Eric e Harry Potter escrita por SnitchChaser141


Capítulo 11
Não apenas um dia de aula comum, o susto de Dumbledore e McGonagall.


Notas iniciais do capítulo

Desejo a todos um feliz natal, boas festas, muita comilança porque eu to indo bem nessa parte e que aproveitem a leitura.



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O dia tinha amanhecido bonito, com sol e prometia um bom início de aulas no castelo, Eric porém duvidava muito que tudo ficaria bem para ele, na noite anterior enquanto chorava, começou a entender melhor que tinha feito tudo errado, isso o fez se sentir bem pior, tudo o que ele queria era voltar para cama, deitar e nunca mais sair dela, ou se fosse possível voltar no tempo e mudar tudo o que disse, o café da manhã parecia muito bom à primeira vista, mas ele não conseguia nem comer a torrada direito, estava sem fome alguma, então ele tomou um gole de suco, foi o que bastou ali, professor Snape estava entregando os horários e deu os dele, mas o olhou profundamente antes de continuar o que fazia, talvez ele soubesse que péssimo ainda era uma palavra animadora para o que ele sentia, ele abriu os horários e espiou qual seria a sua primeira aula, o suco que ele tinha tomado quase voltou, a primeira aula era Transfiguração, de todas as aulas que ele podia ter, ele teria que encarar Minerva logo cedo, já bastava evitar olhar para a mesa dos professores? Sabia que estava sendo observado por ela e Alvo, era demais pedir folga? Uma coruja pousou na sua frente, ele encarou o bicho como se estivesse muito disposto a torcer o pescoço, por isso ele tomou uma bicada no dedo, o que o fez enfiá-lo na boca:

– Desculpa! - gritou ele para a coruja.

Os outros alunos na mesa o acharam maluco no mínimo, mas ele pegou presunto e colocou na frente da coruja, um bom pedaço:

– Tome e me deixe a carta, por favor. - disse ele mais calmo.

– Recebendo cartas de quem Potter? - perguntou Malfoy.

Eric apenas pegou a carta se levantando, não queria confusão, não mais do que ele já estava, mas Malfoy se levantou com Crabbe e Goyle:

– Eu perguntei de quem está recebendo cartas. - disse ele.

Eric guardou a carta no bolso interno, Crabbe avançou um passo, mas logo deu um para trás, afinal ele não queria ser enfeitiçado, Eric apontava a varinha para ele:

– Você não sabe nenhum feitiço. - disse Draco.

– Quer testar? - perguntou Eric.

– O que está havendo aqui? - perguntou Snape atrás de Draco.

Eric abaixou a varinha:

– Nada professor, apenas Draco e os amigos dele querendo saber se eu sei fazer algum feitiço. - respondeu ele. - eu iria demonstrar, por insistência do Crabbe.

– Ah... - Severo tinha que admitir, em uma noite Eric estava muito mais na Sonserina. - sugiro que não vejam as demonstrações, eu sei muito bem, que o senhor Potter já sabe mais da metade dos feitiços e maldições desse ano. - disse ele calmamente. - por favor senhor Potter não quero nenhuma demonstração, não estamos na Grifinória.

– Sim, senhor. - respondeu Eric guardando a varinha e saindo do salão, para poder ler a carta em paz.

Ao final de tudo a carta nem era uma carta estava mais para um bilhete, que ele queimou caso Draco e os amigos o encurralassem procurando ver novamente o que ele recebeu, o bilhete informava que ele deveria ir à noite para ala hospitalar, ter uma consulta psicológica com Madame Pomfrey, muito simples e também bem rápida para deixá-lo louco sim, mas de raiva, enquanto respirava várias vezes profundamente, aplacando isso, Hermione parou na sua frente:

– Está perdido para classe de transfiguração? - perguntou ela.

– Não... - ele a olhou melhor. - como sabe que tenho aula de transfiguração?

– Está no caminho dela... É apenas palpite.

– Vamos indo então, não quero chegar atrasado. - ele apontou na direção.

Hermione começou a acompanhar Eric, parecia que ele estava mais calmo, então ela se arriscou:

– Estava tendo um acesso de raiva, não estava? - perguntou ela.

