Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 6
Seis


Notas iniciais do capítulo

Olá acho que não demorei muito. Iria postar ontem mas acabei ficando sem internet. Porém já resolvi tudo e estou aqui postando para vocês. Como sempre quero desejar boas vindas a Mimis. Consegui fazer um capitulo com mais de duas mil palavras e espero que gostem. Sem mais demoras vamos ao capitulo e boa leitura.



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Ando até a cama e pego um travesseiro que está no caminho. Torci a boca quando vi que a loura babava mais do que tudo. Onde ele arrumou essa desta vez? Levanto o travesseiro e bato neles que apenas resmungam. Quer saber de uma coisa não vou ser delicada. Essa é a minha hora de descontar oito anos de confusão.

– Acorda vagabundo. – Grito dando uma forte tapa no rosto de John. Ele abre os olhos e dou mais uma tapa para ver se acorda.

– Aiii – Grita de volta alisando o rosto com a mão – Ficou maluca? Isso não é jeito de acordar uma pessoa.

Sorrio vendo a marca dos meus cinco dedos em seu rosto. A loura resmunga alguma coisa e abre os olhos dando um largo sorriso para John. Quando me vê sua cara não fica nada legal.

– Quem é ela Joseph? – Perguntou me lançando um olhar mortal.

– Joseph? – John agora mente o nome para levar as mulheres para a cama? Olho para ele procurando respostas.

– Ela é a minha secretaria. – Diz se levantando da cama se enrolando no lençol. – Uma secretaria muito chata – Reclamou.

– Você precisa se apressar. – Aviso.

– Eu sei. – Indo para o banheiro – Preciso de quinze minutos. – E fecha a porta do banheiro.

– Você vem todos os dias acordá-lo? – Perguntou a loura se enrolando no lençol.

– Não, mas você precisa ir embora. Pode tomar banho no quarto de hospedes.

– Você não é dona desta casa. Não tem o direito de me mandar embora. – Disse querendo dar as rédeas.

– Queridinha – Adorei como a minha voz saiu bastante sínica – Estou te fazendo um favor.

– Que favor? – Sua voz transmitia medo e desconfiança.

– Quando seu querido “Joseph” – Fiz o sinal de aspas com as mãos no ar – Sair daquele banheiro, vai te dar um chute na bunda e você vai sair daqui com o rabo entre as pernas.

Seu rosto ficou um pouco pálido, acho que pelo constrangimento. Dou de ombros e saio do quarto. Pego minha bolsa que deixei na sala e saio do apartamento. Desço do edifício e vou para a pé para uma cafeteria que tinha ali perto. Tive sorte da fila não estar enorme. Compro dois cafés, um sem açúcar e outro com bastante açúcar e mel para John. Impressionante como esse homem é viciado em tudo que fosse doce. Pago os cafés voltando para o prédio de John. Felix abre a porta para que eu pudesse entrar e vou para a garagem esperar o chefe.

John desce bem raivoso. Olho para ele franzindo a testa. O que teria acontecido agora para ele estar daquele jeito. Ele vem até mim com passos firmes. Usava um terno preto como todos os dias de trabalho. Até se John usasse saco plástico ficaria bonito. Entretanto não vou dizer isso a ele para não aumentar seu ego que já é grande.

– Claire eu vou te matar. – Cuspiu enraivecido tirando-me do meu raciocínio.

– O que eu fiz desta vez? – Não estava entendendo nada. Será que ele estava com raiva por eu tê-lo acordado?

– Olha o que você fez no meu rosto. – Ele aponta para o lado esquerdo da sua face que continuava bastante vermelho.

– Foi mal – Mentira. Estava me sentindo ótima. – Se quiser eu posso dar um jeito.

– É bom mesmo. – Vociferou – Não posso ver o cliente deste jeito.

Reviro os olhos e dou-lhe o seu café. Faço sinal para entrar no carro. Entramos no carro e vasculho minha bolsa procurando o que precisava. Acho a base e o corretivo que sempre carrego comigo para o caso de uma emergência da aparência.

– Você não está pensando em passar esse troço em mim? Não é? – Perguntou assustado.

– Quer melhorar esse rosto ridículo ou não? – Reclamo já me estressando. Estou ajudando de bom grado e ainda tenho que ouvir reclamações.

– Ok – Diz se rendendo. Vira o rosto e se aproxima para que eu possa passar os produtos.

Misturo os dois com as mãos e coloco no rosto de John com bastante força. Riu da careta de dor que ele faz. Espalho por toda a área vermelha sentindo a sua barba por fazer. Coloco um pouco mais de base nas mãos. Paro quando percebo que amenizou a vermelhidão.

– Podemos ir? – Perguntou quando terminei e guardei tudo dentro da bolsa.

– Sim – Respondi ligando o carro.

Ao chegar a agencia somos avisados que o cliente havia chegado e estava nos esperando. Olho feio para John. Se ele perdesse clientes, iria falir. Se falisse eu estaria desempregada e Claire McAdams desempregada não será legal. Puxo-o pelo braço e desejamos bom dia aos outros funcionários. Entramos em sua sala e vejo duas mulheres sentadas nas cadeiras à frente da mesa.

