Era fim de tarde de domingo na Califórnia, alguns que aproveitavam a sexta e sábado para farrear, agora faziam desesperadamente todo tipo de trabalho e atividades que deveriam ser entregue no próximo dia e os que tinham uma responsabilidade maior para fazer tais trabalhos na hora certa, aproveitavam tranquilamente.

Como Nico e Emmie que haviam acabado de sentar no chão da varanda do quarto da garota, o moreno com o notebook no colo.

– Eu não sei se devo – disse Nico sem segurar a risada.

– Não seja infantil Nico – Emmie revirou os olhos.

– Mas seu histórico é muito recente – disse o moreno.

– Não vou derramar coca em todos os notebooks do mundo tá – Emmie virou o rosto, contrariada.

– Não é só coca que queima um notebook – contrapôs Nico.

Emmie revirou os olhos.

– Eu não estou com nenhum tipo de liquido ou algo que possa queima-lo.

– Querida, só você já é um perigo – Nico disse serio depois caiu na risada.

– Que engraçado você! Se for para me encher o saco pode pegar seu note e sua chatice e sumir da minha vista.

– Tudo bem loira estressada, não tá mais aqui quem falou – Nico deu beijo no rosto da namorada, que mostrou a língua – Vamos a esse tal jogo.

Emmie soltou algumas exclamações felizes enquanto instruía o namorado a colocar no site certo.

– Qual o nickname? – perguntou Nico franzindo a testa.

– Abóbora verde – riu Emmie – Esse é o melhor.

– Abobora verde? – Nico a olhou incrédulo – Depois não gosta quando dizem que você não normal.

– E você queria que eu colocasse o que por caso? Emmico? – a loira cruzou os braços.

– Emmico é um ótimo nome, mas teria colocado sabre de luz.– disse Nico.

– Adoro Star Wars, mas não né.

– Claro que sim, próxima vez vai ser sabre de luz – afirmou Nico.

– Veremos – Emmie revirou os olhos – E me da que eu vou escrever!

–Porque? – perguntou Nico, confuso.

– Você fala portugueses por acaso? – retrucou Emmie.

– Não que eu saiba – resmungou Nico.

– Então como pretende escrever?

– E é em português? – Nico a olhou surpresa.

– Não, é em mandarim – Emmie revirou os olhos – Me da isso logo.

A garota pegou o notebook do colo do namorado, que ainda estava surpreso de mais para contrariar.

– Vamos começar...

***

Jason e Piper estavam compravam sorvete antes de saírem do restaurante onde haviam almoçado -um pouco tarde-, na encosta da praia. Estavam aproveitando para relaxar e namorar, já o garoto se preparava pra perguntar algo que lhe vinha tomando a mente nos últimos dias.

– Eu prefiro de morango – disse Piper.

– Porque? Chocolate é melhor – contrariou Jason e Piper riu.

– Eu gosto de chocolate também, porém mais de morango – respondeu a morena enquanto pegava a primeira colerada de sorvete.

– Thalia gosta mais de baunilha, nunca entendi.

– Baunilha com cobertura de caramelo é uma delicia também – murmurou Piper.

Eles andaram por tempo de mãos dadas e em silencio, até Jason se pronunciar. Após ter respirado fundo e ter tido para si mesmo " é agora ou nunca".

Eu estava pensando...

– Em... – incentivou Piper para que ele continua-se, depois da pausa que fizera.

– Você vai passar o dia de ação de graças em algum lugar? – perguntou meio sem jeito.

– Bom, provavelmente vou voltar no orfanato – disse Piper – Mas porque?

– Eu estive pensando se você não gostaria de ir comigo e Thalia para o dia de ação de graças da minha família.

Piper estancou na hora e o olhou surpresa.

– Como?

– Eu gostaria que voc...

– Não. Eu entendi, mas eu... Eu não sei Jason.

– Seria legal – comentou o garoto – A Thalia gostaria também.

– Mas e seus pais? – sussurrou Piper de olhos arregalados.

– Bom, meu pai e minha madrasta não devem ligar muito – comentou o loiro.

– Eu não acho que eles vão gostar de mim – disse Piper, já um pouco recuperada – Pelo que Thalia andou contando principalmente sobre sua madastra, Hera.

– Thalia sempre vê o pior lado do nosso pai, ele não é tão horrível assim – riu Jason, pegando na mão de Piper e voltando a andar novamente – Já Hera, bom, não tenho muita coisa pra falar dela.

– Thalia diz que ela é uma vaca – murmurou Piper.

– E ela não esta errada sore isso – riu Jason e Piper o acompanhou...

***

– Você poderia aproveitar e escolher um Percy – disse Annabeth sem tirar os olhos dos livros.

– Nem pensar – resmungou Percy de braços cruzados.

– Nunca vi você segurar um livro.

– E aqueles da faculdade não contam? – o garoto cruzou os braços, um pouco indignado.

– Não, estou falando de livros "extracurriculares" – Annabeth pegou um dos maiores livros que tinha em uma das estantes e o mostrou – Como este.

– Só de olhar pra ele me da sono – disse Percy bocejando – Que livro gigante.