– Isso... - ele fechou a boca fortemente, seria demais ser rude com ela, pelo visto só queria ajudar. - sim.

– O que aconteceu? - perguntou ela, parecendo preocupada.

– Eu tenho problemas... Familiares. - completou ele incerto.

– Ah... Seus parentes trouxas?

– Como sabe? - Eric parou meio assustado.

– Está nos livros de história da magia, mas o que eles fizeram para deixar você com tanta raiva?

– Deixa isso de lado, eu vou tentar ficar mais calmo daqui para frente. - foi tudo o que ele respondeu.

– Vocês brigaram não é? - perguntou ela.

– Sim. - respondeu ele para ela parar de perguntar.

– Vai passar. - ela deu um pequeno sorriso.

Eric entrou na sala e viu Minerva, mas logo desviou o olhar, Hermione sentou bem na frente e ele agora ficou incerto, sentava sozinho no fundo, evitava Minerva e consequentemente feria Hermione ou sentava ao lado de Hermione, o que colocaria ele exatamente na frente da pessoa que estava causando nele um turbilhão emocional, pelo menos Alvo não dava aulas:

– Eric? - chamou Hermione.

Ele sentou do lado dela, pegou as coisas e deixou tudo arrumado, assim que terminou notou que ninguém mais entrava, então percebeu estava muito cedo dentro da sala, não daria para evitar Minerva por vinte minutos completos:

– Como foi seu verão professora McGonagall? - perguntou Hermione.

– Foi ótimo senhorita Granger. - respondeu ela. - e o seu?

– Foi bom... Eric e o seu?

Ele olhou para Hermione, ela estava tentando incluir ele no assunto, ele olhou para Minerva:

– O melhor que eu tive na minha vida. - respondeu ele abaixando a cabeça.

Hermione encarou Eric, mas ele não a olhou, Minerva decidiu se sentar e se controlar, ele estava realmente abalado, ambos estavam agindo praticamente iguais, evitando tudo ao redor ali, após o começo da aula Eric voltou a olhar para cima, escutando as explicações de Minerva, ele olhou para trás, Harry e Ron não estavam na sala isso não era bom, ele começou a copiar até que notou estava com a pena errada, ele era canhoto a pena tinha que ser com a tinta de secagem rápida e aquela não era dele era a de Harry, ele parou um pouco, sem alternativa ele ergueu a mão:

– Sim senhor Potter.

– A senhora não teria a penas com tinta de secagem rápida? Harry e eu devemos ter trocado enquanto fazíamos o malão...

– Vai ter que esperar seu irmão então senhor Potter. - disse Minerva.

– Ah... Sim.

Ele ficou quieto esperando, estava morrendo de sono, ele escutou a porta abrir mais alguns minutos depois, Harry e Ron finalmente acharam o caminho, enquanto eles se vangloriavam por McGonagall não terem os pegado, ela voltou a forma humana, Eric tampou a boca, não resistindo a risadinha, com a cara de Ron:

– Harry me devolve a minha pena, você deve ter trocado comigo. - disse ele.

– Ah... Eu vi ontem, mas estava no dormitório. - Harry devolveu a pena do irmão e pegou a sua.

Eric voltou a escrever, rapidamente, logo estava terminando, Hermione o olhou escrevendo:

– Que letra horrível. - disse ela.

– Eu sei, só vou caprichar quando entregar trabalhos. - respondeu ele finalmente terminando.

O que estava mesmo tomando a sua mente, era infelizmente ter a consulta com Madame Pomfrey após o jantar, ele não queria, se ele quisesse falar algo, ele procuraria Alvo ou Minerva, não agora, ele estava tentando tão duramente esquecer, a aula terminou e ele resolveu ficar para trás:

– Eric? - perguntou Minerva.

– Tem alguma senha para a diretoria? - perguntou ele.

– Sim... Você quer ir falar com Alvo. - afirmou ela.

– É. - ele se levantou. - vou avisar a ele que não vou na consulta.

