Jogos Vorazes: O Despertar escrita por FernandaC


Capítulo 14
Exceção


Notas iniciais do capítulo

Finaaallmmmeeennteee!! Gente, não tem como eu me desculpar pela demora, o que eu posso fazer é apenas justificar, então aqui vai. Eu viajei e quando cheguei fiquei doente. Passei um tempão deitada na cama. Mas já estou bem melhor a ponto de finalizar o capítulo.

Bem, estamos nos encaminhando para o desfecho. Não sei dizer ainda quantos capítulos ainda virão e, infelizmente, não serão mais muitos. Minhas aulas começam na segunda e vai ser complicado ter tempo para a fanfic. Tenho que estudar para a OAB ( --' )!

Enfim, espero que gostem desse capítulo. Eu passei um bom tempo pensando e concedi alguns pedidos dos leitores. Hahaha... Da grande maioria na verdade. Espero a opinião de vocês nos comentários!

Beijo, Fernanda.



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Pego a corrente com os dedos um pouco trêmulos. Analiso a disposição da pérola acoplada delicadamente como um pingente. Giro-a como tanto fiz anteriormente. Por diversas vezes ela foi minha terapia, meu consolo. O símbolo da minha ligação com Peeta. Meu amuleto perdido, comigo de novo. Fecho-a firmemente em minha mão e fito o azul profundo dos olhos dele, agradecida por ter de volta algo tão importante. Peeta estende a mão e enxuga todas as lágrimas que não percebi ter derramado. Ponho minha mão sobre a dele no meu rosto, enquanto um sorriso choroso forma-se em meus lábios. Peeta solta um pequeno riso de alívio, então se aproxima mais de mim. Sem esperar ou hesitar, subo para o colo dele, afundando meu rosto no seu pescoço e o abraço. Aos poucos vou sentindo seus braços me envolverem e depois sua cabeça encostar-se à minha.

Entreabro meus olhos e vejo que o sol desceu completamente, deixando apenas os últimos raios do dia para trás.

– Você nem prestou atenção no tom alaranjado que ficou o horizonte. – Comento baixinho.

– Prestei sim. É a coloração mais bonita que já pude ver. Penso em quanto tempo vai levar para eu descobrir o tom certo.

– Mas como você pode ter visto, se você não tirou os olhos de mim? – Pergunto levantando o rosto para olhá-lo.

– Verdade, eu só via você e assim pude presenciar um tom de laranja tão intenso e reluzente apenas olhando para sua pele, seus olhos e lágrimas. Os céus podem colorir o tom laranja que for, mas a perfeição eu encontrei em você. – Peeta responde com simplicidade.

Eu deveria revelar todos os sentimentos entalados dentro de mim, deveria de uma vez por todas assumir o óbvio. Todavia neste momento eu, miseravelmente, não consigo. E apenas sorrio bobamente como se isso pudesse se equiparar às poesias proferidas por ele. Posso ser qualquer coisa, menos a perfeição que ele descreveu. E é pensando nisso que eu começo a analisar que eu realmente não o mereço. Sinto na boca o gosto de uma profunda amargura. Vejo Peeta franzir o cenho intrigado com minha reação, então desvio o olhar do dele.

– Desculpa se eu disse algo que lhe incomodou, eu apenas quis dizer que...

– Não Peeta, não é isso. Muito pelo contrário. Eu apenas percebi que Haymitch tem razão. – Digo chateada e contrariada.

– Sobre o que? O plano?! – Peeta questiona aflito.

– Não, ele estava totalmente errado sobre esse plano idiota. Eu me referia... – Começo a dizer, mas me contenho. Olho para os lados a procura de auxílio. Incito-me para sair do colo dele, entretanto sou impedida por seus braços que me mantem presa. Peeta força uma resposta através do olhar. – Haymitch sempre me disse que eu não o mereço e por conta disso e de outras coisas eu procurei me afastar de você, para que você fosse feliz com... Com outro alguém. Mas analisando tudo, percebo que ele tem razão, eu não o mereço, não sou perfeita para você.

