O Deus Sem Nome e o Deus Perdido escrita por Luiza


Capítulo 4
Sou substituída pela namorada supermodelo


Notas iniciais do capítulo

Hey, meus leitores mais lindos! Como estão? Primeiramente, feliz Natal e, se eu não falar com vocês até lá, feliz Ano Novo.

AVISOS MUITO IMPORTANTES:
Eu tive que fazer esse capítulo meio correndo porque estou indo para a praia no dia vinte e seis, e não sei se vou conseguir internet por lá. Fiz tão correndo que nem deu tempo da minha beta-reader, Annabeth73, ler e fazer sua crítica, então é provável que eu volte a atualizá-lo depois. Eu volto no dia dez, não se se vou postar nesse meio tempo, mas podem ter certeza de que eu vou escrever muito, por favor, não desistam de mim. Assim que eu voltar para casa, eu postarei feito uma desesperada e, muito provavelmente, terminarei a fic, que será a mais curta.

O segundo aviso que tenho para dar é sobre o blog do DSN, o melrosing.tumblr.com. Eu adicionei personagens que não estavam lá ao dream cast, incluindo a Ruby, e modifiquei alguns que não estavam mais me agradando. Deem uma olhada, deixem suas perguntas e eu ficarei feliz em respondê-las assim que puder.

O terceiro é, também, sobre o melrosing. Eu tenho uma playlist no celular com músicas que me lembram os personagens ou os acontecimentos da história, e eu queria muito compartilhar essas músicas com vocês lá. Por isso, vou montar uma playlist para colocar lá no blog, e se vocês sabem alguma música que se encaixe, por favor me mande, com uma justificativa de porquê essa música te lembra DSN.

Como eu disse, o capítulo foi escrito na correria e pode ter ficado meio monótono, mas prometo boas surpresas para os próximos!

Boa leitura e Boas Festas!

~Lu



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Por favor, leia as notas! São importantes!

. . .

— Então você sabia disso? ­— perguntei, furiosamente — Sabia dessa.... — a palavra emperrou em minha garganta antes de sair totalmente desfigurada — namorada dele? E, nem por um minuto, pensou em me contar?

A garota arregalou os olhos, como se minhas afirmações fosse totalmente absurdas, o que eram, de fato, mas eu estava com raiva de mais na época para perceber. Ela deslizou os dedos pelos cabelos cacheados, ainda mais negros do que eu lembrava. Eles agora eram tingidos de magenta na parte de trás.

— Eu não tenho nada a ver com isso, Rose! — disse ela com um suspiro — A namorada é dele, a vida é dele e, portanto, ele é quem deve contar. Acho que ele planejava te contar de um jeito diferente, também não pode culpá-lo por ela simplesmente chegar enfiando a língua na boca dele e...

— JOONIE! — interrompi suas palavras, sentindo-me nauseada de repente.

— Desculpe. — ela deu de ombros — E sinto muito pela situação também.

Olhei para ela e ergui uma sobrancelha. Eu não gostava do ambiente do chalé vinte e um, o de Éolo, pai da menina. Era frio e cinzento, e o vento forte que corria ali dentro assoviava em meu ouvidos de maneira desconfortável.

Ainda com cara de dúvida, sentei ao seu lado em sua cama.

— Por que? — indaguei. Ela riu.

— Não é óbvio? Você está com ciúmes.

— Ciúmes? — forcei uma risada que soou mais falsa que um dracma de prata. Joonie assentiu com o maior sorriso do planeta antes de me responder.

— Depois de dois anos você finalmente percebeu que é apaixonada pelo Tanner, Rose! Claro, um pouco tarde de mais, mas percebeu.

Eu estava boquiaberta.

— Wow, opa, opa, opa. Apaixonada?

— Não negue! Não para mim, pelo menos. Sou sua melhor amiga, por que não me contou antes?

— Porque não há nada para contar. Não estou apaixonada por ele, eu só... Eu só...

— Só está tendo um ataque de ciúmes por causa da namorada supermodelo do seu melhor amigo?

