Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 24
Possessiva


Notas iniciais do capítulo

HELLO SWEETIES! Desculpem a demora, eu tive um bloqueio terrível, e reescrevi esse capítulo no mínimo umas 5 vezes. Mas cá estou eu again! Espero que gostem! Beijos e boa leitura :)



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A cabeça de Draco doía. Pansy falava pelos cotovelos ao seu lado há pelo menos metade do tempo do jantar, fazendo um longo discurso sobre sangues-ruim, mas o loiro não havia conseguido captar uma palavra sequer. E nem se conseguisse, não prestaria atenção. Suas preocupações iam além daquilo.

Estava com medo. Seu pai lhe fizera a proposta, e deu-lhe um mês como prazo para dizer-lhe a resposta. E ele se sentia na necessidade de demorar o máximo que pudesse, para aproveitar o último mês de liberdade de sua vida. E para isso, tomou uma decisão sobre Hermione.

Draco sempre teve raiva, nojo e aversão à ela, mas, de repente, tudo mudou. Pela primeira vez em 6 anos de convivência, ele havia notado o quanto ela era bonita, e o quanto aquele preconceito todo com nascidos-trouxas era ridículo, afinal. Hermione era superior a tudo aquilo, e aparentemente, não se deixava abalar nem com o pior dos comentários.

O loiro suspirou pesadamente. Ela não saía mais de sua cabeça.

Naquele momento, nunca teve tanta certeza de seus sentimentos. A mudança repentina veio porque percebeu que, se não assumisse logo, não o faria nunca, e a culpa o corroeria para o resto de sua vida. Não era corajoso como os grifinórios, mas era suficientemente audacioso (como qualquer sonserino) para fazê-lo. Mas se demorasse muito, poderia acabar perdendo toda a coragem que demorara tanto para juntar. Dessa forma, iria assumir seus sentimentos de uma vez. Por mais que doesse no final, pelo menos deixaria o fardo que ele iria carregar em breve muito mais leve.

Olhou, de esguelha, para a mesa dos leões, onde a garota estava na companhia de Potter e Weasley, enquanto Slughorn dizia algo, provavelmente sobre o tal Clube do Slug. Patético, pensou Draco.

–- Draco? – Nott chamou, vendo a expressão do loiro. – Aconteceu alguma coisa?

–- Não, Nott... Não aconteceu nada... – Draco tentou ser natural, mas tudo o que conseguiu foi um tom áspero e distante.

–- O que tanto ele olha para a sangue-ruim? – ele sussurrou para Pansy.

A garota mal teve tempo de responder, quando Draco se virou, revirando os olhos.

–- Não fale como se eu não pudesse ouvir, Nott.

–- A intenção era fazê-lo ouvir. – Pansy manifestou-se no lugar do garoto, que empalidecera. – É uma coisa que eu também gostaria de saber.

–- Se isso lhes dissesse respeito... – Draco respondeu, na lata. – Além de tudo, olhar não tira pedaço. E que moral você tem, Pansy? Pensa que eu não a vejo babando pelo Potter?

O rosto de Pansy ficou tão vermelho quanto os cabelos de um Weasley. A reação dela não deixava que ela provasse o contrário.

–- P-perdão?

Nott e Zabini, que entrara na conversa, começaram a rir.

–- Exatamente. Pensei que tivesse um gosto melhor.

–- Está vendo coisas então... Eu olhando o Potter. Ha!

–- Eu não sabia da sua paixão platônica pelo Potter, Pansy... – Zabini disse.

–- Não tenho paixão platônica coisa nenhuma! Parem de ser idiotas! Ah, claro, esqueci. É impossível!

–- Se precisar de umas cantadas, eu sei várias boas. Mas para o Potter acho que a do dementador ia ser perfeita. “Ai, Potter... você não é dementador, mas eu morreria por um beijo seu.” – Draco gesticulou, brincando. Todos na mesa começaram a rir, exceto Pansy. – Não tente me enganar, Parkinson. Você deixa as coisas muito na cara!

Draco se sentia um pouco melhor por ter conseguido mudar de assunto. Iria assumir seus sentimentos apenas para Hermione, mas sabia que o pessoal da Sonserina ainda não estava preparado para esse tipo de notícia (Pansy era a prova). Não queria dar margem para especulações sobre sua vida amorosa.

–- Mentira! – Pansy estava a ponto de explodir. – Eu deixo as coisas na cara? Eu? Você nem se preocupa em disfarçar que está secando a Granger!

–- Não estou secando ninguém, que coisa! Pare de ser tão possessiva!

Todos ficaram em silêncio, assistindo-os.

–- Não sou possessiva, só... Ela não te ama. Não como eu!

–- Você não imaginaria.

–- Draco... Pare de ser idiota! Valorize quem realmente gosta de você.

–- Você tem ciúmes até do que não é seu! E se eu gostasse dela? O que você ia ter a ver com isso?

