Após a ''Esperança'' escrita por HungerGames


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

..''como sempre o mundo lá fora parece suspenso e parado e a única coisa que nos importa somos dois juntos''...



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O resto do dia se passa assim, nós dois juntos. Nós conversamos, rimos e matamos o desejo um do outro, mas isso nunca parece ter fim. A noite chega e ainda abraçados um no outro nós pegamos no sono.
Quando eu abro meus olhos, o sol já está tentando invadir o quarto embora a cortina esteja bloqueando grande parte dele, olho para o lado e Peeta está dormindo tranquilamente, seu rosto próximo demais do meu, de modo que eu tenho que me afastar um pouco para poder olhar melhor pra ele e é incrível como eu nunca me canso de olhá-lo e como ele sempre parece mais bonito a cada vez que eu olho pra ele, seu rosto está relaxado e o sorriso que aparece no meu rosto é só uma pequena demonstração do meu humor hoje, ele se mexe colocando a perna por cima da minha o que me faz sorrir mais uma vez, eu espero ele parar e lentamente eu tento sair da cama, mesmo com uma certa dificuldade e me dedicando alguns minutos pra isso eu finalmente consigo sair da cama, coloco novamente a blusa dele e paro ao lado da cama, ele se mexe novamente e eu tenho que me concentrar quando ele se vira com a barriga pra cima me dando uma visão privilegiada do corpo dele, eu balanço a cabeça tentando me livrar dessa distração e puxo o lençol para cima dele, vou até o banheiro lavo meu rosto, escovo os dentes e saio, ele continua dormindo tranquilamente então eu saio do quarto na ponta dos pés, fecho a porta com cuidado e desço as escadas, quando chego na sala eu paro olhando ao redor e eu realmente senti falta da minha casa, eu respiro fundo olhando ao redor e me sinto mais confortável do que qualquer outra vez que estive aqui, eu sinto que agora as coisas estão no lugar certo e que eu posso de alguma forma ser feliz mesmo com tudo que aconteceu antes. Eu vou até a cozinha, abrindo o armário e percebo que Greasy andou fazendo compras por que tem de tudo aqui, penso se isso não é mais uma das coisas do Peeta e não me surpreenderia se ele também tivesse algo a ver com isso, eu sorrio me lembrando de como ele sempre pensa em tudo, então eu decido que pelo menos dessa vez eu quero fazer algo e começo a preparar o café da manhã, não que eu tenha muita prática nisso mas acho que eu consigo fazer isso. Eu preparo alguns sanduiches com queijo, pego alguns biscoitos caseiros que Greasy deve ter deixado prontos e coloco em um prato, tem suco de uva e algumas frutas também, acendo o fogo pra poder colocar alguns dos pães de queijo que ainda tinham aqui e enquanto eu estou concentrada nisso, os braços do Peeta em volta da minha cintura me surpreende quase me fazendo deixar cair os pães no fogo.
– Peeta! – eu reclamo mas sem muita irritação na voz.
– Bom dia! – ele fala sussurrando com os lábios se encostando na minha orelha, eu sinto um arrepio novamente no meu corpo.
– Peeta – eu falo dessa vez com um sorriso no rosto e ele desce os lábios pelo caminho da minha orelha pelo meu pescoço, eu tento me esquivar dele mas ele continua me prendendo com seus braços.
– Eu to tentando fazer o café, você pode me dar licença – eu falo me virando pra ele, ele me olha sorrindo.
– Eu to tentando te dar bom dia, você pode me dar licença – ele fala ironicamente com um sorriso no rosto.
– Você já deu! Você disse ‘’Bom dia’’! – eu falo enquanto reviro os olhos.
– Não esse ‘’Bom dia’’! – ele fala dando de ombros – Esse ‘’Bom dia’’! – ele fala com a voz sedutora, me olhando intensamente, enquanto suas mãos seguram minha cintura me colando nele enquanto os lábios dele se aproximam novamente do meu pescoço, dessa vez subindo pelo caminho em direção a minha boca, ele encosta os lábios no meu, me olhando intensamente e a gente se beija, conforme o beijo segue ele me encosta no armário e aumenta a intensidade do beijo, meus braços em volta do pescoço dele e meus dedos entrelaçados no cabelo dele, quando ele afasta nossos lábios os dois estão sorrindo.