A cada frase emitida foi como uma tapa dada na cara dele. Sua expressão foi da incredulidade à ira em segundos. Ele abriu a boca para falar e logo a fechava, sem palavras, pela primeira vez. Acho que eu o deixei indignado.

– Katniss, - Peeta diz controlando a voz. – nunca mais repita que você não me merece, que vou ser feliz com... – Ele suspira exasperado. - Por favor, Katniss.

Peeta fecha os olhos e observo sua expressão magoada, ferida, inconformada. Arrependida em tê-lo machucado, com desespero eu tento me retratar. Por mais que eu ache que ainda não o mereço, eu engulo qualquer achismo pessoal apenas para tirar essa dor que acabei infligindo nele. Toco sua bochecha com minha mão, relutantemente Peeta abre os olhos e me encara. Caricio sua face com meu polegar e aos poucos deixo minha mão cair pelo seu corpo até chegar ao seu coração. Ele sobe o braço de apoio nas minhas costas para mais perto da minha cabeça e me beija fortemente com os lábios selados, uma, duas, três vezes. A cada beijo uma intercessão, um pedido para que eu não repetisse aquelas palavras.

Sinto Peeta se desesperar, seus braços tremerem levemente nas minhas costas. Sua dor atingindo-me. Enrosco minha mão na raiz dos seus cabelos com raiva de mim mesma por fazê-lo sofrer. Ele me abraça apertado, envolvendo-me com todo seu corpo. Para que assim ninguém me achasse, eu não escapasse e ele não me perdesse.

– Eu não vou repetir. – Digo mofina com a voz entrecortada.

– Melhor nós irmos antes que escureça. – É tudo o que Peeta diz e ainda indiferente.

Fico de pé, ponho minha mochila nas costas. Abro o punho e pego a corrente, coloco-a no meu pescoço. As primeiras estrelas aparecem no céu levemente claro. Olho para Peeta, todavia ele está concentrado em descer a pedra e não retribui o olhar. Confesso que fiz merda, deveria ter ficado calada, entretanto quis ser sincera. Será que ele não entende isso? Peeta gostando ou não ainda acho que é a realidade.

Vou à frente para mostrar a trilha, já que dentro da floresta está tão mais escuro para ele saber aonde pisar. Caminhamos em um terrível silêncio, que é quebrado apenas para os pequenos avisos de galhos e buracos. Em vinte metros chegaremos à orla da floresta e aí será o momento da nossa separação. Eu não estou nem um pouco preparada para isso. Assim como não estou nem um pouco a fim de me explicar para Gale, mas sei que isso será inevitável. Querendo ou não, pela primeira vez, eu não mantive minha palavra e tenho certeza que isso será jogado na minha cara e com justa razão. E para piorar ainda tem a porcaria desses parasitas que não conseguem se focar em algo útil, tenho a leve impressão de que a futilidade está impregnada no sangue deles.

Já é possível ver as luzes da cidade através das árvores. Diminuo um pouco o ritmo para prolongar meus últimos momentos com ele. O que é um absurdo, não deveria estar controlando os minutos e as situações para render meu tempo com Peeta. Se eu o quero perto do mim, então assim vai ser. Viro-me para encará-lo já na margem e o vejo há cinco metros de distância ainda dentro da floresta. Creio que vinha tão concentrada em meus pensamentos, que não percebi que Peeta havia ficado para trás. Nossos olhos se encontram e, neste singelo gesto, percebo que não é preciso mencionar palavra alguma ou explicar o que não precisa ser esclarecido. Nossos desejos são incontestáveis e gritantes.

Com algumas passadas para dentro da proteção das árvores, encontro o calor do corpo dele. Jogo meus braços no seu pescoço e pulo na sua cintura. Ele cambaleia para trás, desequilibrado, e caímos no chão sobre algumas plantas. Entre pequenos risos nos beijamos. Esqueço minhas aflições, minha dor, o mundo ao meu redor. Apenas sinto a pressão das mãos dele alisando minhas costas, sua perna enrolada na minha, o gosto da sua língua acariciando a minha. Lentamente, a urgência invadindo meu corpo, a necessidade de mais beijos, mais mordidas, mais Peeta.

