irmão querer manter animais e outras criaturas longe era ela. Edmundo havia acordado quando percebeu que a lenha estava acabando. A preocupação do irmão quase fez Lúcia voltar a chorar. Ela certamente lhe agradeceria depois por isso.

–Esse foi um daqueles pesadelos sobre o que está acontecendo com seus irmãos, não foi? –Lúcia já havia falado disso com Peter e seu irmão.

–Sim. –Ela respondeu tentando não voltar a chorar.– Eu já havia visto levarem Susana... E agora Pedro.

–Definitivamente esse Duman está pedindo por uma surra. –Peter brincou. –Lembre-me de acertar as contas depois.

–Pode deixar. –A garota sorriu tristemente.

–O que eu preciso fazer para você esquecer isso um pouco? –O garoto perguntou notando a tristeza de Lúcia.

–Talvez... –Lúcia ponderou por um momento. –Me falar um pouco da sua família. Você não falou muito dos seus pais, nem desse seu tio que mora em outra cidade. Pra ser sincera, eu nem sei se você tem irmãos.

–Desculpe por isso. –Peter riu. –Mas acho que ainda posso compensar a senhorita. Vejamos... Meus pais se chamam Clair e Edgar. Minha mãe faz uns croissants que deixam qualquer padeiro indignado e cuida do nosso jardim como se fosse um filho, às vezes eu fico com ciúmes daquelas plantas. –Disse, fazendo Lúcia sorrir verdadeiramente. –Meu pai é artesão, quase um Gepeto da vida real.

–Só falta você dizer que ele tem um Pinóquio em casa. –Lúcia riu abertamente.

–Não, mas é uma boa sugestão pra ele quando voltarmos. –O garoto fez uma expressão pensativa.

–E você não tem irmãos? –Lúcia se lembrou de perguntar.

–Uma irmã, ela se chama Elisa e é dois anos mais nova do que eu. –Peter sorriu ao se lembrar da irmã.

–E esse seu tio? O que sabe bastante sobre Nárnia? –Ela indagou curiosa.

–Ele apenas sabe mais do que os meus pais sobre o assunto. –Peter esclareceu. –Tio Cornelius...

–Espera. Cornelius? –Lúcia ficou abismada.

–Eu sei, é um nome meio antigo, parece que é o mesmo do irmão de algum antepassado. –O garoto explicou meio confuso com a reação de Lúcia.

–É isso! –A garota exclamou exultante.

–Agora eu não estou entendendo mais nada. É isso o quê? –Peter estava confuso.

–Eu sabia que tinha alguma coisa estranha no fato da sua família saber de Nárnia e agora as coisas estão se encaixando. –Lúcia começou. –Algum tempo atrás, em uma das vezes que fui parar em Nárnia com meus irmãos, justamente a última de Pedro e Susana, algumas pessoas tiveram a chance de recomeçar suas vidas em nosso mundo. Cornelius era o tutor de Caspian, um príncipe que ajudamos a assumir o trono como rei.

–E você está querendo dizer que esse Cornelius é o mesmo do qual o meu tio herdou o nome? –Peter estava começando a compreender.

–Isso. Ele não veio para o nosso mundo, mas pelo que você disse há uma grande chance dele ter tido um irmão que teve essa oportunidade. –Lúcia sorriu vitoriosa.

–E esse tal irmão poderia ter repassado o que sabia de Nárnia para seus descentes. –O garoto ponderou. –Mas se isso só faz algum tempo, como ele poderia já ter tido descendentes?

–Eu pensei nisso e lembrei que Aslan disse que as pessoas que viessem para o nosso mundo poderiam ir parar em qualquer época ou lugar. –A garota contou.

–Uau. –Peter soltou um silvo baixo. –Parece loucura, mas faz sentido.

–Pois é. –Ela assentiu.

–Você praticamente acabou de traçar minha árvore genealógica. –O garoto não pôde evitar dizer.

Os dois riram e nesse momento Edmundo apareceu na clareira com a lenha. Peter foi ajudá-lo e Lúcia observou que estava quase amanhecendo. Foi até o irmão e lhe agradeceu pela preocupação, o que deixou Edmundo meio desconcertado. Após colocarem mais lenha na fogueira os três resolveram voltar à dormir, pois logo chegariam à caverna e não sabiam o que os estaria esperando lá.


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Notas finais do capítulo

Agora sim, conhecemos um pouco mais sobre o Peter e já temos algumas suposições sobre a origem da família dele.
Finalmente, missão cumprida, agora eu vou dormir. Boa noite.



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