– É, foi por uma boa causa! – eu falo ainda sorrindo e ele também está rindo.
– E o que nós temos aqui – ele pergunta se afastando e olhando o que eu estava fazendo.
– Bom, não é nada tão grandioso mas alguém me atrapalhou também! – eu aviso pegando os pães e colocando na mesa.
– Parece bom! – ele fala enquanto puxa uma cadeira, nós nos sentamos e começamos a tomar o café.
– Você não vai mesmo pra padaria hoje ? – eu pergunto enquanto nós estamos terminando de comer.
– Não! – ele fala negando com a cabeça – Por que você já está me expulsando? – ele fala fingindo uma cara de magoado.
– Ainda não! – eu falo fingindo indiferença – Mas eu estava me lembrando que você me deve algo – eu falo encarando ele.
– O quê? – ele pergunta curioso.
– Você disse que se eu pintasse uma tela naquele dia, você iria caçar – eu falo dando de ombros e encarando ele.
– Eu não me lembro disso! – ele fala com cara de pensativo enquanto bebe um pouco do suco.
– Eu me lembro e me lembro muito bem! – eu falo com ironia.
– Pensando melhor eu acho que vou pra padaria sim! – ele fala reconsiderando.
Eu nego com a cabeça sorrindo e me levanto – Ah não, não vai mesmo! Você vai pagar sua parte no acordo! – eu falo estendendo a mão pra ele, ele também se levanta segurando a minha mão.
– É sério? – ele pergunta já em pé de frente pra mim.
– Bom, nós precisamos do nosso almoço! – eu falo dando de ombros.
– Ok, vamos lá! – ele concorda com a voz decidida. Quando eu estava passando por ele pra me arrumar, ele me puxa pelo braço me fazendo parar.
– Eu já ia esquecendo de falar o quanto você fica bem assim! – ele fala sorrindo de frente pra mim e esticando a blusa dele que eu estou.
– É, eu acho que você já disse isso ontem! – eu falo sorrindo com as mãos no braço dele.
– Mas é que você realmente fica muito bem assim – ele fala aproximando o rosto de mim e sua mão começa a subir a blusa, mas eu seguro a mão dele parando, ele solta um riso – E se a gente deixasse essa coisa do acordo pra depois! – ele fala passando os lábios no meu pescoço onde ele sabe que eu não resisto, mas com muita concentração eu me esquivo.
– E perder você caçando? – eu falo aproximando meus lábios dos lábios dele com a mesma maneira que ele faz comigo – Nem pensar! – eu sorrio e puxo ele pela mão para nós subirmos.
Mesmo reclamando nós subimos, tomamos banho e depois de um certo tempo já estamos saindo de casa, nós começamos nosso caminho até a floresta e sem nenhuma surpresa chegamos logo, eu pego o ultimo arco que me restou.
– Pronto? – eu pergunto já me divertindo com a situação enquanto eu ofereço o arco pra ele.
– Super pronto! – ele fala com confiança, pega o arco e nós continuamos a andar pela floresta e como eu desconfiava ele consegue espantar qualquer coisa que esteja a raios de distância de nós e depois de muitos minutos andando ele fala.
– Você tem certeza que tem algum animal aqui! – ele fala cansado mas sorrindo.
– Tenho! – eu concordo sorrindo – E você poderia vê-los se fizesse menos barulho quando anda! – eu falo enquanto paro e me encosto em uma arvore.
– Você podia me ajudar então! – ele fala se aproximando de mim.
– Bom, você tem que achar o animal, ter uma arma que no seu caso é esse arco – eu falo apontando o arco na mão dele – Então você acerta a flecha nele – eu falo dando de ombros.
– Uau! Ajudou bastante! – ele fala ironicamente
– Do mesmo jeito que você me ajudou com o quadro – eu falo enquanto pego o arco da mão dele – Quer saber, me dá isso aqui! – eu falo e confesso que já estou cansando também de estar quase uma hora sem nada, mas ele não solta o arco.
