Rin – ON

Quando acordei, me dirigi logo para o banheiro sabendo que haveria aula, para minha infelicidade. Olhei-me no espelho e percebi que estava com um pijama branco. Que eu não me lembro de ter colocando ontem. Devo só esta esquecida mesmo. Tomei um banho rápido e me vesti, Len fez o mesmo. Antes de sairmos, o faxineiro nos interrompeu e entregou uma carta que era para Len. O mesmo abriu a carta e começou a ler rapidamente no caminho para o metro, então ambos ficamos calados.

Rin: O que diz aí?

Len se espantou, provavelmente ele estava mergulhado em seus pensamentos.

Len: N-Nada de muito importante.

Falou dando um sorriso meio preocupado. Decidi não insistir tanto nisso, quando no fundo, eu estava me matando para saber. Quando entramos no trem, Len se sentou ao meu lado o que me deixou surpresa, já que ele sempre ficava com seus amigos e eu sempre ficava com a Miku.

Rin: Você não vai ficar com seus amigos?

Len: Bem, eles já têm outras pessoas com quem conversar... Já você só tem a Miku, então quero lhe fazer companhia.

Sorriu novamente. Mas senti que havia algo de errado com ele. E o tempo todo foi assim, Len arrumava uma desculpa para ficar ao meu lado o dia inteiro. Eu sempre sentia um olhar mal direcionado para mim, e a maioria vinha das garotas. É, acho que a escola inteira acha que eu estou namorando com ele. Enquanto voltávamos para casa, Len segurou meus dedos, como se estivesse esperando permissão para terminar. Logo a dei, segurando sua mão. Agora sim, parecíamos um casal. Até imagino as várias perguntas que as garotas vão fazer. E as ameaças também. Chegando lá Len me pediu para que eu me arrumasse para sair, nada muito formal. Então fiz entendendo NADA do motivo daquele pedido. Arrumo-me com um vestido solto laranja, com sandálias brancas e o colar que ele me deu. Penteei meus cabelos e coloquei meu lacinho branco de lado. Quando eu fui para a sala, Len estava apoiado na parede, ele vestia uma calça preta e uma camisa branca simples. Olhou para mim e sorriu.

Len: Você está linda.

Rin: O-obrigada.

Corei com a informação... Eu sei que sou muito bonitinha, mas quando outra pessoa diz, aí é outra história! Saímos de meio calado, andando pela calçada como estivéssemos sem rumo. Len segurou minhas mãos e chegamos a uma lanchonete bem bonita. Sentamos em uma mesinha que ficava ao ar livre. Uma garota veio até nós e perguntou nossos pedidos, por hora, íamos ficar com um suco de laranja (por pedido meu) básico. Quando nossos pedidos chegaram, começamos a conversar coisas aleatórias, rindo e as vezes discutindo um pouquinho, mas só para fazer graça. Por um momento, ficamos calados. Tirei coragem dos confins da Terra e perguntei para Len:

Rin: Bem, o que viemos fazer aqui?

Len: Calma, é uma surpresa. Você vai gostar. Bem, se eu fosse uma garota, gostaria.

Nós dois rimos daquela afirmação. Ficamos algum tempo lá, guando Len me puxou para um lugar onde tinha algumas cerejeiras e nos sentamos abaixo delas. Não muito tempo se passou quando olhei para Len e o mesmo se encontrava dormindo. Sério, como alguém poderia dormi tão facilmente em um lugar como aquele? Se bem que quando pensei nisso, minha visão ficou embaçada e minhas pálpebras pesaram.

*(^o^)/ Continue lendo!*

Acordei com certo loiro abanando meu rosto. Que ventinho bom...

Len: Acordou dorminhoca?

Rin: Eu é que pergunto! Quando foi que você acordou?

Len: Não faz muito tempo.

Rin: Se não faz muito tempo, você também dormiu muito...

Foi aí que eu percebi que o tempo não tinha mudado. Já devia está anoitecendo...

Rin: Len... Por quanto tempo dormimos?

Len: Uns quarenta minutos, talvez. Mas isso não importa agora, quero te mostrar uma coisa!

Ele me ajudou a levantar e começamos a correr entre as, não muitas, cerejeiras até chegarmos a um lago pacifico realmente bonito.

Len: Gostou?

Rin: Isso é lindo, Len!

Len: Eu também achei.

Ficamos um tempo olhando a paisagem quando a realidade me atingiu com uma voadora: COMO ESSE LAGO VEIO PARAR ALI?!

Rin: Len! Eu moro aqui mais tempo que você e nunca vi esse lago na minha vida!

Len: É que esse lago não existe aqui.

Rin: N-não existe?! Como assim?

Len: Deixa eu te explicar: O Piko tem haver com isso.

Rin(Pensando): Por que não estou impressionada?