— Isso. — afirmei, sem pensar e sem notar o sarcasmo em sua voz — espera, não. Não! Não estou tendo um ataque de ciúmes, apenas não acho que ela faça o tipo dele.

— E qual o tipo dele? — ela falava como uma adulta, e quase se parecia com uma também. Deuses, o que meu irmão estava fazendo com ela? — Loiras? Olhos azuis, talvez? Ou você acha que ele gosta das que salvam o mundo? — Joonie se forçou a esticas os lábios em um sorriso solidário e segurou minhas mãos — Você não o está perdendo, Rose. Apenas terá que aprender a dividi-lo com outra pessoa.

— É, mas tinha que ser justo ela? — perguntei, como se fosse uma criança que pergunta “mas precisa ser legumes? Por que não batata frita?”.

— Você nem a conhece! Eu não sei, cheguei a pouco tempo, mas não pode ser assim tão ruim. O Tanner sabe muito bem o que faz.

Assim eu esperava. Não estava apaixonada por ele, não podia estar, certo? Ele era meu melhor amigo, e eu apenas queria o melhor para ele. Sim, era isso, definitivamente. Tudo o que eu queria era o seu bem, e a tal de Ruby... Ela, ao meu ver, funcionava como um monstro: linda e adorável, mas que, na verdade, está apenas esperando o momento certo de acabar com você.

___________

No jantar nos sentamos na mesa desocupada de Ártemis. Eu não sei, mas acho que a Deusa não devia gostar muito disso.

Àquela altura, eu já havia reencontrado todos os meus amigos e irmãos, que me deram as boas-vindas de bom grado. Eu sentira saudade de todos, estava feliz por vê-los novamente. Quíron, como sempre, fez questão de me deixar constrangida anunciando minha chegada para todo o Acampamento.

Tan e a tal da Ruby sentaram-se a certa distância, e não trocaram uma palavra sequer com o resto de nós durante toda a refeição. Algo com o jeito que ele a olhava nos olhos me fazia sentir enjoada.

Como eu disse, para Joonie, não estou com ciúmes, mas ali, naquele momento, fiquei seriamente preocupada com ele. Nunca o imaginei com alguém como ela. Na verdade, nunca o imaginei com ninguém, mas havia algo de errado com aquela garota. Enquanto conversavam, ela não parava de sorrir, e dava um jeito de, haja o houvesse, estivesse sempre tocando nele. Não sei, talvez tivesse usado charme para ficar com ele, eu sei lá, mas algo me dizia que, com a aparência que ela tinha, não precisava usar charme nenhum.

Vez ou outra, ela desviou o olhar de Tanner para mim, com um leve sorriso de quem dizia “ele é meu, queridinha”.

— Sim, ele é sempre assim. — murmurou um desgostoso Jake enquanto mastigava um pedaço de frango grelhado, já com o garfo a meio caminho da boca novamente. Ele engoliu, então apontou o talher com a carne cravada em minha direção — Não dê muita bola, Rose. O chalé de Afrodite vai dormir cedo para o sono de beleza, então ele vai voltar a falar conosco. É como funciona agora.

— É. — concordou Dan, um dos braços nos sobre os ombros de Joonie — Fomos rebaixados a segunda opção.

— Vocês sabem que consigo ouvir vocês daqui, não é? — perguntou Tanner da ponta da mesa, sem desviar a concentração dos olhos dourados de Ruby.

— Mesmo? — questionei-o, sarcástica — Desculpe, pensamos que estava absorto de mais nos olhos da sua namorada.

Minha frase saiu com uma pitada de raiva que não estava em meus planos, mas o sarcasmo havia ficado melrosiano o suficiente para disfarçar. De qualquer forma, Tanner olhou para mim com um olhar de dúvida. Bom, pelo menos tirou os olhos da... Ah, vocês sabem, da outra.

— Seus amigos têm razão, Tan. — disse a garota enquanto erguia-se do banco de piquenique com a habitual voz doce e falsa — Você devia passar um tempo com a Rose, ela acabou de chegar. Além disso, meu irmãos todos já foram, eu devia ir.

— Você não precisa. — disse Tanner com uma voz tão abobada que eu tive que me segurar para não atirar meu garfo nele. E olha que posso ser bem precisa.

