A Herdeira dos Riddle escrita por Myla Oliveira


Capítulo 14
Natal




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“Erros, erros, às vezes parece que isso é tudo de que sou capaz – A menina que roubava livros.”

Já fazia algum tempo que eu e Alvo estávamos namorando, só Mackenzie e Tommy sabiam.

Amanhã iríamos para casa para o Natal e eu não estava tão animada assim, mas sentia falta de tio Ben e o veria essa era a única coisa boa.

– Boa noite – disse Alvo quando chegamos a porta do meu Salão Comunal.

– Boa noite – disse sorrindo e ele segurou meu rosto me dando um selinho.

– Até amanhã.

– Até – o vi sumindo pelo corredor e dei a senha entrando no Salão.

Subi as escadas e me joguei na cama, estava morta de sono.

*****

Eu estava parada adiante de uma garota de cabelos loiros, ela estava de costas para mim e estranhei pelo fato de aquele ser meu Salão Comunal.

– Quem é você? – perguntei e ela se virou para me encarar, era Savannah – O que faz aqui?

– Você foi uma imprestável – disse ela negando com a cabeça – Você é uma imprestável!

– Não, eu não sou – disse dando um passo para trás – Não sou imprestável e eu não vou fazer nada que eu não queira! Você não pode me obrigar, não pode fazer nada!

– Sim eu posso – disse ela sorrindo e dando um passo na minha direção – Seu namoradinho e a família dele vão morrer! Seus amigos e seu precioso tio Ben, todos vão pagar pelas suas escolhas Sophia, você será a culpada por tudo isso!

– Não, eu não sou culpada e você não pode machucar a todos que eu amo – disse nervosa – Quem você pensa que é?!

– Eu? – perguntou ela com um sorriso sarcástico – Eu sou Savannah...

Acordei gritando no meu dormitório, saí da cama e desci as escadas não havia ninguém ali embaixo, pus a mão no coração e ele batia descompassado.

– Foi só um pesadelo – disse a mim mesma e subi as escadas novamente.

Me deitei e fiquei encarando o nada, fiquei assim até conseguir dormir.

*****

– Bom dia – disse Alvo quando me juntei a ele e aos outros dois no Salão Principal.

– Oi, bom dia – disse pegando um pedaço de torta.

– Está tudo bem? – perguntou Mackenzie.

– Tive um pesadelo, só isso – disse dando de ombros, Alvo me encarava preocupado.

– Savannah? – sussurrou ele para que só eu escutasse, Mackenzie e Tommy não prestavam mais atenção e eu apenas confirmei com a cabeça – Tudo vai melhorar.

– Eu sei.

Fomos para o trem e entramos em uma das primeiras cabines que estava vazia.

– Vamos nos ver no feriado? – perguntou Mackenzie.

– Não sei – disse encarando a janela, o trem ainda estava parado - Talvez.

– Tomara que sim!

– Eu quero te ver no feriado – disse Alvo e eu o olhei – Sério.

– A gente pode pelo menos tentar.

– Minha família, quer te conhecer! – disse ele sorrindo, eu o encarei assustada.

– C-como assim? Eles querem me conhecer, mas por quê? – perguntei e ele riu.

– Eu falei para minha mãe e meu pai que estávamos juntos – disse ele dando de ombros – Eles aceitaram, mas querem te conhecer.

– E se eles não gostarem de mim? – perguntei mordendo os lábios, tão insegura quanto a um tempo atrás.

– É impossível, alguém não gostar de você.

– Não é isso o que toda Hogwarts pensa – disse respirando fundo.

– Todos que te conhecem de verdade, gostam de você – ele disse sorrindo e Mackenzie concordou com a cabeça.

– Tudo bem – disse ainda nervosa e ele me abraçou.

– Esse ano foi deferente – disse Mackenzie sorrindo.

– Concordo – disse Alvo e eu sorri.

– Nunca tive uma melhor amiga e agradeço a você por ter uma – disse Mackenzie sorrindo para mim.

