Cartas para você - Cato e Clove escrita por Scoutt


Capítulo 28
Distância e companhia


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei a postar, eu assumo meu crime, podem me bater pela eternidade D:
Eu não tava pulando carnaval não tá u.u
tava dormindo e vendo TWD ai atrasei, mas como quem é vivo (ou zumbi) sempre aparece, me arrastei pra terminar o capítulo e postar, bjs



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No dia seguinte aquela cena, eu me despedi de Annie e resolvi voltar para casa sozinha, Emmett se ofereceu para ir comigo, mas eu só deixei-o me levar até a estação de Esperança. Katniss e Peeta não disseram nada, exceto durante a noite quando Katniss foi falar comigo, ela me disse que levasse o tempo que fosse,eu teria que responder à Cato.

Sim, eu terei.

Durante as horas de viagem até Atlanta eu pensei em o quê eu poderia falar para ele, eu não tinha cara para encará-lo, eu não tinha palavras para escrever, mas eu tinha saudade, saudade de quando eu não estava com medo do futuro.

Chegando a Atlanta, eu encontrei com Céci, que me esperava na estação.

– Credo! – ela me olhou dando voltinhas. – Que bicho te mordeu? Porque essa cara de enterro?

– Acho que Cato e eu demos um tempo.

– De novo? – ela revirou os olhos de leve. - Porque dessa vez?

– Cato me pediu em casamento. – eu disse, olhando-a por meio segundo antes de encarar o chão. Mas vi-a dando pulinhos, batendo palmas, então ela me olhou dando um stop na euforia.

– Opa, opa, opa! A senhorita não devia estar feliz? – nós fomos andando para casa, enquanto eu explicava a ela o meu surto. – Ahh, isso é normal, a amiga da amiga da minha prima, que mora lá na Capital, teve uma crise de choro compulsivo por 3 dias quando o namorado à pediu em casamento depois de 2 anos de namoro. – a amiga da amiga da prima? Meu deus, como uma fofoca passa a diante, eu hein!

– Sim, mas ela já namorava à 2 anos Céci, eu e Cato estamos juntos à alguns meses, mesmo depois de ter dormi... – eu coloquei a mão na boca, falei demais.

– Dormi...? OH.MY.GOD! Você e ele. – Céci estava com o queixo no chão, e eu com certeza estava ruiva natural.

– Shiuuuuu! – olhei ao redor, ela fala muito alto! – É, é, foi. – eu dei um sorrisinho ao lembrar.

– Então porque Clove? – nós chegamos na frente de casa, então entramos e passamos como um mini-tornado pela sala vazia e fomos para o meu quarto.

– Eu... eu... eu não sei. Eu tenho medo do futuro Céci. – balancei a cabeça e fitei o teto por um tempo. – Mesmo não havendo mais Jogos, eu... eu não sei se conseguiria ter filhos e vê-los como crianças normais, que podem brincar ao invés de treinar, ou se eu conseguiria ficar com Cato ao meu lado sem lembrar da ameaça que mós representamos um pro outro uma vez mesmo sendo amigos. Eu acho que só preciso de um tempo sabe, só isso, para pensar.

– Ok Clove. Pense, Cato gosta de você. – ela chegou mais perto de mim na cama e me abraçou. Deu um beijo na minha testa e levantou. – Tchau Clove, e lembre-se

As semanas se passaram, e eu ainda não tinha falado com Cato, nem me explicado, mas o que eu iria explicar? Eu simplesmente estava fora de mim, ainda não tinha certeza do que fiz, do que falei, de nada, eu simplesmente estava com medo, medo da vida que me aguardaria se eu tivesse dado uma resposta.

Eu estava sentada na escrivaninha, com as folhas na minha frente, mas não conseguia pensar em nada, nada que Cato gostaria de ler; ele queria uma resposta, não mais um pedido de espera, ou uma desculpa, enquanto eu pensava Céci entrou no meu quarto pisando duro.

– Quer ir para Pain comigo? – ela me encarou e foi logo perguntando grosseiramente, então fechou os olhos, respirou e suspirou. – Desculpe. Por favor, venha comigo Clove! – ela choramingou.

Pain, um dos 5 continente do mundo, o lugar que eu não sabia basicamente nada, apenas que a Rebelião daqui, foi o suficiente para o povo de lá se libertar também, Pain que em francês significa ‘pão’, mas em inglês ‘dor’, Pain que estava sofrendo pela fome e pela dor de matar seus jovens. O continente era formado por 23 distritos, e eu realmente nãosei o que Céci quer fazer lá, mas tudo bem dei de ombros e respondi.

– Ok, eu vou.

***

Eu estou um trapo, no dia em que Clove deu aquele surto eu apenas cheguei e me joguei na cama, e fiquei revirando minha estada em Esperança buscando algum sinal de que pisei na bola, mas nada, e então eu vi as semanas se passarem e comecei a ficar com ódio de tudo, ódio da Capital por me trazer de volta, ódio dos Jogos que me fizeram conhecer Clove, ódio dos meus pais por me deixarem nascer! Mas eu encontrei um escape, dessa vez eu não virei uma garrafa, eu esmurrei um cubo de feno, então levantei o resto dele joguei o mais longe que pude quando ouvi um grito vindo de onde ele tinha caído.

Bem debaixo da pilha de feno que até antes de me encontrar era um perfeito cubo alguém tentava levantar.

– Merda, merda, merda! – a pessoa debaixo do feno murmurava. – Maldito quem jogou isso! – opa, sou eu.

