Loucuras na Adolescencia escrita por Naty Valdez


Capítulo 37
Capitulo 37 - Quis and Kiss


Notas iniciais do capítulo

Helow Peoples *-*
~Ah, depois de todo esse tempo sem postar, sua górgona, é assim que você chega falando?~
É.
Gente, falo isso com toda a sinceridade do mundo: NÃO TEM NADA PIOR DO QUE FICAR SEM INTERNET NESTE PERÍODO DA MINHA VIDA, PRINCIPALMENTE QUANDO SE FAZ UM CURSO TECNICO DE INFORMÁTICA! Serio, já viram isso? Tenho que conversar seriamente com os meus pais sobre uma internet 4G e um notebook novo...
Mas, pois bem, vamos lá. Eu sei que se passou muito tempo e que há uma grande chance de eu estar aqui falando pro além, mas eu tenho fé de que ainda exista alguém lendo isso aqui. Sabe porque?
VOCÊS NÃO PARARAM DE COMENTAR *--------*
Nos últimos dias eu não ando tendo tempo nem pra ler, serio, mas finalmente consegui terminar o capitulo e vim pro quintal da minha casa fazer um empréstimo de Wifi (Tia Naty adverte: isso não é legal, não façam isso), quando me deparo com um monte de comentários. MEU DEUS.
Serio, gente, muito obrigada viu. Acho que eu nem continuaria mais se não tivessem esse monte de coments. Eu sei que prometi não abandonar a fic, mas as vezes as coisas acontecem sem percebermos e havia a probabilidade de vocês não estarem lendo mais, então... Fiquei meio assim.
Até que vi os coments.
AAAAHHHHHHHHHH!
Claro que não devo agradecer apenas aos comentários, mas também as favoritações. ESTÃO TÃO ALTAS QUE PULEI CORDA NA LUA *----* E também a recomendação que recebi da querida “MissChase”. Meu Deus, eu amei, amei, amei, amei, amei, amei, amado! Muito obrigada de verdade.
Eu não consigo acreditar no tanto de recomendações. Inacreditável. Nunca poderia ter imaginado que minha primeira história – serio, de verdade – daria tantos frutos. Não que eu seja conhecida entre o mundo aqui fora. Mas sei que vocês gostam do que faço, do que escrevo e isso é muito importante pra mim.
Mas, enfim, acho que vocês meio que querem ler, né? Então acho melhor eu calar a minha mão hehehehe’
Aproveitem a leitura!



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Annabeth

Meu maior desejo neste momento é acertar a minha madrasta na cabeça com o primeiro objeto pesado que eu encontrar na minha frente.

Como já devem ter reparado, tudo começou na terça feira de manha, quando eu cheguei em casa após a noite que passei com Percy. A bruxa da minha infância estava em meu quarto no momento em que entrei, me pegando no flagra. Brigamos. Nos ofendemos. E aquela bruxa conseguiu me chantagear.

Logo que cheguei em casa, após a Missão de Resgate Luke e Bianca na Cadeia, durante a noite, assim que acabei o meu banho, a bruxa apareceu no meu quarto. Eu gelei. Sabia o que ela queria comigo e o que estava por vir não seria nada bom.

― Ah, Annabeth! ― ela disse, falsamente surpresa, assim que me viu. Minha madrasta estava mexendo em meu álbum de fotos que, desde o dia em que caí da rampa semanas atrás e Percy veio ver como eu estava está ali. Ela deixou-o aberto em cima da minha cama.

Em uma rara foto minha e do meu pai com os rostos colados.

― O que você quer aqui? ― perguntei, mas eu já sabia.

― Você já sabe o que eu quero aqui.

Dei um suspiro, cruzando os braços na frente do peito.

― Infelizmente, sim.

Ela abriu um sorriso sem mostrar os dentes, quase sarcástico. Andou até mim lentamente, juntando as mãos na frente do corpo. Deu uma volta ao meu redor e parou atrás de mim.

― Eu te avisei, Annabeth. ― ela falou ao meu ouvido ― Eu te avisei pra não mexer comigo. Mas você é muito teimosa, sempre foi. E, claro, ouso dizer que é exatamente como a sua mãe. Orgulhosa demais. Acha que sempre tem razão. Isso às vezes não é bom para uma adolescente como você.

― Fala logo o que você quer.

Ela riu.

― Durante os próximos dias, eu quero que você se afaste do seu pai. ― ela falou, a voz séria e cruel ― Ele precisa de um tempo com os filhos dele. E os filhos precisam do pai. Você, Annabeth, é sempre um incômodo. Nunca os deixa ter o devido momento sem atrapalhar em alguma coisa. ― ela andou até a minha frente. ― Claro, a mesma coisa aconteceria se eu contasse o que aconteceu, mas pense que pelo menos seu pai acredita em você.

