A Consultora escrita por The Awesomest Girl on Earth


Capítulo 6
Capítulo VI — Uma Gripe e Um Bbaca


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee! *me escondo dos Crucio* Calma,gente, eu avisei que demoraria a voltar, e estou no computador faz uma hora (os últimos 45 min tentando escrever o próximo cap pra vocês), só checando se tá tudo OK para eu postar.
Pra quem não viu, eu vou mudar de conta. A antiga será apagada em seis (6) dias, então, quem tiver algum assunto a tratar comigo, pode me procurar na conta nova, ok?

Dedico esse capítulo aos 17 comentários, 34 visualizações, as 7 visitas que tive no dia 26 (meu aniversário!), as 19 pessoas que acompanham a história (algumas cujas fico triste sem saber que não comentam, mas continuo gostando pelo fato de gostarem do meu trabalho o suficiente para lerem e acompanharem as postagens) e, principalmente a todos que comentam a fic. Eu amo todos vocês, sem exagero nenhum.

Aproveitem o capítulo!



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Depois daquela consultoria, vieram muitas outras. Meninos e meninas, dos 14 aos 17, passavam quase diariamente por seu gabinete. Percebia estar ficando, a cada dia, mais cansada e fraca. Driblava tais sintomas com poções fortificantes cada vez mais fortes, o que, apesar de necessárias, potencializavam suas insônias, o que ela pensava serem causadas por passar muito tempo pensando.

Sua mente estava entulhada, pensava nos problemas de cada jovem que passava por sua sala (piores eram os que apareciam no pouco tempo entre o jantar e o toque de recolher! Sempre os mais dramáticos...), nas aulas, na visita a Hogsmeade que faria no fim de semana, nos sonhos que continuava a ter de um baile, no homem ruivo que a conduzia em tais sonhos...

.

Naquela manhã de sábado, simplesmente não conseguira se levantar. E tentara, várias e várias vezes, mas o corpo estava exaurido demais para aceitar o comando. Passou quase uma hora deitada, tentando falar algo, mas sua voz não respondia ao comando. Também tentou se mexer, mas sentiu muita dor no tórax ao tentar fazê-lo. Com demorado esforço, forçou os braços e pernas para que ficasse sentada, com as pernas para fora, na cama.

Com mais esforço, conseguiu ficar em pé, e, lentamente (se apoiando em tudo próximo o suficiente), se vestiu. Gemendo de dor (sentia que sua cabeça, tórax e membros estavam prestes a matá-la) a cada qualquer movimento, conseguiu chegar ao corredor, onde deu sorte ao encontrar alguns alunos da Lufa-Lufa passando.

— Professora? Tudo bem? — um menino do segundo ano perguntou-a, parecendo, assim como os outros, extremamente surpreso e preocupado com a aparência da professora a sua frente.

— Podem me ajudar a chegar a Ala Hospitalar? — e, sendo ancorada por dois segundanistas, conseguiu chegar suficientemente consciente para dizer como acordara e que precisava de ajuda. Não que a enfermeira não tivesse ancorado-a até uma maca no momento que chegou, porque foi isso que ocorreu. — Estou tão mal assim?

— Não force a voz, querida. E, sim, você não parece nada bem.

x-x-x-x-x-x-x-x

Já era quase Outubro quando Malu foi autorizada a voltar a prestar consultorias no período da tarde. Durante todo o fim de semana e a semana seguinte àquela dolorida manhã, ela passou em quarentena na Ala Hospitalar (iria ser levada ao St. Mungs, mas se recusou veemente a abandonar o emprego “por umas dorezinhas à toa.”), sendo administradas doses periódicas de poções medicinais e em observação.

— Se você não tivesse tomado tantas poções durante a semana, o efeito dos remédios seria muito mais rápido. Por que não veio aqui antes? — repetia a curandeira, toda vez que administrava uma nova dose.

“Quando eu estiver melhor, eu vou estuporar essa mulher.” Dizia mentalmente, toda vez que os remédios eram administrados.

Durante essa semana, Malu se surpreendeu com a quantidade de alunos que via tentarem visitá-la, mas eram afugentados por uma mal-humorada Pomfrey. Recebeu vários bilhetes desejando melhoras, alguns dizendo quão melhor eram suas aulas (que descobriu estarem sendo administradas apenas de maneira teórica pelo professor Binns, o que era autoexplicativo ao bilhete), e até recebeu uma gentil representação de si mesma, sem assinatura¹.

Após protestos diários com Pomfrey e uma longa conversa (e um tanto infantil, por parte da Black, repleta de “Por favoooor!”, “Mas não é justo, poxa!”, “Tsc, tá bem.”...) com Dumbledore, Malu foi autorizada a voltar a lecionar, porém tendo que voltar a Ala Hospitalar diariamente. Isso deixava-lhe tão cansada que não protestou contra a proibição das consultorias até o fim do tratamento.

Somente dia 28 de Setembro, um sábado, foi avisado em todos os Salões Comunais que os alunos que já haviam marcado consultoria seriam atendidos. Também foi mandada a lista do mês de Outubro de visitas obrigatórias, e as brincadeiras com os escolhidos eram gerais.

–x-x-x-x-x-x-x-x-

— McLaggen! — exclamou, com as mãos enluvadas apertando fortemente a cintura.

Já era a quarta vez que Cormac McLaggen interrompia a aula com uma brincadeira. Dessa vez, ele estava enchendo um vaso que continha uma boca-de-guincho² com um saco inteiro de estrume de dragão, enquanto nem ao menos deveriam usar esse fertilizante em tal aula.

Respirou fundo e pressionou as têmporas. “Já devem estar pensando que eu tolero a tudo.” Pensou. “Ugh, odeio ter de fazer isso...”.

