A Herdeira dos Riddle escrita por Myla Oliveira


Capítulo 16
Eu não quero fazer isso


Notas iniciais do capítulo

Fanfiic tá acabando!



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"Quando a amizade é verdadeira não existe explicação. Apenas os gestos conseguem provar o que as palavras não dizem - Um Dia."

Vi os olhares de todos ali sobre mim e me abracei com força, suspirando e suspirando. Olhei para frente e Pansy se dirigiu a mim,

– O que você disse? - perguntou Pansy me encarando ferozmente, meus olhos já estavam cheios de lágrimas àquela altura.

– Eu não vou matar Alvo Potter - disse novamente - Eu não vou matar ninguém! Essa vingança não é minha! Mataram meu pai apenas porque ele mereceu morrer, se Harry Potter não o matasse ele mataria a Harry! Ele apenas se defendeu e salvou o mundo tanto bruxo quanto trouxa de Voldemort! Meu pai era um porco, um coitado, a pior especie de homem que poderia existir e eu não irei ser igual a ele! Não irei ser igual a nenhum de vocês! Eu não tenho mais nove anos, vocês não podem continuar me tratando como uma marionete! Não irei fazer nada que vocês mandarem! E se agora, nesse momento meu pai, quero dizer Voldemort, porque meu pai é Ben. Se agora ele estivesse vivo e fizesse uma nova guerra, eu ficaria do lado de Harry Potter, nem que para isso eu precisasse dar a minha vida!

– Retire o que disse! - mandou ela estérica e eu neguei com a cabeça.

– Não, eu não vou negar nada do que eu disse - disse a ela - E mais uma coisa, todos vocês aqui são dignos de pena! Ninguém aqui conhece o amor e eu não serei igual a vocês assim como tio Ben não é! Vocês sempre fizeram de tudo para que ninguém em Hogwarts gostasse de mim, para que assim eu pensasse que todos me odiavam e quisesse vingança! Mas nem todos me odeiam, eu tenho amigos, amigos de verdade. E um deles é Alvo Potter, ele não é só meu amigo como também me pediu em namoro e eu o amo, ninguém poderá fazer nada a respeito!

– Isso é o que nós vamos ver - disse ela e então apontou a varinha para mim - Crucius!

– Aah! - meu grito ecoou pela sala enquanto eu caia sobre meus joelhos e me contorcia de dor - Pare!

– Você terá que fazer o que é o certo! - mandou ela e eu ofeguei entre um feitiço e outro - Crucius!

Gritei novamente e me contorci ainda mais no chão, minha visão ficando turva. Ela de alguma forma fez com que eu flutuasse e continuou a me torturar.

– Já chega! - gritou a voz que parecia do tio Ben e eu tentei enxergar ao meu redor. Ela deixou de apontar a varinha para mim, fazendo com que eu despencasse no chão, e então apontou a varinha para tio Ben.

– Cruci...

Tio Ben foi mais rápido e me agarrou pelo braço aparatando, me deixando ainda mais tonta do que já estava antes.

– Calma - disse ele quando caímos em um gramado, mas era um lugar que eu não fazia ideia de onde , eu não quis levantar, fiquei deitada ali sem falar nada e apenas me abraçando - Sophia?

– O que? - disse num sussurro como se estivesse com medo que alguém me escutasse falando e também era o mais alto que minha voz aguentava falar.

– Vem comigo - pediu ele - Você precisa vir comigo.

– Eu não consigo - disse deixando lágrimas escorrerem pelo meu rosto - Eu não quero sair daqui, não quero ter que sair daqui.

– Eu não vou deixar que nada te aconteça - prometeu ele e então me pegou no colo. Vi mais ou menos aonde estávamos, havia algumas casas ao nosso redor, mas foi só isso, pois depois tudo ficou escuro de vez e eu desmaiei nos braços de Tio Ben.

*****

Acordei em um quarto escuro, a cama era confortável e eu me virei de lado com medo da onde estava, será que os Comensais haviam me pegado? Levantei da cama o mais silenciosamente possível, tateei as paredes no escuro até achar a porta, abri a porta lentamente mas ela fazia um pouco de barulho e eu a amaldiçoei por isso, saí do quarto e alguém me segurou.