Minerva se encostou na mesa:

– Mas ele determinou isso, não é um castigo, é mais como um alivio. - explicou ela.

– Se eu quisesse ter falado, poderia ter falado com Alvo e até mesmo com a senhora, porque acham que impondo uma visita minha com Madame Pomfrey, vai me fazer falar? - perguntou ele. - eu só quero esquecer.

– O problema é que você não esquece. - respondeu Minerva. - se você fosse eu, com certeza sentiria o que eu senti quando começou a ter aquele comportamento.

– Você ficou brava, com raiva, mas também ficou preocupada. - respondeu ele prontamente.

– Se sabia o que eu sentia, por que continuou? - perguntou Minerva.

– Eu não sabia na hora, só notei depois. - respondeu ele. - eu só não gosto...

– Não gosta de que? - perguntou Minerva fazendo Eric para de olhar o chão.

– É estranho estar no castelo, eu estou feliz que vou aprender as coisas, mas eu não quero ficar afastado de você e de Alvo e isso me irrita, porque eu não posso ficar perto de vocês? E tenho que tratar como professor e professora?

Minerva deu um pequeno sorriso, agora estava entendendo o motivo de tanta desobediência e não tinha nada a ver com o que aconteceu nos Dursley, Alvo pela primeira vez se enganara:

– Você está agindo feito um rebelde sem causa, para chamar nossa atenção, mesmo que seja de castigo? - ela riu baixo.

– Ei. - ele cruzou os braços sério.

– A senha de Alvo é gota de limão, é a estátua de gárgula no caminho para sua segunda aula. - disse Minerva. - vá falar com ele.

Eric virou de costas e começou a ir para a porta, mas Minerva o chamou, ele a olhou:

– Quando dissemos para agirem assim, queríamos que fosse na frente dos outros. - ela abriu os braços. - não tem ninguém aqui.

Ele correu e a abraçou:

– Desculpe de novo. - disse ele.

– Só não faça isso novamente Eric. - foi tudo o que Minerva disse. - e se quiser falar com Alvo e não perder a aula de feitiços, vai ter que correr.

Ele a soltou como se fosse queimado e praticamente voou para fora da sala de aula, Minerva sorriu um pouco, Eric era afinal um bom garoto só muito confuso com tudo e sempre que havia mudança, ele tinha que testar. Alvo estava fazendo a papelada, tinha muitos papéis para mexer e muitas coisas para se preocupar, ele gostava mais de quando era professor, era bem melhor ler os trabalhos dos alunos, do que as cartas do ministério ou dos pais, ele escutou baterem na porta:

– Entre. - disse ele olhando, muito interessado.

Eric abriu e olhou para dentro, Alvo queria sorrir, mas ainda devia mostrar firmeza ao menino, talvez a falta de sorriso, foi o que fez ele ficar parado na porta exatamente como estava:

– Vamos, entre Eric. - disse ele.

Eric entrou, mas sua confiança toda tinha ido por agua abaixo, foi como se murchasse:

– Então o que quer falar? Alguma dúvida sobre hoje à noite com Madame Pomfrey? - perguntou ele.

– Ah... Uh... Não. - disse ele. - na verdade sim. - ele respirou fundo. - é antes ou depois do jantar?

– Depois do jantar. - respondeu Alvo. - mais alguma coisa que queira falar? - perguntou ele olhando atentamente o menino.

– Não senhor, nada. - ele deu um passo para trás. - hum... Vou indo aula de feitiços.

Eric saiu da sala, mais rápido do que saiu da sala de Minerva, ele não queria ir a consulta, mas Alvo parecia tão sério, talvez ele realmente devesse falar com Madame Pomfrey, mas nada sobre o que passou.

Durante o almoço Minerva estava muito melhor, sabendo que Eric se sentia melhor após sua aula, mas agora olhando para ele na mesa da Sonserina, parecia que ele voltara ao estado antes da aula, se lembrou de que ele conversaria com Alvo:

– Então como foi a conversa com Eric? - perguntou ela.

– Bem. - respondeu Alvo. - ele me perguntou apenas se era antes ou depois do jantar a consulta com Pomfrey.