— Menos 10 pontos para Grifinória. — disse, finalmente. A troca do sorriso zombeteiro para a expressão de surpresa no rosto de McLaggen foi tão rápida e intensa que causou risadas em alguns alunos da Corvinal próximos, apesar de quase todos da Grifinória sustentarem-lhe um olhar de indignação por ter perdido pontos. — Na próxima vez, serão menos 15 pontos.

— Mas... Professora! — disse McLaggen, a expressão surpresa tornando-se indignação. — Eu não tive a intenção de fazer esse treco gritar, e sim fazê-lo parar de se mexer e jogar terra em mim!— exclamava, com o rosto levemente corado de raiva, enquanto era observado por toda a classe.

“Que droga!” Mordeu o próprio lábio, fechando em punho a mão direita, enquanto reportava a perda de pontos. “E se esse garoto realmente só quisesse fazer a planta ficar quieta?”. Respirou fundo. Precisava ser firme, mesmo que tivesse que se desculpar depois.

— Mantenho minha decisão. Pedisse ajuda, ao invés de desperdiçar fertilizante. — ouviram-se risadinhas por toda a estufa, enquanto McLaggen mantinha um olhar emburrado à professora, que lentamente passou a outra expressão, cuja a jovem professora não chegou a ver.

.


Ao fim da aula, a correria em direção a porta era intensa. Todos empurravam uns aos outros em direção à porta, visto que era a hora do almoço. E, bem, trabalhar com bocas-de-guincho não é exatamente um trabalho fácil. Ou agradável. Ou qualquer outro bom adjetivo...

— McLaggen! Pode ficar por um instante, por favor? — Malu estava retirando as luvas sujas, enquanto, ao mesmo tempo, um tentáculo de uma planta se aproximava de seu ombro.

— O que é, professora? — ele parou a poucos metros da porta ta estufa, cuja já esvaziara. Com os braços em frente ao corpo, como se criasse uma barreira a sua frente, seu rosto permanecia com um sorriso zombeteiro, apesar da expressão corporal tensa.

— Seja sincero, Cormac. Por quê diabos você jogou bosta de dragão naquele vaso?

— Eu já disse, professora! A planta estava se mexendo muito, e já estava se...

— Tá, tá. — interrompeu-o. — Mas você também não estava lá com uma das melhores ocorrências. Começou a aula chegando atrasado, conversou durante uma explicação e quebrou uma tesoura de poda.

— Aquilo quase caiu no meu pé! — disse Cormac, o sorriso sumindo de seu rosto, se surgindo uma expressão rude em seu lugar. Porém, logo se acalmou e voltou a estampar aquele sorriso. “Mas quê diabos é isso?”.

— Está bem, McLaggen. Eu queria esclarecer que não tirei pontos a esmo. — disse, caminhando em direção ao aluno. Bem, caminhava em direção à porta, mas Cormac estava à frente da mesma. — Pode ir.

Ele sorriu-lhe mais intensamente, um daqueles sorrisos de canto a là cafajeste. Caminhou em sua direção, parando a poucos centímetros do rosto confuso a sua frente. Malu murmurou um “O que pensa que está fazendo...?”, até ser puxada pela cintura, quase colando os lábios de ambos.

— Até semana que vem, Malu. — a última palavra foi sussurrada, seguida de um leve encontro de lábios entre os dois. Malu estava tensa e levada por um estado de choque, manteve os olhos arregalados até o momento em que ele se afastou.

— Mas quê diabos foi isso?! — gritou, assustando-o. — Fora dessa estufa. Agora! Antes que eu dê um tapa nessa sua cara. — ele, como um cão acuado, saiu o mais rápido que pôde, esbarrando em tudo possível. Malu sentou-se em um espaço vazio da mesa, bufando. — Como se não bastassem os que parecem ter medo de mim, agora aparece um que me beija?!

–x-x-x-x-x-x-x-

Além do incidente na estufa, nada mudou na rotina da professora. E era quarta-feira. Era o dia em que prestaria consultoria a Hermione J. Granger.

Como o destino é um velho filho de Morgana, fez questão de que a coincidência fizesse com que Hermione passasse toda a tarde vendo Malu, ouvindo outros alunos falarem sobre ela, e até esbarrou na professora ao sair da última aula do dia. “Não basta eu estar nervosa, preciso me lembrar disso cada minuto?” Praguejava a aluna.

Como um velho sádico que se preze, o destino também infernizou a vida da Black. Como não tinha aulas de Herbologia durante a tarde, caminhou a esmo pelo castelo, para conhecê-lo e se distrair um pouco. Péssima escolha.

A todo momento, via que alguém estava encarando-a. Quando a pessoa se percebia descoberta, virava o rosto e sussurrava algo a alguém próximo. Quando estava no horário da primeira consultoria do dia, estava prestes a mandar às favas quem quer que olhasse em seus olhos por mais que o necessário.

Ouviu duas batidas a porta, seguido do ranger da mesma. Passos, vindo em sua direção, um depois do outro, cada vez mais próximos. Um arrastar de cadeira a sua frente, seguido do baque surdo de alguém sentando. Um roçar de garganta, que vinha logo antes da fala. O som do ar invadindo ma boca que acabara de ser aberta. E...

— Hermione... Chegou na hora certa.


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Notas finais do capítulo

¹ - http://i.imgur.com/WZium7l.jpg?1 (eu fiz vários, mas só tinha esse, o primeiro, já passado do meu celular para o computador =P )

² - Boca-de-Guincho (Screechsnap) – Planta que se contorce e estrila quando entra em contato excessivo com estrume de dragão.