Eternit escrita por Uma Jujuba Azul


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Ta ai o 6, aproveitem!



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Como eu não sei, mas sei que aqueles poucos segundos que restavam da minha vida estavam servindo muito bem para mim me reviver clara e rapidamente o que havia acontecido.

Subimos de elevador até o 13° andar, o ultimo do prédio, lá Nico me guiou até uma porta que levava até uma pequena e estreita escada, subimos por ela e chegamos até um terraço que, mesmo eu morando já havia anos naquele prédio, eu não sabia que existia. A vista dali de cima era realmente linda. Por mais que o prédio se encontrasse em uma avenida movimentada e barulhenta de Nova York, lá de cima era possível ver o quanto céu fica lindo de noite e, durante a nossa volta para o apartamento a chuva havia cessado e restavam apenas poucas nuvens no céu, dando assim u m ótimo contraste de um céu estrelado com uma cidade movimentada, barulhenta e muito iluminada logo abaixo dele.

– Uau, é realmente lindo - falei admirada.

– Você mora aqui a bem mais tempo que eu então pensei que já conhecesse este lugar.

– Eu nunca passei do meu andar - falei ainda olhando admirada para a paisagem.

– Eu achei este lugar logo que me mudei e, segundo o zelador do prédio, ninguém vem aqui em cima, então acabei aderindo este lugar como um lugar onde eu posso ficar um pouco sozinho e espairecer - explicou.

Nico me puxou lentamente pela cintura até a beira do prédio. Eu olhei para baixo observando a altura e tentando calcular quantos metros havia lá de cima até o chão. Era muito alto e se alguém caísse de lá de cima com certeza não sobreviveria, mas se por um incrível e impossível milagre sobrevivesse, com certeza seria atropelado por um dos carros que passam em alta velocidade na avenida movimenta de Nova York. Sentei-me na mureta da beira do prédio e fique balançando os pés. Nico passou o braço em volta da minha cintura.

– O que você pensa que está fazendo di Ângelo?

– Eu não quero que você caia daqui de cima - respondeu ele calmamente.

– Eu não faria falta para ninguém – respondi num tom indiferente enquanto encarava o horizonte.

– Você disse que me daria explicações - disse ele - eu as quero.

– O que você quer saber?

– Tudo...mas principalmente o que te faz ser assim.

– Ok... - respondi pensando por onde começar – Quando eu tinha nove anos, morávamos eu, minha mãe, meu pai e meu irmão mais novo em uma casa um pouco distante daqui. Naquela época era tudo perfeito, eu era uma criança calma e que adorava brincar de bonecas, tinha um irmão mais novo de quatro anos que vivia arrancando a cabeça das minhas bonecas - sorri com a lembrança – nada mais que o normal para uma família perfeita. Mas um dia eu e minha família fomos ao Central Park passarmos a tarde lá, fizemos pic nic e tudo mais, eu e meu irmão estávamos nos divertindo muito e, quando começou a entardecer, pedi a nossos pais que deixassem eu e ele brincarmos perto de um lago, minha mãe disse para mim não sair de perto de meu irmão e eu concordei saindo correndo arrastando meu irmão pela mão. A gente tava se divertindo e meu irmão estava adorando jogar pedrinhas no lago. Até que eu vi uma borboleta azul passar por mim e resolvi tentar pega-la. Eu acabei me afastando bastante a fiquei muito tempo andando em meio as árvores. Quando percebi já estava anoitecendo e ouvi a voz de meus pais chamando por mim e meu irmão. Meu pai me agarrou no colo e parecia feliz por ter me encontrado, então minha mãe começou a perguntar desesperada por meu irmão. Eu disse que ele estava perto do lago. Ela correu desesperada em direção ao lago e meu pai me largou para ajuda-la a procurar por meu irmão. Ele foi achado dois dias depois boiando no lago. Minha mãe entrou num grave estado de depressão. Meu pai nos abandou dois meses depois e nunca mais deu notícias. Eu e minha mãe nos mudamos para este prédio. Todos os dias desde a morte do meu irmão, ela me culpa pelo o que aconteceu, eu me tornei assim porque não quero que as pessoas saibam como eu realmente sou, não quero ter mais motivos para chorara toda a noite antes de dormir, não quer que gostem de mim por pena.

Nico ficou em silencio por alguns segundos.

– Como era o nome dele? - perguntou.

– Jason.

Nico silenciou por mias um tempo e depois se sentou ao meu lado, me abraçando pela cintura. Eu deitei a cabeça em seu peito e fitei o horizonte.

– Eu não gosto de você por pena, Thalia Grace - disse Nico quase que num sussurro e eu levantei a cabeça para sustentar seu olhar um tanto sinistro - Eu não serie mais um motivo para você chorar, eu serei quem vai te fazer sorrir. Eu prometo.

– Não prometa o que você não pode cumprir.

– Eu vou cumprir esta promessa, nem que eu dei minha vida por ela - disse ele decidido - Nem que eu tenha que dar minha vida para cumpri-la.

Me perdi em seu olhar enquanto escutava suas palavras. Di Ângelo desgraçado pensei. Mas rápido sai de meus devaneios e, no segundo seguinte já tinha seu labias colados nos meus novamentes.


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