Cartas para você - Cato e Clove escrita por Scoutt


Capítulo 3
Conhecendo a cidade.


Notas iniciais do capítulo

Até aqui, ainda não tem encontro Clato (HAHA sou má, mentira, o enredo q me veio em mente não deixou eu enfiar o encontro nesse capítulo)

Nossa querida Annie Cresta e o pequeno Finnick Jr. vão aparecer na história, também teremos uma personagem nova! Ui, vocês vão gostar asuihaiushaisuhas

Obrigado a Lanny Everdeen TGH que foi umas da primeiras a comentar, dedico esse capítulo a Lanny Everdeen TGH , Amora Maldita e a Lucy Henderson pela sua recomendação mega fofa a minha história



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Clove acordou no final da tarde, desceu para o andar de baixo, mas não encontrou ninguém, então foi até o quarto de Céci. Colocou a mão na maçaneta e já ia abrir a porta quando parou para pensar ‘hmm, acho que eu devo bater na porta antes de entrar, no 2 eu não fazia esse tipo de coisa, mas eu não estou mais no 2!’, então bateu na porta.

– Céci?! – ela esperou e a porta logo se abriu.

– Clove? – Céci sorriu ao vê-la – Entre! Você precisa de algo?

– Não, é só que não tem ninguém em casa...

– E você não gosta de ficar sozinha?

– Na verdade até antes da arena eu não ligava, mas agora eu tenho... não sei.

– Medo? – refleti sobre essa palavra, quantas vezes eu senti medo? Quantas vezes eu o ignorei por ser uma carreirista e uma menina do 2 que devia ser forte e mortal? Eu não lembro nem sequer quando foi à última vez que eu chorei quando me machuquei e pedi para mamãe fazer sarar, eu não lembro quando chamei minha mãe de ‘mamãe’, isso se alguma vez eu os fiz. Mas era isso que eu sentia agora, eu senti medo e deveria admitir isso ao menos uma vez na vida.

– Sim Céci, eu sou uma ex-distrito 2 e carreirista que está morrendo de medo de ficar sozinha em casa.

– Não precisava ser irônica. – Céci se virou e sentou em uma mesa próxima a janela e pegou alguns papéis.

Eu sentei na cama dela e rapidamente emendei: - Ohh, não, não, eu não estava sendo irônica – ela levantou uma sobrancelha -, ok, ao menos eu não estava tentando ser, ok?

– Ohh, Clove, você sai do distrito 2, mas o distrito 2 não sai de você, nem depois da morte... – ela parou e olhou para mim como se tivesse me acertado com algo, ‘morte’, eu não podia ficar toda sencível com aquilo, eu achei até engraçado, eu ri.

– Será que se eu morre de novo o 2 sai de mim? – disse rindo, Céci me encarou, acho que ela estava procurando fingimento na minha voz, mas balançou a cabeça e riu também.

– Bem, deixe isso pra daqui uns 90 anos, ok?

– Ok. Sabe de uma coisa?

– Hum? – Céci largou os papéis e prestou atenção em mim.

– Eu nunca tive amigas, nunca conversei com outras garotas sobre algo que não fosse ‘saia de perto de mim ou eu enfiarei essa faca no seu olho!’, e agora, bem eu lhe considero minha amiga Céci.

– Isso é bom Clove, até porque eu não ia querer uma faca em um dos meus lindos olhos castanhos, sabe? – ela riu.

– Pode deixar. – olhei para os papéis na mesa – Você está muito ocupada?

– Hmm? Ah, não, são só relatórios de rotina, só marcar opções e tal, posso fazer depois, o que você deseja?

– Eu queria ir à cidade, andar por ai e conhecer o lugar.

– Também quero conhecer o lugar, então vamos, a última vez q eu sai com amigas eu estava a metros embaixo da terra.

Não entendi isso de embaixo da terra, mas deixei pra lá. Saímos da casa e fomos para a praça, vi a mesma garota morena de novo, ela estava novamente em frente à estátua e parecia mais triste que ontem.

– Err, Céci, você faz ideia de quem é aquela garota?

