Cartas para você - Cato e Clove escrita por Scoutt


Capítulo 13
Destino


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa pela demora em postar, tava com um bloqueio pra escrever e-e
Mas consegui pensar em um capítulo ontem antes de dormir o/
Quero agradecer a recomendação da Girl Knives, te amo fofa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/440163/chapter/13

Eu acordei tocando um muro? Abri os olhos e percebi que era o peito do Cato, ‘Deus! Nós dormimos juntos de verdade? Vou desmaiar aqui’, no susto eu empurrei com tudo.

– Ai ai, onde é o incêndio??? – Cato levantou do chão passando a mão na cabeça com os olhos semicerrados, a cena foi, como sempre, hilária, ‘Cato, vire comediante!’. Eu comecei a rir e ele foi abrindo os olhos.

‘ Ok, pode me dizer o que eu faço aqui e... – ele me olhou por um tempo – Não me diga, a senhorita me empurrou? – como resposta eu ri mais ainda.

‘ Me dê sua mão um minuto. – dei minha mão para ele segurar, em um instante eu estava na cama, em outro eu estava no chão, bem, não no chão, mas em cima de Cato, isso já tava se tornando muito b... er muito constrangedor, isso, constrangedor!

Agora tanto eu, quanto Cato ríamos, então ele começou a levantar e me levar junto, fomos para a porta e eu parei do nada e quase caímos de novo.

Ele me olhou inquisidoramente: - Porque você parou?

– Pra você me dizer para onde está me levando, oras!

– Não que tenhamos muitas opções, mas eu pensei em irmos tomar café, porque eu estou com muita fome! – ahhh, sim, tomar café, o que eu tava pensando?

Descemos as escadas em silêncio, Cato não soltava minha mão, se eu já não queria falar sobre ontem, aquela mão segurando a minha era o suficiente pra deixar meu cérebro inútil para pensar. Chegamos à cozinha e Cato começou a mexer nas panelas, abrir geladeira, olhar nos armários, ok ele tava perdido né?

– Acho que alguém se perdeu na cozinha. – disse olhando para os lados, mas peguei um olhar de ‘vou te matar’ escapando de Cato.

– Ah é? Faça melhor então, na-ni-ca! – nanica? Tocou no meu ponto fraco né mané?

– Ok seu gigante loiro! – ele só riu, maldito!

Acabei fazendo o café, tive algum problema com algumas panelas que estavam a metros e mais metros de altura, mas Cato pegou, ‘tô falando que ele é um gigante!

– Então, eu não fiz melhor, porque certa pessoa não deu nada pra competir com minha comida HAHA

– É né, nem tá tão bom assim. – Cato falava enquanto comia, ‘maldito, se não está bom não coma!

– Acho que eu vou para casa... – trim trim trim, o telefone começou a tocar, Cato abandonou a comida e foi atender.

– Alô? Ahh, sim mãe... tá... aham... sim eu comi... não, não foi ela... não, eu não botei fogo na casa... É, tem uma colega minha aqui, sim, a Clove... Ahhh mãe, para! Tchau mãe, tchau! – ele desligou e colocou a cabeça na parede, então começou a rir.

– Cato, você tá bem? Ou será que tem radiação saindo do telefone? – ele virou pra mim, e começou a rir mais, ‘pelo amor de Deus será que não ultrapassamos a cota de risos de hoje não?

– Era só minha mãe, ela disse que alguns trechos da linha do trem caíram e os trens estão presos na Capital, ahh – ele riu mais, levantei a sobrancelha e Cato apontou para mim – Você sempre faz isso quando quer saber algo não é?

– Oi?

– Levantar a sobrancelha, você sempre faz. – droga, eu achei que ninguém reparava nisso.

– É, acho que sim, faço isso às vezes. Mas, o que foi que sua mãe disse que foi tão engraçado?

– Você quer mesmo saber? – assenti que sim – Que eu vou acabar er... Escorregando na lama que tem do lado de fora se eu sair! – ok Cato, você deve ser idiota de rir tanto disso.

– Tá né. – olhei para baixo e percebi que ainda estava com a camisa de Cato, corei até o dedo do pé e acho que até meu cabelo deve ter ficado vermelho se isso é possível. – Err... Acho que vou ver se meu vestido secou.

Subi as escadas e encontrei meu vestido seco – graças à Deus! -, tirei a camisa e coloquei o vestido de novo, nossa estava frio depois daquela chuva! Sem contar que ainda chovia e eu estava sem trem para voltar pra casa, que maravilha.

***

Clove subiu para colocar seu vestido, eu a preferia com minha camisa mesmo, cobria mais coisas sabe. Enquanto eu estava sozinho na cozinha eu pensei sobre o telefonema da minha mãe, aquela velha deve estar caduca!

Cato: Alô?

Oi Cato. Ai está chovendo muito também?

Cato: Ahh, sim mãe...

Eu e seu pai vamos ficar aqui mais um tempo.

Cato: tá...

Alguns trechos da linha do trem caíram e os trens estão presos na Capital.

Cato: aham...

Você já comeu, bebê? - meu Deus, quando ela voltou a me chamar de bebê?

Cato: sim eu comi...

Kaela fez o café para você?

Cato: não, não foi ela...

Deus! Você não colocou fogo na minha cozinha tentando cozinhar, não é?

Cato: não, eu não botei fogo na casa...

Então quem fez... Oh, poderia ser que a menina de Atlata está...

Cato: É, tem uma colega minha aqui, sim, a Clove...

