Love And Death escrita por Baabe


Capítulo 18
Eu acredito em ti


Notas iniciais do capítulo

Demorei pra postar porque to em semana d prova
e ta tudo uma correria aqui. :S
fiz esse cap na correria tb, nao achei q ele tenha
ficado bom, mas ele nao deixa de ser especial pra mim.
E quanto a música tema dele, nossa, nao poderia ser outra,
além dela ser linda, tem tudo a ve tb, nao deixem de reparar nisto.
Espero que gostem
*-*


Boa Leitura!



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Hoobastank - The reason

Não sou uma pessoa perfeita
Há muitas coisas que eu gostaria de não ter feito
Mas eu continuo aprendendo
Nunca quis fazer aquelas coisas a você
E então tenho de dizer,antes de partir
Que só quero que você saiba

Encontrei uma razão pra mim
Para mudar quem eu costumava ser
Uma razão pra começar tudo de novo
E a razão é você...

Sinto muito por ter te machucado
É algo com que tenho de viver diariamente
E com toda a dor que te causei
Espero poder levá-la embora
E ser aquele que segura todas as suas lágrimas...

 

 


 

 


- Este lugar me dá arrepios Bill. – Tom estremeceu o corpo ao adentrar no complexo do Spa Medicinal.

- É... Eu também estou me sentindo estranho. Está tudo tão calmo e silêncioso.. - Bill percorria os olhos pelo campo tentando encontrar alguém.

 Na recepção, eles foram atendidos pela enfermeira Susili. Esta tentou manda-los embora, mas não conseguiu.

- O que vocês dois vieram fazer aqui? Raptar a garota outra vez? - Susili erguia a voz a eles. - Saibam que Cléo está muito mal, ela não pode receber visitas e...

Os Kaulitz deixaram a enfermeira falando sozinha. Rapidamente seguiram para o corredor em direção ao quarto de Cléo num ato de ousadia. Bill percebeu a porta encostada e foi entrando seguido por Tom.
Os irmãos chocaram-se quando viram Cléo adormecida na cama com um aparelho de oxigênio ligado a ela.

- Meu Deus, Cléo! – Bill correu automaticamente em direção à cama da garota.

- Bill ela está morrendo? – Tom disse fechando a porta e se aproximando do leito de Cléo também.

- Eu não sei se ela está morrendo, só sei que ela piorou. Por que ela tem que usar este aparelho para respirar Tom? Por que? O que será que aconteceu com ela no tempo em que estivemos fora?  – Bill entrelaçava os dedos de sua mão nos de Cléo.

- Olha, ela está se mexendo. – Tom sussurrava.

- Bill... É você? – Cléo abria os olhos com dificuldade.

- Oi, eu estou aqui. - Bill apertou as mãos dela com mais força - Voltei e trouxe meu irmão comigo. - ele sorria lindamente para ela enquanto Tom acenava por detrás dele.

Cléo virou os olhos para enxergar os Kaulitz. Seu olhar era de desprezo e desconfiança. Ao perceber que estava de mãos dadas com Bill, tratou de tirá-las dele.

- Bill o que faz aqui? Já não conseguiu tudo que queria de mim? – Cléo perguntava ofegante dando pequenas pausas para respirar.

-  Cléo...O que aconteceu meu amor? Por que está me dizendo isso? – ele a fitou sem entender nada.

-  Eu já sei de tudo...Sei do acordo sujo entre você, seu empresário e minha mãe... Por que você fez isso comigo? Por que? - os olhos de Cléo apertavam-se deixando as primeiras lágrimas escorrerem.

- Ah Cléo, então você já sabe de tudo? - Bill abaixou a cabeça envergonhado. - Eu ia te contar, mas não tive coragem, tive medo de te perder. - ele acariciou o rosto dela de leve.

- JÁ CHEGA! - ela usou o pouco da força que tinha para afastar as mãos dele -  Não precisa mais encenar. Será que não cansa de mentir para mim? Não percebe que estou morrendo seu covarde?! - ela tentava  gritar mas a sua voz saia rouca. Engasgou-se e começou a tossir.

- Cléo você precisa se acalmar. Não faça muita força por favor. - preocupou-se com o estado em que ela se encontrava.

- Pare de fingir que se preocupa comigo. Não tem verdade nenhuma em seus sentimentos. Chega de mentiras...Vá embora e me deixe morrer em paz!.- o choro dela se intensificava e aquilo causava dor.

As palavras de Cléo o atingiram de uma forma dolorosa. Bill a olhava chorar de decepção. Cada lágrima que escorria dos olhos dela era um pedaço do coração dele que se partia ao chão. Ele não pode conter o choro, sentiu que aquele era o fim. Percebeu Tom encostado na parede assistindo a tudo em silêncio, voltou-se a Cléo respirando fundo buscando as palavras certas para dizer a ela naquele momento.

