Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 5
Amortentia


Notas iniciais do capítulo

Desculpeeeeeem!! Sei que um Avada Kedavra é pouco para me castigar pela demora, mas eu recompensei. Está gigante, eu espero que gostem... Obrigada por não abandonarem a fic (apesar de eu merecer), sério!
OBS:. Coloquei um trecho de O Enigma do Príncipe, mudando algumas partes para fazer sentido.
Bem, beijos a todos e boa leitura!



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Pov Draco

Depois da aula de Adivinhação, tive a impressão de que Pansy estava me cercando. Claro que ela sempre fazia isso, mas não ao ponto de empurrar uma menina da Lufa-Lufa que deu uma piscadinha pra mim escada a baixo. Pelo o que sei, ela está na enfermaria agora. Tudo bem que sou irresistível, mas acho que Pansy está meio possessiva...

Outra coisa que me preocupa é o que ela fará se souber que eu e a Granger nos... Pois é. Exatamente pelo motivo de não querer levar uma Maldição Cruciatus ou quem sabe até um Avada Kedavra, comecei a dar um gelo nela. Obviamente ela percebeu minha tentativa, e começou a me fazer perguntas:

–- O que foi, Draquinho? - ela perguntou, com a voz ainda mais esganiçada.

–- O que foi o que?

–- Por que está me ignorando?

–- Não estou te ignorando.

–- Está sim...

–- Se eu estivesse mesmo te ignorando não estaria nem olhando na sua cara.

–- Mas você não está olhando.

–- Não mesmo.

–- E por que não está?

–- Por nada, Pansy. Por nada.

–- Draquinho...

–- Hã.

–- Olha pra mim...

–- Você não acha mais que suficiente poder ouvir a minha voz?

–- Não... Eu quero ver esse seu rosto lindo...

–- Querer nem sempre é poder... Até a aula.

–- Draqu... - antes que ela pudesse terminar, eu virei o corredor à esquerda, e sumi no meio da multidão de alunos.

Aquela garota estava ficando completamente louca, e isso não era legal. A próxima aula era Poções, e eu estava me preparando psicologicamente para a bajulação do Prof. Slughorn. Tudo bem que não era tão ruim, mas de qualquer forma, eu precisava me preparar para ver a Granger. Ela tem me evitado desde que nos... desde que nos beijamos. Eu sei que não devo ficar pensando nela, e o nosso sentimento é errado e esquisito. Mas eu não consigo evitá-lo... Argh!

Andei mais um pouco até chegar na masmorra. Peguei uma mesa, e não vi a Granger. Como eu havia chegado muito cedo para sumir de vista da Pansy, resolvi deixar pra lá, e logo me lembrei que esta noite seria a da “patrulha” dos corredores. E ela estaria lá... Eu estava um pouco eufórico, mas logo me repreendi por aquele pensamento.

Os alunos entravam aos poucos na masmorra, até que ela entrou, e me coração deu um pulo.

Pov Hermione

Eu realmente estou ferrada. Depois do que Pansy me disse ao sairmos da aula de Adivinhação, e realmente precisava ficar o mais longe possível do Malfoy. Mas não ia dar, porque além de ele ser como um íma para mim, nós ainda tínhamos que fazer a patrulha juntos essa noite. Gina notou meu desespero, e apoiou sua mão em meu ombro.

–- Hey, relaxa. A Parkinson é inofensiva.

–- Inofensiva? Eu não duvidaria das capacidades nem dos escrúpulos de um sonserino.

–- É, eu também não. Foi um comentário idiota, desculpe. Queria que se sentisse melhor...

–- Apesar de não ter funcionado, obrigada...

Nos despedimos, e eu fui para a masmorra, onde teria aula de Poções. A sala estava vazia, exceto por um certo garoto louro quase branco que costumava me tirar do sério, em todos os sentidos da expressão. Malfoy estava sentado em uma mesa perto da janela, e observava a vista pela janela. Estávamos apenas nós dois lá, e eu não pude deixar de imaginar cenas bem quentes, e logo me repreendi por isso.

Peguei uma mesa um pouco longe dele, e pus o livro de poções em cima da mesa. Apesar de não estar prestando a mínima atenção na leitura, fingi estar, para não dar sopa para o azar. Até então estava tudo bem, e não tínhamos dito nada.

Logo várias outras pessoas começaram a entrar na sala, e por último o Prof. Slughorn. Eu não gostava do modo como ele bajulava os alunos, era ridículo. Ele sempre pegava os melhores alunos, ou os de famílias mais ricas e importantes do mundo bruxo para um “chá informal” em sua sala. A reunião se chamava Clube do Slug. E eu infelizmente fazia parte dela.

