Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla


Capítulo 6
Enfrentamentos


Notas iniciais do capítulo

LEIAM O RECADO POR FAVOR:
Bom, gente o capitulo demorou, e ai vai o motivo,bem nos últimos dois capítulos que fez fui eu, a Aylla, e nos próximo dois é a Keel que ira fazer, e bem ela fez o capitulo , o problema foi que roubaram o pen drive dela, e apenas no pen drive que estava o capitulo, o que resultou que ela acabou perdendo o capitulo e teve que o refazer em menos de dois dias.... Entao desculpem pela demora amores......


Bem quero agradecer a Cris, Hurricane, BakaSan, Sei lá Pensei e Escrevi, louise chan, Sol, Stefany Di Angelo, Beatriz Grey, Rosa Cullen, Priix Gama, Angel Girl, bss_bells por terem comentado, muito obrigado ...


Ai esta o próximo capitulo...



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Beatriz

– Não. - Respondi procurando uma posição confortável. - Nós não precisamos conversar. - Ele me olhou e respirou fundo.

– Por favor, eu preciso entender.

– Eu é que preciso entender. O que você faz aqui, Simon?

– Sou seu irmão.

– E você transou comigo? Como pode não ter me reconhecido?

– Da mesma maneira que você não me reconheceu. - ele falou se aproximando mais. - Temos muita coisa pra esclarecer um ao outro. - eu bufei.

– Não. Eu não tenho nada para esclarecer pra você. - ouvimos uma batida fraca na porta e logo, Filipe estava ali conosco. Forcei o meu melhor sorriso. Agradeceria infinitamente por aquele caipira ter chegado. - Oi Fê.

– Oi. Tá tudo bem por aqui? - ele perguntou olhando de Simon para mim e de mim para Simon, incansavelmente.

– Sim. Tudo muito bem. Meu irmão veio apenas me receber, mas já estava se despedindo, né Simon? - falei sem paciência.

– Sim. Depois a gente se fala? - Ele falou sorrindo enquanto saía. Desgraçado! Como ele ousa sorrir perto de mim? Cadê a compaixão? Jesus!

– Estavam brigando, né? - Filipe perguntou sentando numa poltrona no canto do quarto. - O Simon sempre me disse que não se entendia contigo.

–Estávamos. Vai ser um inferno ficar aqui com ele.

– Você supera. - revirei os olhos. Pouco provável me dar bem com aquele crápula. - Teu pai está te chamando pro almoço. Vamos?

– Claro. Pode ir na frente, que logo estarei indo. - Falei sem ânimo. Eu teria que olhar para aquele olhos e aquele sorriso e fingir que o odiava. É isso mesmo produção?
***

Todos estavam reunidos na mesa. Uma família perfeita. Só tinha um lugar à mesa quando cheguei. Ao lado de Simon. Eu praticamente implorei com os olhos para que Filipe trocasse de lugar comigo, mas ele sequer percebeu. Difícil isso.

– Ei filha, tá tudo bem? - meu pai perguntou espetando um pedaço de frango.

– Sim.

– Gostando do lugar? - ele perguntou outra vez. Provavelmente tentando puxar assunto.

– É legal. - respondi evitando levantar os olhos do prato. Simon estava próximo demais. Tipo, muito próximo e isso... Bom... Isso mexia comigo de um certo modo que... Me fazia lembrar de todas as sensações e de tudo que seguiu depois daquele dia. Quis chorar. Quis levantar da cadeira e espetar Simon com o garfo até umas horas por ele ter feito o que fez. Por ele ter sido tão cafajeste.

Fala sério né? Que tipo de monstro faz isso?

– Tá monossilábica você. - Meg disse. Eu não tive como não sorrir. As bochechas rosadas dela, me deixavam felizes.

– Pois é. Também achei. Aconteceu alguma coisa? - Rosie perguntou. Senti os olhos de Simon sobre mim. Eu odiava aqueles malditos olhos verdes esmeralda. Me faziam pecar em pensamento.