― Eu não vou cumprir isso. ― eu disse, meus olhos ardendo.

― Ah, você vai. Eu sei que você vai, Annabeth. Eu te conheço. Não te proporia isso se eu não soubesse que você cumpriria.

― Você é uma bruxa.

― Ah, eu não teria tanta certeza. Tudo o que eu quero, Annabeth, é o melhor para os meus filhos. É isso o que uma mãe deveria fazer. Eu sei que você não entende, porque sua mãe a abandonou.

Minha vontade era pular no pescoço dela, mas eu não o fiz. Ela estava certa, de certa maneira. Minha mãe havia me abandonado.

― Eu sei que tenho razão e você também ― ela disse, com a mão em meu ombro ― E é por isso que você vai me obedecer. ― ela se afastou de mim e disse assim que abriu a porta do meu quarto ― Temos um acordo, querida. ― e fechou a porta em seguida.

As lágrimas saíram de meus olhos como uma torneira ligada.

No dia seguinte, eu não fui muito bem na escola. Acabei sendo chamada a atenção muitas vezes por falta de atenção na aula. Thalia me perguntou o que estava acontecendo, mas eu respondi que não era nada. Thalia já tinha uma vida muito perturbada para ainda ficar se preocupando comigo.

Meus outros amigos também perceberam, mas eu disse que era sono, por não ter conseguido dormir direito. Leo fez uma sacanagem, é claro. Não dormir direito era suspeito pra ele.

Involuntariamente, eu olhei pra Percy no momento. Ele me olhava curioso. Eu sabia que ele sabia que o que eu disse era mentira e provavelmente estava preocupado.

A noite, naquele mesmo dia, meu pai, minha madrasta e os meus meios irmão foram jantar fora. Meu pai me chamou, mas o olhar de minha madrasta só dizia uma coisa: recuse. Eu recusei.

No dia seguinte, novamente eu estava mal. Thalia me segurou pelo braço na hora da saída. Seus olhos estavam inchados e escuros, provavelmente porque andara chorando ou perdendo o sono pelo próprio Nico ― mesmo que ela nunca, jamais fosse admitir isso em voz alta.

― Me fala, Annie. É a sua madrasta, não é?

Saí correndo antes de responder.

A noite naquela quinta feira, quando acabou o jantar ― a qual fiquei 99,9% do tempo em absoluto silencio ―, fui para o jardim a fim de respirar um pouco e sair daquela falsidade a qual eu vivia. Não demorei muito e voltei ao meu quarto.

Meu pai estava lá. Não que ele nunca tenha ido ao meu quarto, mas o fato de estar lá me assustava. Será que minha madrasta havia contado pra ele? Será que ele veio me dar uma bronca pelo que eu fiz? Minhas mãos começaram a suar.

― Pai, o que o senhor...?

― Pegue seu casaco, filha ― ele falou, direto ao ponto ― Nós vamos agora mesmo a uma sorveteria. Faz um tempo que nós não conversamos e acho que precisamos de um tempo pra nós dois. E aí, o que acha?

Aquilo me pegou de surpresa. Um aperto no meu coração foi aparecendo. Eu queria ir, queria ir com o meu pai, tomar um sorvete, conversar, ter um tempo com ele. Nos últimos dois dias eu evitava olhar-lhe nos olhos. Estava sendo impossível.

Porém, mesmo com esse aperto, eu sabia o que eu devia saber. Se eu queria mantê-lo perto de mim, sabia que tinha que me afastar. Não fazia sentido, eu sei, mas era o único jeito de manter nossa relação intacta. Na medida do possível.

― Ah... ― eu hesitava ― Pai, eu... Eu não posso ir. Não... não vai dar.

― Como assim? ― meu pai disse, seu sorriso sumindo.

― Eu... ― pensei em uma desculpa ― Tenho uma prova muito importante amanha, e eu não quero decepcioná-lo. O senhor sabe que não gosto de tirar notas baixas.

― Sim, eu sei, mas vai ser só desta vez, filha. ― ele insistiu ― E nós não vamos demorar muito. Depois você pode estudar.

― Ah... ― eu estava começando a considerar. Quer dizer, ele e minha madrasta tinham saído ontem, já haviam tido o tempo deles. Qual o problema em eu sair com meu pai hoje? Não poderia ficar longe dele pra toda a vida.

Então olhei pra porta do meu quarto e vi a ponta da cabeça de minha madrasta tentando manter-se fracassadamente escondida.

― Me desculpe, papai, mas não dá mesmo. ― falei ― Eu... Eu não prestei muita atenção na matéria, e tem muita coisa mesmo pra estudar. Me desculpa.

Ele parecia magoado, o que piorou minha situação.

― Tudo bem, Annabeth, eu te entendo. ― ele abriu um sorriso ― Mas eu quero ver uma boa nota, em. Outro dia nó saímos.

