As Marotas IV escrita por Laura Dias


Capítulo 4
Capítulo 4 - Descobertas Paralelas


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, voltei (:
Queria ter postado antes, porém, o nyah entrou em manutenção! Estava contando os dias para acabar a manutenção e eu poder postar. Bem, esse capítulo estava pronto desde semana passada, e tem outro pronto só que eu vou fazer um mistério e postar apenas daqui a uns dias kkkk. Ah, queria agradecer a Aninha111 e a Myla Oliveira pelas recomendações, sério fiquei muito emocionada, obrigada ♥ Quem quiser recomendar também, fiquem à vontade (: rs. Então, minha prova tá chegando, aquela para eu entrar num colégio, é dia 30 e dia 1, estou com medo e tenho que estudar, talvez eu demore para postar e tudo mais. Peço perdão, mas eu quero muito passar. Tenho simulado dia 23 e 24 também, desculpa. Ah, e última coisa, eu só queria dizer que eu tenho as melhores leitoras/leitores do mundo, amo vcs ♥



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Adam estava sentado no hall do caldeirão furado. Embora as companhias não fossem tão agradáveis, ele continuava sentado numa cadeira com pergaminhos e livros em cima da mesa. Uma bruxa ao lado conversava com um bruxo sobre as vezes que ela já explodira caldeirões em Hogwarts, estava segurando um copo grande de uísque de fogo e ria escandalosamente; um garotinho estava no chão mexendo em algo que achara enquanto seu pai tentava pegar o chapéu que sua filha mais velha estava fazendo flutuar perto do teto, ele se esforçava e a garota dava risadas.
Adam colocou o objeto que sua mãe lhe dera em cima da mesa e começou à analizá-lo. Era uma espécie de medalhão. Bem, parecia que ele se abria mas o garoto ainda não conseguira fazer isso. Tentou usar a força, o jeito e até a lógica. Mas o medalhão não se abria. Não era um objeto muito bonito, era feito de um prata envelhecido com uma pedra grande vermelha. "Talvez abra em um momento mais certo" pensou ele "Isso deve ser mágico!". Havia contado para Nick e Trevor sobre a confusão que sua mãe e seu pai causaram quando chegaram e sobre o medalhão. Trevor lamentou-se por não estar presente para ver a cena.
A verdade era que o jovem Walker não via uma razão para ter aquele medalhão. Ele lhe seria útil para que? Quando um Comensal o atacasse ele jogaria o medalhão nele e sairia correndo? Ele deveria ter um significado que fosse mais do que força, arma ou truque. Adam largou o medalhão de lado e começou a folhear os livros tentando achar um jeito de abrir o medalhão. "Eu não vou ter paciência para esperar isso querer se abrir" resmungou em voz baixa.
― Falando sozinho? ― perguntou uma voz perto dele.
Adam ergueu os olhos e fechou a cara quando viu quem era. Era um garoto de olhos azuis profundos e cabelos loiros espetados. Luke Edwards. Parecia simpático demais para um Sonserino. "Isso é preconceito" sussurrou a consciência de Adam mas, ele não dava ouvidos nem aos seus pais direito, ouviria sua consciência? Bom, deveria.
― Não é da sua conta ― ele retrucou bufando e voltando sua atenção aos livros.
― Gostei da sua simpatia ― Luke disse com ironia ― Ah, olá ― ele saudou para a garota que apareceu nas escadas. Era Isabelle. Ela sorriu, virou as costas e subiu de novo ― Vocês são muito educados, fico impressionado.
― Se não gostou, não precisa ficar aqui! ― cortou Adam ― Aliás, que diabos você está fazendo aqui? ― ele ergueu os olhos mais uma vez.
― Vou ficar aqui até o dia de pegar o expresso ― Luke respondeu olhando para todos os lados do hall ― Não que seja da sua conta, mas geralmente eu respondo o que me perguntam.
― Ótimo ― resmungou Adam olhando para seus livros novamente.
Outra pessoa surgiu na escada. Dessa vez era Madison. Ela sorriu quando viu Luke. Correu até ele e o abraçou. Adam apenas olhou e não disse nada. Fingiu estar lendo o livro mas, estava prestando a atenção em tudo. "Grifinórios com Sonserinos. Deveria ser proibido" pensou.
― Isabelle me disse que você estava aqui ― Madison disse quando se separou de Luke ― Bem, fiquei surpresa. Peter disse quando chegamos aqui que você iria ficar na casa de Bryan antes de regressarmos à Hogwarts.
― Bem, eu deveria ter ido mas não fui ― ele contou ― Meus pais queriam viajar e ficariam fora por muito tempo. Iriam voltar só em Outubro, portanto, não pude ir com eles por causa das aulas. Não lamento ― ele riu ― O pior foi que eles combinaram com o Sr. e a Sra. Adams de me deixarem lá. Eu realmente não queria ficar as férias toda escutando Bryan falar de si mesmo e das superioridades da Sonserina, tampouco de escutar ele falando as vantagens de ser um Adams. Então eu disse à eles que iria para casa da minha vó em outra cidade. Minha vó está morta, mas eles não prestam muita atenção nos detalhes.
