9 meses escrita por WaalPomps


Capítulo 2
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

8 dias sem Nyah, como lidar? O:
Bom, vamos lá...



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Algumas semanas antes...

_ Grosso. Babaca. Estúpido. Arrogante. – Giane pontuava cada elogio com objeto de decoração da sala sendo arremessado na direção do marido.

O rapaz tentava desviar dos projeteis, se divertindo com a irritação da mulher. A raiva dela tinha motivo: ele havia sumido com a bandeira do Corinthians que ela tanto amava.

_ Já falei que a bandeira está na sua saleta pivete, para de loucura. – gritou ele, escondido atrás da parede da cozinha.

_ E quem te deu autorização para tirar ela do meu quarto? – perguntou Giane nervosa.

_ Primeiro, é nosso quarto. Lembra, marido e mulher, o que é seu é meu? – perguntou ele, mostrando a aliança de ouro na mão esquerda – Segundo, se você mantiver a do Corinthians, eu coloco uma do São Paulo. Direitos iguais.

A garota bufou, caindo no sofá de couro com os braços cruzados em frente ao corpo. Fabinho riu, saindo de seu esconderijo e indo sentar ao lado dela. Resmungou um pouco, porque odiava os sofás de couro (Malu havia decorado o local e dissera que ficaria lindo, mas não queria dizer confortável).

_ Essa bandeira esta no meu quarto desde criança cara, é difícil não ter mais ela ali comigo na hora de dormir. – reclamou Giane, tentando amolecer o marido. Haviam se casado havia pouco mais de seis meses, em uma cerimônia rápida e íntima no cartório, com a presença apenas da família dos dois e jeans e camiseta.

_ Ah moleque, qual é? Vamos regredir para época que era um verdadeiro moleque de rua? – perguntou Fabinho, recebendo um soco – Anda, deixa de frescura. Você passa metade do dia na sua saleta, pode ficar matando a saudade da bandeira. No nosso quarto, eu tive uma ideia melhor.

_ Não sendo nada do time dos bambis. – a mulher deu de ombros, se recostando no sofá.

_ Sabe aquela foto que nós tiramos no Caribe, na lua de mel? – perguntou ele, deitando no colo da esposa – Que você tá nas minhas costas, e que eu to com a arara no braço? Então, podíamos fazer uma ampliação e colocar atrás da porta, onde ficava a bandeira. O que cê acha?

_ Olha, até que você pensa às vezes. – Giane riu, dando um selinho no marido – Tá bom vai, pode ser.

_ Já cedeu? Já acabou a briga? – ele sentou espantado – Como assim? O que aconteceu? Quem é você e o que fez com a minha esposa?

_ Babaca. Quer brigar é? – ela perguntou, partindo para cima dele. Ele riu, jogando as pernas dela em volta de sua cintura e a içando no ar.

_ Não. Quero fazer as pazes. – respondeu, caminhando para a escada e prensando-a no corrimão. E o resto é história.

Dias atuais

Estavam sentados lado a lado na ponta da cama, observando os exames de farmácia sobre a penteadeira. Haviam ligado para uma farmácia 24h e encomendado 12 exames de marcas diferentes para não haver erro.

A princípio, o plano era fazer um de cada vez, com tempos espaçados, já que a urina em determinado horário pode enganar. Mas na hora da ação, mandaram tudo as favas e mergulharam todos os exames no xixi de Giane.

_ Você tá sentindo mais alguma coisa? Enjoo, tontura? Fome excessiva cê sempre teve. – Fabinho tentou quebrar o gelo, mas estava muito nervoso com o que poderia acontecer.

_ Vai se ferrar panaca. – retrucou a moça, sem paciência para discutir. Olhou o relógio na cama, faltavam 15 segundos – Ok, você vê ou eu vejo?

_ Eu não to afim de pegar teu mijo, de boa. – ele garantiu, fazendo Giane bufar – Sério pivete, pode ver. A vontade.

Ela suspirou, vendo o relógio apitar, e se levantou. Caminhou até a penteadeira, observando cada um dos exames e o significado na caixinha. Estava calada, quase imóvel, e isso começava a preocupar Fabinho.

_ Caramba animal, não consegue nem ler um exame de farmácia? – ele perguntou, se levantando e indo até ela. Observou todos os exames por cima do ombro da garota, reconhecendo os resultados. Alguns eram riscos, mas outros eram mais simples: um sinal positivo em vermelho – Puta que p...

Caminhou de costas até a cama, caindo sentado, os olhos vidrados na esposa. Ela se virou no lugar, o encarando preocupada. A verdade é que a hora não poderia ser melhor. Ambos estavam firmados profissionalmente, contavam quase 26 anos, estavam em um relacionamento firme há quase dois anos e instalados em uma casa nova, grande e espaçosa. Um filho era a cereja desse bolo de alegria.

Mas a expressão de choque dele a deixava preocupada, assim como a expressão de choque dela o fazia pensar idiotices. Não eram bons nesse negócio de falar o que sentiam, e isso quase sempre gerava dores de cabeça.

_ Bom... Parabéns para nós. – disse Fabinho, após alguns minutos. Giane concordou, ainda não muito certa de como reagir – Hã... Você tá feliz, certo?

_ Eu to. E você? – ela perguntou, vendo um sorriso brincar nos lábios dele.

_ Tá brincando? Desde que nós começamos a namorar eu penso no dia que nós vamos encher essa casa de moleques. – isso fez Giane suspirar aliviada, enquanto caminhava até o marido e sentava em sua perna.

_ Amanhã nós vamos até minha médica, só por garantia. – ele concordou – Já marquei hoje e fui no laboratório mais cedo, fazer o exame de sangue. Mas não ia aguentar até amanhã pro resultado.

_ Pivete... Você sabe o que isso significa, não é? – ela confirmou, enquanto ele levava a mão até a barriga lisa dela – Tem um mini-nós crescendo aqui dentro.

_ É bocó... Nós fizemos isso, fizemos uma pessoinha. – ela sorriu para essa ideia, e ele sorriu de volta – Te amo bobão.

_ Eu também maloqueira. Amo vocês dois.


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Notas finais do capítulo

E ai? Estão gostando? Deixem-me saber suas opiniões, ok?
Beeeijos