–Meu olho.- Falei, assustada, retirando a faca lentamente do meu olho, abrindo-o ao meio,o sangue escorria pela minha roupa inteira.Coloquei as mãos nele.

O duende ria,e deu de costas,as pessoas olharam assustadas para mim,que agora,urrava de dor,mas as coisas não poderiam ficar assim.Levantei a cabeça,evitando que estava dolorido demais,retirei a mão do olho ensanguentado,joguei a faca fora,queria mata-lo com minhas próprias mãos.Apesar dele ser alto,forte,e com uma expressão assassina, iria acabar com ele.

–Muito engraçado.Muito.-Fui andando até ele. -Não acredito que você fez isso comigo.

Ele virou,e me encarou.

–É uma pena mesmo estragar esse seu rostinho,não é,mas você começou a briguinha.Pode apostar que irei estraga-lo mais ainda.-Se aproximou.

Senti meu rosto ficar vermelho de raiva,olhei para trás,ri por uns instantes (Tipo assim,rindo feito uma retardada de olho furado) tentando me acalmar,corri em sua direção,não o deixando dizer mais nenhuma palavra,dei um soco forte em sua barriga,e voou para trás, cerrei os punhos,e fui dando socos profundos nele,o fazendo sangrar,o destripava usando apenas as unhas,ralando sua pele,com muita força,já estava irritada,sua carne estava fervendo,isso até eu arrancá-la também,com suas veias de companhia.

–Vamos ver se gosta de ficar cego também,dos dois olhos.-Sabia que ele já estava morto, mas queria arrancar seus dois olhos também,e arranquei,cortando também a veia que os prendia,o homem estava completamente sem sua pele,sem olhos,e sua roupa rasgada,infelizmente minhas unhas estavam sujas com pedaços de sua carne e sangue.O peguei e levantei para o alto.- Alguém mais?

Os duendes olhavam assustados,um deles colocou todas as frutas que tinha na minha frente,larguei o cara, me ajoelhei,colocando a capa no meu rosto.Percebi o que tinha feito.Peguei algumas das frutas e minha faca de volta.Me lembrei: A invasão! Corri até o reino doce,e entrei no orfantato, tinha mais vinte minutos para começar a guerra entre o tal reino.

–Tsuki?-Perguntou uma das crianças,logo percebi que era George.

–G-george?-Perguntei,me aproximando.

–O que aconteceu com você?-Ele falava com medo,tremendo mais a cada passo que dava.

–Eu estou bem,não se preocupe.-Tentei falar.

–Não está tudo bem.-Concluiu.-Seu olho!

–Não tem problema,eu realmente não sinto mais dor.Eu...trouxe algumas frutas.

Algumas outras crianças foram se aproximando.

–Quem é você?-Perguntou uma garotinha.

–T-tsuki Moon,princesa da Lua.

–Uau.Uma princesa?-Os olhos dela brilharam.-Você não parece com uma princesa, muito menos da Lua.

–Não pareço.-Me dei conta.- Vou tentar parecer mais.-tirei a capa coberta de sangue,e a joguei em um lado, o vestido roxo que eu estava usando estava todo rasgado.

As crianças foram em direção a capa jogada.

–O que aconteceu com você?-Perguntou uma delas.

Eu ia falar minha história, mas mudei de ideia, não queria estragar o mundo de inocência delas.

–Eu só...bati.-Tentei esconder.

–Seu olho está cortado pela metade. Com certeza não bateu ele.Pera...você trouxe frutas!-Logo depois de um gordinho anunciar isso,eles foram direto para o saco de frutas que eu havia trazido, como se não comessem á dias.

–Senhorita Tsuki.-George veio em minha direção.-Eu re-fiz o desenho.-Me mostrou o papel.

Eu mal conseguia ver o desenho,estava só com um olho,e estava com uma dor de cabeça terrível,pelo pouco que consegui ver,achei mesmo bem bonito.

–Que lindo que ficou, você tem talento pra isso.-Dei um sorriso meio forçado.

Ele sorriu,e logo sentou-se em uma almofada,onde um boneco de pano estava.

–E esse aí,quem é?-Perguntei.

–Ele é Max, o mais bravo cavaleiro, nós sempre brincamos juntos,e cá entre nós,ele me ensinou muitos golpes também.-George responde,com um sorriso alegre.

Sorri também,Jujuba entrou correndo no orfanato.

–Tsuki? Que bom que está aí! Vamos logo,por favor.-Falou ela.

–O que foi?

–A invasão vai começar.

Continua...