Minerva olhou para Eric, ele não contou a Alvo o que realmente queria falar, então olhou para o marido:

– Mas não era sobre isso, Eric queria dizer que não iria ver Madame Pomfrey.

– Como assim? - perguntou Alvo esquecendo seu almoço.

– Ele estava muito arrependido do que falou ontem para mim e voltou a se desculpar hoje, na verdade ele me explicou porque agiu daquela forma ontem, Alvo era muito mais do que nos testar, ele estava dando uma de rebelde sem causa, para chamar nossa atenção, para que pelo menos ficasse perto de nós, nem que seja de castigo. - explicou ela. - ele não gostou de termos que ficar distantes, ele não entendeu que pode ir nos ver sempre que quiser.

– Mas ontem. - disse Alvo confuso.

– Sim em parte foi aquilo que disse, mas a maior parte, a que realmente ele queria, era que não ficássemos afastados, ele sentiu falta.

– Por que ele não falou isso? - perguntou Alvo.

– Eu não sei, ele saiu da sala tão rápido e animado para falar com você, mas agora parece até que encontrou um dementador no caminho. - respondeu Minerva. - o que aconteceu?

– Talvez... Eu fui duro demais, em recebê-lo.

– Alvo. - chiou Minerva.

– Eu não acredito. - raleou Snape do outro lado. - seu velho louco, mole com todo mundo e quando resolve ser rude e duro com as pessoas a falta de tato chega até a surpreender, ache o menino depois do jantar e cancele a consulta, ele deve querer falar por conta própria sobre as coisas que passou e não ser forçado, se eu souber que o forçou eu vou hex você até a última polegada quadrada da sua vida.

– Severo tem razão. - replicou Minerva.

Madame Hooch e os outros pararam de comer, Minerva estava concordando com Severo na frente deles, talvez ela precisasse de consulta. Eric após o jantar saiu do salão, teria mesmo que ir para a ala hospitalar, provavelmente chegaria atrasado nem sabia o caminho, mas Alvo estava do lado de fora o esperando:

– Vamos indo. - disse ele dando um pequeno sorriso.

Mesmo com o sorriso Eric ficou calado, não queria deixá-lo mais triste com ele, por isso e apenas por isso iria ver Madame Pomfrey, talvez assim Alvo ficasse feliz com ele novamente, ele acabou percebendo que a ala hospitalar parecia muito longe e em uma torre, não paravam de subir escadas, finalmente pararam e em tudo não parecia a ala hospitalar:

– Alvo isso não parece a ala hospitalar. - disse ele.

– Porque não é. - respondeu Alvo se virando. - Eric me fizeram notar uma coisa muito importante hoje, me fizeram notar que não posso simplesmente mandar você para ala hospitalar e exigir que fale com Madame Pomfrey sobre assuntos que você definitivamente quer evitar. - disse ele.

– Uh? Mas você é adulto, então eu tenho que ir lá, você mandou. - disse ele.

– Mesmo que na verdade você não queira ir? - perguntou ele se sentindo culpado por confundir o menino.

– Sim. - respondeu Eric.

– Se você não quer ir, mas eu mando você ir qual o motivo para ir? - perguntou Alvo. - não existe ou existe? Falaria com Madame Pomfrey mesmo obrigado a isso?

– Sim, porque...

– Por que? - perguntou Alvo se abaixando. - por que Eric?

– Assim você ficaria feliz comigo de novo. - disse ele baixo.

Aquilo acertou Alvo em cheio, o menino pensava que ele estava tão irritado a ponto de não gostar dele, para isso falaria coisas que queria esquecer, sofreria de bom grado caso o resultado fosse ele feliz novamente, ele puxou o garoto e o abraçou forte, não querendo soltar:

– Não precisa ir. - disse ele. - quando tiver vontade de falar, fale comigo ou com Minerva.

– Mas...

– Esqueça Eric, não vai mais para ala hospitalar. - Alvo segurou o rosto de Eric com as duas mãos. - você entende? Não precisa fazer nada para me agradar, apenas seja você mesmo.

– Você me confunde sabia? - perguntou ele.

