Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla


Capítulo 22
Mudanças?


Notas iniciais do capítulo

YOoo!

Desculpem a demora. Estou de mal de vocês. Boa leitura ¬¬



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Todos se agitaram ao meu redor. Meu pai havia acordado, afinal. Por que eu não estava completamente feliz com aquilo? Minha mãe nos olhou e eu puxei Simon de lado.

– Queria falar com você antes de irmos ver nosso pai.

– Mas sua mãe quer vê-lo agora. - Ele murmurou colocando ênfase no "sua mãe".

– O Lipe pode levá-la.

– Ele, a Meg e sua mãe na moto? Será uma cena muito bonita de se ver.

– Empresta seu carro para ele. A gente pode ir depois de moto. - Pedi com o olhar suplicante. Senti estar perdendo todo o romance com ele. Eu precisava ressuscitar isso. Simon assentiu com a cabeça e saiu na direção de Filipe.

Sentei numa poltrona e vi Meg vindo até a mim. Me preparei psicologicamente para qualquer provocação ou coisa do tipo. Mas ela só sentou ao meu lado e segurou minha mão. Confesso que me assustei com o ato, mas não tirei minha mão do local. Ela continuava olhando para frente, respirava devagar e piscava raramente.

– As coisas vão mudar muito. – Ela por fim falou.

– Imagino que vão.

– Você não tem medo das mudanças? – Ela perguntou baixo.

– É necessário mudar. É preciso mudanças. Só assim as coisas vão para frente.

– Eu tenho. – Ela respondeu à uma pergunta que eu de fato não havia feito.

– Não tem mais ninguém para encher o saco?

– Estou te enchendo? – Ela rebateu me olhando pela primeira vez. Desviei o olhar. – Me desculpa Bia. De início eu não tinha feito nada pra você. Eu só queria que você se sentisse em casa. Que quisesse ficar e eu... Bom... Não tenho mais tantas amigas. Daí você chegou e perdi meu namorado, meu amigo, minha irmãzinha. Você meio que me tomou as pessoas que eu mais amo no mundo. Inclusive minha mãe. – Me surpreendi com aquilo.

– Desculpa... Não foi a minha intenção. – Engoli em seco.

– Pois é... Daí eu perdi o menino que amava, perdi meu melhor amigo, a admiração da minha irmã e o orgulho da minha mãe. Eu me senti ameaçada por você, ainda mais depois de saber que você e o Simon... Arrghh... Agora não importa mais, mas quero de todo coração te pedir perdão. Fui extremamente egoísta e você não tem que me desculpar. – Ela soltou a minha mão e levantou. – Seria legal se desculpasse. – Deu uma singela piscada e saiu rebolando, acho que para não perder o costume. Fiquei pensando no que havia acontecido ali... É... As coisas estavam mudando. Ainda bem que não tenho medo das mudanças, pensei me orgulhando desse fato.

Só então senti um chacoalho no braço que me fez voltar no primeiro dia que cheguei aqui. Antes de a minha vida virar de ponta cabeça. De novo.

E era a mesma pessoa dono daquele primeiro chacoalho.

– Oi Pi, desculpe. – Pedi olhando-o nos olhos.

– Seu pai acordou e você quer ficar aqui pra acertar as coisas com o Simon? – Ele indagou me olhando com incredulidade.

– As coisas complicaram um pouco. Conversa com a Meg.

– Conversar sobre o quê?

– Sobre qualquer coisa. Vocês eram melhores amigos, não eram?

– Sim.

– Aposto que não faltava papo. – Acusei. Ele consentiu com a cabeça um tano inseguro. Talvez se perguntando como eu sabia daquilo. – Então, não posso acreditar que duas pessoas, que falavam sem parar, conversavam horas á fio e riam só de se olhar, agora não tenham mais assunto. – Ele deu de ombros e olhou na direção de Meg conversando com a minha mãe.

– Ela tá diferente.

– Você também. – Falei.

– Irei. – Ele falou me dando um beijo no rosto e saindo. Acompanhei-o com o olhar, acenar em despedida para Simon e sair de braços dados com a minha mãe e Meg. Aposto que D.Walkíria se sentiu uma dama, ainda mais com todo aquele charme caipira que o Lipe roubou somente para ele.

