Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla


Capítulo 38
Voltas que a vida dá


Notas iniciais do capítulo

Oiiie...
Calma! Guardem os facões. Eu sei que tenho demorado mais que o de costume em entregar os capítulos. Eu sei também que ando atrasando os capítulos da Aylla, e mais ainda os meus. Sei de tudo isso, podem me condenar ao pau-de-arara se quiserem (eu no clima de tortura da ditadura '-'), mas é que as coisas não andam nada fáceis. Tô tendo que me esforçar bastante pra botar minha cabeça em ação e ainda por cima, tendo que tirar um tempo para conseguir ter no mínimo seis horas de sono. A escola tá acabando comigo, como se já não bastasse ficar nove horas enfurnada lá.
Booooom... Adivinhem! Ontem fez exatos seis meses da fic ( e eu não saberia disso de cor se a Aylla não tivesse me dito u.u, sou um cúmulo com datas. Só lembro das trágicas) e eu queria de todo meu coração quebrado (eita porra, preciso de um namorado .-.) agradecer à vocês por estarem conosco por tanto tempo (tá certo que umas chegaram depois, mas fiquem xiu vai). Cara de piolho (novo xingamento ou demostração de surpresa), foi muito difícil chegar até aqui e eu e a Thay tivemos que driblar tantos obstáculos, que agora é imensamente satisfatório esses seis meses escrevendo essa fic que tá no final mas que nunca acaba (né????).
Tô aprendendo muita coisa por aqui e especialmente ao lado da maluca e tagarela companheira de fic (Thhhaaaay). Aprendi, inclusive, a falar nas notas, por isso, culpem a ela por esse momento. Enfiiiiim... Agradeço à todos por cada favorito, recomendação e review! Adoro esse vínculo e carinho que criamos com vocês e adoro dizer que sou amiga das minhas leitoras e que admiro elas por sempre jogarem limpo, expondo abertamente o seu ponto de vista. Continuem assim.
LEIAM AS NOTAS FINAIS PARA INFORMAÇÕES DO PRÓXIMO CAPÍTULO! ~mentira kkkk MAS LEIAM MESMO ASSIM!

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/430806/chapter/38

Simon

Ela se afastou de mim inquieta e alarmada ao mesmo tempo. Dirigi a ela um olhar inquisitivo, esperando que ela se pronunciasse.

— Simon... — ela se cortou provavelmente não sabendo muito bem organizar as palavras. Mexia no cabelo freneticamente e pelo que eu conhecia dela, aquilo era um sinal de nervosismo.

— Desculpe... Eu me... — pedi parando quando os nossos olhares se encontraram.

— Nós somos apenas amigos. Nunca dei a entender que queria algo a mais, Simon. E não porque eu realmente não queria e sim, porque já fiz coisas erradas demais para uma vida. — sorri estreito. Ela e sua tendência a exagerar.

— Não espera que eu acredite nisso, espera? Pois não irei. Você é uma pessoa incrível.

— Resultado de culpa, talvez. Já parou pra pensar nisso? — pensei um pouco. Sim, eu já havia parado para pensar nisso. Ainda mais considerando que ela se aproximou do nada.

— Pra ser sincero, sim. Mas desconsiderei isso porque com o tempo você se saiu exageradamente boa. — ela fez uma careta enquanto voltava ao meu lado. Havia detectado o sarcasmo em "exageradamente boa".

— Se tinha uma pessoa que a Sabrina odiava era a Meg. E quando ela soube que vocês estavam juntos... Meu Deus! Ela quis matar você. - arqueei a sobrancelha surpreso. - Então ela começou a se fingir de amiguinha de todo mundo, só pra obter informações sobre você e ela. E a coitada mal sabia que na verdade seu coração já tinha sido prendado por outra. Aliás, ninguém sabia. Nem eu que estava sempre com a Sabrina. - ela soltou um suspiro.

— Ahh, então você vai entrar na história agora? - brinquei. Ela me mostrou a língua e depois repousou a cabeça no meu colo.

— Como é que alguém poderia saber de você e sua irmã? Não é lá uma coisa que se possa ponderar, ela é sua irmã! Então a Sabrina queria armar algo contra a Meg e você para que ela tivesse chance... — ela parou.

— E você a ajudou? - conclui a vendo sacudir a cabeça devagar. — Mas foi tão ruim assim? Por que a culpa?

— Porque deu errado, Saisai... Não era com a Meg que você estava, era com a Bia. E a gente separou vocês. — demorou um minuto para cair minha ficha: As fotos.