– Nem pensar, você vai jogar isso na minha cara pelo resto das nossas vidas! – ele fala encostando o corpo no meu entre ele e a arvore, então ele me beija – Nem que a gente passe o dia todo aqui eu só saio quando eu pegar alguma coisa – ele fala se afastando.
Eu sorrio da decisão dele e nós voltamos a andar, então eu me lembro que no lago sempre é mais fácil de se conseguir algo e mesmo ele fazendo todos esses barulhos acho meio impossível sairmos de lá sem nada, então nós vamos até lá.
– Se você não conseguir nada aqui, aí é melhor desistir! – eu falo sorrindo enquanto chegamos ao lago.
Ele finge uma risada me encarando, eu dou um beijo rápido nele.
– Divirta-se – eu falo me afastando dele – Eu quero ver se a plantação de morangos que nós tínhamos ainda está por lá, você fica aqui? – eu pergunto.
– Nós? – ele pergunta mesmo já sabendo a resposta.
– Eu e Gale! – eu falo já me afastando – Eu não demoro! – eu aviso já andando.
Com passos rápidos e conhecendo esse lugar como eu conheço em poucos minutos eu alcanço a plantação de morangos e pra minha surpresa ela está intacta e com alguns morangos, eu sorrio quando vejo e colho os morangos, firmo mais ainda a cerca que fizemos em volta dela e volto para o lago.
– Peeta! – eu chamo por ele quando chego, mas ele não responde – Peeta! – eu grito mais alto e já começo a ficar nervosa.
– Silêncio por favor, tem gente tentando caçar! – a voz dele alta do outro lado que eu estou me alivia, quando olho pra ele, ele está com a flecha erguida pra mim e eu vejo que tem dois peixes nela, eu solto uma risada e vou ate ele.
– Não me diz que você flechou os peixes! – eu falo sem acreditar.
– Acabei de descobrir uma nova habilidade – ele fala sorrindo e retirando os peixes da flecha, ele coloca sobre umas folhas – Observe! –ele fala e volta para dentro do lago, ele segura a flecha como quem seguraria uma lança e fica parado olhando para água.
– O que você esta fazendo? – eu pergunto um pouco alto demais, ele faz sinal pra que eu fique quieta e continua concentrado, eu reviro os olhos e fico observando ele até que ele enfia a flecha na água quando ele a levanta tem um peixe preso nela, eu começo a rir enquanto ele faz cara de vitorioso.
– Meus parabéns! – eu falo aplaudindo.
Ele agradece e coloca o peixe juntos com os outros.
– Missão cumprida! – ele fala já me abraçando e com o rosto muito próximo ao meu – Acho que mereço um prêmio pela minha eficiência! – ele fala fazendo uma cara triste, eu sorrio e junto nossos lábios, eu aperto o corpo dele no meu, agarrando o cabelo dele e o beijo continua avançando, até que de alguma maneira nós escorregamos e eu caio por cima dele, a gente começa a rir e logo ele se vira me deitando no chão e colocando o corpo por cima dou meu, ele me olha nos olhos antes de continuar o beijo, a mão dele na minha perna me apertando contra ele e minha mão ainda no cabelo dele e agarrada ao braço dele, nós ficamos mais um tempo na floresta até que nos lembramos do almoço e começamos nosso caminho de volta pra casa. Quando chegamos em casa, nós limpamos o peixe e o colocamos pra assar, eu lavo os morangos e o coloco junto com as outras frutas, nós tomamos banho e descemos, o peixe está pronto, Peeta faz uma salada e eu vou arrumar a mesa.
– Três pratos? – ele pergunta enquanto me observa.
– Alguma coisa me diz que nós teremos visita! – eu falo sorrindo e pegando os copos.
Quando nós terminamos de arrumar e íamos nos sentar, o barulho na porta confirma que eu estava certa.
– Não disse! –eu falo enquanto olhamos pra porta e vemos Haymitch entrando.
– Haymitch, que surpresa! – eu falo com ironia.