Escuto um pio de um tordo. Um aviso. Logo sou forçada a quebrar o beijo. Levanto-me e corro para a margem da floresta e observo a clareira. Um aerodeslizador surge no meio do nada e segue em direção do centro da cidade. O choque em presenciar aquilo invade meu corpo. Vejo-o subir mais um pouco e então escuto o som de explosões. Pavor. Procuro por Peeta, mas ele está logo atrás de mim.

– Calma Katniss, não são explosões. – Ele fala segurando meus ombros, tranquilizando-me. – Observe melhor, são fogos de artifício.

Analiso a situação e sinto meu corpo relaxar. São apenas fogos de artifício. Peeta envolve seus braços ao meu redor e, juntos, nós apreciamos o espetáculo. Mas como tudo que é bom na minha vida, nunca dura tempo o suficiente, logo sou forçada a sair do abraço dele.

– É melhor nós aproveitarmos essa distração no céu e voltarmos para a Aldeia dos Vitoriosos. – Digo contrariada.

– Você tem razão... – Ele comenta. Sua mão arruma a trança no meu ombro. – Katniss, antes que a gente se separe, eu gostaria de lhe agradecer pela tarde. E se você permitir, eu gostaria muito de lhe visitar, mesmo que às escondidas... Darei um jeito de vê-la, sem que me vejem.

Um sorriso de canto forma-se em meus lábios. Passo meus braços pela cintura de Peeta e deito minha cabeça no peito dele. Agradecida por tê-lo de volta comigo. Então, andamos de mãos dadas até chegarmos próximo da cidade. Algumas pessoas acenam para nós, felizmente, ninguém que possa nos causar problemas. Chegamos à Aldeia, passamos pela casa de Haymitch, e então alcançamos o cercado do meu jardim. Não nos tocamos ou trocamos palavras. Nossos olhares é o suficiente para suprir qualquer mensagem. Peeta lança-me um sorriso de canto, toca levemente na ponta da minha trança e vai embora para sua casa.

Uma sensação de prazer, desejo e... Mais alguma coisa, acho que é felicidade, preenchem o vazio do meu coração. Entro em casa brincando com a ponta da minha trança nos dedos. Levemente alheia ao fato de que estou sorrindo. Jogo a bolsa de caça na bancada da cozinha. Afago as orelhas de Buttercup, que ronrona. Pego uma maçã e me dirijo para a sala. Ligo a televisão e começo a assistir algumas notícias sobre a inauguração do Distrito 12. Felizmente não há nenhum comentário sobre mim ou Peeta. Em alguns fleches vejo Gale e Haymitch no prédio da Prefeitura. O apresentador fala animadamente sobre as novidades que o novo Distrito trás, a força de vontade do povo em se reerguer e seguir com a vida.

O programa acaba e logo outro começa. Dessa vez daquelas duas garotas irritantes. Elas começam a tagarelar entre si, fofocando sobre tudo. Ridículo. Imediatamente paro de prestar atenção nelas e pego o livro de plantas da família. Folheio as páginas, fazendo uma anotação mental de que tenho que continuar a escrevê-lo. Lembro-me do dr. Aurélius e me admiro muito em não ter recebido nenhuma ligação dele, mas é melhor assim, antes ele ocupado com outro cobaia do que comigo.

...Pois é minha gente, Katniss Everdeen, a nossa eterna garota em chamas, não compareceu ao evento de inauguração do seu distrito. – A garota ruiva comenta com um sorriso malicioso no rosto.

Que curioso você comentar isso amiga! Acredita que Peeta também não compareceu ao evento também?! – A morena fala e ambas riem idiotamente. – Sabe o que eu acho? Bem, Katniss nunca gostou muito da mídia, provavelmente ela deve ter se isolado em algum lugar junto com Peeta. O que você acha?

­Não sei, não. Eles nunca foram vistos juntos, e tem aquela garota... A Delly. E outra, Peeta foi visto na inauguração, na sua padaria...

AH! Mas só por pouco tempo. Depois o nosso favorito mais lindo padeiro desapareceu! – A garota ruiva corta a morena.

Verdade. Onde você acha que eles foram? Será que ficaram juntos? Ou melhor, onde eles estão nesse exato instante?