– Eu que agradeço a você por ter me dado uma chance de provar que não era igual meu pai, por me amostrar o que era a amizade e por tudo – disse e ela confirmou com a cabeça – Nunca tive ninguém além de tio Ben antes de vocês. Obrigada por isso.

– De nada – disse ela – Tínhamos que te dar uma chance, era esse o certo desde o inicio, só não devíamos ter demorado tanto.

– Antes tarde do que nunca.

– Quero ser amigo de vocês para sempre – disse Tommy.

– Nós seremos amigos sempre – disse Alvo sorrindo.

Ficamos conversando o resto da viagem e quando chegamos olhei pela janela, Pansy não estava ali, apenas tio Ben.

– Vem – disse Alvo me puxando pela mão.

– O que? – perguntei erguendo as sobrancelhas.

– Meus pais estão aí – disse ele sorrindo e eu parei.

– Quer que eu os conheça agora? – perguntei assustada.

– Qual o problema? – perguntou ele dando de ombros.

– Eu não falei para tio Ben que estávamos namorando – disse fazendo uma careta.

– Quer que eu peça sua mão? – disse ele sorrindo e eu revirei os olhos.

– Não seja bobo.

– Estou falando sério – disse ele e o encarei séria.

– Ele não é um cara legal? – perguntou Alvo erguendo as sobrancelhas.

– Sim, mas ainda acha que eu tenho nove anos.

– Me apresente a ele – pediu Alvo.

– Alvo... – resmunguei e ele fez beicinho.

– Por favor.

– Ta, se ele tentar te jogar na frente do trem não reclama.

– Vale a pena.

Ele entrelaçou nossos dedos e saiu do trem.

– Onde ele está? – perguntou Alvo.

– Vindo para cá – disse soltando a sua mão e indo até ele – Oi.

– Soph! – disse ele me abraçando e eu retribui – Como está?

– Bem – disse e me separei dele – Quero que conheça alguém.

– Alvo Potter – disse ele encarando Al e eu engoli em seco.

– É – concordei e chamei Alvo, ele veio até nós.

– Olá, Potter – disse tio Ben tão sério que eu nunca vi.

– Olá, Sr – disse Alvo estendendo a mão, tio Ben a apertou e eu suspirei.

– Ele me pediu em namoro – disse quando tive certeza que Alvo estava a uma distancia segura dele.

– Ele o que?! – ele olhou para Alvo como se pudesse o matar com o olhar.

– Eu tenho 16 anos! – disse e ele respirou fundo.

– Okay, quebre o coração dela e eu quebro sua cara.

– Tudo bem – disse Alvo engolindo seco.

– Ele está brincando – disse para Alvo.

– Eu não estou brincando.

– Não irei magoa-la Sr – prometeu Alvo.

– Espero mesmo – disse ele e olhou para os Potter que se aproximavam, minha vez de ficar nervosa – Imagino que seus pais também queiram conhecê-la.

– Sim Sr – disse Alvo, ele estava tão formal.

– Alvo! – disse a sra Potter o abraçando e olhando para mim com um sorriso simpático – Você é Sophia?

– Sim, sra Potter– disse sorrindo fraco.

– Me chame de Gina – disse ela sorrindo.

– Tudo bem – disse nervosa, Alvo me abraçou de lado e se aproximando do pai.

– Pai, essa é Sophia – disse ele e o Sr Potter estendeu a mão para mim, eu a apertei nervosa, devia estar a ponto de tremer.

– Olá, Sophia – disse ele e por incrível que pareça ele sorria - Meu filho me contou sobre você.

– Eu quero que o Sr saiba que eu não tenho nada haver com meu pai, eu não quero ter que fazer nada, não quero vinga-lo – disse tudo muito rápido e ele tocou meu ombro afetivamente.

– Eu sei que não, nós iremos ajudá-la nisso – prometeu ele e eu acenei com a cabeça.


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