– Desculpe. – ergui os restos de feno e encontrei uma garota cor de café com leite com cabelos cacheados que mais pareciam uma juba de leão, não falei isso para ela claro. – Acho que o maldito sou eu?

– Você que jogou? – assenti. Ela me encarou enquanto levantava tirando o feno dos seus cabelos muito cacheados. – Então sim, você é o maldito. – ui, estou ofendido, ela é direta.

– Desculpe de novo. Eu sou Cato. – estendi minha mão.

– Kali. – ela apertou minha mão. – Cato? Cato não é o nome do idiota vizinho da Kadela-mor do 11, que morreu nos Jogos, mas apareceu misteriosamente alguns meses atrás?

– As duas últimas informações eu confirmo, agora vizinho de uma cadela chefe? Eu nem sabia que cachorros podiam ser chefes de algo.

A garota caiu na gargalhada, se inclinou e acabou sentada no chão rindo, ela olhou para mim e viu que eu não estava brincado e então se levantou.

– Kaela Meyers, a Kadela-mor, vadia mesmo, eu a odeio. – ela inclinou a cabeça para o lado com um sorriso meio psicopata. – Será que você conhece?

– Conheço. – respondo sorrindo e foi assim que alguém legal melhorou o meu dia.

***

Eu e Céci estávamos comprando algumas coisas para irmos para Pain quando Rocco apareceu.

– Céci eu preciso falar com você. – ele chamou, me virei para chamar Céci, achando que ela não tinha ouvido, mas ela estava claramente o ignorando, uiiii, a coisa tá feia.

– Clove, aqui, acho que vamos precisa de agasalhos em Pain. – o modo como ela pôs ênfase em ‘em Pain’ me disse que isso tava mais pra ‘não me siga idiota!’

– Ah, ok Céci, tchau Rocco. – assim que entramos Céci olhou pela vitrine Rocco ir embora. – Ei, o que houve?

– Nada, só que ele é um idiota e eu não quero mais nada com ele, ’precisamos de mais tempo Céci, espere um pouco’ pode isso? Até Cato toma a iniciativa e ele não. – Vish, algo me diz que eu sou “o motivo” da briga.

Depois do gelo na praça Rocco não procurou Céci, ela ficou triste, mas firme como uma rocha e não derramou uma lágrima sequer. Na manhã seguinte a nossas compras embarcamos no aero que nós levaria até Pain, e para minha surpresa eu encontrei Emmett, que iria conosco, oremos para que Cato não saiba disso, amém.

Foram horas de viagem, nunca tinha viajado tanto tempo antes. Durante o voo Céci me contou onde iríamos, para casa de uma prima que ela descobriu que existia alguns meses depois de Panem se decretar livre, ficava em Eros, o antigo distrito 10 que cuidava das roupas do resto do país. Chegando em Eros, da janela do aero eu vi a grande torre Eros, ela era muito antiga e tinha sido reformada, a deixando ainda mais alta que a original, era o entardecer, e todas as luzes de Eros já tinham sido ligadas, era como se fosse uma cidade feita de luz, linda.

– Dizem que a cidade se chama Eros porque no passado ela era considerada a cidade do amor. – Emmett chegou perto com aquele ar paquerador de sempre, coloquei a mão na cara dele e o empurrei para longe.

Sentada do meu lado Céci olhava a vista enquanto fungava, algo como ficar ouvindo de 5 em 5 minutos “La ciudad de L'amour” tendo brigado com o namorado antes de vir não estava a deixando lá muito animada, muito menos eu, minha vontade era gritar para pararem de falar amor em todo canto.

Quando o aero pousou e nós saímos, fizemos check-in e encontramos a prima Annette, ela era um tanto normal, mesmo ali sendo a Capital de Pain, eles não eram tão excêntricos quanto à nossa. Annette e Céci se cumprimentaram e falaram sobre as horas no telefone que passaram, enfim fomos andando para o carro e então um menino veio correndo na direção dele, um menino muito magro e eu soube por que quando Céci gritou depois de perguntar algo à Annette.

– Chloe! – o “menino” arrancou seu boné e olhou para Céci, cabelos desceram sobre os ombros quando o boné os libertou e um ‘Olá’ cheio de sotaque foi ouvido.

Emmett que estava perto de mim não olhou para Chloe, e eu percebi o porquê, Chloe estava o olhando como se ele fosse um sapo prestes a ser dissecado.

***

Kali tinha estudado com Kaela, e a odiava mortalmente a ponto de já terem tido uma luta e tanto, então Kali foi me contando coisas que eu nunca imaginaria saber, primeira delas: na 2ª série Kaela mandou os garotos fazerem uma fila e deu um selinho em cada um, segundo: durante um torneio na 4ª série Kaela beijou o professor de Ed. Física atrás do ginásio e a mãe de Kaela nunca foi na escola por mais que a professora à chamasse para conversar, se era atenção da mãe que ela queria, ela não conseguiu.

Kali tinha se mudado para o centro de Demeter depois de passar alguns anos morando com a avó no interior e agora eu queria acertar contas com Kaela, porque ela só foi “despachada pro meio do mato”, como ela diz, porque Kaela inventou algo que ela não me contaria nem por meio de tortura.

(- Aquela idiota contou para todo mundo, então meus pais me mandaram pra minha avó. – ela falava enquanto ameaçava grama nas mãos. – Se ela tivesse ficado calada...)


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Notas finais do capítulo

Particularmente eu achei o capítulo fraco, pq eu tava sem ideia (a única ideia boa veio em um sonho onde a bunda do Tyler Hoechlin apareceu, ai eu esqueci X3)