All I Wanted Was You escrita por andreiakennen


Capítulo 1
All I wanted was you - Songfic


Notas iniciais do capítulo

Songfic inspirada na música:
The Kill – Pitty and 30 Seconds To Mars
A letra da música está traduzida e as estrofes se intercalaram entre pensamentos de Naruto e Sasuke. Os dedicados aos pensamentos de Sasuke estarão em itálico e do Naruto em negrito.
Divirtam-se!



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All I wanted was you

Only Chapter

Explosões ocorriam por todos os lados.

Labaredas ainda crepitavam no solo.

Eram vestígios insignificantes perto da terrível e grande guerra da qual aquele cenário acabara de ser palco.

De onde eu estava consegui observar o campo de batalha e a quantidade irreal de corpos sem vidas, outros mutilados, tombados e agonizantes no chão.

Alguns ainda a espera por socorro.

A névoa cinzenta gerada pelas explosões encobria a luz do sol. A vegetação antes existente ali fora dizimada, restando apenas um imenso campo desértico.

Mesmo assim, entre tantos escombros e corpos caídos, eu só conseguia enxergar ele.

Tentei me levantar. Dor. Meu corpo sucumbia a pouca energia que nele restara depois de receber tantos golpes desferidos pela monstruosa força dos inimigos.

Mas enfim, havia acabado. Teria tempo de me recuperar.

Era o fim da guerra.

Forcei meus olhos a ficarem abertos quando me coloquei de pé, mesmo eles ardendo devido as densas nuvens de fumaça que ainda pairavam no ar.

Sentia urgência em encontrá-lo.

Mas não demorei a identifica-lo, ele não estava tão longe de onde eu havia caído e também tentava se colocar de pé com dificuldade.

Porém, mesmo parecendo tão perto, por que ele ainda parecia tão inalcançável?

Senti aquela dor revoltante retomar meu peito.

Precisava andar até ele. Abraçá-lo. Abrir um grande sorriso e poder afirmar sem receios.

Terminou. Vencemos! Vencemos, Sasuke. Vamos poder voltar para casa.”

Voltar para casa...

Voltar para Konoha...

Este sempre fora o meu desejo mais insano. Chegando a superar em grau de intensidade o desejo de me tornar um Hokage. O anseio de resgatar Sasuke, de levá-lo de volta para casa, fora o que me motivou ao longo dos anos a me transformar no ninja que sou hoje.

Porém, mesmo eu tendo me esforçado tanto, mesmo tendo lutado bravamente ao lado dele, mesmo eu tendo dominado o monstro que um dia quis destruir o mundo e também me consumir. Mesmo, mesmo e mesmo! Eu sentia que ele ainda parecia não me enxergar.

Uchiha Sasuke...

Você ainda ignora a minha existência, não é?

Por quê?

A dor no meu peito se tornou lacerante. Senti as lágrimas que brotavam na margem dos meus olhos queimarem. Meu corpo estava esgotado, cansado demais. Eu sentia que iria desfalecer a qualquer momento.

Mas não podia!

Não iria.

Ainda não.

Se eu me deixasse abater naquele momento eu o perderia mais uma vez, talvez, para sempre.

Forcei minhas pernas a me obedecerem e se moverem.

As minhas vestes haviam sido praticamente consumidas pelo calor incandescente dos golpes que recebi. Não restava nenhum vestígio do que fora um dia minha jaqueta laranja e até a sandália havia se despedaçado. Somente a regata preta que usava por baixo ainda cobria parte do meu corpo; cheia de rasgos e furos, deixando transparecer claramente meus ferimentos.

Cambaleante passei a caminhar em meio aquele cenário devastado. Enquanto andava ouvia os gritos dos sobreviventes que vinham de várias direções. O pior já havia passado. Tinha terminado. Se eram sobreviventes conseguiriam ficar vivos até a ajuda chegar.

Sasuke era meu único foco.

Mas não demorou surgir os ninjas médicos, correndo de um lado para outro atrás dos feridos.

— Sasuke… — consegui pronunciar.

Aproximei-me o suficiente para vê-lo se reerguer debaixo de entulhos. O corpo e os cabelos cobertos por ferrugens e terra. Ele meneou a cabeça de um lado para o outro e o excesso de sujeira que se retirou dos seus cabelos criaram uma névoa castanha e cinza que serpenteou em volta do seu belo rosto.

— Sasuke... — o chamei mais uma vez e ganhei sua atenção.