Oh meu Deus – podia até ver minha mãe sorrindo e falando algo vergonhoso pro meu pai depois, Deus, o que eu fiz pra merecer essa mãe? – Vocês são um casal, você vai acabar apaixonado por ela e casado!

Cato: Ahhh mãe, para!

Meu filhinho tá namorando e...

Cato: Tchau mãe, tchau!

Meu Deus, essa mãe que eu tenho, eu não podia me imaginar casado com a Clove, ou talvez pudesse, eu ia ser chamado de gigante mais vezes do que poderia contar e seria empurrado da cama também e... Cama! Nós dormimos juntos ontem e... Ahhh eu beijei ela! Ou ela me beijou? Percebi que Clove estava descendo as escadas, ‘haja normalmente Cato, haja normalmente!

– Acho que eu estou presa em Demeter.

– É, é. Acho que sim. – ‘você é um péssimo ator mesmo né, Cato?’ – Então, é quer jogar vídeo game?

– Bem, eu não sei jogar vídeo game.

– Ok, eu te ensino, agora nós temos que jogar lá em cima, porque tá no meu quarto. – tenho certeza que ela vai dizer não!

***

– Ok, eu te ensino, agora nós temos que jogar lá em cima, porque tá no meu quarto.

Quarto? Ok Clove, haja normalmente e não fique com essa cara de tacho!

– Okay. – Ele suspirou e então subimos para o quarto, que ainda estava uma bagunça, mas quem liga?

Jogamos algo por um tempo e eu perdi várias vezes, então desistimos de jogar, leia-se eu desisti e ele não quis continuar sozinho. Íamos descer para a sala, e eu estava de braços cruzados com um pouco de frio.

– Frio? – Cato perguntou antes de colocar o controle do vídeo game no lugar.

– Um pouco. – ele se virou e mexeu no guarda roupa, puxou algo e jogou para mim.

– Aqui. Deve ficar grande, mas a culpa é sua de não ter crescido.

– Ou talvez sua de ter imitado um poste! Seu idiota! – vesti o casaco que ele me deu e ficou tão grande que dava pra servir de camisa de força, e não é que o idiota tentou mesmo?

– Sua louca, vamos dar um jeito em você! – ele me pegou pelas mangas do casaco e tentou amarrá-las juntas, então eu o puxei para o meu lado e advinha, eu tropecei em um dos pesos jogados pelo chão e cai na cama, e o idiota que estava me segurando pelo casaco foi direto em cima de mim, ‘maldita vida!

‘ Acho que isso já tá virando uma rotina, não é Clove? – ele estava próximo, mas se aproximando mais ainda, eu queria empurrar ele, mas acho que me cérebro tinha virado gelatina porque não estava me obedecendo em nada, e quer saber? Dane-se!

***

De novo, pela err... Perdi a conta, eu tinha caído com Clove de algum modo e Deus como eu queria ficar assim o dia todo! Ela estava com um rosto vermelho, esperei ela me empurrar de cima dela, mas nada veio, eu estava me aproximando mais, sei lá o quê estava pensando, mas ficar perto dela é bom e quando eu voltei a pensar eu já estava a beijando, e ela? Bem ela correspondeu.

***

Durante toda minha vida no distrito 2, eu nunca tinha tido um namorado ou beijado alguém, Cato não, ele ficou com praticamente toda a ala feminina da academia, e então, de repente ele levou meu primeiro beijo e o segundo e o terceiro e... Acho que eu tô começando a perder a conta.

Eu não sei o que significa gostar de alguém, mas eu gosto de ficar junto com Cato, é bom, eu me sinto como se não precisasse ter medo de nada, como se pudesse apensas relaxar ali, junto com ele, naqueles instantes roubados éramos apenas eu e Cato em um mundo só nosso e eu não estou nem ai que pensar isso seja insano, eu só quero que esses momentos não acabem e... Senti uma lágrima caindo e então vi Cato me olhando, escondi meus olhos com as mãos, mas Cato as tirou.

– Clove, o que foi?

– Eu gosto de você, eu não quero que os momentos onde eu estou junto com você acabem, eu não quero ver você com outras garotas, eu... Eu quero que você fique junto comigo. – eu não estava mais pensando em nada, eu só soube de algo quando as palavras já tinham sido ditas.

De repente meu coração já não era mais meu, ele tinha flutuado para algum lugar distante do meu peito, e eu esperava que Cato o pegasse.

***

Ver uma menina chorando não é legal, agora ver ela chorando por você é pior ainda, pelo menos eu soube que não era por eu ter feito algo errado, era por eu não ter feito algo muito certo. Quando ouvi Clove dizer que gostava de mim, por um momento eu achei que ela ia começar a rir e dizer que era brincadeira, mas então ela não disse, ela continuou falando coisas que... Deus, eu também não quero sair de perto dessa garota! Seja lá onde o coração dela estivesse antes, eu quero o pegar para mim, e guardá-lo até que ela o peça de volta.

– Clove, você quer mesmo que eu fique junto com você? Porque eu também quero ficar junto com você. – posso ter soado como uma menininha, mas quer saber? Eu não me importo, eu só quero que ela pare de chorar e sorria.

Eu pensei que ela só ia sorrir e dizer “tudo bem”, mas ela me abraçou e me beijou de novo. E ficamos ali, deitados juntos no meu quarto, enquanto o tempo passava, e acho que acabamos dormindo juntos novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Particularmente achei que o capítulo começou meio ruim, mas ficou MEGA-ULTRA-SUPER-FOFÍSSIMO no fim