OMG! Eu amo um funkeiro?! escrita por Mille Bonnie


Capítulo 18
Perdidos parte 2


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer a todas as meninas que comentaram o capítulo anterior!!!!! Continuem assim, porque assim os capítulos vêem mais rápido! Bom capítulo "procês", vejo vocês lá embaixo.



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Eu estava com um braço em volta do pescoço do Bernardo, meu peso todo estava sobre ele, sem contar às mochilas que ele carregava. Eu estava andando somente com um pé e o outro que estava machucado estava estilo Saci Pererê. Estávamos andando há algum tempo, olhei no relógio e vi que já eram cinco e meia. Olivia e Josh já deviam estar nos procurando. Eu estava sentindo muito frio apesar do sol de rachar a testa, mas fiquei calada. Ouvi o Bernardo arfando até que ele parou perto de uma gruta.

–Acho que podemos passar a noite aqui. – ele me agachou no chão.

–Bernardo. – o chamei e minha garganta doeu. –Eu... Eu estou com muito frio. –ele me olhou meio espantado por eu estar com frio num sol escaldante. Ele veio até mim e colocou uma das mãos na minha testa.

–Yummi, você está ardendo em febre. –ele disse me olhando.

–Eu tô com muito, muito, muito frio. –eu disse. – E minha garganta está doendo também.

Ele se sentou do meu lado e abriu sua mochila, tirou um moletom azul de dentro dela.

–Veste. – ele me entregou o moletom. Eu o vesti e o cheiro dele preencheu minhas narinas. Pra mim ele tinha cheiro de hortelã e chocolate. –Preciso fazer uma tala pro seu tornozelo.

–O que é isso? – eu perguntei.

–É uma improvisação de um gesso. –ele me olhou sorrindo um pouco. –Preciso de uma madeira. –ele olhou em volta da gruta. –Vou olhar lá fora e já volto.

–Ei! –eu o chamei.

–Hm?

–Por favor, não demora. –eu pedi.

–Prometo que não vou. –ele sorriu.

Encostei minha cabeça na parede da gruta e fechei os olhos, involuntariamente as lágrimas começaram a sair. E se nunca mais achassem a gente? E se eu nunca visse meus amigos ou a minha irmã? As lágrimas desciam quentes pelas minhas bochechas. Eu as enxuguei. Minha garganta estava doendo muito.

–Tô com sede. –eu falei baixinho pra mim mesma. Olhei para o lado e vi a minha mochila virei um pouco o tronco e a peguei. Tirei minha garrafa de lá de dentro e bebi a água.

–Voltei. –Bernardo voltou segurando um galho médio. –Posso fazer a tala agora?

–Pode. – eu respondi fechando a garrafa e a aguardando de volta na mochila.

–Yummi. – ele me olhou cautelosamente. –Isso vai doer um pouco, porque eu vou precisar amarrar bem.

–Com o que você vai amarrar? –eu perguntei.

–Hm... –ele olhou em volta. –Já sei. –ele começou a tirar a blusa. E eu corei violentamente.

–Por que está tirando a blusa? – eu perguntei tentando esconder minhas bochechas vermelhas.

–Vou rasga-la pra amarrar a tala. –ele respondeu tirando a blusa por completo.

–Mas... Mas você vai ficar com frio depois. – eu respondi olhando a linda visão que estava na minha frente.

–Eu pouco me importo com o frio. – ele deu os ombros. –A prioridade aqui é você. –ele rasgou a blusa e se agachou até o meu pé. –Agora é parte que doí.

–Okay. – eu olhei pra ele meio receosa. –Tô preparada.

Ele riu e então apertou a tala. Aquilo doeu pra caramba e eu mordi os lábios pra não gritar de dor.

–Pronto. –ele me olhou. –Doeu?

–Imagina... Claro que não. – eu sorri de lado.

Ele veio pro meu lado.

–Bernardo, eu estou com muito mais frio.

–Tenta dormir. –ele me puxou pra perto dele. Deitei no peito dele, a pele dele estava fria e tranquilizante.

–Bernardo. – eu o chamei.

–Fala.

–Seu coração tá batendo no mesmo ritmo do meu. –eu disse e depois dormir sem ouvi sua resposta.

Bernardo’s POV

Esse acampamento não estava nada divertido. Por que:

Estávamos perdidos.