Mas os olhos que me fitaram não transmitiam condescendência. Assim como suas palavras continuavam sendo as mesmas palavras duras de outrora.

— Eu não vou voltar com vocês — ele pronunciou enfático, aquilo que seu olhar firme já ditava.

Eu quis perguntar a perguntar o porquê, mas a minha voz se engasgou. Estava tão exausto. Respirei fundo. Fraqueza. Minhas vistas turvaram. Meus joelhos tremeram e tocaram o chão. Apoiei as mãos no solo e apertei a terra lavada de nossos sangues entre meus dedos. Então o pranto veio. Senti as lágrimas mornas, vergonhosas, transbordarem dos meus olhos e escorrerem para o meu rosto.

Eu o ouvi dar a resposta segura à pergunta que eu sequer havia sido capaz de vocalizar.

— Eu não pertenço mais ao mesmo mundo que você, Naruto — ele concluiu a resposta.

Mas no fundo eu já sabia daquela resposta. No fundo, eu já sabia. Eu sempre soube.

— Chega — Sasuke pediu, incisivo. — Não me faça mais repetir isso. Eu não vou voltar para Konoha. Apenas se conforme e esqueça. Você lutou bravamente, tem o meu respeito agora, mantenha o que conquistou.

E se eu quiser terminar?

Rir de tudo na sua cara?

O que você faria?

(Sasuke)

Eu queria ter voz para responder que se eu fosse capaz de desfazer os laços afetivos do coração, e esquecer tudo que vivemos e o quão importante ele foi e ainda era para mim, certamente eu não estaria passando por um momento tão constrangedor, me humilhando mais uma vez diante dele, na busca desesperada de fazê-lo compreender que é responsável por aquilo que cativou.

Mas as lágrimas eram a única resposta que ainda me restava. Mesmo depois de todas as atitudes egoístas que Sasuke tomou, mesmo depois de tanto sofrimento que causou, eu ainda o queria por perto.

Eu, Naruto Uzumaki, o ninja imprevisível número um, o que não tem medo de lutar, o que não desiste nunca do seu jeito ninja de ser, era um ser patético diante de um único homem.

Mas se eu desmoronar?

Se não pudesse mais aguentar?

O que você faria?

(Naruto)

— E... o que pretende fazer a partir de agora? — consegui fazer uma pergunta descente depois de esfregar o braço no rosto e afastar as lágrimas. Recobrando a compostura.

— Não sei — foi seco e enfático. — Mas seja o que for isso não inclui voltar para Konoha.

É. Eu achei que já tinha me anestesiado daquela afirmação.

— Apenas esqueça que um dia eu existi — repetiu calmamente, como se fosse simples, como se fosse fácil me convencer. — Faça o que achar melhor, enterre minhas lembranças. Finja que eu morri nessa batalha. Estou cansado de você correndo atrás de mim. Memorize de uma vez que essa é a minha decisão.

Venha me destruir!

Enterre-me, enterre-me!

Eu estou farto de você!

(Sasuke)

— E se eu não quiser? — desabafei.

E se eu quisesse lutar?

Pelo resto da minha vida implorar?

O que você faria?

(Naruto)

Ele finalmente deteve seus orbes escuros em mim.

Em meio a re-paisagem árida daquele fim de batalha, raios de sol se esforçavam para atravessar a névoa de fumaça que havia se erguido mostrando que ainda havia vida naquele lugar devastado. Esperança.

Os olhos negros continuaram fixos nos meus, o semblante ostentava um ar ameno. Mesmo assim, Sasuke parecia relutante.

— Eu não o entendo, Naruto.

Você diz que quer mais...

O que você está esperando?

Eu não estou fugindo de você agora.

Eu não consigo entender o que está querendo me dizer.

(Sasuke)

— Você é tão irritante.

Venha me destruir!

Enterre-me, enterre-me!

Eu estou farto de você!

(Sasuke)

Uni forças e fiquei de pé. Subi a pequena elevação de escombros da batalha, onde Sasuke encontrava-se em pé, altivo.

— Eu sou irritante? — perguntei ao encará-lo. — Você quem toma as decisões erradas. Quem fere, pisa e machuca as pessoas que te amam, e eu sou irritante, Sasuke?

Olhe nos meus olhos!

Você está me matando, me matando!

Tudo que eu queria era você.

(Naruto)

Sasuke suspirou.

— Eu sou outra pessoa agora, Naruto — pronunciou-se calmamente. — Eu não quero perder esse novo eu em que me tornei. O Sasuke que você diz amar, com quem conviveu na infância, ele não existe mais. Eu me encontrei neste novo eu. E este novo eu, não me permite estar com você. Sinto muito.