― Pode deixar.

Quando ele saiu e eu fechei a porta atrás dele, bati minha testa de leve nela, soltando um suspiro logo em seguida. Não dava pra acreditar. Será que um dia eu seria recompensada por isso? Meus olhos arderam.

Então, ouvi uma voz:

― Pode me explicar porque está desse jeito? Pode me explicar porque anda mentindo pra todo mundo? Pode me explicar porque você não foi com o seu pai?

Olho pro lado e vejo um Percy todo descabelado vestido com roupas normais sentado segurando as mãos em minha cama. Imagino que seja uma miragem. Como que ele chegou aqui, afinal?

― Percy, o que você está fazendo no meu quarto? Como você chegou aqui? ― eu perguntei ― Você ficou maluco ou algo do tipo?

― Eu não estou maluco. ― ele devolveu ― Quem ficou maluca foi você que não aceitou um pedido de sair com seu pai com a mentira mais velha que existe.

― Percy, eu sei muito bem o que eu faço. ― devolvi, estressada, sem saber porque estava estressada. Não sabia se era por minha madrasta, por Percy, ou por minha total falta de sorte ― Ao contrario de você que não tem nem a noção de que entrar no quarto dos outros sem permissão é falta de educação.

― Tá bem, você me pegou ― ele passou as mãos no cabelo ― Me desculpe. Eu entrei pela janela, uns minutos atrás. Ia te perguntar o que está acontecendo com você nesses dias. Aí, quando eu acabei de entrar, seu pai abriu a porta e eu me escondi debaixo da cama. Desculpe, eu deveria ter te ligado.

― Deveria mesmo.

― Mas foi bom eu ter vindo ― ele se levantou e deu um passo em minha direção ― Não acredito no que eu ouvi. Como assim Annabeth? Por que você fez isso?

Sua expressão é de tanta duvida que quase me convenceu a sentar e contar tudo o que estava acontecendo. Mas eu me controlei. Percy não podia saber que eu estava sendo chantageada. Me lembro de terça feira de manha, quando ele disse que eu me encrencaria por culpa dele. Bem, não sei como, mas ele acertou. Mas eu não podia lhe jogar esse peso, com tudo o que ele estava passando.

― Foi porque eu quis, okay? ― falei ― Eu não estou bem. Estou estressada com tudo! Com sua situação, com a da Thalia, está tudo acumulando dentro de mim e eu preciso pensar um pouco em como ajuda-los!

― Ei, Annabeth, eu não quero que você fique estressada com um problema que é totalmente meu ― Percy me cortou ― Você me ofereceu sua ajuda, mas se isso estiver tomando muito o seu tempo, não precisa mais se preocupar. Principalmente se isso estiver afetando a sua relação com o seu pai.

Ops.

― Não, Percy, não foi isso o que eu quis... Certo, eu me expressei mal ― falei ― Mas é que... Ah... ― suspirei, pondo as mãos no rosto ― Desculpe, eu...

Percy deu dois passos em minha direção, parando em minha frente. Suas mãos foram pros meus ombros. Eu levantei meu olhar pra ele.

― Na primeira vez que você me pediu desculpas, eu quase morri de rir por dentro. ― ele falou, com um pequeno sorriso no rosto ― Agora eu estou me sentindo do mesmo jeito. Seria inconveniente cair na gargalhada agora mesmo?

― Totalmente.

― Certo. Vai, me fala. Eu sei que você não está preocupada com isso. Tenho quase certeza de que a Thalia e o Nico vão ser um casal muito em breve e tenho fé que o meu problema, se não for resolvido, não vai fazer diferença. Tecnicamente, eu ainda sou um ser vivo do mal que você quer se manter longe.

Aquilo me surpreendeu. Eu não pensava mais em Percy como o cara mal que queria me conquistar pra depois me deixar. Na verdade, eu não sabia o que pensar dele.

― Isso não é verdade. ― falei ― Eu vou ficar muito mal se o meu plano com seus pais não funcionar. Eu sei a dor que se sente quando os pais se separam. Assim você me ofende.

― Me desculpe. Mas você está fugindo do foco. Por que você dispensou o seu pai?

Eu não podia falar com ele. Não ia falar com ele.

― Eu não dispensei o meu pai. Só... Eu tinha uma coisa pra fazer aqui no meu quarto. Sem ninguém. É uma coisa muito importante, que eu não podia deixar pra amanha.

― E que coisa é essa?

― Ah, Percy, deixa de ser curioso. Eu não vou te falar. ― tirei suas mãos que ainda estavam apoiadas em meus ombros ― E é melhor você ir embora. Da ultima vez em que estivemos juntos em um quarto... ― parei bruscamente, me ligando no que estava dizendo.

― Sim, o que? Dormimos juntos?