Uma senhora na base de cinquenta anos, muito elegante em um vestido verde claro e a outra acho que tem a minha idade com um terninho cinza. Loura com belíssimos olhos verdes escuros. Parecia ser uma advogada bem importante. Como toda mulher enfeitiçada pelo poder da beleza de John, ficou admirando-o. Não me admiraria se a baba caísse. Fico atrás delas encostara-se à parede enquanto John vai para trás da mesa se sentar em sua cadeira. Cumprimenta as mulheres com um aperto de mão dizendo seu nome.

– Bom dia, senhoras. Sou John Smith. Desculpem-me pela demora, eu e a minha assistente, Claire, tivemos um imprevisto. – Disse apontando para mim. As mulheres viram-se para me ver e me mandam um sorriso. Retribuo da mesma forma.

– Sou Katherine Forbes e esta é a minha advogada Srta. Robson. – Apresentou-se a mulher mais velha.

– O que querem de mim? – John perguntou rápido e direto. Está para nascer o dia em que esse homem terá paciência para alguma coisa.

– Bem, - Começou a advogada ainda admirando John – a Sra. Forbes está desconfiando de seu marido. Talvez ele a esteja traindo e queríamos sua ajuda para ter certeza.

– Está bem. – John aceita na lata me deixando espantada. Ele nunca aceitou casos de infidelidade. – Me mandem uma listagem dos lugares que ele frequenta e quando descobrir alguma coisa aviso.

John só podia estar louco. Bem, quando ele não estava louco? Tinha alguma coisa errada. Ele aceitou este caso muito rápido. Nem pensou nas estratégias e como resolveria isso. A maioria dos casos para descobrir traição fica com Kyle e Jack. Dizia que casos de infidelidade os detetives sempre se ferram. Então por que ele quer se ferrar agora? A conversa continua e a advogada entrega a John uma papelada onde há os lugares e com horários onde o marido da Sra. Forbes frequenta. Depois de meia hora as mulheres se despedem e vão embora. Sento-me em frente da mesa de John enquanto ele liga o computador.

– Por que você fez isso?

– Isso o que? – Se fez de desentendido sem tirar os olhos da tela do computador.

– Por que aceitou esse caso? – Perguntei indignada – Você nunca aceitou casos de infidelidade. Fala logo?

– Eu fiz uma aposta com o Kyle.

– Que tipo de aposta? – Isso parece não ser bom.

– Ele disse que eu não sou capaz de resolver um caso de traição, por isso não aceitava resolve-los.

– E o que você apostou? – Perguntei com medo da resposta.

– Você.

– O QUE? – Levantei-me gritando. John retirou o olhar do computador para vira-los para mim – Você ficou louco.

– Se ele ganhar eu tenho que te convencer a sair com ele. Ele quer ter um encontro com você, o que tem de mais?

– O que tem de mais? O que tem de mais? – Gritei andando de um lado para o outro – O que tem de menos você quer dizer. Que tipo de aposta é essa? E se você “vencer” o que ganha?

– Um dólar. – Respondeu dando de ombros.

– Você é retardado? – Perguntei com a voz baixa. Ele mexeu os ombros e voltou a olhar o computador. Aquilo foi o cumulo. Pulei em cima da mesa e segurei-o pelo colarinho – Você me apostou por um orgulho idiota e pior ainda, por um mísero dólar.

Ele me olhou perplexo, surpreso com a minha reação.

– Não precisa ficar assim. – Disse calmo tirando minhas mãos dele – Eu vou dar um jeito nisso. Agora desça da mesa, por favor.

Desci da mesa olhando-o com raiva. Ajeitei a roupa alisando com as mãos e voltei a me sentar. Ficamos em silencio durante um tempo. Queria muito esgana-lo, então fiz a única coisa que me acalma. Contar até dez.

– Vamos. – John falou levantando-se da cadeira.

– Pra onde? – Perguntei sem animo.

– Seguir o senhor Forbes. – Abriu a porta e ficou segurando esperando que me levantasse para ir junto.

Respiro fundo e me levanto. Pego minha bolsa saindo da sala, passando por ele sem olha-lo.

– Para onde vamos? – Pergunto já saindo do estacionamento da agencia.

– Para o trabalho do Sr. Forbes.

– Vamos ter que ficar vigiando?

– Sim. – Disse olhando para fora – Mas será só hoje. Ele sempre chega atrasado em casa dia de segunda, então vamos ver o que ele apronta.

Não pergunto mais nada. John me dá as instruções de onde o Sr. Forbes trabalha. Paramos em frente ao prédio luxuoso. Não era tão ruim ficar vigiando alguém, só era chato. Ficamos ali durante um tempo. Quando deu a hora do almoço vimos uma mulher loura sair do prédio. Vestia um vestido preto até o joelho e um casaquinho da mesma cor muito elegante. Devia ser alguma secretaria. Depois de uns minutos voltar com comida.