– Eu vim ver se o garoto continuava vivo ou se você já teria comido a cabeça dele! – ele fala com a mesma ironia de sempre enquanto entra pela cozinha, eu olho pra ele e ele dá um sorriso vitorioso.
– Eu to bem! – Peeta fala se aproximando de nós – Muito bem! – ele confirma enquanto me dá um beijo rápido.
– Viu ele está vivo! – eu falo agora fazendo uma cara de vitoriosa – E o que você quer aqui? – eu pergunto erguendo a sobrancelha.
– Almoçar! – ele fala dando de ombros.
– Ah sim, obrigado por nos parabenizar! – eu falo mostrando a aliança, ele revira os olhos.
– Meu parabéns! – ele fala nos olhando.
– Quanta animação! – eu implico com ele.
Ele sorri e dá um passo para mais perto de nós.
– De verdade! Meus parabéns – ele fala olhando para o Peeta – Você merece! Eu acho que já tinha te falado antes! – ele fala dando um sorriso – Você é um ótimo garoto – ele fala enquanto coloca a mão na nuca do Peeta e dá um pequeno soco no ombro dele, então ele se vira pra mim me olhando com um pequeno sorriso, mas permanece me olhando como se não soubesse o que falar.
– E você... – ele para tentando achar as palavras – Você sabe! – ele fala colocando a mão no meu ombro e com um sorriso fraco.
– É, eu sei! – eu concordo sorrindo e me surpreendo quando eu o abraço, ele porém não parece tão surpreso e corresponde ao meu abraço e mesmo que um dia eu quisesse ter matado ele, agora eu me sinto bem com essa relação, seja ela qual for – Fala com a Effie! – eu insisto por que sei que ele ainda não fez isso.
– Não vai me dizer que você vai chorar agora! – ele fala quando nós nos separamos, eu reviro os olhos.
Nós nos sentamos e almoçamos, ele continua um tempo conosco e depois vai embora, o dia passa rapidamente e logo a noite chega e mais uma vez colada no Peeta eu pego num sono relaxante.
Quando eu acordo Peeta já está acordado e saindo do banheiro arrumado.
– Você já vai pra padaria? – eu pergunto me sentando na cama.
– Pensei em tomar café com você antes – ele fala subindo pela cama e parando o corpo de frente pro meu.
– Boa ideia! – eu concordo e a gente se beija.
– Eu tenho que ir na escola! – eu falo me levantando da cama.
– Então vamos comigo e de lá você vai – Peeta sugere e eu concordo.
Me arrumo, nós tomamos café e logo saímos, chegamos a padaria em pouco tempo, entro pra esperar passar um pouco o tempo e fico sentada numa sala pequena que Peeta fez como uma espécie de escritório, enquanto Philip e Benny atualizam ele sobre o que aconteceu na padaria esses dias. Quando dá a hora eu saio e vou pra escola. Chego junto com as crianças e quando algumas delas me veem vem correndo na minha direção, depois que eu consigo entrar na escola vou até a diretora.
– Katniss! – ele se levanta pra me cumprimentar.
– Oi! – eu falo um pouco nervosa e ela me diz para me sentar – Eu só queria avisar que estou de volta.
– Que bom! Eu precisava mesmo falar com você – ela fala com o tom de voz mais sério e eu espero que ela continue – Bom, eu sei que nós tínhamos combinado que você ficaria apenas um tempo aqui conosco mas é que a antiga professora não irá voltar e as crianças se apegaram tanto a você que nós pensamos se você não gostaria de se tornar a professora permanente – ela fala tudo de uma vez e eu me sinto estranhamente contente com isso, por um momento eu achei que ela iria me dispensar e confesso que iria ficar arrasada.
– Será um prazer! - eu falo com um sorriso no rosto.
Ela também sorri com a minha resposta.
– Então amanhã mesmo você pode voltar a seu trabalho – ela fala com um sorriso e me estende a mão. E esse é um dos motivos que eu gosto dela, ela sempre é direta no assunto, sem rodeios. Eu me despeço e saio da sala querendo contar logo para o Peeta, então batendo um recorde eu chego rapidamente a padaria, quem está no balcão atendendo é Benny e eu aprovo isso, por que ter que aturar os olhares e sorrisos de todas aquelas garotas no Peeta não é algo que eu sinta muita falta, eu passo pelo balcão e vou até a cozinha, encontro ele e Philip retirando uma fornada de pães de queijo.
