O sol de uma nova esperança escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 1
O caminho para o fundo do poço.


Notas iniciais do capítulo

Fic totalmente minha, sem plágio.



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Eduardo era um estudante normal, ele tinha 16 anos de idade e frequentava o segundo ano do Ensino Médio junto com seu amigo inseparável, Rodrigo, mas essa amizade, porém, não será totalmente forte assim.Pois um dia, os dois estavam em um jogo de futebol durante o recreio, os dois times estavam empatados e Rodrigo tinha uma idéia para virar o jogo, pediu a Eduardo que lhe desse a bola:

-Ei Edu, me passa a bola!- berrou Rodrigo.Mas Eduardo não ouviu ou fingiu não ouvir, porque ele continuou em frente e tentou chutar a bola para o gol, mas acabou perdendo a bola para o adversário, que marcou um gol e o time de Edu e Rodrigo perdeu, Rodrigo ficou revoltado e foi tirar satisfações com Eduardo.

-Cara, por quê que você não passou a bola pra mim quando eu te pedi?- disse Rodrigo

-Eu não escutei, você tinha que ter gritado mais alto.-disse Edu

-Meu irmão, tá surdo? Todo mundo ouviu quando eu gritei pra você me passar a bola, como que você não pôde ter escutado?-berrou Rodrigo.

Eles ficaram nesse bate-boca por muito tempo, todo mundo chegou a formar um círculo em volta deles esperando o momento que os dois rolassem no chão, mas, ao invés disso, o que aconteceu foi que Rodrigo perdeu a paciência com Eduardo e foi mais fundo na briga.

-Não é culpa minha que você é um perna-de-pau.-disse Eduardo.

-E você é um safado, cachorro, sem-vergonha, orgulhoso e metido a esperto que só faz aquilo que quer!-rebateu Rodrigo.Ah, dessa vez, Eduardo não deixou barato, xingou Rodrigo e o empurrou, sem perceber que um azulejos do piso estava levantado, fazendo Rodrigo tropeçar nele e cair de uma altura de 2 metros.Como Rodrigo caiu de costas, ele ficou paralítico e ainda com um hematoma no cérebro.Depois da notícia de que Rodrigo nunca mais iria andar, a diretora convocou uma reunião com os dois alunos acompanhados dos pais.Primeiro, ela ouviu a versão de Eduardo e depois, a versão de Rodrigo, e deu razão para Eduardo ficar chateado pelos desaforos, mas achou errada a atitude dele de empurrar Rodrigo daquela altura.

-Mas diretora, eu não sabia que aquele azulejo estava solto, eu juro pra senhora que eu não queria fazer ele ficar sem andar!-disse Edu, desesperado.

-Calma Eduardo, eu não lhe dei permissão para falar.-disse a diretora, tentando manter a calma.Logo depois de dizer isso, ela expulsou Eduardo da escola e pediu que só os pais do menino saíssem da sala, pois ainda queria conversar com eles.Eduardo saiu de lá sem chão, desnorteado, o mundo caiu pra ele, nunca imaginou que um dia aconteceria uma coisa dessas com ele, estava morto por dentro, nem seu coração ele conseguia sentir, até que se perdeu numa rua perigosa e, sem perceber o perigo que corria em volta dele, sentou na calçada e começou a chorar.Lágrimas que caíram feito cachoeira, aliviando a dor que estava apertando seu coração, até que sentiu uma mão em seu ombro e viu um menino, que vinha com um saco plástico na mão e perguntou:

-Qual foi, moleque? Por quê está chorando?-perguntou o garoto.

Eduardo explicou a história soluçando, e quando terminou, o garoto achou aquilo muito careta e disse para Eduardo:

-Experimente isso, você vai adorar.-falou o menino passando-lhe o saquinho plástico.

Eduardo estava tão destruído que não percebeu que dentro do saquinho tinha cola e cheirou com vontade, na terceira cheirada já estava mais relaxado, quando a cola acabou, estava novamente tranquilo, ele já não lembrava mais porquê estava triste, e disse:

-Muito obrigado, qual é o seu nome?-perguntou

-Otávio.- disse o garoto.

Naquela tarde, Eduardo voltou pra casa e viu que seus pais ainda não tinham chegado, e quando ele pensou em voltar pra lá e cheirar mais cola, seus pais chegaram e estranharam ele estar de bom-humor depois de sair de lá frustrado.

-Eu esqueci o assunto, nem lembro mais porquê eu estava triste.-ele explicou.