- Eu vou embora Cléo, e eu espero que ao sair por aquela porta você se sinta melhor. Só que antes, eu vou por pra fora tudo que ficou engasgado aqui e que eu não tive coragem de dizer. Você quer a verdade não quer? Vou te dar a verdade...- ele se aproximou mais dela. Agaxou-se ao lado da cama e começou a falar:

- Eu me envergonho muito por ter um dia pensado em te usar, pensado em expor você, brincar com os seus sentimentos. No começo eu vim aqui para evitar o escandalo que sua mãe faria, mas eu também vim de coração, uma parte de mim foi sincera. Então eu vi você, sua fragilidade me encantou...Percebi os seus olhos carregados de amor por mim e aquilo fez eu dizer para mim mesmo pela primeira vez na vida: "É ela, esta é a minha garota!"... - Bill deu uma pequena pausa para tentar evitar o choro - Então me achei um azarado por ter me apaixonado por uma menina doente, que eu sabia que poderia morrer a qualquer momento, mas uma parte de mim dizia para eu persistir, para eu lutar por você...Para te salvar ...Foi tudo real Cléo, o meu amor por você não é uma mentira, não é um jogo de marketing muito menos um acordo. O meu amor por você hoje, é a coisa mais sincera que eu carrego dentro de mim.

- Vai embora, por favor! - Cléo pedia engasgando-se nas próprias lágrimas.

-  Você não acredita em nada do que eu estou te dizendo não é? - Bill balançou a cabeça negativamente. - Então eu vou te fazer acreditar de outra forma! – Bill pegou as mãos de Cléo com força e as pressionou contra o peito dele fazendo com ela sentisse as batidas fortes de seu coração. - Consegue sentir isto? Percebe o quanto meu coração bate forte quando eu estou com você? - ele a olhava com toda ternura do mundo. Seu olhar estava carregado de esperança, esperança em que Cléo acreditasse nele.

Cléo se lembrou de uma cena que vivera com Bill no primeiro dia em que os dois se conheceram:

" Você sabe Bill, meu coração bate fraco demais, quase parando. Mas sente ele agora!...Veja como ele está batendo forte..."
 
  Logo várias cenas passaram pela sua cabeça, como se cada batida no peito dele transmitisse a ela tudo que eles haviam vivido. Os dois choravam juntos, sentiam um ao outro com toda intensidade, com todo amor.

 Quando Cléo finalmente havia conseguido juntar forças para dizer que acreditava nele, Dulce os interrompeu. Entrou com tudo no quarto acompanhada do Dr. August e de alguns enfermeiros.

- O que vocês dois estão fazendo aqui? Bill quem te deu o direito de entrar sem autorização e ainda por cima trazer este menino estranho com você? – Dulce perguntava furiosa medindo Tom dos pés a cabeça, o que o deixou constrangido.

- Então...Agora é a hora que nós vamos embora né Bill?! – Tom manifestou-se puxando Bill pelos braços.

- Tom, eu quero ficar. - Bill lutava contra as forças de seu irmão.

As mãos de Bill foram se soltando das de Cléo contra sua vontade, mas seu olhar pemanecia fixo no dela.

- Eu te amo Cléo, eu sempre vou te amar, eu sempre vou estar com você, sempre! - Bill gritava enquanto Tom o arrastava.

Tom nunca sentiu seu irmão tão forte e tão determinado a permanecer em um lugar. Cléo mantinha os braços esticados involuntariamente pedindo para que Bill voltasse para ela, mas ela só conseguiu o ver se afastando cada vez mais. O último olhar dos dois foi profundo e demasiado triste. Um olhar que já sentia saudades.

Depois que sairam do quarto, Dulce foi atrás deles no corredor:

- Aquela sua namorada idiota quis matar minha filha, foi isso? - ela fuzilava os olhos de Bill com ódio.

- O que Melissa tem a ver com isso? - Bill exaltava-se em meio as lágrimas.

- O que ela tem a ver com isso? Foi ela que veio aqui mostrar todas as revistas a Cléo. Foi ela que contou toda verdade a minha filha. Aquela cobra, aquela mostra sem sentimentos. - Dulce respirou fundo e continuou. - E quanto a você. Saiba que me arrependo até a morte em ter ido atrás de ti. Você se aproveitou do amor que minha filha sente por você seu canalha!


Dulce deu um forte tapa no rosto de Bill, este curvou a cabeça para o lado sentindo a força daquele golpe.

- Não precisa bater no meu irmão não. - Tom intrometeu-se furioso.

- E tome isto você também! - Dulce deu um tapa ainda mais forte em Tom. - Isto foi por você ter ajudado a raptar minha filha. - a mãe de Cléo virou as costas os deixando arrasados no corredor.