– Não. Nada. - respondi rápido. Eu não estava com um pingo de fome. Talvez Meg tenha percebido isso, porque disse:

– Não precisa comer tudo se não quiser. - eu a olhei e sorri. Eu sempre sorria pra ela. Por que isso?

– Nem tá com fome, né? - Filipe perguntou.

– Não. - respondi lançando um olhar na direção de Rosie, que tinha cozinhado especialmente pra mim. - Não mesmo. - abaixei a cabeça fitando o prato e vi pequenas e gordas mãozinhas sobre minha coxa. Logo, Sophia saiu debaixo da mesa e me olhou com os olhinhos brilhantes e bem delineados.

– Brinca comigo? - ela pediu. Senti uma ligação a ela. Sei lá... Talvez eu fosse ser mãe de uma garotinha. Perder meu bebê me fez ficar sensível a crianças. Eu a peguei no colo e levantei depois de pedir licença. Iria brincar com a garotinha de olhos lindos e bochechas rubras.
***

Já havia se passado três horas. E eu só notei o tempo quando senti meu estômago roncar. Sophia dormia no meu colo e estávamos sentadas abaixo de uma árvore. Ouvi barulhos de folhas secas sendo pisadas. Torci pra não ser quem eu pensava que fosse. Não resolveu. Simon sentou do meu lado. Ele abriu um livro e encostou no mesmo tronco onde eu estava escorada. Fingi não me importar. Por dentro, eu travava uma batalha com o meu instinto de agarrá-lo.

– Você tá lendo mesmo ou só tá fingindo? - perguntei tombando a cabeça pra trás, de forma que encostasse no tronco também.

– Estou lendo. - ele respondeu sem sequer levantar os olhos do livro.

– Por que você sumiu? - perguntei receosa. Ele fechou o livro e me encarou. Senti que me encarava. Eu não estava olhando. Ainda não sabia se tinha força para olhá-lo.

– Eu não sumi, Beatriz. Eu jamais sumiria. - Simon falou sério.

– Você me deixou. - falei encarando ele de volta. - Você me deixou depois daquela noite incrível. - desviei o olhar e afundei meus dedos no cabelo de Sophia. - Você me deixou, Simon.

– Olha, eu gostaria mesmo de dizer "Você tem razão senhorita Bia." mas, eu não posso. Porque eu pensei que seria diferente com você, que você tivesse sentido o mesmo e aí... Quando eu me afasto... Você fica com outro. - ele falou jogando o livro de lado e cruzando as pernas. - Não ache que tem o direito de me julgar. - What? Como assim? Do que ele está falando?

– Escuta... Você foi o primeiro e o último desde aquele maldito dia. - disse o fuzilando.

– Maldito? - Ele perguntou arqueando uma sobrancelha.

– Maldito sim. Porque foi com você que eu consegui arruinar minha vida então... É. Foi bem maldito. - Sophia se mexeu no meu colo e virou pro outro lado.

– Talvez você devesse sumir daqui agora. - Sibilei encarando o chão. Não tinha coragem de enfrentar aqueles olhos outra vez.

– Ou talvez você devesse me olhar nos olhos e dizer que não sente mais nada. - Eu olhei pra ele. Olhei bem nos olhos. Não que eu não sentisse algo. Sabemos que sinto. Mas sim, porque eu era teimosa. - Diz. Se você não disser, eu posso não... - Ele mordeu o lábio e fez cara de pensativo enquanto olhava pro alto. Voltou a me fitar enquanto se aproximava mais. Engoli em seco quando senti a respiração dele próxima a mim. Muito próxima.

– Pode não o que? - Perguntei ofegante.

– Resistir. - Nossos lábios se colaram e ouvi a voz de Meg se aproximando. Me separei rapidamente de Simon e Meg chegou sorridente, com uma calça xadrez dobrada na canela, uma bota marrom e uma blusa branca suja de barro.

– Oi. - Ela cumprimentou. - Mamãe estava procurando a Sophia e você. - Ela disse me olhando. - Quer me dar ela? - Eu levantei com Sophia no colo e a entreguei para Meg que sorriu. - Ela gostou mesmo de você, hein?