No dia seguinte, seu pai foi trabalhar e sua mãe foi fazer compras no supermercado e Eduardo aproveitou para ir atrás de Otávio e cheirar a droga mais uma vez, porém, Otávio lhe ofereceu um baseado para ele,  os dois fumaram juntos por muito tempo até que teve batida da polícia.Os dois fugiram e se esconderam debaixo da ponte, onde continuaram a se drogar. O tempo passou, Eduardo continuou se drogando e tinha como escapar porque seus pais viviam fora, já que sua mão saía todos os dias para conseguir uma nova escola pra ele, e ele sempre aproveitava para fugir e usar a droga.Certa vez, Otávio novamente trocou de droga e os dois passaram a cheirar cocaína embaixo da ponte, mas um dia, quando os dois estavam sem dinheiro e Eduardo não pôde roubar dinheiro dos pais, pois eles tinham dinheiro guardado apenas na conta do banco, eles passavam a roubar juntos, assaltavam bancos, lojas de bebidas, bares, shoppings e tudo mais.Porém, um dia, os dois foram pegos pelos policiais que já estavam a procura dos dois e os levou para a delegacia, seu Antenor, ao descobrir que seu filho foi preso por assalto, foi até lá pagar a fiança e perguntou quis saber porquê Eduardo fez aquilo.

-Filho, você sempre foi um bom garoto, sempre foi contra roubos, por quê foi cometer um assalto, filho?-disse o pai, contendo o choro.

-Eu queria....usar um pó, mas não tinha dinheiro...-não conseguiu terminar de falar,  pois Antenor, atordoado, começou a estapeá-lo enquanto ele levantava os braços para defender-se,  e logo em seguida, ele começou a chorar junto com o pai.

Ao voltarem pra casa, seu pai decidiu colocá-lo numa clínica de reabilitação, para que ele pudesse se livrar do vício em drogas.Os primeiros meses foram horríveis para Eduardo, pois seu corpo reagia, debatia-se, tremia, exigia droga o tempo todo e Eduardo não podia fazer nada, além de não dormir direito, ainda por cima não dormia, o que era comum para uma pessoa como ele.Depois de seis meses naquela clínica, ele ainda estava com o corpo reagindo em busca pela felicidade oferecida pela droga, porém, agora os acessos eram mais fracos, embora ele ainda tivesse vontade de usar a droga, seu corpo já nem tremia mais, assim, ele ganhou permissão para ir até o pátio da clínica.

Lá, na primeira vez que ele vai, ele vê um menino sentado num banco com uma bola de futebol na mão e decide bater papo com ele:

-Ei cara, você gosta de jogar bola?- perguntou Eduardo.

-Bastante.Sou um craque.-disse o menino, sem olhar pra ele.

-Eu sou Eduardo.-disse ele.

-Douglas.-disse o menino, apertando a mão de Eduardo.

-Eu também sou bom de bola.-disse Eduardo, algum tempo depois. Douglas finalmente olhou pra ele e seus olhos estavam brilhando.

-É bom mesmo ou ainda tem muito que aprender?-perguntou Douglas.

-Quer que eu te prove, duvidoso?-desafiou Eduardo, rindo.

Desde esse dia, os dois se tornaram inseparáveis, Eduardo já nem sentia mais saudade daqueles tempos que jogava futebol com Rodrigo e percebeu que Douglas era um amigo muito melhor.No sétimo mês, quando ele e Douglas estavam jogando bola mais uma vez, Douglas chutou muito forte e a bola foi parar nos pés de Giovana, sua irmã mais velha, e assim que Eduardo foi buscar a bola, sem querer seus olhos se encontram com os dela e eles se apaixonam, Eduardo teria até chegado mais perto, se não fosse Douglas chegar pra ele e fazer as apresentações:

-Edu amigão, essa é minha irmã mais velha, Giovana.-disse Douglas.

-Prazer.-disse Giovana.

-Prazer, legal te conhecer.-disse Eduardo, encantado por sua voz.

Depois de se apaixonar por aquela garota de olhos verdes, morena, cabelos cacheados castanho-claro e com a mesma idade que a sua, apenas quatro meses mais nova, ele decidiu que seria melhor esperar sair daquela clínica para lhe falar sobre seu amor por ela, pois ela nunca ia querer namorar com um drogado.

Assim se passaram mais quatro meses e Eduardo recebe alta da clínica depois de onze meses internado, seus olhos já não eram mais vermelhos, as olheiras haviam sumido, e ele já não pensava mais na droga.Porém, ele não ficou totalmente feliz com a notícia de que recebeu alta, porque Douglas ia ficar lá, isso quer dizer que Giovana também ia ter que ficar. Mas, quatro dias depois de receber alta e recomeçar sua vida, Eduardo está saindo da nova escola quando vê, no portão, Douglas esperando por ele, acompanhado de Giovana, ele não se contém e corre pra dar um abraço nos dois, que ficam emocionados.

Depois, Douglas conta que recebeu alta dois dias depois dele e agora vai estudar na nova escola de Eduardo junto com Giovana, Eduardo fica feliz, em seguida, ele e Giovana iniciam o tão esperado namoro e viverão uma linda história de amor.


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Notas finais do capítulo

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