Tom ficou furioso, engoliu seco para não cometer uma loucura. Percebeu seu irmão curvado ao seu lado com uma feição deprimida e demasiada triste.

 - Vamos sair logo daqui Bill! Nós não somos bem vindos. É a última vez que ponho meus pés neste lugar...


Cléo arrancou o aparelho de oxigênio para conseguir chorar. Saiu da cama com dificuldade, caiu no chão e se rastejou neste chamando por Bill. Sua voz era rouca e baixa.

- Bill, volte para mim, eu acredito em você! - sussurrava desesperada.

- Cléo o que você está fazendo jogada no chão? - Dulce adentrava ao quarto visivelmente irritada.

Cléo não conseguiu dizer nada, foi posta na cama pelos enfermeiros, estes a ligaram ao aparelho de oxigênio novamente.

 


Cléo

Quando Bill foi arrastado para fora do quarto senti  meu coração saindo de mim e partindo junto com ele. Tentei me levantar e gritar o mais alto que pude para ele voltar, tentei dizer a ele que acredito no amor dele por mim, mas eu não consegui. Estou perdendo minhas forças, sinto que posso partir a qualquer momento. A situação em que me encontro agora é desesperadora, angustiante. Tudo que eu mais quero é me desligar deste aparelho, sair desta cama e ir correndo atrás dele embaixo desta chuva, me agarrar a ele tão forte que nem a morte seria capaz de nos separar. A morte...Não quero pensar nela, não é preciso, ela simplesmente está aqui ao meu lado agora apenas esperando a hora certa para me levar.

 


Os Kaulitz sairam do Spa Medicinal embaixo de uma forte chuva que caia. Encontravam-se arrasados e inconformados com o que Melissa havia feito.

- Eu não acredito que Melissa tenha feito isto, não acredito...- Bill chegava a chorar de ódio.

- Isto foi realmente um choque para mim. Eu também não esperava isto dela, nunca...Tom demonstrava sua frustração em relação a Melissa.

-  Ela passou de todos os limites, ela achou justamente o melhor jeito de me atacar, só que acabou envolvendo Cléo nisto também.

- Melissa não está apenas se vingando pela sua traição, ela também está dando um jeito de chamar atenção de todos, ela quer um escândalo, e está conseguindo.

- Eu amo a Cléo Tom - Bill disse com o olhar distante - Mas ela não me quer mais ao lado dela, não sei se ela acredita no meu amor.

-  Só te digo uma coisa meu irmão... Não quero lhe deixar triste nem nada, mas, eu vi o estado dela, está praticamente morta. Apesar de ela aparentar saúde, apesar dos olhos dela arderem como chamas vivas, ela irá partir em breve e eu o aconselho a esqueça-la. Sei que não é fácil te pedir isto Bill, mas, melhor esquecer agora do que se envolver mais, porque depois, você chorará a perda dela em uma intensidade bem maior. Bem maior mesmo. - Tom disse colocando as mãos no ombro do irmão.

- Nunca vou me esquecer dela. NUNCA. Não importa aonde eu esteja, aonde eu vá ou com quem eu esteja. Meus pensamentos são dela, meu coração é dela.

- Eu sei cara, eu disse isso da boca pra fora, me desculpa vai! - Tom abraçou Bill com carinho. - Eu confesso que choraria se a Cléo morresse...Também já me sinto envolvido demais nesta história.

Bill chorou abraçado ao seu irmão. Tom não chorava, mas sentia a dor dele como se fosse a sua. 

Os Kaulitz continuaram sua viagem de volta à Hamburg. Tom guiava o carro e Bill ao lado, ia com a cabeça encostada no vidro seguindo com os olhos as gotículas de chuva que caiam. Logo, deixou algumas lágrimas escorrerem de seus olhos, estas iam acompanhando as gotas que corriam pelo vidro. O silêncio reinou durante toda viagem, mas os pensamentos gritavam.

 

Bill

Eu respeito a sua vontade Cléo, eu me manterei longe. Eu mereço passar por tudo isto, fui um idiota com você. Você não tem noção de como a sua dor dói em mim, de como as suas lágrimas me queimam por dentro, de como suas palavras corroem a minha alma. Eu só queria poder levar toda esta dor embora, eu só queria te dar a prova do que eu sinto aqui dentro de mim. Eu preciso que vocâ acredite no meu amor. Me diz o que eu preciso fazer para provar que eu te amo?

 






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Notas finais do capítulo

Não deu tempo de Cléo dizer que acreditava no amor de Bill. Sua mãe chegou enfurecidamente e acabou com aquele momento. Cléo piorou depois dos últimos acontecimentos, agora depende de aparalhos para respirar. Bill ainda sente que Cléo está magoada com ele e agora ele precisa correr contra o tempo para provar o amor que sente por ela, mas uma prova de amor pode custar caro.
Prepare seu coração para as próximas emoções desta história.