A porta de entrada da casa se abre audivelmente. Espanto-me com a agressividade e rapidamente fico em pé, preparando-me para qualquer perigo eventual. O tempo pode passar o quanto for, mas acho que jamais deixarei de ficar na defensiva. Gale entra, fecha a porta e adentra na sala. Encaramos-nos mais do que gostaria. Um sentimento de vergonha solavanca meu consciente. Eu quebrei minha palavra, o enganei, desmanchei qualquer pacto tácito entre nós. Parceiros de caçada. Gale não demonstra raiva, ódio, desprezo. Muito pelo contrário, suas expressões transpassam a mais pura frustração, a dor da traição.

Ele se senta. Põe as mãos na testa. Sinto uma pequena urgência em querer consolá-lo, mas sei que se fizer isso, apenas piorarei as coisas. Tenho certeza, que ele sabe onde eu estive e sabe que eu estava na companhia de Peeta. Não é preciso falar, o que é óbvio. No entanto, ainda sabendo dessas informações, Gale nunca me perdoará por ter quebrado minha palavra, por não ter tido caráter.

– O que houve Katniss? – Ele pergunta sem me encarar. Não respondo. – Você me deu sua palavra que iria... Contudo, você me decepcionou. Sempre soube que você era capaz de muitas coisas, todos conhecem seu potencial, mas eu jamais imaginei que você teria coragem de quebrar com uma promessa. E não era qualquer promessa, era algo entre eu e você!

– Gale, você não entende mesmo, não é? Você queria que eu participasse de uma coisa que eu estou lutando arduamente para evitar e esquecer. – Ele me olha amargurado. – Você queria que eu voltasse a fingir! – Digo exaltando-me um pouco.

– Não era bem fingir. Era apenas uma estratégia para tentar mandar os repórteres embora. Mas você complicou muito mais agora, você viu o noticiário, eles estão especulando onde você estava, por quais motivos não foi para o evento e se Peeta estava com você. O que é uma pergunta muito retórica. – Gale fala no mesmo tom que o meu, a diferença é que ele está com mais veneno na voz.

– Seguinte, eu não queria participar disso! E não sou mais obrigada a obedecer ninguém, e como não sobraram muitas pessoas da minha família para serem ameaçados, arrisquei e desobedeci você. – Respondo irritada.

– A questão não é obediência, Katniss! E ninguém será ameaçado. O fato é que eu estou muito chateado com você, justamente por você ter quebrado uma promessa nossa! Jamais imaginei que você fosse fazer isso comigo. Eu, realmente, acreditei que você fosse ao meu encontro e como me enganei! – Gale me contradiz. Furioso. O que apenas inflama minha raiva por ele ter proposto algo tão insano e egoísta.

– Pois bem, Gale. Vou fazê-lo entender a situação, já está na hora de esclarecermos as coisas de uma vez por todas. Eu não queria ir para esse maldito evento e você sempre soube disso, mas, mesmo assim, tentou me forçar usando minha palavra. Acontece que não deu muito certo. Eu sei que eu errei em não ter mantido minha palavra. Eu me sinto muito mal por isso. Contudo tudo tem sua exceção e não é diferente para nossas promessas. Então, goste ou não, aqui vai uma notícia para você, todas as nossas promessas de agora em diante sofrerão uma exceção! – Profiro com ira na voz, desabafando todos os meus sentimentos em Gale, que me encara com os maxilares trancados. – Peeta veio me socorrer, ele me deu a alternativa que procurava para não ter que enfrentar o inferno. Fomos para o lago, passamos a tarde na floresta. Peeta é a minha única exceção para o meu mau comportamento, ele é a exceção que eu estava procurando. A única exceção para todas as minhas promessas quebradas. A exceção de tudo. Assim como ele, eu vou fazer qualquer coisa por nós.