Alguns arquejos de surpresa puderam ser ouvidos. Draco os ignorou.

–- Tem a ver que ela é uma sangue-ruim nojenta que paga de santa, mas é uma grandessíssima biscate!

–- Ainda assim não te interessa! Você está é com inveja, que tem uma fila de meninas atrás de mim, inclusive a sangue-ruim, enquanto você não tem nada.

–- Você se surpreenderia se soubesse meus admiradores!

–- Quem são seus admiradores? Seus amigos imaginários?

Pansy bufou, e passou a mão no olho, enxugando lágrimas quase imperceptíveis. Draco se perguntou se não tinha exagerado, mas descartou o pensamento. Ela merecia, depois de tanta encheção de saco.

–- Aliás, pare de falar que eu e a Granger estamos juntos. Você não vai me atingir assim, não tem como provar.

Um brilho assassino e extremamente perigoso cruzou o olhar de Pansy.

–- Quer apostar como posso?

Draco sorriu, mas não tão confiante quanto antes.

–- Não vai conseguir nada.

–- É? Vamos ver. – ela disse, e saiu da mesa.

Draco sentiu-se um pouco mal por isso, principalmente por não saber interpretar a última frase dela, e o brilho da morte que seu olhar ficou. Mas não pediria desculpas. Era verdade, afinal, e estava entalada em sua garganta há tempos. Suspirando, terminou seu suco de abóbora, e saiu do refeitório, para começar a se arrumar, e quem sabe, tomar mais um pouquinho de coragem no caminho para o que realmente importava naquele momento.

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Hermione não aguentava mais Slughorn com suas festinhas para alunos que ele achava interessante. Era ridículo, completamente ridículo. Nessas horas, ela sentia muita pena de Harry. O velho Slug não desgrudava dele, e quando não conseguia acha-lo, pedia a ela para passar seus horários e poder marcar uma festinha no dia em que ele não estivesse ocupado. Estava cansada de bancar a coruja para o professor, e ter que se preocupar com algo tão trivial, enquanto tinha vários outros problemas para resolver. Um deles tinha nome, sobrenome e arrogância de sobra.

Achava que estava bem, que era durona. Mas então, se apaixona. E não por qualquer pessoa. Por ele, justo ele... Tentava muito esconder, porque não ia ser nada agradável a reação de seus amigos com a revelação de que estava apaixonada por Draco Malfoy. No entanto, quanto mais escondia, pior se sentia.

A garota tinha olhado para a mesa da Sonserina, e viu Draco gesticulando, e todos rindo, menos Pansy. Era uma cena histórica, afinal, ela fazia questão de dar uma gargalhada escandalosa para todo o tipo de comentário que Draco fazia, não importava o quão idiota fosse (e era, na maioria das vezes). E sua confusão aumentou quando uma discussão começou, e ela a viu enxugando os olhos, e saindo às pressas.

–- O que acabei de presenciar ali? – Gina sussurrou para Hermione, que saiu de seus pensamentos. Ela se levantou, acompanhando a ruiva.

–- Não faço ideia. – respondeu, ainda olhando através da porta do refeitório. A curiosidade e raiva borbulhavam em seu peito, e ela fez menção de segui-los, mas se controlou. Deixe-os. Vá se trocar, e esqueça isso, sua consciência disse.

–- De qualquer forma, você vai ter que se preparar.

–- Preparar para que? A patrulha?

Gina bufou, impaciente.

–- Hermione, você foi a pivô.

–- Perdão?

–- Pivô. Sim. Eles estavam brigando por sua causa.

–- Por Merlin, eu não tenho nada a ver com isso! As pessoas insistem em me colocar em problemas, nunca vi!

–- É, e agora a Parkinson vai encher seu saco mais do que nunca.

–- Ah, que ótimo. Incrível, adorei! – Hermione disse, bufando.

Gina riu, e tirou uma carta das vestes.

–- Me acompanha até o corujal?

–- Claro, mas precisa ser rápido. Preciso arrumar as coisas para a patrulha.

–- Relaxa, não vou me demorar.

As duas andaram em direção ao corujal, mas um barulho despertou a atenção de Hermione. Gina só percebeu quando se virou, e não havia ninguém ao seu lado. Hermione estava parada na entrada de um corredor, atônita.

–- Mione? Tudo bem?

Ela piscou, uma, duas vezes, e engoliu em seco.

–- S-sabe, acho que não vai dar pra eu ir com você. Tenho que dar uma palavrinha com a McGonagall primeiro.

Gina franziu a testa.

–- Uh, certo mas... Tem certeza de que está bem? Seus olhos estão...

Gina não chegou a terminar a frase, e a morena já tinha corrido para longe. Intrigada, resolveu olhar no corredor o que tinha acontecido para deixar Hermione naquele estado, e seus olhos se arregalaram de raiva, para depois semicerrarem-se, desacreditada.

Lá estava Draco Malfoy quase se engolindo com uma garota qualquer.


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Notas finais do capítulo

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