Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 31
O click


Notas iniciais do capítulo

Meninas eu não demorei porque estou com o capítulo 34 pronto e revisado e isso não é o máximo? Então se tudo der certo e dará eu posto na segunda porque como vocês sabem eu não seguro capítulo, queria agradecer a vocês eu amei ler que vocês conseguiram entender melhor tudo que aconteceu e espero que vocês não me matem no final do capítulo ele está... tenso?



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Alice chegou com uma pasta na mão. Era o meu final de turno e eu queria muito ir para casa e tomar um banho. O cheiro de álcool estava me deixando já cansada e estressada.

– Por que está aqui?

– Ela foi transferida para a psiquiatria.

Olhei a menina na nossa frente. Sara Beans, 18 anos e uma hemorragia causada por uma queda. Perdeu o bebê antes mesmo de dar entrada e estava recebendo sangue e soro. A vida era uma coisa muito louca. Jovem, bonita e com um namorado abaladíssimo na sala de espera.

– Isso foi de longe uma tentativa de suicídio. – afirmei sabendo de cor o prontuário.

– Não, ela não tentou se matar, mas ela perdeu um bebê e os pais dela afirmam que ela estava em depressão antes disso.

– Alice por Deus! Gravida aos 18 anos até eu estaria. Faça uma avaliação quando ela acordar e pronto, pare com essa maluquice, a menina já vai acordar sabendo que perdeu uma criança e quase morreu de hemorragia.

– Bella ela tentou se matar.

– Se baseou nisso olhando para ela? – cruzei meus braços e então Alice suspirou. – Não vou liberar ela para canto algum desse hospital até ela acordar e ela é maior de idade o que significa que os pais não podem ditar o que acontece com ela.

– Isso é absurdo!

– Não é, ela é minha paciente e eu não vou liberar ela para uma coisa sem sentido dessas porque alguém da psiquiatria ouviu dois pais decepcionados e tristes e achou que sabia o que era melhor para ela. Como qualquer outra pessoa ela vai ser avaliada baseada nas informações que ela mesma dará assim que eu a liberar para isso.

Ela virou as costas sem ao menos olhar para mim mais do que o necessário, eu detestava brigar com Alice, mas não ia deixar uma menina como esta ser levada para um ambiente como a psiquiatria como perder um bebê, seja isso intencional ou não, tínhamos procedimentos antes de chegarmos a esse ponto. Esfreguei as mãos nervosa e saí do quarto pedindo a tudo que era mais sagrado para ir para casa o mais rápido possível.

– Como está seu dia?

– É dia? – Victória riu. – Bom da última vez que vi algo mais que essas luzes o sol estava nascendo.

– Eu perdi isso...

Eu gostava de ir para o heliporto e ver o sol nascer com Victória e pensar que era mais um dia começando e que eu estava vivendo ele com Edward e com tudo que eu mais amava.

– Estava com a menina, não iria te chamar para isso. Como ela está?

– Estável, conseguimos parar a hemorragia. Fizemos a limpeza e ela poderá ir para casa se não se agravar nas próximas horas.

– Nas próximas horas pretendo estar em casa tomando um vinho e curtindo um filme com meu namorado. E você e Edward? Alguma programação? Da última vez que conferi era sexta feira.

– Ele deve estar no trabalho quando eu chegar e só nos veremos a noite. Posso dormir até ele chegar.

– Isso é o que está me fazendo falta.

Eu me despedi de Victória sabendo que George estava na porta do hospital me esperando, peguei rapidamente minhas coisas e me despedi de algumas enfermeiras fazendo pequenas observações para os médicos do próximo turno. Eu dormi na volta para casa e sei disso porque Sue me acordou e me ajudou com sua insistência a tomar um banho e comer antes de deitar e cair num sono profundo. Eu ficava grata aos meus plantões por não me deixarem pensar em besteiras ou me preocupar, o sono vinha fácil nessas horas e quando acordei lembrei que tinha que estudar para a prova que faria. Eu montei um plano de estudo que estava um pouco desatualizado devido a minha vida social com Edward.

– Amor! – eu ouvi a voz dele e fechei o livro sobre doenças cardíacas. Eu precisava rever cada tópico antes de me voltar para doenças hepáticas. Eu corri até ele e me joguei em seus braços fazendo ele largar a pasta no chão assim que viu. Edward me girou e ouvi a risada de Sue e mais duas empregadas que estavam com ela arrumando a mesa para nosso jantar. Eu amei essa recepção, pode repetir por favor?

– Todos os dias.

Nos beijamos não nos importamos que tinha mais gente presente e quando acabamos nosso beijo apaixonado só tínhamos nós dois.

– Como foi seu dia? – ele sempre perguntava primeiro. Fomos andando até a sala e sentamos no tapete grande que tinha. Edward tirava a gravata enquanto me ouvia falar do meu medo pelos exames, minha obsessão pela cardiologia já que era uma área que eu não dominava e ficou minutos parado me olhando gesticular enquanto tentava mostrar o movimento que treinei algumas horas antes de entrar na cirurgia com Victória. – Jasper me ligou e disse que está tendo um mal tempo com Alice. – ele falou isso rindo – Ela já quebrou dois copos por acidente e jurou que nunca mais entrava na cozinha.

– Vou ligar para ela. Depois.

Começamos a nos beijar e esquecemos mais uma vez do mundo ao nosso redor, era uma ansiedade, uma vontade e um descontrole total de emoções e vontades. Acabamos deitados no tapete ofegantes e com fome. Muita fome, Edward se levantou vasculhando com os olhos a casa, mas estava tarde. Eu tinha certeza que os empregados que dormiam conosco já tinham ido se recolher e corei pensando que não fomos nada silenciosos.