Simon

– Perdi algo? – Inquiri rindo enquanto me aproximava de Bia e olhava Filipe abrir a porta do carro para Meg. Foi suspeito aquilo. Bia deu um sorriso cúmplice e virou para mim quando viu o carro dando partida.

– Enfim sós. – Sussurrou mordendo o lábio inferior logo após.

– Nem vem me seduzindo. – Falei numa remessa de risos. – Não antes de me contar o que eu perdi.

– Acontece, querido Monze, que estou morrendo de vontade de me render a você. Preciso que você me dê atenção senão... Hã... – Ela colocou a mão no queixo como se estivesse pensando e depois continuou. – Senão terei que procurar o gostoso Jake. – E soltou um suspiro. Dei um empurrão nela que retribuiu gargalhando.

– Por que você está feliz? – Perguntei curioso.

– Porque agora posso transar contigo sem culpa. Posso te beijar sem pensar o quão pecaminoso isso é. – Ela passou os braços em torno do meu pescoço. – Agora estou livre para demonstrar meu amor.

– Não é tão simples assim. – Relutei. – Continuo fazendo parte da sua família. Isso continua sendo errado. – Falei.

– Você fala como se você não quisesse nada disso. – Ela fez bico.

– Você sabe que eu quero.

– Então será que a gente pode discutir as malesas disso depois?

– Claro mas então o que você que fazer?

– Hum? Que tal nos arranjarmos um lugar para ficarmos a sós?– pergunta com uma sobrancelha arqueada.

– Acho que sei o lugar perfeito – digo a puxando pela mão e pedindo para subir em cima da moto.

– E que lugar seria esse?– pergunta com curiosidade.

– Bom espere e verá.– digo risonho.

Cinco minutos depois chegamos ao lugar que poderíamos ficar a sozinho.

– Que lugar é esse? – indaga confusa.

– Bom como faço faculdade aqui, eu alugo esse prédio, assim quando estou muito cansado não preciso ir para casa – digo abrindo a porta e levando ela lá para dentro.

– Bom acho que nos vamos nos divertir e muito aqui – diz sapeca.

– Bia você tem certeza disso? Nosso pai acabou de acor... – Tento dizer, mas ela estava beijando o meu pescoço. Tem como resistir a um beijo no pescoço? Porque se você souber como, por favor, me diga. Fechei os olhos tentando me conter e me manter são, mas estava meio “Missão Impossível” aquilo no momento. Agarrei a cintura dela e com um impulso fiz a subir em meu colo. Subi as escadas a enchendo de beijo. Com certeza eu já estava muito excitado. Fechei a porta do meu quarto com os pés e a joguei na cama, já tirando minha roupa. Ela fez o mesmo. Aquela garota estava muito dominadora. Ela não me permitia fazer nada. Subiu em cima de mim, jogou os cabelos pro lado e mordeu o lábio inferior outra vez, ato que devo ressaltar, aumentou minha ereção que a cueca não estava mais sendo capaz de esconder.

Filipe

Walkíria saiu do carro juntamente com Meg e ambas ficaram a me encarar.

– Pode ir na frente. – Assegurei a Walkíria.

– Quem está lá? – Ela perguntou cautelosa.

– Só minha mãe. – Meg interferiu. Olhei para ela surpresa. Não sabia que Rose já estava de alta.

– Então vou esperar meus filhos chegarem. Vou deixá-los à sós. – Ela falou curvando um pouco a boca e saindo de cabeça baixa em passos largos.

– Temos algo para conversar? – Meg perguntou de repente recuperando aquela feição ingênua e o sorriso amigável.

– Por que não somos mais amigos? – Questionei encostando o corpo no carro.

– Você se afastou.

– Quando?

– No dia que conheceu a Bia, daí acho que depois eu fiquei um pouco “megera”. – Ela falou fazendo aspas com as mãos. – Mas eu daria tudo pra recuperar nossa amizade. – Falou.

– Considere recuperada. – Falei rindo. Ela me abraçou e eu retribui um tanto desajeitado. Caraca, as coisas estavam mesmo pra melhorar. Ou nem tanto, pensei ao lembrar de Samy.

[...]


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Notas finais do capítulo

Estou DESINSPIRADA. Comentem! Não querem me ver brava, querem??

~Keel