― Não tecnicamente. Eu dormi na sua cama e você dormiu no chão. Se você ficar aqui, vai acontecer o oposto e quem vai acabar dormindo no chão sou eu. Nem você nem eu queremos isso.

― Ah, eu não me importo em dividir a cama.

― Ah! ― dei um tapa em seu peito ― Deixa de ser ridículo! ― mas eu já estava sentindo meu roso queimar ― Vai, Percy, serio. Volta pro seu quarto.

― Porque você estava estranha esses dias?

― Porque sim.

― Porque não quis sair com seu pai?

― Porque sim.

― Porque quer que eu vá embora?

― Porque sim.

― Quer me contar o porque de isso tudo?

― Porque sim.

― Para com esse “porque sim”!

― Para com esse “quis”!

― Você não vai mesmo me dizer?

― Não.

― Tá bem.

Ele se dirigiu a janela.

― Percy, não me olhe como se fosse o senhor do universo. Não sou obrigada a te contar tudo, sabia? Você não é o meu melhor amigo!

Ele virou-se bruscamente.

― Ah, é?

E, assim, pulou sobre o peitoril da janela e desceu. Eu o segui, olhando pra baixo enquanto ele descia sem olhar pra mim.

― Percy, espera. Eu... ― ele continuava descendo ― Percy! ― ele me ignorou, chegando ao chão em seguida. ― Percy! ― ele se dirigiu ao muro, pulou-o e entrou pela porta da frente da sua casa. ― Percy, que droga.

Parei pra pensar sobre o que eu disse quando fui dormir. Quer dizer, eu e ele compartilhamos segredos e momentos tão íntimos e secretos que só melhores amigos compartilhariam ― tirando a parte dos beijos, claro. Mas não faz sentido.

Como é possível que o cara de quem eu estava tentando me afastar tenha se tornado meu melhor amigo sem eu perceber?

Produção

Leo nunca poderia ter imaginado... (Leo: Ah, querida, vamos parar por ai. Eu que quero contar o que aconteceu! Você vai mentir pra caramba!) (Produção: Ah, querido, nem vem. Você é que vai mentir sobre a história inteira. Eu tenho que narrar pra contar toda a verdade! É isso o que eles merecem!) (Leo: Você, querida, contar a verdade? *Leo se mata de rir nas próximas cinco horas, onze minutos e cinquenta e nove segundos*) (Produção: *depois de acordar do cochilo* Já acabou, querido?) (Leo: Ah, já sim, querida. Mas ainda é ridículo) (Produção: Ridículo? RIDICULO? Escuta aqui, querido...) (Leo: É leia, querida) (Produção: O que, querido?) (Produção: A frase, querida. A frase é “Leia aqui”. Eu não estou te escutando. Tô lendo) (Produção: Ah, sim. Tank you so much, querido. Agora, leia aqui, querido, eu conto verdades com teor de verdadeirice muito grande.) (Leo: Tipo...?) (Produção: Tipo quando eu disse que daria romances difíceis para os Grace, querido. Olhe a Thalia agora.) (Thalia: SUA DESGRAÇADA, MISERAVEL, FILHA DE UMA HERA MACUMBADA COM HECATE, BITCH INFELIZ SEM CORAÇÃO, GAIA MUMIFICADA!) (Leo: wow. Sua Hate preferida, querida. Mas e o Jason?) (Produção: Ah, o romance dele foi bom, querido. Foi só a Thalia mesmo.) (Leo: Então você mentiu, querida!) (Produção: Bem, querido...) (Thalia: ALEM DE MISERAVEL, DESGRAÇADA, GAIA MUMIFICADA AMALDIOÇOADA POR ATENA COM CARA DE ARACNE, ESSE MERDA É MENTIROSA!) (Nico: Ah... Então foi você! Sua fúria transformada! É melhor você correr. *Nico correndo atrás de Produção*) (Produção: Ah... *Sai correndo* LEO QUERIDO! PODE NARRAR! AHHHHHH) (Leo: Ah, obrigado, querida!).

Leo

Okay, eu admito que a minha semana tendo aulas com Calipso não foi tão ruim assim. Eu realmente nunca poderia ter imaginado que aulas com ela e Larry ― o meu professor exótico ―, poderia ter a palavra “divertida” incluída em uma das suas características. Mas, mais que isso, nunca poderia ter imaginado o que aconteceu no final da semana.

Na terça feira, um dia depois da apresentação do meu professor mais que exótico, também conhecido como Larry, o gay, Calipso me puxou no intervalo do primeiro tempo para a sala de atividades onde Larry, o exótico, estava nos esperando. Dessa vez, usava tênis branco, meias rosa bebê, bermuda tactel branca e uma blusa moletom branca com uma linha rosa no meio. Ah, e, é claro, sua faixa rosa na cabeça.

