Love And Death escrita por Baabe


Capítulo 15
Agora eu sei que é para sempre


Notas iniciais do capítulo

1º - nos ultimos capitulos eu coloquei algumas cenas comicas só para descontrair um pouco, mas o humor acaba aqui. Talvez este seja o ultimo capitulo que conseguira arrancar alguns risos de vcs.
2º - sobre esse cap...eu acho ele fofo demais, algumas falas dele me emocionaram muito.
3º - A música tema tem tudo a ve MESMO...eu já amava ela, quando vi a tradução entao...

Boa Leitura!



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Kiss - Forever

Eu vou te dizer o que estou sentindo por dentro
Poderia mentir para mim mesmo mas é verdade
Não há como negar quando olho em seus olhos...
Desta vez eu sei e não há duvidas em minha mente
Para sempre até que minha vida se acabe
Garota, eu vou te amar para sempre...

Eu vejo meu futuro quando olho em seus olhos
O seu amor faz o meu coração viver
Porque eu vivi acreditando que todo amor é cego
Mas tudo sobre você me diz que desta vez é
Para sempre

 



- Diga Bill, que escandalo é este que você se envolveu? - Cléo repetia a pergunta com mais firmeza em sua voz.

Bill olhou para o retrovisor e notou o olhar sério de seu irmão o encarando. Aquela teria que ser a hora, ele não poderia deixar aquela oportunidade de dizer toda a verdade passar.

- Cléo, eu preciso te contar algo muito sério que fiz. - disse engolindo seco enquanto apertava as mãos dela com força.

- Nossa como suas mãos estão frias...- Cléo percebeu o nervosismo de Bill - Conte-me o que você fez.

- Eu...Eu menti para você.

- Mentiu quando?

- Quando... - ele juntava toda coragem que tinha para falar, mas esta era pouca.

- Quando dissemos que não fomos a França porque a mãe de Jost teve que passar por uma cirurgia para remover uma verruga do queixo. - Tom disse alto o interrompendo - Como você pode ouvir pelo rádio, meu irmãozinho ai esta envolvido em um escandalo, e este escandalo é nada mais nada menos que Bill finalmente se separou de sua namorada chata e artificial.

- O que? - Cléo arregalou os olhos surpresa.

Novamente Bill olhou para Tom pelo retrovisor e não entendeu nada. Seu irmão acabara de estragar tudo ou acabara de impedir que ele cometesse a maior burrada de sua vida contando toda verdade a ela?

- É...É isso que aconteceu Cléo. Era isso que tinha para lhe contar. Me separei de Melissa. - ele disse de cabeça baixa.

- Hey...Você está triste por causa disto? - Cléo olhava para ele perdida nos sentimentos que Bill demonstrava naquele momento.

- Não, claro que não. Como posso estar triste por ter me separado de alguém que eu não amava? Estou livre para poder te amar Cléo e isto me faz a pessoa mais feliz deste mundo. - Bill ia acariciando o rosto dela de leve.


Cléo não conteve a sua emoção. Mas que noticia maravilhosa ela havia acabado de receber. Pulou no colo de Bill e o encheu de beijinhos carregados de todo amor que ela sentia naquele momento por ele. Naquele instante ela teve certeza que Bill realmente a amava, e o amor dele era a única coisa que ainda mantinha seu coração vivo.

- Ai Bill estou tão feliz por isso. Você finalmente teve coragem de se separar dela.

- Sim Cléo, e eu fiz isso por você. Não posso mais negar o amor que estou sentindo aqui dentro de mim. - ele a beijou na ponta do nariz.

- Preciso mijar. - Tom manifestou-se quebrando todo clima.

- Eu também preciso fazer xixi. - Cléo disse com inocencia.

- Estamos quase entrando em Hamburg. Tem um posto de gasolina aqui por perto, podemos parar lá. - Tom propunha.

- Ótimo. Nos avise quando chegarmos ao posto Tom porque eu estarei concentrado em outra coisa e certamente nem perceberei. - Bill olhou malicioso para Cléo inclinando-se para beija-la.