—Foi você quem... Aquelas fotos... Sabrina e eu?

—Foi. Infelizmente poucos dias depois d'eu ter editado tudo no computador e ter entregado à Sabrina, descobri que você estava feliz. Na verdade, ouvi você comentar com Jake um dia na faculdade. Ouvi você dizer que sua irmã te preenchia como ninguém. Que ela era seu primeiro e último amor. E que ninguém poderia acabar com isso. — ela levantou do meu colo. O rosto triste. — Senti culpa. Porque graças a mim, isso estaria prestes a acontecer. E meu coração se quebrou.

— Deixe-me adivinhar: Você tentou impedir. - ela sorriu fraco com cumplicidade.

— Claro que sim.

— E Sabrina não te deu ouvido?

— Ela ficou furiosa. E falou que já tinha pagado para um garotinho levar até sua casa o envelope. Foi como se uma faca tivesse me ferido. Acho que no mesmo dia, decidi que viajaria para longe. Esquecer isso. E fui para a rodoviária. Onde encontrei a Bia no banheiro. Ela tentou disfarçar, mas de longe se percebia os olhos apagados, cheios de lágrimas e o nariz vermelho.

— Você viu a Bia naquele dia? - perguntei me recordando tudo.

— Vi. Falei um pouco com ela. Depois quando voltei de viagem uma semana mais tarde, percebi que seu desempenho na universidade começou a cair, você já não se importava mais, vivia cabisbaixo, triste, furtivo... Deprimido. Quando você reprovou simplesmente não aguentei. Sabrina fingindo uma falsa gravidez e você sendo honroso em assumir a paternidade. Isso me enfureceu e acabei dando um tapa no rosto de Sabrina quando fui pedir esclarecimentos e ela me disse que agora ela estaria do seu lado para sempre. Ela não se importou nenhum segundo com o que você estava sentindo.

— E você se importou? - perguntei com cautela.

— Sim.

— Obrigado.

— Obrigada? - Luana repetiu curiosa e surpresa.

— Tá perdoada. - ela sorriu com ternura e depois me abraçou. Grande amiga essa a minha!

Bia

Semanas depois...

— Oi Pi. — cumprimentei chegando em casa cheias de sacolas. Havia ido ao shopping comprar umas coisas para o enxoval.

— Oi linda. — ele me saudou sem grilos por fazer tanto tempo que eu não o chamava de apelidos carinhosos. Nós havíamos nos afastado e eu nem sabia muito bem porquê. Ainda mais depois daquela atitude nobre de querer assumir um filho que não lhe pertencia. Depois da nossa primeira transa... Depois de tudo aquilo que havia rolado, nós tínhamos nos afastado. Não que ele não me procurasse, ou que eu não estivesse sempre por perto. Talvez fosse porque ele havia voltado a estudar e passava muito tempo ocupado na faculdade e eu sempre entretida com a maternidade, mas tínhamos nos afastado e muito. No geral, ele não me cobrava, sabia que minha gravidez era de risco e nunca mencionava nada que pudesse me deixar abalada emocionalmente. Não falou sobre contar ao Simon da gravidez, mesmo agora minha barriga aparecendo. Não ousou discutir o que estava acontecendo entre a gente e nem me questionar se eu estava segura sobre nós. Ele se mantinha quieto, apenas concordando com as minhas decisões. Mas aquilo não era certo com ele. Não era certo porque eu havia percebido toda essa distância e não queria tocar no assunto apenas para não me aborrecer, mas como no dia anterior eu havia discutido com Katy que insistia que eu ligasse para o Simon e dissesse, eu agora já estava cheia de ficar tirando vantagem da minha gravidez.

— Por que nos afastamos? - perguntei a ele enquanto desembrulhava as coisas da sacola e mostrava a ele as roupinhas.

— Não nos afastamos - ele teimou e sorriu satisfeito com as roupas escolhidas por mim. — Nos vemos todos os dias, conversamos, trocamos boas risadas...

— Não é nesse sentido. O que aconteceu com o nosso namoro? Nossos planos?

— Eles ainda estão de pé. Eu ainda quero ser o pai do Simon júnior e ainda te amo muito. As coisas não mudaram.

— Faz mais de uma semana que a gente não dá um beijo de verdade. Aliás, desde o dia que transamos você ficou estranho.