Yummi tinha se machucado.

Olhei pra Yummi que dormia no meu peito, se fosse em outras circunstancias eu estaria morrendo de felicidade por tê-la assim comigo. Já estava escurecendo olhei no meu relógio e vi que já eram seis e meia. O pessoal já devia estar colocando os bofes pra fora atrás de nós. Fiz carinho no cabelo dela, ela era linda dormindo.

–Poxa! Mirely por que você está me obrigando a ir a casa dele? – Yummi murmurou dormindo. Acho que ela estava delirando, coloquei a mão na testa dela e ela estava pelando de febre. Fiquei preocupado.

–Nem vem, ele não é nada bonitinho. –ela murmurou novamente. –Se você quer pegar o Nicholas, pode ir sozinha. Eu não preciso ir com você na casa do amigo dele.

Ela estava falando de mim? Eu sorri.

–Sim! Ele é bonito! Mas, eu não ligo pra isso, não sei se você esqueceu, mas ele derrubou açaí no meu cabelo.

–Quer dizer que você me acha bonitinho? – eu dei uma risada e ela acordou assustada e me olhou.

–Hã? – ela coçou os olhos. –ainda estamos perdidos?

–Sim. –eu respondi. –Você tá com fome?

–Não. – ela se apoiou as costas na parede.

–Mas você vai comer mesmo assim. –eu abri minha mochila e tirei uma maçã de lá. -Toma. – entreguei pra ela.

–Não tô com fome. –ela negou a maçã.

–Você tem que comer. – eu olhei pra ela.

–Mas eu não sinto fome.

–Come, por favor. –eu pedi com jeitinho. –Se você comer essa maçã eu não te peço mais nada.

–Só uma mordida. –ela disse.

–Pareceu a bruxa da Branca de Neve agora. – eu ri. –Só uma mordida e vocês serão felizes para sempre!

Ela riu, o som da risada da Yummi era encantador. Ela comeu a metade da maçã e me devolveu o resto.

–Isso parece Jogos Vorazes. – ela comentou.

–Como assim? – eu perguntei.

–Eu sou Peeta e você é Katniss. –ela riu. –Eu machuquei a perna e você está tentando me proteger. Muito familiar.

–Nem tinha pensado nisso. – eu a olhei. –Pelo menos você é muito mais bonita que o Peeta.

–Nem vem. – ela riu. –O Peeta é lindo!

–Eu não acho.

–Se você achasse seria estranho. –ela gargalhou.

–Seria mesmo.

–Acho que a minha febre está passando. – ela colocou a mão na testa.

–Me deixe ver. –cheguei mais perto dela e coloquei minha mão na sua testa. –Hm, está mesmo. Acho que você ficou com febre psicológica.

–E isso existe? – ela franziu o cenho.

–Deve existir. – dei os ombros.

–Bernardo... E se nunca nos acharem? – ela perguntou.

–A gente pode virar o Tarzan e viver pulando em cipós. – eu tentei brincar.

–Tô falando sério!

–Eles vão nos achar sim. –eu a olhei. –Fica calma.

–Tô tentando. – ela disse.

–Jonas deve estar sentindo sua falta. –eu comentei.

–E a Rebeca a sua. –ela devolveu.

O silencio reinou e a noite veio fria.

–Tá com frio? –ela perguntou.

–Não. –eu disse, mas meus lábios tremendo me entregavam.

–Vou tirar o moletom pra você vestir. –ela começou a tirar, mas eu a impedi.

–Não, você estava com febre. Melhor não tirar.

–Mas, você está tremendo de frio. –ela me olhou triste.

–Vamos fazer que nem no Crepúsculo? –eu perguntei.

–Você vê Crepúsculo? – ela perguntou.

–Não, minha priminha sim. – eu ri. –Tem uma cena que o lobisomem abraça a sem sal pra ela não sentir frio. Que tal fazermos isso?

–Por mim tudo bem. – ela deu os ombros e eu cheguei pra mais perto dela e abracei e seu cheiro de morango com mistura de cheirinho de bebê invadiram meus pensamentos.

Nunca vou conseguir gostar de outra garota como gosto de você, Yummi” Pensei e dormi.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês nos reviews meninas!!!! Acho que a fanfic merece uma recomendação. E já sabem sem reviews sem capítulo!



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