Eu tentei ser outra pessoa.

Mas nada parecia mudar.

Sei agora que este é quem eu realmente sou por dentro.

Finalmente me encontrei.

Lutando por uma chance eu sei que agora,

este é quem eu realmente sou!

(Sasuke)

— Então foi você quem me enterrou há muito tempo, né, Sasuke? — constatei, abaixando o rosto, o cansaço voltando, os ombros pesando novamente.

Venha me destruir.

Enterre-me, enterre-me!

Eu estou farto de você.

(Naruto)

Senti meu queixo ser tocado e elevado.

Olhe nos meus olhos.

(Sasuke)

Ele exigiu. Mas não havia mais ânimo.

— Não consigo— respondi. — Estou cansado até mesmo para reagir.

Você está me matando, me matando.

(Naruto)

Houve um silêncio que se amplificou com o decorrer dos minutos. Eu via os pés de Sasuke, as roupas em farrapos na parte debaixo, igualmente as minhas. Fiquei curioso. Ergui meus olhos e me deparei com algo que me impressionou.

Não consegui acreditar no que via. Toquei o rosto de Sasuke com as pontas dos meus dedos. Estava úmido. Aquilo eram mesmo lágrimas?

Sasuke estava chorando?

Ele fechou os olhos como se estivesse apreciando meu toque. Aumentei o passeio dos meus dedos em sua face um pouco suja com a fuligem. As lágrimas criando borrões. Corri a ponta dos dedos por seu queixo, olhos, sobrancelhas, nariz. Eu estava redesenhando seus traços. Gravando-os para mim. Como se fosse a última vez que eu os veria. Detive o movimento quando meu toque chegou em seus lábios.

— Naruto? — ele murmurou e eu afastei minha mão.

Sentia meu coração batendo muito forte.

— Sasuke?

— Você sempre foi luz — ele falou, ainda de olhos fechados, como se assim pudesse encontrar forças para me falar o que tinha para falar. — Uma luz forte, ofuscante, — ele continuou — quente e incandescente. Luz que destrói, dizima, acaba com as trevas existentes em qualquer coração. Por isso eu não pude ficar ao seu lado antes. Não podia permitir que você usasse sua luz para acabar com a escuridão que existia em mim, fazendo assim com que eu desistisse dos meus objetivos.

— Mas agora você não tem mais motivos para continuar vivendo em trevas e... — ele não me permitiu continuar ao abrir os olhos e me interromper.

— Deixe-me concluir, por favor? — pediu, me encarando.

Eu engoli em seco e assenti.

— O destino muda o rumo das coisas, Naruto. Hoje, mesmo se eu quisesse permanecer do seu lado, eu não o faria por me conhecer tão bem e ter certeza de que eu não suportaria fazer parte da sua vida. Por muitos motivos. E a maioria deles são egoístas, sentimentos que me tornam essa pessoa obscura que sou. Você não merece ter alguém como eu ao seu lado. Todos que o reconheceram o veneram. Você tem o poder de mudar o coração das pessoas, de mudar o mundo. Precisa se focar nesse seu dom. Seja um grande Hokage como prometeu. Tenha uma vida plena e feliz. Tenha muitos filhos, dê a eles todo o amor que você tem dentro de si. E, um dia, quando estiver perto de morrer de velhice, não pense que não conseguiu trazer seu irmão de volta para casa. Pense que você o deixou seguir o caminho que ele escolheu: viver sozinho e em penitência em nome do seu clã. Eu não quero que você, Naruto, consuma a escuridão que existe em mim, assim como eu não quero ofuscar o brilho que existe em você com as trevas que carrego.

Meu corpo estremeceu. Eu queria convencê-lo de que poderia ser diferente. Mas algo em mim concordava com suas palavras. Nós dois sempre fomos iguais em nossas ideologias e tão diferentes. Nada no mundo nos convenceria do contrário, nem ele me faria desistir das minhas vontades, nem eu o faria desistir das dele.

Nossos sentimentos se encontravam, se divergiam e se anulavam.

A compreensão trazia a dor.

Eu não podia aceitar, mas eu não podia impedi-lo.

Foi nesse momento que eu percebi a boca dele se entreabrir, seus olhos semicerrarem e seu rosto se aproximar do meu. Apreensivo, parei de respirar por um instante, arregalei os olhos ao compreender sua intenção. Mas decidi fechar os olhos e esperar. Eu queria sentir aquilo. Por mais estranho que fosse. Eu queria.