― Olá, querido! ― ele pulou ao me ver ― Já estava até sentindo sua falta, baby. E ai? Como anda o meu Boff preferido? Com essa beleza...

― Bem ― olhei pra trás para ver Calipso com a mão sobre a boca para abafar o riso. Mas foi uma olhada bem rápida, porque Larry colocou seus braços musculosos sobre meus ombros e me puxou pro meio da sala.

― Ai, que tudo, diva ― ele disse ― Pois é, eu preparei uma coreografia linda pra você dançar! Você vai amar!

Não amei merda nenhuma. Na primeira pirueta, eu caí como traseiro no chão. Digo, eu gosto muito de dançar. Lembra-se do Thriller? Mas não dava pra dançar com Larry, porque a) era estranho, b) ele se mexia demais e c) não havia música.

― Querido, assim não vai dar certo. ― falou Larry. ― Tente com Cali. Ela foi uma das primeiras da turma em dança, se me lembro bem.

Calipso ainda ria do meu tombo quando Larry fez a convocação. Ela parou, olhou de mim para Larry varias vezes e disse:

― Larry. Não. O nosso combinado...

― Anda, querido, ela tá doida pra dançar com você.

Fui só de provocação com Calipso. Aposto que o tal combinado era pra não dançar comigo. Ah, qual o problema dela? Quem não quer dançar comigo? Garota maluca.

― Isso, agora, querido, se aproxime dela ― Larry disse. Dei mais um passo na direção de Calipso, que parecia nervosa e vermelha.

― Ei, eu não mordo ― disse a ela, que revirou os olhos.

― Agora, Leo, querido, ponha a mão esquerda na cintura dela e segure uma mão dela com a mão direita. Calipso, ponha sua mão direita no ombro dele. ― fizemos o que ele mandou ― Agora, Leo: puxe-a um pouco mais pra perto.

Com a mão que a segurava pela cintura, puxei-a para perto. O cheiro de canela, eu percebi, emanava de seus cabelos castanhos claros. Meu coração acelerou. Não estava entendo o que estava acontecendo.

― Que química. ― comentou Larry.

― Não mesmo. ― esbravejou Calipso.

O resto da aula não poderia ter sido mais estranho.

Na quarta feira aconteceu nada menos do que uma aula instrumental. Nesta aula, eu descobri que eu posso ser considerado um grande tocador de... Triangulo.

Calipso me puxou para a sala de atividades no começo do almoço. Ela sempre agia do mesmo jeito: ignorante, ligeira e com a mesma confiança de sempre.

― Ah... ― eu comecei a falar enquanto ela me puxava pela bainha da calça ― Será que você não pode marcar um horário sem ser o do almoço para as minhas aulas? Da a impressão de que você quer eu fique mais magro.

― Sinceramente, eu não creio que isso seja possível. ― ela responde, sem olhar pra mim.

― Ai ― ponho a mão no coração de forma dramática ― Então pelo menos faça isso pra mostrar sua compaixão por mim ― tentei de novo.

― Até tentaria, Valdez, se eu realmente tivesse alguma compaixão por você. ― chegamos a porta da sala de atividades e ela me solta, pondo a mão na fechadura.

― Pois eu acho que você tem sim muita compaixão por mim, okay queridinha.

― Ah, é? ― ela se vira pra mim ― O que te faz ter esse pingo de ilusão, Leo?

Dei um passo a frente.

― Esses seus olhinhos bonitinhos e brilhantes. ― dei uma batidinha com a ponta do indicador em seu nariz. Ela sorriu e baixou a cabeça ― E acredite ― continuei ― Eu sei muito bem ler os olhos das pessoas. Até os seus.

Calipso ergue a cabeça. Seu sorriso ainda esta ali, mas agora sem mostrar os dentes.

― Como assim... Até os meus? ― ela diz.

― Ah, você sabe, flor-do-dia ― ergo as mãos e ponho-as nos ombros de Calipso, fingindo que estou limpando-os. ― Você é um pouquinho cruel, sabe. Não o tempo todo, mas na maioria das vezes.

Calipso olhou desconfiada para as mãos nos seus ombros, que decidiram que ali era um bom lugar para ficarem estacionadas. Tirei-as de lá imediatamente.

― Então é melhor você entrar logo antes que meu lado cruel aflore e eu acabe, acidentalmente, claro, voando em seu pescoço...

― E me enchendo de beijos.

― E te estrangulando ― ela empurrou o meu ombro.

― Agora eu fiquei com medo ― abri a porta ― Primeiro as damas.

― À vontade.

Larry nos esperava lá dentro dançando com fones de ouvido. As mãos pra cima, os passos largos, o murmúrio enquanto dançava, era uma cena bizarra. Sem falar que ele estava praticamente todo vestido de laranja, a não ser o tênis. Era uma Fruta Dançante, por assim dizer.