Termino meu depoimento e percebo que estou bufando de ódio. Gale tampouco se diferencia de mim. Ele balança a cabeça algumas vezes, absorvendo as informações, raciocinando as possibilidades, até finalmente compreender minha escolha. Sua mão alcança minha pérola pendurada em meu pescoço. Sua expressão impassível, mas posso quase posso sentir o desgosto amargurando a boca dele, invadindo seu coração, corroendo sua alma. Gale abaixa a mão, nada mais diz. Então, ele me olha nos olhos intensamente, o cinza das suas ires tão escuro quanto o céu lá fora.

– Tudo bem, Katniss, eu entendi perfeitamente o que você disse. Então, agora eu tenho uma novidade para você. – Gale se aproxima de mim e baixa o rosto no nível dos meus olhos. - Você foi minha única exceção durante muito tempo. Logo, excepcionalmente, eu digo a você que deixarei minha exceção cuidar da própria vida. – Gale fala com rancor e deboche estatelado nas suas expressões. E vira as costas para mim em direção da escada.

Se eu entendi corretamente, a única exceção de Gale sofreu outra exceção. Uma revogando a outra. Se assim for, isso quer dizer que ele vai embora. E definitivamente, eu não esperava por isso. Gritos, decepção, brigas... Talvez. Mas nunca passou pela minha cabeça que ele fosse me deixar. Escuto-o descer as escadas com sua mala na mão. Sua expressão dura, raivosa e arrogante. Ele me olha por uns instantes. Cruzo os braços no meu peito.

– Ótimo, vá embora! Não vou lhe impedir. Muito menos pedir para que fique. – Cuspo as palavras na cara dele.

– Que bom! Não quero mesmo. Além do mais, sempre soube que você nunca teve tato o suficiente para essas coisas. Bruta feito uma rocha. – Gale rebate com perversidade.

Sem dizer mais nada, ele dirige-se para a saída e vai embora deixando a porta aberta. Um vento quente sopra, balançando os galhos das árvores. Observo Gale caminhar apressadamente, sob as luzes dos postes recém-ativados, tornando a Aldeia dos Vitoriosos, finalmente, iluminada. A raiva ainda pulsa em minhas veias. Então, eu fecho a porta de casa, ando para a calçada.

– E não volte mais! – Grito bem alto para que ele escute.

Gale não se dá o trabalho de virar, apenas estica o braço direito para trás e com a mão envia-me um gesto imoral. Magoada, totalmente irritada, estressada e com muita raiva, faço a única coisa que sei que conseguirá manter minha sanidade no lugar. Sem pensar, sem me importar com os outros, avanço pela calçada, atravesso a rua me aproximo da casa de Peeta. Estou com a mão na maçaneta, pronta para girá-la, mas algo chama minha atenção.

– Oi Katniss! Finalmente...! Haha! – Então, infinitos fleches são acionados, quase me deixando cega. A frustração me assola. Tranco os maxilares e olho para as câmeras.

– Que se dane! – Digo audivelmente e copiando o gesto que Gale me enviou, faço o mesmo para as lentes fotográficas.

Bato a porta atrás de mim, ainda escutando cliques irritantes. É lógico que algo tinha que dar errado, estava tudo sendo muito perfeito. Pelo menos, a insossa da Delly não está aqui para deteriorar ainda mais meu humor. Tampouco Peeta. Subo as escadas e sigo para o quarto dele. Enervantemente, os paparazzi começam a gargalhar audivelmente pelo furo de notícia. Ódio. Agora, eu só quero esquecer toda essa merda, que esses babacas conseguiram o que queriam e, principalmente, que Gale me abandonou.

Abro a porta do quarto de Peeta e o vejo em pé, olhando pela janela com a testa fincada, com um livro na mão. Ele se vira rapidamente para minha direção, defensivamente. Acho que esse mau hábito não é apenas meu.

– Katniss, por que esses paparazzi estão gritando e batendo fotos da minha janela? – Ele pergunta, mas estou tão sufocada que apenas digo.

– Peeta...! Não pergunte, apenas me ame!


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?!! Espero que tenham gostado! xD

Para quem quiser saber, uma curiosidade sobre esse capítulo!
Não sei se perceberam, mas o nome do capítulo é "Exceção". Para aqueles que são fãs de Paramore como eu (Amo Paramore *-*), esse capítulo foi inspirado na música da banda "The Only Exception".

Beijo, Fernanda