Andaram mais uns sete minutos até finalmente chegar ao posto de gasolina. Os Kaulitz perceberam o movimento do lugar, ficaram receosos em entrar neste e serem reconhecidos por alguém. Vestiram seus "disfarces" e sairam do fusca de cabeça baixa. Enquanto Cléo estava no banheiro os meninos compravam mais bebidas e outras besteiras.

- Levarei  preservativo para você Bill. Ahahahaha. - Tom pegou vários pacotinhos de camisinha.

- Obrigado por se preocupar comigo 'Bruder'. Mas não precisarei disto, não vou me antecipar com Cléo.

- Não quero ser chato, mas, se eu fosse você aproveitava hoje porque não sabemos se ela ficará viva para chegar a ter relações com ela e...

- Tudo bem Tom, agora chega ok? - Bill ficou impaciente. - a propósito... Por que não me deixou falar toda verdade a ela hoje? Por que me interrompeu cara? Eu ia contar tudo...

- Hey! Você ia fazer uma burrada isso sim. Eu te salvei. Olha a situação em que estavamos, dentro de um fusca no meio do nada. Ia ser um baita choque para ela não acha?! - Tom o encarou como alguém que sabe muito bem o que está dizendo.

- É...Tem razão. Foi melhor mesmo. - Bill concordou com incerteza. - Tom, eu estou com um pressentimento horrivel. Sinto que algo de muito ruim irá acontecer, algo que me afastará de Cléo.

- Não quero ser chato mas, sinceramente Bill, nós sabemos que ela está doente e pode morrer a qualquer momento, então você deve estar preparado para tudo. - Tom disse pegando no ombro do irmão.

Haviam várias revistas com Bill e Cléo na capa por toda loja de conveniencia. Os Kaulitz iam passando e escondendo todas. Quando Cléo voltou do banheiro  quis dar uma olhada nas revistas que ela costumava ler quando estava "livre". Os gemeos praticamente a arrastaram de lá a força, mas ela não se importou, Cléo adorava estar sob os cuidados dos irmãos Kaulitz.

- Quer cerveja Cléo? - Tom oferecia a ela com uma garrafa nas mãos.

- Tom você é sem noção ou o que? Cléo não pode beber. - Bill pegou a garrafa das mãos de Tom para ele.

- Mas bem que eu queria. - Cléo disse envergonhada abrindo uma garrafa d´água com desanimo. - Agora, para onde nós iremos meus amores?

- Para onde você quiser. Hoje estamos aqui para fazer todas as suas vontades. - Bill sorria encantadoramente.

- Ahhh...- Cléo suspirou. Então eu vou querer ir para o Rio Alster. - ela disse com brilho nos olhos.

- Rio Alster? Uma boa escolha. - Bill gostou da idéia.

- Eu e a mamãe costumavamos acordar de madrugada para amanhecer contemplando a vista do Rio Alster. Dizem que dá sorte ver o sol nascer ao lado de alguém que você ama - Cléo abriu um sorrisinho para ele.

- Então é para lá que nós iremos. - Tom deu uma arrancada bruta no fuscão fazendo com que Bill e Cléo se desiquilibrassem e derramassem toda bebida pelo carro.

Cléo pulou no banco da frente para enxergar melhor a cidade que ela tanto amava. Ela ia escorada na janela deixando o vento tocar sua face de leve. Seus olhos brilhavam enquanto contemplavam as luzes que pareciam ter vida. A lua insistia em seguir o carro como se brilhasse unicamente para eles. Os Kaulitz sentiam mérito por estar dando uma noite de tanto encanto a Cléo. Eles não se importavam com nada naquele instante a não ser em deixa-lá feliz. Este sem dúvidas era o melhor presente que ela poderia receber e eles sabiam muito bem disto.

Os três saíram do carro espreguiçando-se. Estavam todos quebrados, principalmente Bill e Cléo que foram o caminho inteiro deitados de mal jeito na parte de trás do fusca. Tom fez amizade rapidamente com um velho mendigo que estava jogado na sargeta. O garoto ofereceu bebidas e algumas coisas para ele comer. Sentou-se humildemente ao lado dele e puxou assunto. Ele simplesmente adorava conversar com pessoas mais velhas porque sempre aprendia algo novo com eles.