– Ah sim, todos a conhecem – olhei para ela como quem diz ‘Obrigado por lembrar que eu não sou todo mundo. ’ -, ok, talvez nem todo mundo, ela é Annie Cresta Odair, viúva de Finnick Odair, eles casaram no 13, foi uma cerimônia tão fofa, eu estava lá no fundo vendo tudo, – ela parou admirando o nada como se estivesse lembrando algo. – Annie venceu a 70ª edição dos jogos, mas ficou muito abalada depois. Ela e Finnick se casaram pouco antes de ele morrer na rebelião, foi muito triste para ela, principalmente por causa do bebê.

Nesse momento eu olhei para o bebê que ela carregava nos braços, um bebê que não conheceria o pai, mas também não conheceria o horror dos jogos. Sem pensar eu fui até ela, olhei a estatua e depois para o bebê.

– Eles se parecem – Annie olhou para mim, os olhos desfocados e depois sorriu um pouco.

– Todos dizem isso, ele vai ser tão valente quanto seu pai um dia. – ela falou com um ar meio sonhador.

– Eu sou Clove. – Ela me olhou por um momento e arregalou seus olhos quando processou meu nome e minha imagem – Sim, eu morri na 74ª edição, mas o Capitol não deixa nem os mortos em paz, sinto muito pelo seu marido, ele merecia conhecer o filho e conhecer esse mundo sem jogos assassinos.

– Finnick está feliz onde ele estiver Clove, tudo o que ele queria ele conseguiu, ele se casou comigo, ele acabou com os jogos, ele ajudou Panem a ser livre, ele me deixou um pedaço dele. – ela olhou para seu filho.

– Qual o nome dele?

– Finnick, sei que pode soa estranho, mas mesmo com a tristeza que esse nome carrega para mim, ele me enche de felicidade ao o ver sendo o nome do meu filho.

– Entendo. Bem Annie, foi bom lhe conhecer, mas estou conhecendo a cidade agora. – caminhei para longe de Annie ao encontro de Céci, me virei antes de me afastar muito - Nós vemos por ai, e sorria mais, seu sorriso é lindo!

Ela sorriu para mim e Finnick também arriscou mostrar seus primeiros dentinhos.

***

Acordo com o sol entrando pela janela ‘Maldito sol me deixe dormir!’ penso, enquanto me viro para o outro lado da cama, a porta se abre e uma garota entra no meu quarto, e não é a Kriss! Levanto da cama e imobilizo um de seus braços nas costas.

– Quem é você e o quê está fazendo no meu quarto? – nessa hora minha mãe aparece no corredor com uma toalha na cabeça, enquanto fala algo sem nos olhar.

– ... e Kaela, o Cato está dormindo e... – Nisso ela parou na frente da porta do meu quarto e olhou e processou e gritou: - Cato! Solte a Kaela!

Soltei a garota lá e ergui as mãos como quem se rende.

– Ninguém mandou essa louca ir entrando no meu quarto do nada, não quero morrer de novo tão cedo, ela deu sorte de eu não ter quebrado algo dela... ou a matado.

– Humft, Sra. Schreave, você deveria ter me dito que ele teria esse gênio ruim, só pra variar.

– Oh, desculpe Kaela eu só...

Limpei a garganta para chamar a atenção das duas, eu tinha acordado no meio da noite de ontem e tirado as roupas com as quais cheguei, então...

– Não sei se vocês se importam, mas eu gostaria de me vestir. – elas me olharam e perceberam que eu estava apenas de box, Kaela olhou pra minha cara, bufou e se virou para sair, minha mãe balbuciou um ‘desculpe’ e eu fechei a porta.

Olhei ao redor do quarto e fui até um guarda-roupa que tinha lá é, pelo jeito pensaram em tudo, as roupas serviam bem. Regata preta e bermuda cargo, isso vai servir, passei no quarto de Kriss e bati na porta, ela não respondeu, desci.

– Olha o ‘garoto-cueca’ que quase arrancou meu braço fora se vestiu. – Kaela estava sentada no balcão da cozinha.

– Vem cá quem é você?

– A vizinha. – ela virou a cabeça de lado e sorriu enquanto comia uma maçã.

– Vizinha? Então que tal você ir pra sua casa?

– Não, eu gosto daqui e sua mãe gosta de me ter aqui. – Sério essa garota tava me provocando? Ela não sabe que eu não ligo em dar uns socos em uma garota não? Bem, acho q eu reconsiderei essa história de bater em garotas, mas ela tá tentando bem e se continuar ao menos um soco ela leva!