– Eu amo esse lugar! – eu falo me aproximando deles sorrindo.
– Kats! – Peeta vem na minha direção e me da um beijo rápido.
Eu pego um dos pães de queijo que estão mais quentes do que eu imaginei, mas como assim mesmo.
– Como foi na escola, algum problema? – ele pergunta preocupado.
– Adivinha! – eu falo enquanto ele me abraça, ele parece pensar mas antes que ele fale eu digo – Agora eu sou a professora permanente – eu falo pausadamente sem esconder minha alegria, ele sorri e me beija, o que era pra ser um beijo rápido acaba aumentando, mas eu me lembro do Philip e me afasto morrendo de vergonha, ele percebe e ri da minha reação.
– O que vocês estavam fazendo? – eu pergunto querendo mudar de assunto.
– A gente ia começar a fazer a massa do pão de nozes! – ele fala se afastando de mim e olhando pro Philip que concorda com a cabeça.
– Bom, eu não quero atrapalhar! – eu falo me afastando deles – Podem continuar! – eu fala enquanto me encosto na bancada olhando eles, Peeta sorri e concorda, eles começam a pegar os ingredientes e fazer a massa, quando Benny aparece.
– Peeta! – ele chama colocando a cabeça pra dentro da cozinha.
– Oi! – Peeta fala enquanto continuar a amassar a massa.
– É sobre a encomenda! – ele fala indicando com a cabeça para que Peeta vá la.
Peeta limpa as mãos no avental – Você continua? – ele fala pra Philip que assume o posto dele então ele vai resolver, deixando eu e Philip na cozinha.
– Você estudava lá na escola não é? – eu pergunto quebrando o silencio constrangedor que aumentava cada vez mais.
– Estudava! – ele fala meio tímido.
– Você e Peeta eram amigos? – eu continuo.
– Éramos! As vezes eu ia lá pra casa dele e o pai dele deixava a gente ajudar na padaria! – ele fala me olhando ainda um pouco sem graça – Mas só se a Senhora Mellark não estivesse! – ele fala sorrindo e voltando a atenção para a massa.
– É, eu soube que ela era meio rígida! – eu falo me controlando pra não xingar ela.
– É! Ela era! – ele concorda.
– E você tem mais alguém aqui com você? – eu pergunto torcendo pra que ele também não tenha perdido toda a família.
Ele nega com a cabeça – Minha mãe e minha irmã preferiram ficar no 13! – ele fala dando de ombros, e eu sinto um alivio por ele ainda ter alguém da família mesmo que não esteja morando aqui.
– Você não quis ficar lá? – eu pergunto curiosa.
– Não consegui me acostumar com lá, acho que aqui é minha casa! Não me vejo morando em nenhum outro lugar que não seja aqui! – ele fala com um sorriso – Quando eu soube que o Peeta ia reabrir a padaria eu achei que fosse uma boa ideia!
– Entendi! – eu falo sorrindo.
Ele termina a massa e começa a fazer outra coisa, eu percebo que Peeta está demorando.
– Acho que vocês vão ter bastante trabalho! – eu falo e ele me olha confuso – A encomenda parece grande – eu explico e ele sorri.
– Eu vou lá ver se ele não está fugindo do trabalho duro! – eu brinco e me viro pra procurar o Peeta, já estou saindo da cozinha, quando a cena me faz parar na porta, eu volto o corpo pra poder olhar melhor e vejo aquela garota que já deu em cima do Peeta uma vez com metade do corpo apoiada no balcão, com um sorriso grande demais sem desgrudar os olhos do Peeta, ele está com aquela cara que ele usa quando fica sem graça mas a simpatia o impede de ser mal educado, eu sinto vontade de arrastar a garota daqui, mas continuo ouvindo.
– Eu soube que você desenha muito bem! – ela fala quase se atirando em cima dele, ele dá um passo pra trás pra que ela não o toque e confirma com a cabeça ele está anotando algo num caderno e Benny está atendendo uma senhora.