– Sim, eu sei. - Alvo foi abraçado. - agora vamos indo, você tem que dormir descentemente, como bem sei que não dormiu.

Eric fez uma careta, agora que ele estava tão acordado, mesmo que fosse noite:

– Sério? Agora? - reclamou ele.

Alvo sorriu esse era o Eric, sempre reclamando, ele olhou o menino:

– Por que? O que quer fazer? - perguntou ele.

– Quero saber que torre é essa. - disse ele.

– Ah... Essa é a torre de astronomia, terá aula amanhã à noite aqui, sobre as estrelas... - disse Alvo.

– Sério? - Eric estava surpreso que uma de suas aulas seria a noite.

– Sim. - Alvo apontou para cima. - você vai aprender que cada conjunto de estrelas formam uma constelação, que cada uma representa um signo do zodíaco e que muitas vezes podemos fazer certos tipos de contagens. - explicou ele.

– Hum... - ele olhou atentamente. - pra mim eram só estrelas, como os professores falaram uma vez, são bolas de gases explodindo a milhões de quilômetros do planeta.

– Interessante. - disse Alvo sorrindo. - e o que mais?

– Que o sol é uma estrela e que vai demorar muitos milhões de anos, para que ela morra e pare de explodir, que só existe a noite porque a Terra faz um movimento no seu próprio eixo além do movimento ao redor do sol, cada ano equivale a uma volta ao redor do sol que seriam os 365 dias do ano e.... - Eric parou olhando para Alvo sorrindo. - ah!!!! Você sabe tudo isso, só está me fazendo repetir o que sei feito um papagaio.

– Mas é bom saber que aprendeu coisas, não acha? - perguntou Alvo.

– Sim, mas menos da metade delas vou usar. - respondeu Eric.

– Bom, então agora você pode ir dormir, já disse tudo...

– E o movimento de rotação da Terra é um dia inteiro, por isso temos dia e noite caso contrário, se apenas a Terra ficasse parada sem rotação um lado seria gelo puro e o outro incandescente, além disso o que ajuda muito para a vida terrestre é o clima, que só é possível graças a camada de ozônio...

Alvo deu um grande sorriso, Eric realmente queria ficar acordado, então tudo bem, ele ficaria acordado:

– Vamos para a diretoria. - disse ele. - como Minerva disse não sou um menino, tenho que descansar.

Eric concordou e seguiu Alvo para a diretoria, Minerva já estava lá, esperando ambos, ou pelo menos um deles:

– Eric deveria estar no dormitório. - disse Minerva.

– Sim, mas já que ele me contou a fascinante ciência sobre a Terra e o movimento de rotação, translação e começou com a camada de ozônio, achei apropriado que agora fosse minha vez de contar algo a ele. - Alvo olhou os livros. - achei.

Eric olhou desconfiado para o livro velho, com um monte de riscos, dos quais ele não entendia, mas provavelmente era alguma língua:

– Sente-se na poltrona, estique as pernas. - instruiu Alvo.

– Na poltrona? - Eric achou estranho. - pode ser no sofá?

– Tudo bem. - Alvo apontou para o sofá.

Eles se sentaram e Eric olhou muito curioso, pensando em quais coisas fantásticas poderiam estar naquele livro, esse tipo de pensamento morreu quando Alvo pigarreou e ajeitou os óculos proferindo a primeira frase:

– Os contos de Beedle, o Bardo. - leu ele. - Babitt a coelha...

Eric olhou para Minerva que apenas olhava para ele, dizendo claramente que agora ele deveria ficar para o final do conto, ele acabou gostando da história e como achou muito curta pediu outra, Alvo então começou a ler o coração peludo do mago, ele ficou com um pouco de sono, mas ainda assim não se abateu, pedindo outra, que Alvo alegremente cumpriu lendo o caldeirão saltitante, Eric achava que alguma história bem melhor estaria no final e acertou quando pediu a última e ganhou o conto dos três irmãos:

– Então o terceiro irmão acolheu a morte como uma velha amiga, juntos partiram desse para o outro mundo...