Quando a boca de Sasuke tocou a minha eu já não conseguia controlar todo o estardalhaço do meu coração. A sensação que me tomou fazia meu estômago contorcer. O ar que eu havia detido no peito devido a surpresa começou a me fazer falta. Mas eu não queria fazer nenhum movimento brusco que o fizesse recuar daquele gesto.

Mas o fôlego...

Meus pulmões gritavam por ar.

Aguentei um pouco mais. Precisava aguentar. Os lábios de Sasuke estavam pressionados nos meus. Desta vez, não fora um mero acidente, foi porque ele quis. Ambos queríamos.

A falta de ar falou mais alto. Eu o toque nos ombros e o afastei, fazendo com que sua boca se desgrudasse da minha.

Sentia meu rosto em brasa. Meus dentes estavam trincados. Meus lábios úmidos do gosto dele.

O que eu deveria fazer?

Respirar, respirar! Primeiro respirar. Puxei o ar com força pelo nariz e soltei pela boca.

Mas ao sentir que havia tomado ar suficiente eu o encarei e foi a minha vez de avançar sobre os lábios de Sasuke. Não queria que ele pensasse que eu o estava rejeitando. Tomei a boca dele. Eu nunca havia beijado de verdade, então a princípio eu só fiz como ele: pressionei meus lábios ao dele. Mas ao menos eu sabia que era preciso movê-los e tentei fazer isso enquanto tentava respirar pelo nariz.

Sasuke também repetiu o meu gesto. Mas ele ainda fora mais ousado em seu movimentar de lábios, passou a sugar minha boca, ora de vagar, ora com mais vontade. Minha face ardeu, quando seus braços me envolverem. Sua língua forçou uma invasão, entreabri os lábios e a recebi em minha boca. Aquele avanço despertou algo diferente. Era como um formigamento no baixo ventre. Queria saber mais sobre aquela sensação, prolongá-la quem sabe. Torná-la mais intensa.

Contudo...

Ambos tínhamos consciência de que não teríamos essa oportunidade.

O beijo se prolongou até sermos interrompido por uma voz feminina que tanto eu quanto Sasuke conhecíamos muito bem.

— Er... Naruto... precisamos cuidar dos seus ferimentos.

Afastamos lentamente da boca um do outro, tendo o cuidado de não desviarmos nossos olhares. Mesmo assim, um novo sentimento me assombrou: a vergonha. Engoli em seco. Provavelmente, não era só Sakura, a garota que eu sempre declarei amar, e que amava aquele a quem eu havia acabado de trocar um beijo digno de romance, assistindo aquela cena tão incomum a um fim de batalha.

Mas eu também sei que há muito Sakura entendia.

— Podemos ir agora? — ela me chamou, como se soubesse que aquele era o desfecho de uma busca inalcançável.

Sasuke também deu a entender que aquele era a despedida. Ele se afastou de mim e dirigiu um olhar Sakura, que mantinha os olhos desviados de nós dois.

— Desculpe- me, Sakura?

Sakura há muito havia amadurecido e apenas sacudiu as madeixas rosas de um lado a outro. Mesmo sem pronunciar uma palavra, era compreensível sua resposta: não havia nada para ela desculpar.

Então, Sasuke deu uns passou para trás e se afastou a medida que Sakura se aproximava, erguendo seu rosto e sorrindo gentilmente, só para mim. Era claro que Sasuke já não estava no campo de visão dela. Era como se Sakura estivesse conseguido elaborar uma vacina capaz de imunizá-la contra os efeitos daquele mal chamado “Uchiha Sasuke”.

Encarei a face dela com preocupação pelo que ela tinha visto. Os orbes verdes estavam mais claros que o comum, e ela sorria, um sorriso que pra mim, naquele momento, fora totalmente indecifrável. Mas o qual desenhava naquele instante os primeiros rabiscos do nosso futuro.

Quando voltamos a olhar o horizonte, Sasuke já havia desaparecido. Eu senti as mãos dela tocar o meu peito, fazendo eclodir aquela luz verde que recuperava os ferimentos. E enfim, ela se pronunciou:

— De acordo com o Kakashi-sensei partiremos de volta para Konoha em uma hora, temos muito a fazer ainda. Ele pediu para que eu o deixasse bem a ponto de se locomover sozinho. Temos muitos feridos para carregar.