– Se você não sai, eu saio! Vou procura a Kriss.

– Sua enfermeira saiu, ela foi até o antigo 4.

Quando ela disse 4, eu só pensei no pior, será que algo aconteceu com Clove? Preferi não demonstrar a preocupação.

– Tô nem aí, to saindo!

– Pra onde, se você não conhece nada? – Kaela disse, sim, agora é certeza, ela estava me provocando!

– Se você fosse menos Kadela, talvez eu lhe contasse ou chamasse para vir junto! – sai com ar vitorioso depois de deixá-la lá, de boca aberta junto com uma mãe espantada que tinha acabado de descer as escadas, ‘Foi mal mãe, mas sua menininha aí me irrita’.

Saí andando pela estrada de terra, ao meu lado estavam às plantações e pelo visto estávamos em época de colheita, e andava com a mente longe, será que eu escrevia algo pra Clove ou esperava ela escrever, aliás, será que ela estava bem? Kriss foi pra Atlanta do nada, sem avisar, acho que isso não pode ser bom. Fui andando sem rumo até chegar à cidade, e lá fiquei andando mais um pouco até a noite começar a cair e eu ter que voltar pra casa.

***

Céci e eu ainda estávamos na cidade quando o supertablet que ela carregava vibrou e ela o pegou para conferir o que era.

– Oh.My.God!

– Aconteceu algo com o Cato? – ela me olhou com uma cara.

– Não, nada de errado com seu namorado. – ela riu disso, eu baixei a cabeça e nem reclamei? Deus! onde está a Clove que eu era antes? Brigona e que não ligava com nada? – É o presidente, ele estará passando por Atlanta hoje, Kriss mandou uma mensagem avisando que está vindo – achou que algo na minha cara denunciou a pergunta que eu queria fazer, porque Céci respondeu: -, não, Cato não vem!

– E eu perguntei isso? Eu não quero nem saber! – sai andando pra perto de uma vitrine de iscas.

HAHA, mas parecia que ia perguntar! – olhei com uma cara de que a mataria se continuasse – Ok, ok, temos que ir até a estação encontrar Kriss, preciso repassar alguns relatórios com ela antes da reunião com o Presidente.

– Reunião?

– É, falar sobre vocês dois, vocês foram os únicos achados vivos naquele laboratório, Marvel, o garoto do 2 estava ligado à aparelhos, mas foi como Tresh, ele não acordou, só você e Cato, o presidente quer saber se tem algo de especial sobre vocês dois ou se fizeram alguma experiência.

“Mas não temos certeza, nada no sangue de vocês é anormal, talvez vocês tinha algo para fazer e quiseram acordar, ou lembraram de alguém que não queriam deixar.

Cato, eu não queria deixar o Cato. Eu queria o matar, ou deixá-lo me matar, assim como prometemos.

– Enfim, é só ima reunião de rotina, talvez mês que vem você se livre de mim. – ela sorriu, mas eu não queria me livrar dela, mesmo a conhecendo por 3 dias, contando o dia que conversamos no meu quarto no Capitol, eu gostava da companhia de Céci.

– Você podia morar aqui em Atlanta, você combina com a decoração, chata e irritante. – eu ri da cara que ela fez, ela parecia originalmente ferida, mas também riu.

Eu ainda queria saber mais sobre Annie Cresta, queria, se pudesse me tornar sua amiga, Annie venceu a morte na arena, eu voltei da morte na arena, apesar de serem situações diferentes, Annie me passava segurança, pode parecer bobo para outros, mas eu via nela a mulher que eu queria ser um dia.


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Notas finais do capítulo

Pois é, eu fiz esse trocadilho no nome da Kaela porque eu mesma não gosto dela, enfim, acho que vou deixar ela mais agradável, mas se ela tentar pegar o Cato posso fazer uma mini-arena CloveX Kaela? Posso, mas acho melhor não UAHSUASHAUSHIAUSHIAS

As cartas vão entrar no próximo capítulo, prometo gente! _|||_

dúvidas, vontade de me matar ou falar comigo pode chamar lá no twitter: @iswaylandmundan