—Acho que isso é paranoia da sua cabeça, porque se isso tivesse tido mesmo efeito, eu não teria transado com você as outras vezes. E acho também que devemos parar de falar sobre isso. Esses assuntos podem te aborrecer e não quero que você passe por tudo outra vez. Quero ser pra você o que o Simon nunca soube ser. —isso me pegou de surpresa.

— Ele não teve culpa. - falei. Mas logo me arrependi de tê-lo defendido.

— Não?

— Não. Eu tive. Por ter transado com ele. Eu nem estava preparada.

— E está dessa vez? - senti que ele fez essa pergunta apenas para não continuar falando sobre o Simon, mesmo que isso fizesse uma referência implícita à ele.

— Não, não estou. - confessei. - Mas dessa vez eu tenho você. — falei e sorri. Ele sorriu de volta e depois de me dar um beijo na testa e um aperto condescendente na mão, saiu.

Eu sentia falta do Simon.

Narração

Dois meses depois...

As festas de fim de ano estavam a todo vapor. O natal tinha acabado de passar, e o ano novo trouxe esperança para quem já havia perdido.

Walkíria viajou para Las Vegas com Antônio, onde dias depois, Bia recebeu um cartão postal que mostravam eles juntos em frente à capela do Elvis Presley onde eles se casaram sem dizer nada a ninguém.

Filipe havia viajado para Conquista d' Oeste, onde dias após estaria no casamento de Meg e Jake. Havia insistido em levar Bia junto, mas ela se recusou. Não queria que soubessem da gravidez, embora seu pai já tivesse ouvido rumores. Então ela estava sozinha. Em véspera de ano novo. Com sete meses de gravidez. Sentindo dores de cólica como uma louca. O bom de estar sozinha era poder passar horas incalculáveis numa cama embaixo de um cobertor .

Vez ou outra Katy ligava para ela, ainda insatisfeita por Simon não saber e pelo romance entre Bia e Filipe ter virado história. Talvez o sexo tenha mostrado que não foram criados um para o outro, mesmo ainda havendo entre eles a compreensão costumeira, os olhares amigáveis, as piadas e uns beijos quando bate a saudade. Não era o que se podia chamar de amizade colorida, mas era quase isso. E para quem está fora, é difícil entender. Filipe havia se tornado um irmão.

Bia na sua constante solidão revivia os momentos ao lado do Simon. Era o que a mantinha acordada vez em quando e era também o que banhava seu sono quando ela conseguia dormir. Ela se perguntava sempre se ele pensava nela com tanta constância como ela pensava nele. E ela confessava a si que queria que sim. Que ele pensasse.

O amor é uma coisa engraçada. Você tem, mas não sabe até quando. Num mundo como o nosso, não dá para se ter certeza das coisas. Às vezes é questionável até mesmo o que você traz dentro de si. Porque a razão causa efeito no coração e o coração é persuasivo o suficiente para influenciar a razão. O amor sem sacrifício não é nada além de sentimentalismo. E há tantos estágios de amar que o amor acaba deixando de ter real importância. Ele acaba se tornando aquela bateria de exames chatos que se precisa realizar todos os anos. Pior é que a falta dele tortura. E inconscientemente seu pensamento te leva até a razão daquele que você adotou por amor e que por algum motivo não está mais do teu lado. Tudo que você quer nesse momento é esquecer. Às vezes a gente se pega batendo em nós mesmos por ter se permitido lembrar-se do que quisemos ficar sem.

Se isso não é engraçado é, no mínimo, cruel.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Leram? Hãn? hum? Booooooom... Chegaram aqui então, isso é sinal que leram... ou não? Ou sim? Que tal me dizerem? Hoje não é um dia legal, então me animem! Valeu!
Quanto à minha declaração lá em cima sobre precisar de um namorado é sério viu? Como é o masculino de prostituta? Não sabem? Nem eu. Mas então.. Me mandem um puto lá em casa. Aceito serviço completo, favor mandar já pago hein... Eu poderia pedir uma panela de chocolate enviada por sedex (porque no Sedex MANDOU, CHEGOU) mas não gosto de chocolate... Só me resta o puto mesmo.
Por que to falando disso?
Vou embora, tchau kkkkkk
Ahhh, leiam Questões do Coração, Tô quase no fim. A autora é Emily Giffin, sabe como prender um leitor. Mas é uma leitura madura (e não. Não há sexo, falou? ¬¬). Eu gosto.
Obrigada outra vez. Desculpem por falar demais. Vou economizar oxigênio parando de discursar. Então, bye. Tô me indo. Me fui. Adeus......

~Keel