– Me solta! - comecei a empurrar a pessoa para longe e me joguei para trás caindo no chão.

– Calma - disse a pessoa e eu levantei os olhos, era Alvo.

– Ai Merlin - disse o abraçando com força e ele me abraçou de volta, beijando meus cabelos.

– Calma, calma - sussurrou ele em meu ouvido e eu chorava feito uma criança que se perdeu dos pais - Tá tudo bem, vai ficar tudo bem. Eu estou aqui.

– Onde estamos? - sussurrei ainda em seus braços.

– Na minha casa - ele respondeu e eu o encarei.

– Tio Ben nos trouxe para cá? - perguntei confusa e ele concordou com a cabeça - Mas qual o motivo de ele nos trazer para cá?

– Meu pai mandou uma carta para ele - Alvo explicou - Disse que se precisasse era para vir para cá.

– Onde ele está?

– Estão todos lá embaixo - disse ele puxando me rosto para eu me aconchegar em seu abraço novamente - Pediram para que eu viesse e visse como você estava. E então você me atacou.

– Desculpa - pedi corando e ele riu.

– Eu estava brincando.

– Tudo bem - disse me separando dele e ele se levantou me dando a mão para que eu levantasse também.

– Vamos descer - disse ele e eu dei de ombros. Ele me puxou pelo corredor e estávamos no topo da escada, descemos e todos se viraram para mim.

– Como está? - perguntou Ben.

– Bem, eu estou bem - disse a ele e encarei o resto das pessoas, os pais dele me encaravam preocupados, assim como seu irmão.

– Oi Sophia - disse a irmã mais nova de Alvo e eu sorri para ela.

– Oi Lílian.

– Você tem certeza que está bem? - perguntou o sr Potter se aproximando - Você passou pela Maldição Cruciatus!

– Eu estou bem - mentira, não estava bem, mas não queria ficar preocupando ninguém.

– Você tem certeza? - perguntou ele.

– Ela não está bem - disse Alvo e eu o encarei indignada.

– Eu estou bem, sim! - garanti e ele negou com a cabeça.

– Tudo bem - disse James rindo - Não precisam brigar, vamos até a lanchonete da esquina para vocês pararem de discutir e então se Sophia não estiver bem ficará.

– Não sei se é uma boa ideia - disse tio Ben e eu bufei.

– É só uma lanchonete.

– Eles estarão seguros - garantiu Harry e tio Ben suspirou como se não tivesse opção.

– Tudo bem, então - disse ele - Mas cuidem dela.

– Pode deixar - garantiu Alvo e saímos da casa, andamos até o final da rua e então chegamos a lanchonete.

– Eu não trouxe dinheiro - disse fazendo careta.

– Nem eu - disse James - O Alvo paga!

– Sempre isso - disse o moreno revirando os olhos e me puxando pela cintura para dentro do lugar.

Pedimos fritas e refrigerante e Alvo teve que pagar tudo, deu pena dele. Acabamos de comer e Alvo chamou o garçom e pagou com dinheiro trouxa.

– Vou no banheiro - disse ele.

– Eu também - disse ma levantando e James deu um sorrisinho de lado, eu corei na mesma hora - Não no mesmo banheiro!

– Não precisa se explicar para ele, o ignore como eu - disse Alvo rindo.

– Assim você me magoa - disse ele fazendo beicinho e Alvo revirou os olhos indo para o banheiro - É, ele me magoou.

– Já volto - disse rindo e fui para o banheiro das meninas.

Assim que abri a porta, outra menina saia de um dos box. Minha respiração falhou, era Savannah.

– Olha quem está aqui! - cantarolou ela me olhando de cima a baixo e descansando as mãos na cintura.

– Coincidência, não? - perguntei ironicamente, aquilo não era coincidência.

– Na verdade não - disse ela revirando os olhos.

– O que você quer?

– Ser sua amiga - disse ela dando de ombros - E tem convencer a se vingar, é o certo sabe?

– Não somos amigas e eu não me vingar! - disse irritada - Quem é você, de verdade?!

– Eu? - disse ela rindo e então se aproximou deixando nossos rostos a centímetros um do outro - Eu sou Savannah Riddle, irmanzinha!


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Notas finais do capítulo

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