– Vamos comer algo na cozinha, são onze horas, todos já foram dormir.

Edward me contou do seu dia enquanto comíamos algo que ele esquentou no micro-ondas, eu então relembrei de Sara Beans por algum motivo e fiquei repassando os acontecimentos. O namorado chegou com ela nos braços, ela estava inconsciente devido a hemorragia forte. Não havia sinal de agressão. Eu decorei o prontuário, mas tinha algo faltando. Os pais falaram de depressão, mas isso não era tão relevante. Eu perdi alguma coisa eu tinha certeza e então como um clique apareceu.

– Ele jogou ela. – disse assustada.

– Como? Do que está falando?

Essa sensação me fez gelar por dentro e reviver cenas e mais cenas. Sara não tinha acordado até a hora em que eu saí. Deixando Edward me olhando eu liguei para o hospital e assim que me identifiquei a secretária passou para médico de plantão.

– Ela acordou? – Doutor Balner não entendeu, falou algumas coisas sem sentido. – Me diga como ela acordou.

– Assustada, ela perguntou pelos pais.

– Ela permitiu que eles entrassem?

– Claro, ela ficou horas com eles segundo a enfermeira.

– E o namorado?

– Que namorado? – ele perguntou realmente sem saber do que eu estava falando. Desliguei me perguntando porque eu ainda não estava satisfeita. Tinha algo a mais e eu lembrei de quando ele me contou do acidente. Decorado. Uma fala decorada. Apesar de todo desespero ele não teve dúvida alguma do que tinha acontecido. Foi enfático em algumas partes. Decorado.

– Edward...

– Bella você está me assustando!

– Jasper sabe onde aquele legista mora?

– O que esse legista tem haver com Sara?

– Tudo.

E ele me olhou receoso.

– Amanhã resolvemos isso amor.

– Não, hoje.

Edward passou a mão nervosamente pelos cabelos. Ele olhou ao redor e pegou o telefone da cozinha e eu sabia que estava falando com Jasper, mas minha mente rodava e rodava com as lembranças do legista, de Sara e do namorado. Edward voltou um pouco nervoso.

– Ele disse que sabe, está sob a proteção dele.

– Eu preciso ver ele hoje Edward. É importante. – eu podia ver como isso soava desesperado e louco.

– Não tem como ser outro dia.

– Não! Não tem! – ele se assustou com minha voz e então pegou minha mão me levando para o quatro. Trocamos de roupa em silêncio e então ele avisou a um segurança para no seguir. Jasper ligou no meio do caminho avisando um ponto de encontro. Uma ponte perto dos limites da cidade. Eu mexia nos meus cabelos, nervosa e ansiosa.

– Por que Jasper marcou esse encontro em um lugar tão longe afinal? – perguntei quando vi como estávamos longe de casa.

– Porque ele escondeu o legista. Ele é a nossa única testemunha. Tanto Jéssica como Mike não vão colaborar e ele está com medo de estarmos sendo seguidos. Percebe como isso é perigoso?

Se tudo que estava em minha mente fosse verdade ele não tinha ideia de como isso parecia louco e perigoso. Edward estacionou na ponte e vimos dois carros, eu podia perceber pelo casaco e altura que Alice estava do lado de fora e como ela estava alterada também. Assim que ele desligou eu saí do carro olhando só a figura magra a minha frente.

– O que quer comigo? – perguntou nervoso.

– Você examinou o corpo de Kate?

– O que... para que quer saber?

Ele sabia onde eu queria chegar.

– Você foi automático. O que escreveu naquele laudo, no atestado. Foi automático e decorado. O que aconteceu com Kate?

Edward e todos estavam em estado de choque. Eu olhei ao redor quando o legista os olhou também.

– Eu não sei.

– Mentira! – gritei – Você escreveu, fez a cesárea tirando o bebê. Não acredito que não vasculhou nem um pouco!

Eu podia ver como ele estava agora encurralado. Ele gritou alto e Edward se aproximou de mim como se pudesse me proteger do ataque histérico dele.

– Eu não sei no que vocês estão metidos entende? Eu não sei em quem confiar!

– Eu quero a verdade. Eu preciso dela.

– Eu vou morrer! Vão nos matar!

– Quem vai nos matar?

– Quem a matou com certeza.

Um silêncio. Um completo silêncio e então todas as minhas dúvidas estavam ali sendo respondidas.

– Não havia marcas e nem perfuração. O bebê estava limpo. Como se pudesse a qualquer momento chorar e procurando por ar. – ele engoliu seco quando disse isso. – Ela estava dormindo. – ele olhou para Edward com pena. – Sua esposa não tinha qualquer sinal de agressão ou hemorragia. Se eu pudesse dar a minha nota com a experiência que eu tenho eu diria que usaram nela algum veneno ou substância que a matou. Os dedos dela estavam limpos, não havia nada que indicasse hemorragia ou lesão, não houve luta, ela conhecia quem a matou. Ela estava morta há pelo menos três horas antes do acidente. Talvez menos, mas isso é bem relativo, a verdade é que ela chegou morta aquele acidente.

Isso mudava o quadro geral. Eu não matei Kate. Eu não matei Kate.


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Notas finais do capítulo

Amores da tia Paty me expliquem o que foi isso? Sentiram a adrenalina correndo no corpo? Eu a cada palavra que escrevi sentia em mim! Espero que tenham gostado e eu volto antes mesmo do que imaginem, respirem e bebam água... vamos precisar estar calmas para o que vem! E vem meninas!