– Gostou? - indaguei sem jeito.

– Gostou. Ela não dorme perto de estranhos.

– Ela não é uma estranha. - Simon se intrometeu.

– Teoricamente, ela é.

– Sim, eu sou. - Concordei com Meg. Simon se aborreceu, pegou o livro e saiu.

– Vou levar ela pra minha mãe. Vai ficar por aí? - Perguntou.

– Não. Vou contigo. Estou faminta. - Nós rimos e saímos tagarelando.
***
Simon

– Já está na hora de ir pra universidade? - meu pai perguntou sentando na minha cama.

– Falta um pouco ainda. - respondi sem vontade. Ele analisou o relógio de pulso.

– Falta muito. - ele falou. - Tá fugindo de que? - eu adorava isso no meu pai. Ele tinha uma percepção incrível e até assustadora.

– De nada. - menti socando um livro na mochila.

– E está chateado com nada? - ele rebateu brincando com um fio solto da minha roupa de cama.

– Não estou chateado. Eu só quero ir mais cedo hoje.

– Logo hoje que sua irmã está aqui? - caraca meu! Acho que ele faz de propósito.

– Eu já recepcionei ela. Já está de bom tamanho. - murmurei dando de ombros.

– Você prometeu tratar ela bem pelo tempo em que a Bia estivesse aqui. Eu te contei por cima o quanto aquela menina sofreu.

– Só que... É difícil tratar uma pessoa teimosa e que você ama, bem. Ainda mais quando ela é dura que nem uma pedra. - meu pai pareceu surpreso.

– Você disse que ama ela?

– Ela é minha irmã, pai.

– Vai ver ela só está sendo dura porque já sofreu muitas decepções.

– Eu não tenho culpa dessas decepções. Eu não tenho nenhuma culpa das escolhas que ela fez. Agora, se me dá licença..

– Claro. Bom estudo.

– Obrigado. - ao sair do meu quarto, me deparei com Meg. Ela me olhou e sorriu estreito.

– Já vai pra escola?

– Faculdade. - Corrigi impaciente.

– Por que você tá me tratando assim? - Meg perguntou.

– Estou te tratando normal.

– Com certeza não está. Ontem mesmo era só amores e agora... Mal me olha. Se você só queria transar comigo, não precisava ter dito tudo o que disse. Não precisava me iludir. - havia lágrimas nos olhos dela. Eu? Acho que me tornei insensível. Ou vai ver, estar extremamente chateado me tornava um monstro sem sentimentos. Olhei para ela e respirei fundo. Eu não iria discutir nada com ela agora. As coisas já estavam difícil o bastante com a menina que me tirou o sono sob o mesmo teto que eu. Eu poderia me acertar com Meg depois.

– Com licença. - falei me retirando.

– Simon? - Ela gritou. Eu parei, mas não me virei.

– Quando eu chegar a gente conversa.

– Quero conversar agora. - ela respondeu brava.

– Depois tá? Não enche. - e tratei de sair logo dali.

Beatriz

Me tranquei no meu mais novo quarto e me joguei na cama. Que dia! Olhei pela janela escancarada e vi a lua imensa no alto céu. A noite estava linda. Grilos cantavam e sapos faziam uma barulheira no lago. Peguei uma roupa e fui tomar um banho. Talvez esse banho arrancasse as coisas ruins que eu sentia.

Enquanto a água escorria pelo meu corpo, me dei conta que, estar ao lado do Simon era confortável e torturante ao mesmo tempo. Como se fosse ao lado dele que eu sentia que nada podia me ferir, que eu estava livre de todos os meus problemas, mas por outro lado, era ao lado dele que eu revivia todos os pesadelos que enfrentei nos últimos dois anos. Joguei um pouco de água fria no rosto e desliguei o chuveiro logo após. Estar aqui não estava me ajudando. E não falo aqui no banheiro. Me refiro à Conquista d' Oeste. Eu tinha muito que aprender ainda.
[...]


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Notas finais do capítulo

Bem espero que tenham gostado do capitulo....
Comentem e recomendações são bem vindas kkkkk