– Será que você não faria um desenho meu? – ela pergunta sorrindo olhando pra ele.
– Eu não costumo desenhar assim, é só um hobby. Você quer mais alguma coisa? – ele fala e volta anotar algo.
– Mas será que você não abriria uma exceção pra mim? – ela fala com uma voz melosa e sinceramente eu já aguentei demais, eu ando até eles, passo pelo Benny rápido demais esbarrando nele mas não me importo, Peeta me olha surpreso quando eu paro do lado dele,mas meu olhar não encontra o dele, o meu problema é com essa garota e eu pretendo terminá-lo agora.
– Qual seu problema? – eu pergunto colocando a mão no balcão e encarando ela, ela parece surpresa mas continua me encarando também – Eu acho que eu não fui clara o suficiente na ultima vez mas eu vou tentar ser agora – eu falo irritada e um pouco alto demais o que chama atenção de Benny e da senhora que ele atendia, eu levanto minha mão mostrando a aliança – Você tá vendo isso aqui ? – eu pergunto e pego a mão do Peeta que continua me observando e a ergo também – E isso aqui? – eu continuo mostrando nossas alianças então solto a mão dele – Então, agora nós não estamos mais só namorando, agora nós estamos casados ! – eu falo claramente pra que ela entenda – E eu não quero ver você pendurada nesse balcão dando em cima dele novo você consegue entender isso? – eu falo empurrando os braços dela pra fora do balcão.
– Eu acho que você não entendeu, eu só queria... – ela insiste em falar mas eu a corto.
– Não querida, você não entendeu! Eu só quero que você entenda que se eu ver você do jeito que você estava aqui, você vai estar criando um grande problema comigo e isso não é algo que eu te aconselhe a fazer – eu falo ainda com ódio dela.
– Mas eu só... – ela insiste novamente.
– Eu realmente espero que você tenha entendido isso! – eu falo olhando pra ela seriamente.
– Eu entendi! – ela fala concordando e pega a sacola saindo da padaria, a senhora que Benny estava atendendo se vira pra mim.
– Você está certa minha filha – ela fala me olhando – Não se pode dar confiança pra essas garotas! – ela fala concordando comigo, eu concordo com a cabeça e me viro pra sair, quando Peeta segura meu braço.
– Me solta! – eu falo me virando pra ele, ele me observa então solta, eu volto pra cozinha ainda com raiva e irritada, passo e vou direto para o escritório, batendo a porta com força, eu paro meio da pequena sala, passando as mãos no cabelo e respirando fundo, quando a porta abre lentamente e eu vejo Peeta ainda receoso entrando.
– Eu não estava dando confiança pra ela, eu juro! – ele fala quando entra na sala, com a voz na defensiva, eu paro de frente pra ele olhando ele – É sério, eu estava tentando sair mas tinha que terminar de anotar algumas coisas, eu só ... – ele pausa e mesmo irritada com isso, eu sei que ele não ia fazer nada e é engraçado ver ele tentando se explicar eu continuo olhando nos olhos dele e antes que ele volte a falar eu passo minha mão na nuca dele, agarrando os cabelos dele e o beijo, com toda paixão e fome que eu sempre tenho dele, quando estamos sem ar, ele se afasta sorrindo.
– Então você não está com raiva de mim! – ele conclui.
– Estou! – eu concordo com a cabeça – Mas eu te amo assim mesmo! – eu falo e ele me beija novamente, ele me encosta na mesa e eu me sento nela, ele encaixa o corpo entre as minhas pernas e eu passo elas ao redor do corpo dele, prendendo ele em mim, ele não para o beijo ao contrario cada vez mais ele aumenta a intensidade do beijo e eu sei que não importa a situação, mesmo que ele seja o motivo de eu estar irritada e com raiva, ele também é o único que tem o poder de me acalmar e assim como eu disse pra ele, ele me tem na palma da mão dele, eu não sei mais viver sem ele, por isso é tão insuportável o que eu vi mas ao mesmo tempo eu tenho a certeza do amor dele, por que nós somos um do outro e eu sei que isso nunca vai mudar.


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