– Esse é o segundo de um serie que terão seis livros – comentou Annabeth.

– Seis? – gritou Percy de olhos arregalados – Todos desse tamanho?

– É cabeça de algas, mas não precisa gritar – riu Annabeth.

– Cara, eu não tenho coragem nem de ler O Pequeno Príncipe quanto mais esse.

– Eu sei Percy – Annabeth revirou os olhos – Mas você podia tentar.

– Não, muito difícil – Percy fez um careta engraçada fazendo a namorada rir – Já é muito esforço os da faculdade.

– Okay – Annabeth ergueu uma sobrancelha – Qual eu levo?

– O menor?

Annabeth bateu no namorado com livro e ele soltou resmungos ate saírem da livraria.

– Ei eu tive uma ideia – disse Percy animado quando eles já estavam na praça de alimentação.

– Qual a brilhante a ideia? Porque cada vez que diz estas palavras eu fico com medo – brincou Annabeth provando da batata frita.

– Que engraçadinha você, me deixou surpreso agora – Percy apertou uma das bochechas da namorada que o afastou com um tapa na mão – Pensando bem, acho que foram essas batatas.

– Esqueça Percy, qual a ideia?

– Você vai ser como minha Wikipedia ou Google pessoal, não preciso ler nada, você me diz tudo já que adora tanto ler – Percy abriu um sorriso enorme, que murchando aos poucos ao perceber a cara da loira a sua frente.

– Essa foi à ideia mais ridícula que já ouvi – Annabeth agora o olhava indignada – Se quiser uma wikipedia particular, compre uma, sabia que elas são vendidas como livros?

– São? – Percy arregalou os olhos surpreso.

– Você não estudou o iluminismo não cabeça de algas?

– Acho que dormi nessa parte – riu Percy para desgosto da namorada.

– Eu me pergunto que namoro com você – Annabeth virou o rosto.

– Porque você é estudiosa por nos dois e eu sou despreocupado por nos dois.

– Muito esperto você quando quer – Annabeth mostrou a linguá.

– Mais é claro Sabidinha.

Percy se inclinou sobre a mesa apara beijar Annabeth, que apesar de parecer relutante no inicio não conseguiu se manter firme e acabou cedendo. Eles se beijaram de forma intensa por minutos sem se dar conta de que o mundo não parará, cada vez que trocavam um beijo Annabeth achava que eles pareciam mais conectados e cientes um do outro e Percy só pensava no quanto estava bom.

Algumas pessoas passavam por eles e cochichavam da forma que se agarravam sem pudor em um local publico.

– Olhe só como são essas crianças de hoje em dia John – dizia uma senhora ao marido que os observava de longe – Por isso o mundo esta perdido.

– Será que os pais deles sabem disso? – resmungou o senhor – Nossa filha jamais fez algo assim não é Marge?.

– Jamais queridos esses jovens...

****

– Azul ou vermelho? – perguntou Reyna.

– Tanto faz – Thalia deu de ombros.

– Nossa sua opinião foi excelente, valeu.

– De nada.

Reyna soltou um suspiro audível. Ela iria sair com um garoto que conhecera Mike, iriam a alguma lanchonete por perto. Reyna dizia a si mesma que Mike era uma boa companhia e que ela não estava saindo com ele para mostra que também podia como um certo garoto que lembrava muito ajudantes do papai noel.

– Você tem certeza que não que vir também – perguntou Reyna a Thalia.

– Como você é ousada querendo de três – comentou a garota sem tirar os olhos do celular.

– Thalia! – reclamou Reyna um tanto rubra.

– Ora eu não disse nada de mais, você que é a perturbada – Thalia ergueu o rosto do celular e sorriu marota.

– Você não tem jeito – resmungou Reyna pegando a blusa azul e gostando do que vira no espelho saiu do quarto.

– Sabe, eu preferia vermelha – disse Thalia assustando Reyna que comia um hambúrguer, se esforçando para não se sujar.

– E porque não disse antes – resmungou Reyna mal humorada.

– Porque queria ver qual você ia escolher – sorriu Thalia – Faz um pra mim também?

– Nem pensar – Reyna disse desafiadora – Faça você mesmo.

– Amiga ingrata – resmungou Thalia – Cadê a minha querida cunhada mais conhecida como Piper?

– Ainda não chegou.

– Vou ter que ter uma conversa seria com meu irmão – disse Thalia – Piper é única que faz comida descente.

– Eu também faço porem não hoje – Reyna riu quando Thalia mostrou dedo do meio a ela.

– Emmie e Nico?

– Estão no quarto dela ainda.

– Hum... – Thalia sorriu maliciosa.

– Você pensa coisa indecente, meu Deus.

– Annabeth e Percy? – desconversou Thalia.

– Ainda não voltaram do shopping.

– Coitado do Percy, quase sinto dó dele ao imagina-lo com a Annie em uma livraria – Thalia fez uma falsa expressão de pesar.

– Ela não deve demorar tanto já que comprou cinco na outra semana – Reyna experimentou o suco que havia feito e fez careta – Tá aguado.