― Larry! ― chamou Calipso, enquanto segurava o riso ― Larry, chegamos.

― Ah! ― ele exclamou, olhando para nós, mas sem para de dançar ― Juntem-se a mim, queridos! Ao som de Britney.

― Tenho certeza de que amaríamos, Larry, mas infelizmente temos pouco tempo até o almoço acabar, então... ― eu disse ― Sem falar que não temos a sua ginga.

― Uuuuuu! ― ele gritou, enquanto fazia uma dança que misturava bate cabelo com samba brasileiro. Não era uma dança nada fofa. ― Ah! ― ele para de repente ― Okay, Leozinho. Hoje vamos ter uma aula de instrumentos. Eu trouxe violão, flauta e um triângulo. Vamos começar do mais fácil, que é o violão. Alguma objeção?

― Apenas uma: não me chame de Leozinho.

― Objeção negada.

― Droga.

É, já entenderam o resto, né? Sabe aquele episódio do Chaves em que o Professor Girafales ensina o Kiko a tocar violão? Pois é, acho que eu causaria um ataque cardíaco no cara. Na flauta, a única nota que eu consegui de fato fazer não existia na escala que Larry me mostrou. Já o triângulo...

― Um, dois, três, bata! ― alegrou-se Larry ― Veja a precisão, o ritmo. Olha que talento.

― Sim, com certeza. ― falou Calipso, com sarcasmo ― Quase um prodígio dos triângulos. Oh, salve Leo Valdez. Acho que vou querer um autógrafo quando a aula acabar.

― Não gosto de dar prestígios as professoras bonitas, sinto muito ― falei sem pensar, o que causou um ruborizar no rosto de Calipso. Espera, essa menina sente vergonha, Produção? (Produção: ESCUTA AQUI, MAGRELO, SE QUERIA NARRAR, ENTÃO AGORA NARRA, NÃO FICA ME CHAMANDO NÃO, MERDA!) (Leo: Ai, desculpa).

― Pois você vai ter que abrir uma exceção pra mim, querido. ― falou Larry, com o indicador pra cima ― Tá pensando o que?

Eu olhei pra Calipso, que olhou pra mim, e nós caímos na gargalhada.

Na quinta feira, quando eu pensava que nada mais de anormal poderia acontecer nestas aulas, Larry me apareceu com um violão para a aula de musica. Calipso estava rindo antes de entrar na sala.

― Leo, baby ― falou Larry, todo animado. Sua cor do dia era amarelo. ― Hoje você vai cantar!

What?!

Calipso desatou ainda mais a rir. Eu me perguntei se ele estava brincando comigo ou alguma coisa do tipo. Cantar, sério? Larry? Cantar? Soltar a voz? Fazer notas com palavras?

Sim. Leo Valdez teve que soltar a voz. Eu sei, deve ter sido incrível. E foi mesmo. Larry me pediu que escolhesse uma música. A que escolhi, por causa do violão foi Introducing me do Nick Jonas, que ele cantou no filme Camp Rock.

― Porque eu acho que a letra dessa musica é a sua cara? ― comentou Calipso.

― Porque, gata, ela é.

Larry começou o toque no violão. Calipso me olhava presunçosa, como se quisesse rir. Uma parte do meu interior dizia: dane-se se ela rir de você. Você não se importa. Mas uma outra parte mais sincera de mim, dizia: não ria de mim, por favor, só dessa vez. Vou me sentir mal se você fizer isso.

Não me pergunte que parte tímida de mim é essa.

Larry começou a tocar. Assim como tinha demostrado ontem, Larry se mostrou um ótimo violonista. Na hora que eu pensei que fosse a hora certa, eu cantei:

I'm good at wasting time,/ I think lyrics need to rhyme,/ ― Calipso manteve-se seria nos dois versos. Minha timidez sumiu. Comecei imitar o Nick no filme ― And you're not asking,/ But I'm trying to grow a mustache ― Calipso riu.

― I eat cheese,/ But only on pizza, please,/ And sometimes on a homemade quesadilla/ Otherwise it smells like feet to me/ And I, I really like it/ When the moon looks like a toenail/ And I love it when you say my name.

Ela balançava a cabeça negativamente e sorria, como se dissesse: só você mesmo. Eu não me aguentei. Me levantei de onde estava e fui até ela, que estava em pé atrás de Larry. Puxei-a pela mão e comecei a dançar de uma maneira estranha junto com ela, no ritmo da musica enquanto eu cantava. Achei que ela me faria larga-la na hora, mas ela me seguiu, com um sorriso no rosto.

If you wanna know, here it goes, gonna tell you this/ part of me that shows,/ If we're close gonna let you see,/ Everything/ But remember that you asked for it./ I'm trying to do my best to impress/ But it's easier to let you/ Take a guess at the rest/ But you wanna hear what lives in my brain,/ My heart,/ Well you asked for it/ For your perusing,/ At times confusing,/ Slightly amusing,/ Introducing Me.

Quando a musica começou a acelerar, depois dessa parte, ficou mais engraçado ainda. Eu rodava Calipso, imitava a letra da musica, nós ríamos. Foi uma das aulas mais legais.

Introducing me. ― finalizei, jogando Calipso pra trás e segurando-a por suas costas. Subi-a de volta e havia um sorriso em seu rosto.

― É um prazer ― falou ela, experimentando o humor.

Eu ri. E teria dito alguma coisa a mais se Larry não tivesse me puxado de perto dela e me abraçado de forma dramática.

― Ai, meu Deus, que coisa linda, você canta tão bem, fiquei até emocionada, Leo. ― ele falava com voz de choro ― Se você soubesse cozinhar, eu até casava com você.

Me afastei. Se ele soubesse que eu sei cozinhar...

Finalmente, chegou a sexta feira. Sinceramente, era um dos dias mais atarefados da semana pra todos. Não só com a escola, mas também com a festa do Nico que estava marcada pra hoje à noite.

Calipso me chamou no almoço de novo. Eu estava na fila, e tinha acabado de pegar a bandeja quando ela apareceu ao meu lado com as mãos pra trás.

― Você não tem mesmo compaixão, né? ― falei.

Ela abriu um sorriso.

― Só de vez em quando ― ela tirou as mãos de trás das costas, erguendo o saquinho de papel que segurava ― Talvez hoje seja seu dia de sorte.

Analisei o saquinho com os olhos e nariz.

― Bacon, pão, tomates, bife, queijo... ― abri um sorriso ― Acho que tem alguém querendo me engordar.

― Já disse que não creio que isso seja possível.

― Mas você não perde a esperança ― pego o saquinho de sua mão e a acompanho em direção ao auditório.

Quando chegamos lá, a primeira coisa que noto é um simples cenário montado. Larry nos aguardava, segurando as mascaras de comedia e tragédia, alternando as duas na frente do rosto. Quando me viu, disse:

― Leo, meu futuro marido! Hoje vamos explorar seus dotes artísticos na arte de atuar. Vamos explorar seu lado sensível, seu lado dramático, seu humor já evidente. Vamos conhece-lo de verdade.

― Ele ensaiou isso por quantos dias? ― perguntei a Calipso.

― Acho que pensou enquanto eu estava fora ― ela falou, abrindo um sorriso em seguida. Percebi que ela estava mais solta, até mais doce comigo.

― Você está bem? ― acabo perguntando.

― Porque a pergunta? ― ela ergueu a sobrancelha.

― Você está tão doce comigo que eu acho que vou consultar o meu dentista para a prevenção de caries.

― Eu não estou doce com você.

― Está sim.

― Não estou.

― Está.

― Não.

― Sem DR, meus amores. ― interrompe Larry, que apareceu magicamente ao entre nós e pôs a mão esquerda em meu ombro e a mão direita no dela. ― Vamos com calma, sei que estão em um começo de relacionamento muito difícil, então acho que devo aconselha-los...

― Começo de relacionamento? ― eu e Calipso indagamos.

― Sim, vocês não sabiam? Enfim, então eu preparei, para ensinar a Leo a arte de atuar e pra você demonstrar pra Leo o quanto é boa nisso, Calipso, eu preparei uma cena muito romântica pra vocês dois! E nem adiante negarem!

Eu olhei pra Calipso, que olhou pra mim.

― A culpa é sua ― dissemos um pro outro.

***

― Vamos, agora do começo. ― disse Larry, lá de baixo no auditório, pra mim e pra Calipso lá em cima, no palco ― E, Leo, querido: a fala é “Eu te amo” e não “Eu me amo”.

Larry, uma hora eu te esgano.

Repetimos toda a cena dramática que Larry escreveu. Eu tinha que admitir que Calipso realmente atuava bem, ao contrário de mim, que era uma pedra sem emoção. Sei disso porque imagino que Calipso nunca falaria comigo seria e doce do jeito que ela falava durante a atuação.

O final era a pior parte. Eu tinha que puxar Calipso pra perto de mim, segurar o seu rosto e dizer pra ela “Eu me amo”, digo, “Eu te amo”.

Puxei-a. Segurei seu rosto.

― Agora, Leo. ― sussurrou Larry ― Imagine que você está falando comigo ou com a garota que você gosta.

Hazel apareceu em minha mente. Eu teria facilidade de dizer isso pra ela se ela estivesse aqui no lugar de Calipso. Ate que saiu.

― Eu amo você.

Antes de tudo, eu tenho algo a culpar: a maldita cena intensa que Larry escreveu, a minha maldita falta de controle, a maldita beleza de Calipso e o maldito cheiro de canela.

