As Marotas IV escrita por Laura Dias


Capítulo 33
Capítulo 33 - Irmãos contra Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, sei que demorei, peço perdão. Estou estudando e minha semana de provas começa, além do mais tenho prova de inglês e etc. Esse capítulo a ideia pode parecer extremamente ridícula mas as vezes os planos simples funcionam melhor do que outros muito bem elaborados. Enfim, fic na reta final e eu queria avisar que já tenho dois capítulos prontos para a próxima, beijinhos, leiam, comentem e me digam o que acharam.



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Havia se passado uma semana do ocorrido. Madison estava acabando de reunir tudo que iria precisar para colocar em prática o plano dos Malfeitores para retardar os Comensais. Ela estava com uma mochila em cima da cama enquanto a enchia de comida, bebida e bombinhas reservas. Estava parecendo que iria acampar mas como ela preferia que fosse apenas isso. Arthur havia conseguido pegar a carta assim que ela chegara na casa dos Potter. Na carta dizia que o avanço dos Comensais se daria daqui a mais ou menos quinze dias.

O plano de Adam era muito simples mas que dada a situação de elemento surpresa se tornaria um plano genial. Primeiro, iriam jogar o pó escurecedor instântaneo do Peru e depois jogar bombinhas para dispersar os comensais e Madison com sua capa de invisilibadade iria tentar capturar a máxima quantidade varinhas que conseguisse seja das mãos dos homens negros ou mesmo no chão.

― E se tudo de errado? ― Isabelle perguntou enquanto também arrumava sua mochila.

― Nós estamos muito encrencadas ― Madison respondeu.

― Não seja tão positiva, se tudo der errado, vamos estar mortas ― respondeu Emma.

Todas ficaram em silêncio enquanto arrumavam suas coisas. Escolheram um dia muito favorável, dia do passeio à Hogsmeade. Sairiam do castelo com a desculpa de que iriam para Hogsmeade e voavam em vassouras até Hestawg para colocarem o plano em prática. Emma estava muito rabugenta esses dias já que seu pai havia desaparecido aparentemente sem motivos. Ela poderia voltar a falar com Peter mas não quis, era como se Emma estivesse culpando-o. A verdade era que ela pensava que seu pai havia ido embora por ela querer ficar com um ascendente a comensal, estava se sentindo péssima. Madison se sentia culpada por não contar a verdade mas Emma ficaria pior se soubesse de tudo.

― Como chegaremos lá? ― perguntou Safira

― Voando ― respondeu Isabelle.

― Mas eu não vôo! ― argumentou a loira

― Mas hoje você irá voar! ― disse Madison com autoridade.

― Mad, eu preciso perguntar, você acha que dará certo esse plano? ― perguntou Emma abaixando a guarda por um momento ― Quero dizer, eles estão em maior número, são mais experientes e são malignos. Você acha mesmo que temos chance?

― Claro que acho! Não estaria indo em frente com esse plano se não tivéssemos chance, seria suicídio ― Madison explicou ― Olhe, os garotos explicaram bem a ideia do plano. Quando pegarmos as varinhas que conseguirmos, provavelmente boa parte dos Comensais ficarão sem elas e assim não poderão prosseguir com o ataque. E eles não podem simplesmente entrarem numa loja de varinhas para comprar uma quantidade tão grande, iria levantar suspeitas e como eles estão um pouco indefesos, seria pior. E eles não estão agindo pesado, não estão afim de se expor para valer. Se quisessem mesmo se expor, atacariam Hogsmeade ou o Beco Diagonal. Eles só estão demonstrando que não estão sem fazer nada. Acho que isso nos dá sossego pelo menos até o fim do torneio.

― Está com medo que eles tentem alguma coisa na última prova, não está? ― Emma perguntou e Madison assentiu ― Sabia que estaria. Mas fique tranquila, se você acha que temos chances então faremos de tudo para dar certo. Meu pai não falou nada com você sobre esse desaparecimento dele?

― Ele só disse que precisava de um tempo sozinho. Disse para você ficar na casa de sua avó nas férias, ou se você preferir, pode ficar na minha ― Madison respondeu.

― Não me sentiria bem convivendo na mesma casa que sua mãe, você entende não é? ― Emma disse e Madison concordou ― Vou ficar com minha avó, ela se sente meio solitária mesmo. Mas obrigada pelo convite. Voltando ao assunto do plano, quando iremos para Hestawg?

― Depois do café ― disse Madison ― E temos que lembrar de retornar às seis da tarde porque é a hora que todos os alunos devem voltar do passeio à Hogsmeade.