― Parece que suas férias seriam mais emocionantes se você ficasse com Bryan ― brincou Madison rindo ― Imagine vocês falando de suas qualidades, falando o quanto são especiais e como todas as garotas de Hogwarts deveriam estar aos seus pés.
― Ainda sim minhas férias seriam piores do que a sua ― Luke falou ― Soube que você quase foi morta. Isso sim é algo emocionante.
― Eu quase ser morta é emocionante? Ora, Luke, eu já estou acostumada com isso! ― ela respondeu dando um sorriso ― Vem comigo, vou te levar até o quarto do Peter. Ele está sozinho, vocês vão poder dividir o quarto.
Luke assentiu e seguiu Madison escadas acima. Adam fechou o livro que estava na mão, juntou os pergaminhos, guardou o medalhão no bolso do jeans e subiu para o seu quarto. Trevor e Safira estavam sentados no chão do corredor com um livro no colo dela. Dava para ver imagens de unicórnios, testrálios e outros animais mágicos. Ela contava pacientemente para Trevor sobre o perigo de cada uma delas e as qualidades também.
Adam entrou no quarto e Nicholas estava sentado na cama perto da janela, haviam vários frascos de poções sobre sua cama e ele estava etiquetando cada uma. Não era lição de casa, era um favor que ele estava fazendo para Megan. Houve um acidente no escritório da Floreios e Fluídos, um bruxo queria uma poção revigorante porém, tomou uma poção errada. Bom, nada que não pudesse ser revertido ou causado danos permanentes. Mas, ele ficou com o rosto parecendo um tomate. Ninguém conseguia se concentrar com ele andando pelos corredores, todos acabavam rindo. Então, Megan pediu Nick para etiquetar as poções para que ninguém cometesse erro novamente. Ele estava com uma espécie de tabela para saber identificar cada um dos frascos.
― Quantas faltam? ― perguntou Adam tentando animá-lo.
― Vinte ― Nick respondeu sem muito entusiasmo enquanto pregava uma etiqueta num frasco que continha um líquido azul ― Já conseguiu abrir o seu medalhão ou seja lá o que isso seja?
― É um medalhão mesmo ― Adam respondeu ― E não, não consegui abrir. Acho que ele só vai se abrir quando bem, for pra ele abrir. É um objeto mágico, antes de tudo ele meio que tem vontade própria.
― Torça para esse medalhão não ser temperamental e tentar de enforcar quando você estiver dormindo ― Nick brincou etiquetando outra poção, dessa vez continha um líquido verde.
― Não seja idiota ― retrucou Adam tirando o medalhão do bolso e olhando para ele. Parecia emitir uma luz vermelha fraca ― Mas, só para garantir, isso vai ficar bem longe do meu pescoço ― ele abriu a gaveta e colocou o medalhão lá, depois fechou.
― Acabei ― comemorou Nick com um sorriso no rosto ― Agora é só jogar nesse saco ― ele abriu o saco e colocou todos os frascos que estavam em sua cima dentro dele ― Agora, descansar!
― Luke está ai ― Adam comentou deitando na cama e olhando para o teto.
― O quê? ― Nicholas olhou para ele torcendo para que o amigo estivesse brincando. Mas ele não estava ― E onde está Madison?
― Com ele ― respondeu Adam despreocupadamente ― Foi levá-lo ao quarto onde o Peter está para ele ficar lá. Ele vai passar as férias aqui também. Os pais dele viajaram ou algo assim. Tanto faz, eu não me importo.
― Eu me importo ― argumentou Nick ― Ele estava dando em cima da minha irmã!
― Você nunca vai deixar ninguém chegar perto da sua irmã? ― Adam perguntou olhando para Nick.
― Se isso depender de mim, nunca deixarei ― ele respondeu ― Você está defendendo Luke?
― Não ― respondeu Adam imediatamente ― É só que, você está gostando de Marabella, o que você diria se o irmão dela proíbisse você de falar com ela?
― Isso é diferente ― Nick respondeu pensativo ― E ela é filha única!
― Foi um exemplo! E Você é quem sabe ― Adam deu de ombros ― Mas, continua mantendo ele longe dela, está fazendo um bom trabalho ― ambos riram ― Falando em Marabella, como ela está?
― Está viajando ― ele respondeu ― Ah, ela está bem. A última carta que recebi dela foi antes de você e Madison serem atacados. Chamei ela pra ir à Hogsmeade comigo, ela disse que iria.
― Está falando como um bobo apaixonado ― resmungou Adam.
― Talvez se você gostasse de alguém você entenderia ― rebateu Nick.
― Nunca irei entender ― Adam retrucou e virou de lado ― Bom, vou dormir. Não precisa me acordar para o almoço. Vou só jantar.
― Está pensando o quê? Eu vou dormir também ― Nick falou e Adam riu.