 Cléo contemplava a paisagem do dique do Rio Alster com lágrimas nos olhos. Bill a abraçou por trás beijando-a de leve no rosto, ela estremeceu segurando firme os braços finos e compridos dele. Sentia-se mais segura e completa do que nunca.

- Eu poderia morrer aqui e agora, nos seus braços. - ela deu um longo suspiro.

- Você acha que eu te deixaria partir em meus braços? Eu te seguraria tão firme que acabaria indo junto com você. - ele a apertou ainda mais forte.

Clé virou-se ficando de frente para Bill.

- Eu não quero morrer. Eu não posso, não agora que você está comigo...É tão injusto. - ela caia no choro encostando a cabeça no peito dele.

- Eu vou te salvar Cléo, eu juro que eu vou. Eu sou capaz de fazer meu coração bater por nós dois só para te manter comigo.- as primeiras lágrimas escorriam dos olhos dele também.

- Eu conheci uma pessoa que me disse que se visse uma estrela cadente iria pedir para que nós ficassemos juntos por toda eternidade. Só que ela morreu no mesmo dia que disse isso. Eu fiquei com medo disto ser um sinal, como se ficar ao seu lado fosse impossivel, fosse contra todo sentido...

- Não, eu não penso assim. Eu acho que ela viu uma estrela cadente antes de morrer, eu acho que ela pediu por nós e eu acho que nosso amor realmente é para sempre, para toda eternidade. - ele a pegou firme pelos braços penetrando seu olhar no dela. - Olha pra mim. Se não é para ficarmos juntos...Porque eu estou conseguindo enxergar agora todo meu futuro dentro dos seus olhos?

- Por que você tem que ser assim tão maravilhoso? - Cléo chorava ainda mais.

 Bill sorria em meio de lágrimas tentando acalma-la. Os dois permaneceram abraçados em silêncio por algum tempo até ouvirem uma música que vinha de um lurgar não tão afastado da onde eles estavam.

- Eu acho que Tom fez uma nova amizade hoje. - Bill olhava para o Tom que estava totalmente bebado acompanhado de um violão cantarolando junto com o mendigo.

- Ahahahaha. Este seu irmão é inacreditavel sabia? - Cléo caia na risada com a cena. - Vamos nos juntar a eles. - ela puxou Bill pelas mãos o levando até a sargeta onde os dois estavam.

- Esta é o  Bill - Tom disse apontando para Cléo. - E este é a Cléo. - Tom disse apontando para Bill fazendo as apresentações ao mendigo.

- Mas são duas moças muito bonitas. - o velho dizia simpaticamente.

- Sim, principalmente esta aqui. Ela é uma sereia não acha? - Tom apontava para Bill com os olhos virados de tanto beber.

- Sim acho. Bem vindos a bordo marujos. Junte-se a nós! - o mendigo os convidava mais sem noção que Tom.

Bill e Cléo aceitaram o convite. Os quatro passaram a madrugada inteira cantarolando músicas folcloricas. O mendigo os ensinou também algumas canções de piratas. Fizeram até uma pequena fogueira para se aquecerem enquanto riam, bebiam e cantavam.

- E não é que esta sereia canta bem?! - O mendigo disse a todos referindo-se a Bill.

- Ah obrigado. - Bill abriu um largo sorriso a ele.

- Nossa, já está amanhecendo, nem vi o tempo passar. - Cléo admirava-se.

- Olha só o Tom...Dormindo mais que um cão. Está até babando. - Bill ria da situação do irmão.

- Tadinho. Ele está cansado da viagem. E bebeu muito também - Cléo bocejou. - Aii...Esquecemos de ligar para a minha mãe.

- Cléo é mesmo! - Bill saltou de preocupação. - Precisamos te levar de volta.

- Mas antes eu quero que você venha ver o sol nascer comigo.