Ela sorriu e o beijou. Tive a sensação de que era ela quem havia atirado o garfo em mim, e me atingido bem na barriga. Ela estava fazendo aquilo de propósito, pois percebera que me sentia incomodada. Abaixei o rosto para o prato e senti minhas orelhas arderem. Alguns segundos depois, ela desgrudou os lábios dos de Tanner e se afastou, indo em direção aos chalés.

— Vocês sempre têm que afugentá-la? — repreendeu Tan depois que a garota desapareceu na escuridão da noite. Havia apenas nós e alguns poucos outros campistas ali, a fogueira já começava a se extinguir.

— Desculpa, cara. — pediu David — Eu sei que gosta dela, e eu até entendo, ela é bonita.

— Muito bonita. — completou Dan e recebendo um olhar repreensivo de Joonie.

— Sim. — retomou o gêmeo — Ela é linda. Mas é filha de Afrodite. Sabe como é, aquela iniciação maluca deles de partir corações.

— Ela não faria isso comigo. — respondeu ele — Vocês não a conhecem, nunca deram uma chance a ela.

— É só que... — começou Jake — Eu não sei, desde que vocês dois começaram a sair você tem agido diferente.

— Eu sei, me desculpe, mas... As pessoas agem diferente quando estão apaixonadas.

— Tan? — chamou Joonie — Nós já o vimos apaixonado. Não é assim. Você pode gostar dessa tal Ruby Torres mas, com toda a certeza, não está apaixonado.

— Espera. — foi a primeira vez que me manifestei — Por quem você já se apaixonou, Tan?

Minha pergunta foi feita com um sorriso brincalhão no rosto. Afinal, eu não perderia a oportunidade de implicar com ele. Entretanto, fui respondida com cinco olhares de dúvida de Jake, Leona, Daniel, David e Will, um de “Deuses, não acredito que perguntou mesmo isso” de Joonie e um incrivelmente ressentido de Tanner.

— Acho que deveríamos ir também — sugeriu Leona para a mesa, que assentiu e começou a descer a colina para voltar para os chalés, deixando apenas eu e o filho de Ares para trás.

— Humm... — murmurei — Eu... sinto muito se disse algo que não devia.

Ele balançou a cabeça negativamente e se aproximou, fazendo a volta para se posicionar na minha frente.

— Não disse. E me desculpe por não ter te contado antes. Sobre... Bem, sobre tudo.

Assenti e segurei sua mão. Era um gesto comum, o fizemos muitas vezes nos verões passados, mas dessa vez, por algum motivo, perdi o ar. Um leve arrepio subiu por minhas costas e enroscou-se em minha barriga. Olhei para cima, para seu rosto, para ver se ele havia sentido o mesmo mas, por sua expressão, nada mudara.

— Está tudo bem. — respondi — Eu não me importo.

A frase saiu definitivamente menos realista do que eu gostaria. Era tão óbvio que eu me importava, sim.

— Não, não está tudo bem. — disse ele com um sorriso — Me deixe te recompensar.

Eu ri.

— Claro. O que vai fazer?

— Para me desculpar, por isso e por ter, bem... Ignorado você hoje, que tal um piquenique?

Eu estava muito cansada de meu coração fazendo loopings daquela forma, e ele batia tão forte que fiquei com medo que Tan o pudesse ouvir.

— Tudo bem. — respondi — Aonde?

— Nos campos de morangos. — disse ele — Tenho más memórias de lá que quero substituir por boas.

Eu ri. No outro ano, havíamos tido nossa primeira briga nos campos de plantação de morangos do Acampamento. Também gostaria de criar novas lembranças do lugar.

— Combinado.

Fiquei na ponta dos pés e dei um beijo em sua bochecha. Não esperei para ver sua reação, apenas corri colina abaixo em direção ao chalé sete.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acham? Vejo vocês em não tão breve assim, mas em breve. Deixem seu comentários, e desculpe se eu não responder de primeira, é ruim fazer isso pelo celular.
DEEM DICAS DE MÚSICAS POR FAVOR! E que não sejam "Ronner", pelo amor de Afrodite.



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