No café, até Isabelle comeu pouco, a tensão era enorme. Madison repassou seu plano mais uma vez na cabeça enquanto ela e as garotas andavam para Hogsmeade. Adam e os garotos foram andando ao lado delas e Trevor e Safira entrelaçaram seus dedos. Assim que chegaram no centro do povoado, procuraram um lugar afastado para começar o plano. Todos convocaram as respectivas vassouras com um feitiço accio e ficou decidido que Emma iria voar com Isabelle e Safira, como todos já imaginavam, voaria com Trevor.

― Precisamos repassar o plano? ― perguntou Adam sério.

― Não, nós entendemos ― respondeu Madison com o mesmo ar de seriedade ― Então, vamos?

― Madison, você está pronta para isso? Você é quem vai ficar sob a capa de invisibilidade. Sabe que eu me preocupo com você, você é minha irmãzinha ― Nicholas disse pegando as mãos da irmã.

― Mas eu nasci primeiro que você ― Madison disse rindo e Nicholas concordou ― Em compensação, você vai ficar maior que eu, então você poderá me chamar de irmãzinha. Mas é claro que eu estou pronta, eu adoro uma aventura, lembre-se disso.

Quando todos montaram nas vassouras, respiraram fundo e contaram até três para voarem. O vento frio batia no rosto de Madison e fazia cócegas e ela quase pôde aproveitar o pequeno passeio. Ficou ziguezagueando e se divertindo enquanto podia. O vento era tão gélido que já estava molhando suas roupas e seus cabelos. Pequenas gotículas de água ficavam presas em seus cílios e em suas sobrancelhas. Adam anunciou que Hestawg estava se aproximando, eles pousaram e deixaram as vassouras apoiadas numa árvore.

Madison pegou uma barrinha de cereal que trouxera e comeu por inteiro. Isabelle comeu duas e o resto cada um, comeram uma. Também dividiram algumas garrafas de água, que estavam doendo a garganta de tão gelada que estava.

― Vamos colocar em prática o plano, então? ― Trevor falou.

― Sim ― Madison disse respirando fundo.

Eles começaram a andar no meio das árvores e pisavam com cautela no mato. Madison olhava para aquele mato verde e lembrava da ninfa que tentara capturá-la junto com Adam. Sentiu um arrepio percorrer seu corpo mas procurou ignorá-lo. Adam fez sinal para que todos parassem quando escutaram um barulho de conversas e risadas. Ele se atreveu a ir um pouco adiante para verificar tudo.

― Eles montaram um acampamento ― avisou quando retornou.

― E quantos são? ― Emma quis saber.

― Não sei direito. Menos de quarenta, posso ter certeza ― respondeu ― Acho que podemos capturar umas, no mínimo, dezoito varinhas.

― Conte sobre como eles são ― Madison pediu.

― Bem, parecem estar muito dispostos a matar quem entrar no caminho deles ― Adam falou e Isabelle suspirou ― Eles tem um líder, pelo que pude perceber. Ele fica isolado de todos e os outros parecem tratá-lo com formalidade.

― Certo. Quando vamos atacar? ― Safira perguntou animada.

― Agora ― respondeu Adam ― Por quê esperar? Não temos tanto tempo e temos que contar que alguma coisa pode dar errado.

― Alguma coisa vai dar errado, sempre dá ― Emma suspirou.

― Olhe, saia daqui você e sua negatividade ― Isabelle resmungou.

― Vamos, pegue a capa ― Adam disse para Madison e ela pegou ― Me dê.

― Não, o combinado era que eu iria!

― Nós vamos porque você pode não dar conta de recolher o maior número até o efeito do pó passar. Quatro mãos são melhores do que duas.

― Ele tem razão ― concordou Isabelle

― Cale a boca ― ralhou Madison mas ela aceitou.

Emma pegou o pó escurecedor instântaneo do Peru e caminhou para frente. Parou atrás de uma árvore, visualizou os comensais e atirou a pedra negra para cima. De repente a atmosfera se cobriu com uma fumaça negra e espessa. Ela se sentou no chão para não arriscar sair andando e esbarrar com um dos inimigos ou até com Adam e Madison sob a capa de invisibilidade. Isabelle soltou as bombinhas e a escutou explodir e alguns dos comensais gritarem de surpresa.