***
Emma estava no seu quarto com um livro em seu colo entretanto, não estava lendo. Estava perdida em seus pensamentos. Às vezes se pegava pensando em como sua vida havia dado uma reviravolta impressionante. Quando tinha onze anos estava feliz por estar indo para Hogwarts, estava feliz por ser uma bruxa e tudo mais. Sua mãe a motivava e seu pai era feliz. Ela fez amizade com três garotas incríveis e no trajeto para Hogwarts começaram as confusões. Dois garotos jogaram bombas de bosta na cabine em que as quatro estavam. A disputa de Malfeitores e Marotas tornou o ano interessante. As disputas ainda faziam os anos interessantes.
O segundo ano já foi mais complicado. Seus pais enfrentando uma separação porque Tânia acreditava que Felipe ainda era apaixonado por Megan, a mãe de Madison. De fato, ela tinha um pouco de razão. Com doze anos ela foi com suas amigas descobrir sobre o Aniversário de Hogwarts e foi maravilhoso embora o perigo. Descobriu que tinha qualidades para pertencer à Lufa-Lufa.
O terceiro ano bateu recorde de reviravolta. Sua mãe foi morta por Comensais no Beco Diagonal na sua frente, e devido à isso agora via testrálios. Virara amiga de um Sonserino, o que seu pai achava completamente inaceitável amizade de Grifinórios e Sonserinos, até porque a maioria dos Comensais pertenceram à Sonserina e eles eram culpados da morte de Tânia. Encontrava-se com Peter em segredo absoluto, escondia até de suas amigas, para entregar livros à ele. Bryan, o garoto mais influente da Sonserina, dizia que Sonserinos não precisavam ler. Dizia que leitura era sinal de fraqueza. Peter então, lia escondido.
A situação piorou no final do ano passado. Mais precisamente no Natal. Peter chegara perto dela no jardim da Toca e eles haviam conversado sobre planos para o futuro e ele fora tão... amável. Sim, um garoto sonserino foi amável. Emma se viu apaixonada por ele. Por Merlin, como isso era errado. Seu pai nunca iria perdoá-la. Ia contra tudo que sua mãe dizia. Scorpius e Rose lutaram contra isso, mas um Comensal nunca matara a mãe de um deles e embora as famílias fossem rivais, aceitaram os sentimentos de ambos. Emma não sabia dizer se teria a mesma sorte.
Ela estava indo longe demais. Pensava no que seu pai diria se soubesse que ela e Peter estavam juntos mas, Peter nunca gostaria dela. Nunca. Emma era apenas amiga das primas e da irmã dele, uma Grifinória que tinha muitos livros que ele pedia emprestado. Era improvável demais.
Alguém bateu na porta e tirou Emma dos seus devaneios. "Pode entrar" gritou e fechou o livro que estava no seu colo parado numa página por minutos. Foi Peter quem entrou. Emma quase engasgou com a própria saliva. Era bem estranho que ela estivesse pensando nele agora e ele aparecessse no quarto dela.
― Eu vim devolver o último livro que você me emprestou ― ele sorriu. Os olhos verdes brilhando e os cabelos loiros estavam atrapalhados ― Você tem outro que eu ainda não li?
― Hum ― Emma olhou para o seu malão aberto no pé da sua cama e observou seus livros ― Não. Você já leu todos que eu tenho. Exceto o que eu estou lendo agora ― ela virou a capa para ele ver.
― Nossa ― ele sorriu ― Nunca imaginei que eu leria todos esses livros, obrigado ― ele caminhou até o pé da cama de Emma e colocou o livro no malão dela ― Quando você acabar esse, você poderia me emprestar, estou aceitando ― disse um ar convencido.
― Eu ainda nem comecei a ler ― argumentou ela dando um sorriso.
― Ótimo, vou ler com você então ― ele se sentou ao lado dela na cama e Emma ficou olhando para ele ― O quê, não posso? Você está recusando a minha companhia?
― Não, você pode sim ― Emma respondeu rápido ― E não estou recusando a sua companhia ― Peter murmurou: "Ninguém resiste à companhia de Peter Malfoy" ― Mas, em Hogwarts você não vai querer ler? Como faremos para você ler? Meus feitiços para duplicar objetos não são muito bons ― os dois riram.
― Emma Phelps é ruim em um feitiço? Achei que fosse impossível ― Peter brincou ― Podemos fazer como estávamos fazendo, ou quase isso. Combinamos de nos encontrar à noite na biblioteca, longe da bibliotecária, é claro. Assim vamos poder ler o livro juntos.
A palavra "juntos" soou estranha para Emma. Por um lado ela sentiu uma pontada de esperança e por outro lado ela sentiu medo de ser descoberta pelo seu pai. Ele era professor de Defesa Contra a Arte das Trevas e poderia muito bem chegar à biblioteca para um passeio noturno e ver a filha com um Malfoy da Sonserina. Não seria uma conversa agradável. Mas, por enquanto, aquilo não importava.
― Tudo bem ― Emma concordou dando de ombros.
― Vamos para o primeiro capítulo ― Peter disse e Emma abriu o livro.


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Notas finais do capítulo

Gente, o capítulo ficou com uma configuração diferente e creio que vocês (e eu) terão de se acostumar com ela. Porque o nyah mudou e etc, mas acho que não fica ruim para ler... só acostumar mesmo (: