A estranha garota escrita por Tachibana Anne


Capítulo 22
Afogamento


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas (/*0*)/
A fic está em sua reta final e terá outro capitulo amanha.



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Pov’s Seitaro on:

–Cheguei! – dizia Sammy enquanto entrava na mansão.

Eu realmente não esperava por isso, mesmo que Sammy tivesse dito essas coisas de copias ainda era muito estranho tê-la a meu lado e na minha frente ao mesmo tempo. Era um choque muito grande. Era como uma segunda Sammy, Sammy 2?

–Como assim?- falou Vicktor pausadamente. Ele olhou para a Sammy que estava deitada no sofá e para a que via em pé na porta. – O que..?

Eu já esperava essa reação, mesmo que eu estivesse um pouco assim também.

–Do que você está falando Vicktor? E falando nisso quem é esse ai do seu lado? – Sammy 2 falou.

Ele ainda estava tentando processar as informações, estava pálido, tremendo e com seus olhos arregalados. Sammy 2 ficou sem respostas.

Ela estava vindo mais para perto, ficaria como Vicktor ao ver a si mesma no sofá e ainda por cima desmaiada e manchada com o próprio sangue.

Acho que seria melhor se ela estivesse acordada, para sairmos antes que coloquem fogo em nossas cabeças ou algo assim.

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Pov’s Sammy on:

Afinal por que saímos naquele lugar? Não era nosso mundo, como eu tinha pensado quando pisei para fora do espelho, era uma armadilha, com certeza, só poderia ser isso. Mas o que diabos ela tinha feito para me deixar nesse estado?

Não era hora de pensar nisso, na verdade nem se fosse a hora eu não conseguiria, meu raciocínio não consegue se formar, todos meus pensamentos, informações e lembranças estão misturadas e não consigo arrasta-los para onde quero, era quase como se estivesse nadando no mar a procura de pequenas bolinhas transparentes.

Deveria acordar.

Não acordar.

Estou fraca demais, talvez devesse descansar, seria realmente uma boa ideia dormir.

Profundamente, e nunca mais acordar, Seitaro iria se virar bem sem você, sabe disso, você só o atrapalha. Livre esse peso dele e durma até o final. Ele ficaria feliz.

Feche os olhos.

Não.

Feche, devagar.

Não, não quero.

Não abra os olhos.

Abrir? Sim.

Não Abra.

Então abrirei, já que é isso que quer.

Meus olhos estavam pesados, como se alguém estivesse com as mãos em cima deles, era difícil abri-los, precisava da força que não tinha no momento.

Mas não poderia deixar ser arrastada para a morte.

Movi minhas pálpebras, revelando meus olhos.

Eu estava me olhando com um olhar assassino.

Eu? A Sammy desse mundo estava aqui. Mas qual é o propósito desse olhar?

Mesmo que quisesse sair daquele sofá não conseguia, meu corpo ainda estava pesado, como se estivesse dentro da água amarrada e com sacos cheios de pedras em cima de mim.

–Sammy? – aquela era a voz do Seitaro.

Menos um saco de pedras.

Já conseguia mover meus dedos.

–Você está acordada?

Um braço me puxava para a superfície.

Levantei com toda a força que vinha fazendo e fiz a Sammy desse mundo saltar para trás com o susto rompendo o contato visual.

Seria ela que tinha me deixado daquele jeito? Talvez sua presença?

Talvez o fato de ter duas de mim?

–O que está fazendo aqui Sammy?-disse.

Vicktor, Seitaro e eu a olhamos estranho.

Essa com certeza não era a reação esperada por nenhum de nós.

–Você já tinha visto ela Sammy? – Vicktor perguntava a ela.

Ela não respondeu, nem o olhou no rosto.

Seitaro e eu nos entreolhamos e eu balancei a cabeça em negação.

–Não acredito que ele fez isso comigo. – falava consigo mesma enquanto mexia em seu bolso. - Traidor.

Talvez ela não fosse realmente a “eu” desse mundo.

Retirou uma faca de seu bolso e recitou algo indecifrável, uma magia talvez, e fez sua faca virar um facão, não qualquer um, aquele facão o mesmo que tinha matado Vicktor.

O que ela tinha feito com a verdadeira Sammy? E mais, o que tinha feito para ficar em seu corpo?

Vicktor recuou e Seitaro olhou assustado para ela. Os dois não sabiam, e Vicktor estava como um intruso, o coitado não sabia de nada que estava acontecendo ali, Seitaro tinha uma noção maior, mas eu o deixaria de fora mesmo assim, pelo simples fato de que o destino que me persegue também o atinge, um destino em forma de pessoa.

Ela me olhava com os olhos cerrados, seu corpo já estava em posição de luta. Desafiava-me a enfrenta-la.

Retirei o canivete de meu bolso, ele realmente iria servir para alguma coisa no fim das coisas.

Arrumei meu corpo na posição certa e dei um sorriso de canto. Se ela fosse quem eu pensava estaríamos novamente frente a frente.

E eu não a deixaria escapar.


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Notas finais do capítulo

Mandem seus comentarios delicias.



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