A porta da masmorra abriu, e a pança de Slughorn o predeceu no corredor. Quando todos entramos na sala, seus enormes bigodes de leão-marinho se curvaram no canto da boca sorridente, e ele cumprimentou Harry e Zabini, entusiasmado.

A masmorra estava, como nunca antes, impregnada de vapores e odores estranhos. Aspirei o aroma enquanto passava por grandes caldeirões borbulhantes.

–- Ora, muito bem, ora muito bem, ora muito bem... – começou Slughorn, cuja silhueta maciça parecia tremeluzir em meio aos variados vapores. – Apanhem as balanças e os kits de poções e não esqueçam o manual de Estudos avançados no preparo de poções...

Harry levantou a mão e disse algo para Slughorn que não consegui decifrar. Ele foi até um armário de canto e instantes depois virou-se com dois exemplares muito gastos de Estudos avançados no preparo de poções, e entregou a Harry e Rony, juntamente com duas balanças oxidadas.

–- Ora, muito bem – disse voltando para a frente da turma e enchendo o peito, já bastante volumoso,o que por um triz não fez os botões de seu colete saltarem. – Preparei algumas poções para vocês verem, apenas pelo interesse que encerram, entendem? São o tipo de coisa que deverão ser capazes de fazer no fim dos N.I.E.M.s. Já devem ter ouvido falar de algumas, ainda que não saibam prepará-las. Alguém pode me dizer qual é esta aqui?

O Professor indicou o caldeirão perto da mesa da Sonserina, que parecia água em ebulição. Levantei a mão antes de qualquer outro e Slughorn apontou para mim.

–- É Veritaserum, uma poção sem cor nem odor que força que bebe dizer a verdade. – respondi.

–- Muito bem, muito bem! – elogiou ele, feliz. – Agora – continuou, apontando para caldeirão mais próximo da mesa da Corvinal –, essa outra é bem conhecida... Também apareceu em alguns folhetos do ministério ultimamente... quem sabe...?

Minha mão foi a mais rápida de novo.

–- É a Poção Polissuco, senhor. – respondi, identificando a substância com aspecto cor de lama que fervia lentamente no segundo caldeirão. Eu já tinha feito aquela poção quando estava no segundo ano.

–- Excelente, excelente! Agora, esta outra aqui... sim, minha cara? – interrompeu-se Slughorn, parecendo ligeiramente tonto ao ver minhão mão perfurar o ar mais uma vez.

–- É Amortentia!

–- De fato. Parece quase tolice perguntar – comentou o professor muito impressionado –, mas presumo que você saiba que efeito produz, não?

–- É a poção de amor mais poderosa do mundo! – eu disse, entusiasmada.

–- Certo! E você a reconheceu, presumo, pelo brilho perolado?

–- E o vapor subindo em espirais características – eu disse, animada –, e dizem que tem um cheiro diferente para cada um de nós, de acordo com o que nos atrai, e eu estou sentindo cheiro de grama recém-cortada, pergaminho, e... – me repreendi antes que terminasse a frase, e senti meu rosto esquentar aos poucos. Olhei para Malfoy, que me encarava com curiosidade. Voltei minha atenção para o professor, mas ainda podia sentir meu coração batendo descompassadamente.

–- Posso saber seu nome, minha cara? – perguntou Slughorn, ignorando meu constrangimento.

–- H-hermione Granger, senhor.

–- Granger? Granger? Será que você é parenta de Hector Dagworth-Granger, que fundou a Mui Extraordinária Sociedade dos Preparadores de Poções?

–- Não. Creio que não, senhor. Nasci trouxa, sabe.

O resto da aula correu estranhamente incomum. Harry comentou de mim para Slughorn, dizendo que eu era a melhor da classe, mesmo sendo trouxa. Ele fez um processo diferente do que estava no livro para fazer a Amortentia, e impressionantemente ela deu certo, e Harry ganhou a Felix Felicis. Não vou dizer que tenha ficado feliz com isso, mas tentei disfarçar meu desapontamento. Por culpa do Malfoy, eu não havia executado direito a minha poção que ainda estava cor de púrpura. Ele me distraiu, com o simples fato de estar respirando o mesmo ar que eu.

Saindo da masmorra, eu passei perto da mesa onde ele estava, e senti um aroma familiar. Livros e shampoo de camomila. O meu aroma. Ao lado do caldeirão estava um distintivo de monitor-chefe, com o brasão da Sonserina e o nome dele gravado em letrinhas douradas.

Draco Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Reviews? :3



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