Alvo olhou para Eric ao seu lado, ele deveria ter dormido na última estrofe, sorrindo ele colocou o livro no braço do sofá:

– Você sabia que em algum momento ele dormiria. - acusou Minerva com um pequeno sorriso.

– Sim, mas não pensei que demorasse tanto, ele realmente gostou das histórias, me lembre de comprar um exemplar traduzido para ele. - pediu Alvo feliz.

– Como foi a conversa? - perguntou Minerva.

– Ele estava um pouco confuso, mas falei o que queria dele, ele acabou compreendendo...

Ele parou de falar quando sentiu um peso ao lado, Eric dormindo escorregou e agora estava apoiado nele, enquanto ainda dormia tranquilamente:

– E pensar que ninei ele quando bebe. - o velho mago balançou a cabeça e afastou a franja de Eric da testa, foi ai que ele parou.

Minerva foi para frente e olhou atentamente, ambos com receio enorme, nunca tinham visto nada do tipo antes, aquilo era sem precedentes, na verdade nenhum deles se lembrava de ver isso na noite em que os gêmeos foram deixados na porta dos tios, na testa de Eric exatamente no mesmo lugar que caso fosse a testa de Harry, havia a marca de raio, essa porém não era uma cicatriz, longe disso, cicatrizes não continham luz verde, estava fraca, mas era visível se vista de perto, como Alvo e Minerva faziam agora:

– Alvo... - Minerva estava assustada.

– Não pode ser. - disse ele. - não pode ser a maldição... É impossível.

– Isso não parece a maldição apesar da cor. - disse Minerva tocando a marca.

Alvo segurou seu pulso, era tarde ela havia tocado, mas nada aconteceu:

– O que pode ser? - perguntou ela.

– Talvez se não for uma maldição, seja uma ligação entre Harry e ele. - supôs Alvo tranquilamente. - seria comum, no caso deles.

– Por que? - perguntou Minerva.

– Eric sempre protege Harry, talvez Lily tenha feito muito mais do que proteger a vida de Harry aquela noite, talvez ela ligou os filhos magicamente antes, para que a proteção que ela colocasse em Harry também funcionasse em Eric, sendo uma magia antiga só funcionaria em um, mas ela os ligando magicamente, funcionaria nos dois, por isso essa marca. - disse ele. - eles são irmãos ligados magicamente e isso vai ser pela vida toda, eu li que em alguns casos, irmãos gêmeos nasciam ligados magicamente naturalmente, pode ser ou não o caso também. - explicou Alvo.

– O que acontece com esse tipo de ligação? - perguntou Minerva.

– Em alguns casos pequenos, marcas são replicadas. - disse ele agora afastando a mão de Minerva da marca verde pálida. - em médios casos, podem sentir o que o outro sente, nos casos máximos o que só ocorreu uma vez a muitos anos, podem compartilhar pensamentos, comunicar-se sem dizer uma palavra.

– Eric e Harry então são o caso pequeno? - perguntou Minerva.

– Não sei. - respondeu Alvo. - casos pequenos e médios são aqueles que foram ligados por magia de uma terceira pessoa, no caso Lily... Mas se eles são ligados naturalmente pelo nascimento, por serem gêmeos então é o caso extremo.

– Será que Fred e Jorge tem isso? - perguntou Minerva pensando nas peripécias dos gêmeos Weasley.

– Sim, eles tem... Mas acho que não fazem ideia, talvez pensem da mesma forma, até mesmo se comunicam sem falar, devem pensar que é coisa de gêmeos idênticos ou algo do tipo, isso não se aplica as gêmeas Patil que entraram esse ano, elas não possuem isso. - explicou Alvo.

– Então vamos ter que esperar para saber se Eric e Harry são o caso extremo?

– Sim, só o tempo pode confirmar isso. - respondeu Alvo. - agora o que faremos com o nosso dorminhoco?

– Deite ele no sofá, vou cobri-lo. - disse Minerva. - assim ele dorme melhor.


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Notas finais do capítulo

prontinho coisas fofas, novo cap não se esqueçam de comentar, caso contrário falo ao senhor Noel que vcs são os travessos e não devem ganhar nada de natal. kkkk