– Ele vai almoçar no escritório hoje. – John comentou para si mesmo.

– Como você sabe? – Perguntei pausando o jogo do celular.

– Ela é secretaria do Sr. Forbes. Ela só almoça no trabalho quando seu chefe também almoça no trabalho.

– John, estou com fome. Vou até a lanchonete comprar algo. Quer alguma coisa também? – Pergunto tirando o casaco para ficar só com a blusa azul escuro.

– Quero. Um hambúrguer bem caprichado com direito a Coca-Cola.

Concordo com a cabeça. Guardo o celular dentro da bolsa e começo a procurar o que queria no terno de John.

– Ei. Eu não tenho nada. - Não lhe dou ouvidos. Pego sua carteira dentro do bolso do terno. Abro-a e saco cem dólares. – Que assalto é esse?

– Você não acha que eu vou comprar com o meu dinheiro, acha? – Digo saindo do carro.

– Isso é exploração. – Reclamou – Percebi que você tira mais dinheiro de mim além do seu salario mensal.

– Cala a boca. – Falo fechando a porta para não ouvir o resto.

Vou à lanchonete mais próxima e faço uma careta ao ver a fila enorme que terei que enfrentar. Desejo ganhar a aposentadoria mais cedo, de preferencia aos trinta anos. Assim vai valer a pena eu ter enfrentado tudo isso. Depois de uma hora dou graças a Deus que chegou a minha vez. Peço dois hamburguês e Coca-Colas para mim e o idiota. Pago e saio para voltar para o carro. Ando pelas ruas movimentadas até chegar onde o carro estava estacionado. Minhas mãos ficaram ocupadas e John trancou o carro. Encostei a cabeça nos vidros escuros e vi que John olhava para o prédio. Afasto-me e dou um chute no carro assustando-o. Ele abre a porta e entrego a sua comida.

– Algo interessante? – Perguntei dando uma mordida grande no meu hambúrguer.

– Nada de interessante. – Respondeu fazendo o mesmo.

Dou de ombros e continuo comendo. Ficamos em silencio o resto da tarde. Não tinha nada para fazer e continuei jogando no celular. Acabei caindo no sono e fui acordada por um John exasperado.

– O que foi? – Minha voz denunciava o sono.

– Acorda criatura – Dessa vez ele me sacudia – O Sr. Forbes saio do trabalho, temos que segui-lo.

– Mas que droga!

O Sr. Forbes sai do prédio e entra na parte traseira de um belíssimo carro de luxo. O motorista dá a partida e faço o mesmo seguindo-o. Tinha que seguir ele cautelosamente, se o motorista perceber que estava sendo seguido era bem capaz dele mudar de rumo. Seguimos o carro durante uns dez minutos e não me admiro ele parando quando ele para em uma floricultura.

– Acho que alguém vai comprar flores para a amante. – Cantarolei irônica.

– Vem, precisamos saber que tipos de flores ele compra para a amante. – John sai do carro e eu o sigo.

A floricultura é linda. Todos os tipos de flores que se pode imaginar. Rosas, Margaridas, Lírios, Girassóis. Principalmente as minhas favoritas, tulipas vermelhas. Corri para elas aproximando o rosto para sentir o seu perfume. Aquelas flores tinha o poder de alegrar o meu dia. Apesar de que nenhum dos meus ex-namorados sequer quisera me presentear nem com flores de plásticos. Mas aquele lugar me lembra da casa dos meus pais. Eles cultivavam lindas flores desde que eu era criança e aquilo me bateu uma saudade. Estava há um ano sem vê-los, sentia muitas saudades.

Levantei o rosto sorrindo e fui até onde John estava encontrando-o espionando o Sr. Forbes que ainda escolhia as flores. Cheguei perto de John e também fiquei observando o Sr. Forbes. Que homem mais indeciso. Ele olhava uma flor quando parecia que ia levar balançava a cabeça e escolhia outra.

– Que coisa chata. – John disse olhando o relógio que avisava ser 19h.

– Bote chata nisso. – Resmunguei olhando para o outro lado e vendo a pessoa que pedi para nunca mais ver.

Me abaixo rapidamente ficando de quatro e saio engatilhando para encontrar a saída. Ele não podia estar aqui. Como ele me encontrou? Vai me olhar e rir da minha cara. Preciso sair daqui rapidamente e John que se vire com esse caso. Pra mim chega, vou para casa dormir. Se ele me vir aqui não sei o que farei ou pior falarei. Vai, vai, vai. A saída já deve estar chegando. Sempre existe uma luz no fim do túnel. Não é?


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Notas finais do capítulo

Por favor minhas leitoras fantasminhas, comentem. Para aquelas que já fazem isto continuem, seus comentários me deixam super feliz e muito inspirada para continuar escrevendo. Comentem, favoritem e, seria demais pedir para recomendarem? rsrsrs bjs vejo vocês nos comentários.