Eu toquei a mão dela que estava sobre meu peito. A minha preocupação agora era só com ela. Eu e a Sakura aprendemos a superar juntos. Éramos amigos, companheiros de batalha, irmãos, cúmplices, algo mais... Juntos desde o início. Até no fim. Sentia muito por ela.

— Gomen, Sakura-chan?

— N- não... — a voz dela quis vacilar, então ela balançou novamente os cabelos de um lado para o outro, deixando que as lágrimas a vencesse. — Acabou. Você fez muito por mim, pela Vila, pelo mundo ninja, até mesmo pelo... — ela vacilou novamente, mas suspirou fundo e conclui. — Até mesmo pelo Sasuke-kun. — O sorriso dela se abriu maior e mais espontâneo em meio ao rosto banhado por lágrimas. — Eu não posso, não vou, e não devo exigir mais nada de você.

— Mas... eu não queria vê-la sofrendo por ele.

— O único idiota que continua sofrendo por ele é você, baka!

— Sakura-chan...

— Só não conte aos seus futuros filhos que um dia você beijou seu melhor amigo daquele jeito na boca, está bem? Mas pode contar daquele primeiro beijo, o mais bobo, dado por acidente na academia... — ela pediu, parando um momento com a cura, para esfregar os olhos.

Ao entender o que ela estava querendo me dizer, senti uma nova energia me reanimar.

— Sakura- chan...

— A única coisa que quero agora é continuar seguindo nesse caminho junto com você, está bem?

Eu assenti e eu a abracei com força e assim ficamos por um bom tempo. Esse foi o rompimento dos nossos laços com o Sasuke e foi um novo começo...

Um começo só meu e dela.

Uchiha Sasuke?

Nunca mais o vimos.

Mas não posso afirmar que nunca mais pensei nele.

Ah, sim. Eu me tornei Hokage. Sou pai de três filhos. O mais velho é adotado e é o que mais me idolatra também. Yoru. Significa “Noite”. Ele tem lindos olhos verdes, é pálido, têm cabelos bagunçados e negros. Ele é sério, dedicado as funções ninja, além de ser um dos partidos mais desejados pelas garotas de Konoha por ser filho de alguém importante como eu. Sim, ele se assemelha tanto ao Sasuke que às vezes penso que ele vai conseguir despertar o Sharingan.

Em segredo, Yoru se tornou meu favorito.

Mas jamais diria isso a ninguém.

Meus dois filhos mais novos são terríveis. Gêmeos e herdaram todos os meus traços: olhos azuis e cabelos loiros. A menina se chama Bara, significa “Rosa”. Mas ela só tem o nome relacionado a uma flor, ela não tem nada de delicada, parece uma diabinha em forma de gente. Estou pagando por tudo que fiz na infância, tenho certeza. Ela é exatamente minha cópia quando era criança.

Hikari é luz. Sim o nome dele significa literalmente “Luz” ou “Brilho”. Mas é tão carrancudo e fechado que o nome soa mais como uma ironia. Não combina em nada com seu gênio.

Contudo, ele e o irmão mais velho se dão bem e se respeitam.

Quando vejo os três juntos, algo nostálgico me invade. Visualizo neles o que um dia eu, Sasuke, e Sakura fomos...

Um time.

Uma família.

É, o tempo passa. As coisas mudam e nós nos moldamos ou nos conformamos com as transformações ao nosso redor.

Posso afirmar sem dúvidas que sou feliz.

Mas ainda existem noites em que eu sonho com aquele beijo dado no campo de batalha...

No fundo, é esse sentimento, de um dia revê-lo, nem que seja no meu leito de morte, que me faz querer lutar e continuar seguindo em frente.

All I wanted was you

(Naruto)

Fim


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Notas finais do capítulo

No fundo, não acredito que Kishimoto vai dar um final com Naruto e Sasuke juntos. Certamente o destino de Naruto é com uma das meninas, Sakura ou Hinata.

Nosso belo amor yaoi nessa história vai terminar em pizza! (-.-)’

Mas é claro, como disse brincando na última oneshot “Não, eu desisto!”, enquanto nós fãs yaoi e desse casal sonharmos com um final com eles juntos, esse final existirá nos nossos corações.

Mas se o Kishimoto terminar a série com casais heteros (o que certamente vai acontecer) se ele nos presenteasse com um mero beijo como fiz nessa fic, já me sentirei satisfeita. Se não, o jeito é se conformar.

Bom, esse só foi um aperitivo enquanto não faço atualizações dos meus outros trabalhos.

See you next! o/