Eu a beijei.

Não foi um daqueles beijos que vocês estão acostumados. E também não foi um selinho. E também não durou mais que três segundos e meio. Além disso, saiba que eu só percebi que tinha feito merda quando fui empurrado do palco ― o que não aconteceu de imediato.

Afastei o meu rosto do dela. Seus olhos estavam fechados. Minhas mãos ainda estavam em seu rosto.

― Ahhhhhh! ― era o gritinho agudo de Larry ― Fechem as cortinas, que comecem os aplausos! Meu santo Dionísio dos teatros, essa foi pra você. Perfeito. Lindo. Amei.

― Acabou Larry? ― perguntou Calipso, com calma e sem abrir os olhos.

― Aham, sim.

Então ela abriu os olhos, e sua expressão calma desapareceu como magica. Calipso tirou as minhas mãos de si, e me empurrou com força.

― Qual seu problema, Valdez?! ― ela esbravejou, andando até mim e me dando mais um empurrão. Dessa vez, o impulso foi para o lado da beira do palco... E eu caí de bunda no chão. A sorte, era que o palco era apenas há um metro e meio do chão.

― Au! ― reclamei.

― Cali, o que é isso?

Calipso não respondeu. Ela andou até a lateral do palco e saiu pelos bastidores. Ignorando a dor, levantei-me e fui atrás dela. Quando a alcancei, ela já estava no corredor da escola.

― Calipso, ei, por favor, me espera! Eu preciso falar com você. ― eu gritei, três metros atrás dela. Ela não parava. ― Ei, Calipso. ME DESCULPA!

Ela parou. Consegui acompanha-la, mas ela não se virava pra mim. Seus braços estavam cruzados. Seu cabelo, antes preso, agora caia pelos ombros.

― Eu... A culpa foi toda do Larry. Ele me colocou nessa cena e eu... ― comecei a explicar, mas ela me interrompeu.

― A culpa foi do Larry? Como a culpa pode ser do Larry, Valdez? O Larry te empurrou ou alguma coisa do tipo? Pelo que eu me lembre, ele não mencionou nada sobre beijo nenhum. Foi uma atitude totalmente sua.

― Não foi isso que eu quis dizer ― falei ― É que ele me pediu que pensasse em uma garota que eu gostasse e, com aquele momento, eu acabei...

― Ah, então você me beijou por ilusionou que eu era uma outra garota, uma garota que você gosta? ― ela finalmente virou-se de frente pra mim. ― Você acha isso normal? Ou será que é assim que você faz com suas garotas por ai? Ilusiona que está beijando uma só pra beija-la?

― Não foi o que eu... Ah, mas que droga! ― eu soquei o ar ― Olha, me desculpa. Foi um impulso. Foi... Um eu idiota que não sabia o que estava fazendo, mas resolveu fazer, e agora está te pedindo desculpas. Por favor. ― juntei as mãos em sinal de suplica.

Calipso parecia ponderar.

― Como é o nome da garota?

― O que? ― perguntei.

― O nome da garota que você pensou. Como é o nome dela?

― Pra que você...

― Só me diga o nome dela.

― Não. ― decidi.

― Tá bem. Tenha um infeliz final de semana, Valdez. E boa sorte com seu problema com o diretor.

Assim, ela saiu andando no lado do auditório, provavelmente indo falar pra Larry ir embora, porque eu não teria mais aula hoje. Nem semana que vem. E nem nunca mais.


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Notas finais do capítulo

É, eu sei. Muita confusão. Muita DR. MAS EU AMO ISSO rsrsrsrsrsrs’
Quero deixar bem claro que o próximo capitulo será o começo de uma festa decisiva na relação a um dos casais aqui presentes nesta fic. Não vou dizer quem é. Não vou dar pitas. E nada de nada. Porque eu sou mal. E fim.
Porem não.
Bom, sei que devem estar achando que eu estou enrolando demais com Percabeth e tal e coisa, mas não. Eles ainda tem muitas tretas pra se enrolar. Aqui mesmo, eu declaro:
PERCABETH SERÁ O ULTIMO CASAL A FICAR REALMENTE JUNTO NESSA FIC!
Agora podem começar a querer tacar pedra em mim!
MENTIRA, MENTIRA, É TUDO MENTIRA! NÃO ACREDIEM EM MIM! SERIO, NÃO SEI O QUE EU DIGO!
Ou talvez saiba.
Bom, gente, é isso. Não se esqueçam de comentar, okay? Eu estou louca que chegue as férias pra eu adiantar a fic todinha, mas infelizmente, as minhas férias vão ser muito curtas. Mas eu vou fazer de tudo pra conseguirmos terminar essa fic logo. É o que vocês querem?
Espero que tenham gostado!
E que não me deixem.
Beijos da Naty ♥