Adam e Madison estavam mais próximos do que ela realmente queria mas a capa era pequena e eles tinham que se manter escondido. Debaixo da capa Adam iluminou a ponta de sua varinha com o feitiço Lumus e os dois avançaram para dentro da fumaça. Escutavam os comensais reclamando e perguntando o que estava havendo enquanto tateavam o chão em busca de varinhas. Madison pegou três que estavam no chão e Adam começou a tarefa de tentar tirar algumas dos bolsos deles com cuiado. Logo eles estavam com dez varinhas em mãos e o mínimo estipulado era dezoito, precisavam pegar mais oito. A fumaça estava ficando um pouco mais clara quando os dois entraram em uma das cabanas armadas.

A cabana era enfeitiçada, tinha camas, uma espécie de cozinha e uma grande mesa com mapas abertos, poções e pergaminhos velhos. Mas nessa mesa também estavam dez varinhas enfileiradas, como se fossem varinhas para serem testadas para uso ou eram reservas. Os dois se aproximaram e viram um papel pendurado em uma das varinhas que dizia: "Stiles Pentres: reserva". Madison pegou as dez varinhas enfileiradas com cuidado e jogou dentro de uma bolsa que Adam segurava. Tinham vinte varinhas mas não pareciam o bastante.

Saíram novamente da cabana e a fumaça que antes era negra já estava cinzenta. Madison viu um dos comensais usar o feitiço lumus e logo no meio da fumaça estavam várias bolinhas prateadas brilhantes.

― Tenho uma ideia, mas é loucura ― Adam sussurrou.

― Tudo isso é loucura, mas continue ― Madison respondeu.

― Vamos tirar as varinhas das mãos deles

― Você bateu a cabeça? Os que estiverem com varinhas, quando alertados, vão disparar contra nós! Se você quer cometer suicídio, se jogue da torre de astronomia, não faça isso!

― Essas dez varinhas que pegamos podem ser varinhas reservas e além do mais, eles vão disparar contra o quê? Estamos invisiveis.

― Certo, mas se eu morrer, eu mato você!

Os dois respiraram fundo e foram passando com cuidado no meio dos comensais. Madison tirou a mão de debaixo da capa com cuidado e quando os dois começaram a andar rápido, ela foi arrancando as varinhas das mãos dos comensais que via pela frente. Assim que as pegava sussurrava "Nox", mas eram poucas as varinhas que obedeciam. Escutavam os comensais praguejarem e alertarem uns aos outros. Madison colocou as varinhas na bolsa e Adam anunciou que tinham trinta varinhas, sendo dez delas, reservas.

Quando estavam prestes a sair do acampamento, a fumaça se dissipou completamente. Adam forçou Madison a parar porque eles estavam fazendo muito barulho e sem o trunfo do "escuro", isso era arriscado. Os dois encararam um homem de olhos cinzentos amedrontadores que trajava uma veste negra. Adam sussurrou que ele parecia ser o líder de todos. O homem dos olhos cinzentos ergueu a varinha e apontou para um dos comensais.

― O que está acontecendo?

― Nossas varinhas foram tiradas das nossas mãos! ― argumentou o comensal ― Estavamos segurando-as e de repente se foram. Foi um ataque.

― Se fosse um ataque, seria algo mais nocivo não essa pegadinha de criança. Isso é coisa daquela Potter e sua gangue. Os que foram espertos o suficiente para segurar a varinha, façam uma busca, eles não devem ter ido longe ― pronunciou e os que ainda tinham varinhas assentiram e sumiram na floresta.

― Ele me lembra alguém ― Madison sussurrou

― Fica quieta, isso não é hora ― Adam sussurrou de volta.

― Haver, ele me lembra Jason Haver ― ela concluiu

― Como seu irmão não avisou que eles não estavam no castelo? ― perguntou um dos comensais. Ele tinha os cabelos castanhos e olhos da mesma cor ― Pensei que ele estivesse do nosso lado, que pudéssemos confiar nele para espionar Hogwarts.

― Jason me avisou que hoje seria passeio à Hogsmeade. Eu estava ciente que poderia acontecer alguma coisa mas não achei que eles fossem tão idiotas ao ponto de tentarem realmente alguma coisa ― respondeu o homem ― É claro que ele está do nosso lado, Jason não é como Felipe Phelps que se arrepende do que fez e fica com medo de ser descoberto pelo Ministério. Jason odeia aqueles alunos, principalmente os da Grifinória, ele trabalha para nós porque quer, não está sobre ameaças.

― Haver é um espião e esse cara é irmão dele ― Madison disse se segurando para não gritar.

― Precisamos ir, precisamos encontrar o pessoal e sair daqui antes que aqueles comensais nos achem ― Adam disse e cautelosamente eles sairam andando com cuidado para não esbarrar no homem de olhos cinzas ou nos outros comensais.


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