Cléo puxou Bill o levando para ver o sol nascer. Os dois abraçaram-se e contemplaram aquele fenomeno em meio a muitos beijos e caricias. A emoção de Cléo era tanta que seu coração chegava  a doer:

- Lembra que eu disse que queria encontrar alguém para entregar meu coração? - Cléo olhava para Bill timidamente.

- Eu me lembro. - ele disse sorrindo de leve para ela.

- Já achei. Ele é todo seu!

 Bill sentiu-se a pessoa mais amada do mundo naquele momento, e era assim que ele sempre desejou se sentir. Olhar para Cléo e saber que nela havia um amor real e sem nenhum interesse vinha como um alivio imenso para ele. A única coisa que ele sentiu vontade foi de beija-lá com toda força e mostrar que todo aquele amor era reciproco.

 A hora de levar Cléo de volta ao Spa havia chego e com ela veio todo o temor e receio em devolve-la. Despediram-se do velho mendigo e entraram no fusca. Bill deixou seu irmão deitado no banco de trás e assumiu o volante. Cléo seguiu no banco de passageiro dormindo como um anjo. Apesar do sono, Bill tinha apenas que dirigir o mais rápido possivel.

 

Bill

As últimas horas foram as mais agitadas e incriveis da minha vida. Fazia tempo que eu não me divertia tanto, que eu não me sentia tão livre e feliz. Ter a companhia das duas pessoas que eu mais amo na minha vida, poder me sentar em uma sargeta como uma pessoa normal, poder empurrar um fusca velho no meio do nada, poder rir, beber e falar besteiras por diversão, poder raptar uma garota apenas para faze-lá feliz, poder dizer pela primeira vez na vida que eu estou amando alguém de verdade...Tudo isto não tem preço, não tem comparação.
 Apesar de tudo, estou tomado por uma sensação ruim, uma angustia, um medo...Eu não sei se devo contar a verdade a Cléo, pelo menos não agora, mas também não posso deixar que ela descubra de outra forma.

 

 

 - Cléo! - Bill a chacoalhava de leve para acorda-la. - Chegamos meu amor.

 - Ai mas já? - ela disse enquanto se espreguiçava.

 - Já. Eu vou entrar com você para falar com a sua mãe. - Bill já se preparava para sair do fusca quando Cléo o puxou de volta.

 - Não! Não precisa. É melhor eu entrar sozinha.

 - Tem certeza? - Bill perguntava com receio.

 - Sim...Vai ficar tudo bem. - ela alisou o cabelo dele.

 - Estamos indo para a França hoje, assim que eu voltar eu venho correndo aqui te ver...Me espera tá?! - Bill beijou as mãos dela com ternura.

 - Eu não irei a lugar algum.

 - Bem...Então é isso...Tchau amor. Eu te amo. - ele a beijou docemente nos lábios.

 - Tchau...eu também te amo muito. - os olhos dela se apertaram.

 Beijaram-se mais uma vez, um beijo mais longo desta vez. Ela saiu do carro e foi em direção ao grande portão de grade do Spa Medicinal. Bill observava com tristeza enquanto Cléo se afastava cada vez mais dele. Ela o olhou mais uma vez antes de entrar já com um olhar de saudades. Bill a olhava da mesma maneira. Um passo a frente foi dado por ela, Bill não se aguentou e saiu do fusca.Cléo ao ver ele abrindo a porta e vindo em sua direção foi correndo de encontro a ele pulando em seu colo e o beijando.

- Não consigo mais te deixar. - Bill dizia enquanto distribuia vários beijos pelo rosto dela.

- Eu também não mas... Eu preciso entrar agora. - Cléo não conseguia sair do colo dele.
 
Bill foi a soltando delicadamente até a garota chegar ao chão. Virou-se rapidamente e entrou no carro sem olhar para trás, se olhasse certamente não conseguiria deixa-la. Cléo fez o mesmo até adentrar ao complexo do Spa.


 


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Notas finais do capítulo

O que será que espera por Cléo depois deste dia? Bill está com um mal precentimento, o que isso significa?
Não perca as fortes emoções do próximo capitulo desta história. Reviews?