Len: Quando você bebeu aquele suco, Piko colocou um pó dentro dele que nos fez dormi e sonhar com esse lugar. Nos estamos aqui, mas para outras pessoas, estamos dormindo debaixo das cerejeiras. Isto é um sonho, entedeu?

Rin: Então, esse lugar não existe...

Suspirei pensando que toda aquela beleza era apenas uma ilusão de nossas mentes.

Len: Como eu disse esse lugar não existe AQUI. Ele existe, só que em outro lugar.

Rin: Sério?! E você sabe que lugar é esse?

Len: É um lugar não muito longe da minha casa...

Ele apontou para uma casinha no horizonte

Len: Está vendo? Aquela é minha casa. Não podemos ir até lá, este sonho tem limite.

Rin: Entendi.

Como um impulso, me aproximei do lago e coloquei minha mão dentro dele. “Parece de verdade” brinquei comigo mesma. Sem eu perceber, Len se aproximou (eu não olhava pra ele) e falou:

Len: Quer mergulhar?

Rin: Pensei que você não gostasse de água.

Len: Isso é um sonho, não tem problema!

Antes que eu piscasse, vi um ser se jogando no lago e jogando água para todos os lados, inclusive em mim. Logo vi Len saindo da água e se arrastando para a borda. Olhei para ele evitando não rir.

Len: Que dizer... Eu estou me acostumando...

Me aproximei do individuo sentei perto dele.

Rin: Eu teria colocado algo menos solto e leve se soubesse que era para mergulhar...

Len: Se quiser, coloca minha camisa.

Ele apontou para a camisa branca não muito longe dali. A vesti e tirei meu laço (NEM MORTA EU DANIFICO ELE!) então, pulei no lago. Nos nadamos e nos divertimos muito como se nossa sanidade tivesse pulado pela janela e ido fazer compras no shopping do centro da cidade com um cachorro rosa. Tradução: Estávamos nos divertido não ligando para nenhuma de nossas preocupações. Quando cansamos, saímos do lago e ficamos recuperando folego.

Rin: Temos... Que voltar...

Len apenas beijou minha testa e continuamos olhando o céu. Lentamente, tudo ficou embaçado e escuro novamente.

*(^o^)/ Continue lendo!*

Acordei com uma sensação com uma boa sensação de estar sendo carregada... Vi a minha sombra e percebi que estava nas costas de Len. Já devia estar noite. Aos poucos, adormeci novamente.

Quando acordei, estava deitada no meu sofá. Minhas roupas ainda eram as mesmas, me sentei no sofá e comecei a esfregar meus olhos. Olhei para a mesa de jantar, estava arrumada e uma coisa inédita: Tinha comida de verdade! NADA DE PIZZA DE PEIXE!!! Nossa, estou desesperada... Vi Len sair da cozinha trazendo bebidas, sorriu e falou:

Len: Que bom que você acordou, venha jantar.

Rin: Quem fez a comida?

Len: A Meiko, sua chefe né?

Rin: É... E quando foi que você a encontrou?

Len: Na verdade, ela me encontrou. Eu estava voltando para casa até que ela veio até mim e perguntou se tinha acontecido algo com você, eu disse que você só estava um pouco cansada então ela voltou para a casa dela, que era bem perto, e nos deu a comida que ela já tinha preparado, já que você certamente não iria conseguir fazer um jantar hoje. Ela disse que isso era por vocês serem amigas mais eu senti uma pontada de pena nesse discurso.

Rin: Acho que era por pena mesmo...

Nos sentamos na mesa e começamos a comer, conversamos uma coisa ou outra ficando calados logo em seguida. Quando terminamos de comer, eu lavei as louças e Len me perguntou se poderíamos assistir algum filme. Disse sim e fui tomar um banho, vesti meu pijama: Uma blusa e um short preto. Fui para a sala e Len colocou um filme que gostávamos. Logo me encontrava no colo de Len assistindo o filme sem nem piscar. O filme era de comédia, ou seja, rimos até os vizinhos reclamarem de barulho. Quando o filme acabou olhamos um para o outro. Len sorriu mas algo continuava errado com Len. Sai de seu colo e o encarei.

Rin: O que está te preocupando?

Len: O quê?

Rin: Tem algo errado com você, e eu quero saber o quê é.

Len: Não é nada, sério.

Rin: Len...

Olhei no fundo dos olhos dele.

Rin: Me diz...

Len olhou para o lado, hesitando.

Len (Murmurando): Por que você se importa tanto comigo?

Rin: Por quê?

Peguei sua mão e coloquei no meu coração.

Rin: Tem algo aqui dentro... Que faz você ser a pessoa mais especial na minha vida.

Len: E se eu disser que eu... Também tenho mesmo que você, e que, nesse momento, só posso transmiti-lo com essa seguinte frase:...

Ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou:

Len: “Eu amo você”.

Nesse momento um pequeno líquido transparente se formou nos meus olhos até escorregarem pela minha face. Tudo que pude dizer naquele momento foi: “Eu também amo você...”