– Me deixa experimentar – Thalia fez careta também – Ta horrível! E você não tem ideia de como Annabeth Chase é. Ela devora os livros e não duvido nada que traga o dobro de livros hoje.

– Você faz a Annie parecer uma maníaca compulsiva – riu Reyna.

– Essa é a intenção queridinha.

– Hey, o cheiro daqui ta maravilhosa – Emmie chegou à cozinha com a mão na barriga – E a minha barriga esta gritando “comida, comida, comida...” se fizerem silencio vão ouvir.

– A tarde foi proveitosa? – perguntou Thalia com um sorrisinho malicioso.

– Um pouco – respondeu Emmie despreocupada, mas ao notar a cara de Thalia e Reyna segurando a risada franziu a testa – O que?

– O que vocês fizeram a tarde toda sozinhos?

– Ain que horror Thalia, nem todo mundo é pervertida como você – Emmie jogou um restinho de agua que tinha no copo.

Thalia gritou indignada e pegou o copo de suco com Reyna e jogou o conteúdo em Emmie que se abaixou e acabou pegando em Leo que entrara da cozinha fazendo-as rir.

– Cara, qual o problema de vocês – Leo dizia tentando secar o pingara em seu rosto – Eu passei a tarde inteira fazendo um programa de computados do capiroto e quando resolvo descer pra comer alguma coisa sou atacado com suco!

– Quem mandou sair com uma talzinha e não fazer as coisas logo – provocou Thalia.

– E você já fez o seu por um acaso?

– Claro que sim sou aluna exemplar – disse Thalia com um olhar superior.

– Thalia, aluna e exemplar na mesma frase, são como agua e óleo não se misturam – disse Annabeth – Que bagunça é essa?

– Elas me atacaram com suco! – contou Leo ainda indignado.

– Suco – Annabeth franziu a testa para logo em seguida cair na gargalhada.

– Não tem graça – Leo cruzou os braços emburrado – Quer saber vou só pegar minha comida.

– Vá na fé – Emmie disse rindo.

– Então o Percy sobreviveu a livraria – perguntou Thalia sentando-se e se esquecendo de como começara a confusão.

– Ah, sim por incrível que pareça – riu Annabeth – Ele so encheu um pouco o saco, mas tudo bem. O que vocês ficaram fazendo.

– Ah, nada de mais, mas a Emmie aproveitou bastante – disse Thalia.

– Eu passei esse tempo todo jogando Gartic com Nico no me...

– Não fale o nome desse jogo maldito – interrompeu Thalia com resmungo.

– Não é jogo maldito – Emmie revirou os olhos.

– Tá, tá, vamos fingir que esse jogo não é maldito e que vocês estavam mesmo fazendo só isso.

– Thalia vai se catar – Emmie mostrou o dedo do meio.

– Okay vou terminar de me arrumar – Reyna saiu da cozinha e logo Emmie se inclinou para Annabeth.

– Não sei por que ela não da logo uma chance ao Leo, eles seriam perfeitos – ela sussurrou e Annabeth concordou.

Thalia olhou-as desconfiada.

– O que estão cochichando?

– Nada de mais – começou Annabeth.

– Que a Reyna devia logo dar uma chance ao Leo – disse Emmie quase ao mesmo tempo.

– Emmie – repreendeu Annabeth e Thalia riu.

– Eu concordo.

– É e também concordamos que você deveria fazer a mesma coisa com o Luke.

O sorriso de Thalia murchou.

– Nem pensar.

– Porque não?

– Porque não oras.

– Mas vocês são lindos juntos e vai deixar o Luke namorar uma vadia qualquer?

– É vai deixar Thalia? – Annabeth tentou dar ênfase na ideia.

– Ele sabe quem é quem e o Luke também é meio vadio.

– Nisso não podemos discordar – disse Piper na porta da cozinha as assustando – Mas vocês foram feitos um para o outro. Olá.

– Hey Pipes – comprimento Emmie – Como foi o almoço?

– Legal – respondeu ela – E à tarde de vocês?

– A da Emmie foi produtiva – disse Thalia.

– Thaliaa.

– Produtiva?

– Ignore Piper, por favor – pediu Emmie.

– Tudo bem – Piper concordou, mas olhou para Thalia como se disse para lhe contar depois.

– Vamos voltar ao tema inicial – interrompeu Anabeth – Porque não dar uma chance ao Luke?

– Você ficou chateado por ele ter saído com aquela ruiva vadia – afirmou Emmie – E nem tente negar.

Thalia fez um careta, mas não abriu a boca apara discordar.

– Eu posso falar com ele – ofereceu Piper.

– Eu também – disse Annabeth animada.

– Todas nos podemos – concordou Emmie.

– Mas eu não quero – disse Thalia?

– Porque não? – Emmie cruzou os braços.

– Alguém falou para você se acertar com Nico?

– Não, mas...

– Se tiver de rolar, vai rolar independente de qualquer coisa, então não encham minha paciência.

Thalia levantou-se para sair da cozinha e mal sabia ela que certo loiro subia a escada rapidamente, com mil coisas na cabeça.