O Jogo dos Semideuses escrita por Walber Florencio


Capítulo 13
O confronto


Notas iniciais do capítulo

Título inspirado na série Os Diarios do Vampiro... Aqui um pouco mais de ação, momento Percabeth e outra surpesa! ;)



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Quando Malcolm disse “Olá, Annabeth!” e cortou a garganta de Amanda com aquela faca, eu quase sou capaz de mata-lo.

Só não o faço devido a uma flechada em ombro esquerdo que me força a cair para trás. Procuro rapidamente ao redor e vejo Clarisse pulando pesadamente de um galho quatro metros acima de nós.

Uma rede cai em cima de Percy e ele fica enrolado antes de poder agir, no mesmo instante em que o canhão soa e indica que nada mais pode ser feito em relação à Amanda. Ao que pude notar, a rede era tecida com uma fibra que apertava a cada movimento de Percy.

– Percy, pare de se mover! – eu digo, enquanto tento arrancar a flecha do meu ombro.

Olho para Clarisse com ódio. Ela estava ainda com várias partes do corpo inchadas. Um dos olhos não podia abrir devido a uma bolha em sua sobrancelha. Uma das mãos estava redonda e mais grossa que seu bíceps.

E torno a olhar para Malcolm, com mais ódio ainda...

– Por que fez isso? Por que se uniu a eles?

– Só estou seguindo conselhos... – ele diz com voz fria – Damien nos disse para formarmos alianças... Bem, eu só soube escolher melhor o meu time!

– Desgraçado! – eu grito e tento levantar, mas Clarisse me dá um soco no rosto, e em seguida uma joelhada na altura do estomago.

Caiu sem folego por alguns momentos.

– Este jogo vai acabar em tempo recorde! – diz Clarisse – Temos menos da metade dos tributos em dois dias de jogos! E nesse momento... – podemos escutar mais dois tiros de canhão – Cato acaba de matar Thalia e Glimmer. Não podemos tolerar fracas no seu time, certo?

Ela olha para Malcolm e ele fez um sinal de positivo com o polegar.

Cuspo um pouco de sangue, imaginando-me cuspindo na cara deles.

– Acho que pelas minhas contas restam... nove! – Malcolm fala.

– Tirando vocês dois, restam apenas sete! – Clarisse sorri diabolicamente, enquanto passa a lamina de uma faca levemente no contorno de meu rosto.

– Ah, ela sabe subtrair... – eu digo em tom totalmente irônico. Os filhos de Ares não são lá muito famosos por sua inteligência.

Clarisse pressiona a faca em meu queixo e posso sentir um corte sendo aberto e o sangue escorrendo.

De repente, a água da fonte no fundo da caverna explode e avança caverna acima, atingindo em cheio Clarisse La Rue como se fosse uma onda.

A garota cai no chão e gira algumas vezes antes de gritar violentamente e se levantar com um olhar furioso para Percy.

Aproveito a deixa e pulo em cima de Malcolm, lhe dando uma sequencia de socos e chutes. Não tinha armas à minha disposição naquele momento, mas sabia algumas formas de matar alguém com as mãos.

Eu sabia que não teria coragem de matar meu companheiro de chalé, mas a raiva que eu sentia por ele naquele momento me permite deixar quatro enormes rasgos em seu rosto bonitinho com minhas unhas.

Ele me empurra para o chão com força e caiu de costas, tendo novamente dificuldade para respirar.

Percy estava, embora ainda enrolado na rede, controlando a massa de água que envolvia uma histérica e quase afogada Clarisse. Ele induz a água a voltar para sua origem, e a filha de Ares vai parar no interior da caverna.

Lembro que nossos pertences estão todos lá e corro para busca-los, e eu e Percy darmos o fora dali.

Malcolm estava com as mãos no rosto, tentando em vão passar o ardor que acabo de lhe causar com minhas unhas.

Corro tropegamente até a caverna e pego nossas mochilas e a espada de Percy. Permito-me uma olhadinha básica para uma Clarisse desmaiada com metade do corpo musculoso dentro d’água.

Quando chego lá fora corto a rede com a espada e ajudo Percy a se livrar das cordas.

– Onde foi Malcolm? – pergunto, notando que ele fugiu.

– Não sei! E Clarisse? – ele quer saber.

– Vai sobreviver... – respondo.

– Pois vamos acabar com isso! – ele diz, se encaminhando para a caverna.

– Não! – eu seguro seu braço – Cato daqui a pouco estará aqui. Precisamos fugir!

Mesmo hesitante, ele concorda comigo e pega as mochilas e a espada que estão comigo. E me ajuda a caminhar, notando que ainda estou um pouco ofegante.

Um pouco mais à frente, Percy aplica o spray nos ferimentos em meu ombro e no meu queixo e me sinto bem melhor.

Paramos para descansar, e só agora Percy parece ter notado a morte de Amanda. Ele senta e cobre o rosto com as mãos. Começa a chorar.

O abraço e beijo sua testa carinhosamente. Também acabo chorando. Não apenas por Amanda, mas pela traição de Malcolm e por esta droga de jogo!

Ficamos abraçados ali, encostados no tronco de árvore de folhagem baixa, enquanto a noite passa. Felizmente, não fez muito frio. Acabo dormindo.

Acordo algumas horas depois com o canto de um pássaro e com o sol, já forte em meu rosto. Percy se aproximava de mim, trazendo alguns peixes assados em uma vareta.

– Por que não me acordou mais cedo?

– Você precisava descansar um pouco. – ele diz e me entrega dois peixes – E comer!

Como os peixes, com cuidado com as espinhas.

– Obrigada... – agradeço – Por tudo! Se não fosse por você, eu já estaria morta.

E nos beijamos mais uma vez. Concordo que o gosto de peixe assado com o sal da água do mar e uma fogueira improvisada não deixou um beijo tão gostoso como eu queria, mas o que vale é o sentimento.

Optamos por subir na árvore mais alta das redondezas e ficamos ali aquela noite, torcendo para que nenhum novo episódio interrompa-nos.

Mas antes, aproveitamos a luz do dia para traçar planos. Decidimos que na manhã do dia seguinte, caso estejamos vivos, nos dirigiremos para a Cornucópia e a tomaremos. Provavelmente, com Cato, Clarisse e Malcolm nos caçando por ai, o chifre dourado está sozinho.

Na Cornucópia revezaríamos turnos de vigia, enquanto os outros tributos se matavam na selva. Restam poucos, e como a ilha da Cornucópia é centralizada, podemos ver e matar qualquer inimigo que surgisse perto.

Percy me diz que ainda queria encontrar os dois filhos de Hefesto, Nyssa e Charles, mas desde o começo dos jogos não vejo nenhum dos dois. Com certeza optaram por ir a uma ilha mais distante.

Anoitece e o sino anuncia que a chamada dos mortos do dia vai começar. Olho para o céu azul escuro.

Então o rosto de Effie aparece. Mas com um sorriso no rosto. Era um vídeo.

– Olá, sobreviventes! Se vocês conseguiram chegar até esse momento com vida é por que são verdadeiros guerreiros! – ela fala, com sua voz sempre irritante – Vocês conseguiram em tempo recorde matar quinze tributos em 72 horas de jogo. E como recompensa aos chalés que ainda mantém seus dois tributos... Nesta edição, se os dois últimos jogadores forem do mesmo chalé, os dois serão considerados vencedores!


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Notas finais do capítulo

E ai? O que vcs acham que a Annie vai pensar a respeito disso? Ela perdoará Malcolm e lutarão juntos, ou ela ignorara a sorte e irá continuar ao lado de Percy? :)



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