Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 27
O sol e a lua


Notas iniciais do capítulo

Meninas boa tarde minhas lindas! Desculpa a demora a postar, só consegui sentar agora meus amores, mas espero que gostem desse capítulo! Beijos minhas lindas e obrigada pela LINDA recomendação, amei mesmo, uma leitora escreveu palavras inspiradoras!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/430384/chapter/27

Quem ganharia com a minha morte? Era simplesmente impossível não pensar nisso. Impossível não temer uma coisa dessa. Eu estava apavorada. Edward e Jasper continuaram conversando sobre isso, eu precisei deitar e Alice me deu alguma coisa para dormir mais facilmente. E antes de dormir eu ouvi claramente a voz de Kate falando em um tom doce e sereno.

– Ele vai te proteger, é um bom homem.

Esses anos todos em que se seguiram depois do acidente a morte de Kate foi a tragédia, a causa, o efeito e por consequência as mudanças. Nunca pensei no que realmente poderia ter acontecido naquela noite e por quê. Eu tinha várias coisas para pensar como o fato de que nessa época meu pai já sabia que estava com a doença que o matou, Jéssica já tinha recebido dinheiro de alguém e que ela provavelmente mantinha seu interesse em Mike Newton. Quem tentou me matar estava claramente por trás de muitas coisa, talvez Jéssica e seu interesse desenfreado ou algum inimigo do meu pai. Um alerta talvez para ele fazer algo que não queria? Ninguém poderia imaginar que naquele dia Katherine Cullen atravessaria nosso caminho e morreria da forma trágica como morreu porque estava na hora errada com as pessoas erradas.

A porta do meu quarto abriu e Sue entrou com uma bandeja nas mãos. Ela tinha um ar carinho e preocupado. Eu dei motivos para a preocupação, passei os últimos três dias em plantões absurdos e fui ao resgate de um paciente na área florestal com Victória e Brian, um médico que chegou da Europa e queria pegar os casos mais difíceis o tempo todo.

– Você vai para o hospital hoje? – eu olhei para porta me perguntando onde estava Edward, só George me acompanhava e nem tempo para mensagens eu tinha. Sue acompanhou meu olhar. – Sabe ele esta na porta esperando eu responder algumas perguntas que ele tem.

Sorri um pouco.

– Quais perguntas?

– Se você está bem, comeu, parece mais ou menos cansada, se seu braço está ruim quanto...

– Ele viu meu braço?

Eu juro que Sue perdeu a cor um pouco. Toquei no braço enfaixado, era um leve arranhão, mas Victória achou melhor enfaixar.

– Ele veio aqui de noite... você estava dormindo...

– Oh...

– Tome o ferro meu amor, acho que não a vi fazendo isso nos últimos dias.

– Sim, espere um momento.

Eu levantei, fui no banheiro e fiz minha rotina matinal. Com exceção de pentear meus cabelos e passar um pouco de maquiagem para esconder as olheiras, eu mantive a camisola porque afinal eu não queria tirar. Voltei com Sue me oferecendo o remédio e engoli com um copo de suco.

– Pede para ele entrar. – eu corei quando disse isso e ela sorriu feliz. Me ajeitei na cama esperando ele entrar de terno pronto para ir para o trabalho, mas não foi isso que aconteceu. Ele entrou com uma roupa casual, simples. – Não vai trabalhar?

– Eu...você está bem?

Chamei ele e ele sentou um pouco envergonhado do meu lado. Seus olhos foram direto para a faixa em meu braço e uma expressão de dor apareceu em seu rosto.

– Eu estou bem. Na hora de ajudar na massagem cardíaca o terreno era incerto demais e acabei caindo. Foi só um arranhão, mas precisei enfaixar por conta do hospital, não poderia chegar com um ferimento tão recente e atender.

– George... ele disse que se machucou... quando ele contou quis ir no hospital, mas você entrou em cirurgia e ele falou que demoraria umas três horas...

– Sim, na verdade fiquei cinco horas na sala de cirurgia e não lembro de ter chegado aqui.

– Eu fiquei esperando você chegar, mas Victória avisou que você dormiu na sala dos residentes e eu fui lá e peguei você. Eu estava dentro do carro quando ela avisou.

– Oh... eram três da manhã quando acabou... que horas...

– Umas quatro e meia.... Sue me ajudou quando cheguei, trocou sua roupa para não dormir desconfortável e depois eu vim ver seu braço melhor. Não faz isso... por favor...

Eu sabia do que ele estava falando. Não fuja. Não se esconda.

– Não vou. Desculpa. Eu estou apavorada não entende? Alguém tentou me matar... por que alguém faria uma coisa dessas?

– Jasper acha que não foi alguém tentando te matar, mas alguém querendo atingir a seu pai ou te prejudicar. Jéssica poderia muito bem ter tentando te prejudicar em benefício próprio, isso não diz que alguém realmente queria sua morte. Remédios são vendidos de maneira ilícita o tempo todo, deve ter escolhido o que mais deu a impressão de que faria o serviço certo.

– Ela tem uma vida que não corresponde com os ganho da loja, lembra do que Jasper disse?

– Ela pode estar envolvida com qualquer coisa ruim, uma pessoa que faz isso é capaz de qualquer coisa Bella. Não pense demais nisso se não enlouqueceremos com as possibilidades.

Isso era verdade. As possibilidades iriam nos enlouquecer. Eu vi Edward olhar a bandeja e me servir um pouco de café e fazer exatamente como eu gostava, eu estava simplesmente encantada com isso. No final eu relaxei e me deixei conversar com ele sobre outras coisas como o seu trabalho e planos para o final de semana, Rose tinha nos convidado para irmos juntos a uma casa que tinham em uma região bonita e com lagos no interior. Edward pareceu animado e eu liguei para o hospital avisando que só voltaria para o plantão de segunda, Victória aprovou não só devido ao meu braço, mas por conta dos plantões seguidos que eu estava fazendo.

Enquanto eu arrumava minha mala tentando pensar no que levar Rose entrou animada falando que a casa era grande e teríamos muitas atividades ao ar livre. Eu já ia fechar quando ela me entregou uma pequena sacola.

– Presente de casamento, eu não tive a oportunidade de comparecer e sei que isso foi há algum tempo, mas mesmo assim.

– Oh... mas que deveria te dar alguma coisa...

– Você é médica, salva vidas...acho que tem outras coisas para pensar. E eu realmente comprei pensando que seria bom você levar algo... diferente...

Abri a sacola e fiquei assustada. Tinha todo tipo de coisas e muitas dela eu não sabia para que seriam.

– Não... nunca usou? – ela percebeu meu ar virginal como Alice falava.

– Não...

Ela abriu um lindo sorriso e sentamos na cama. Rose me explicou o que cada óleo era e a melhor maneira de usar e me deixando vermelha contando algumas coisa íntimas dela e de seu marido.

– Que bom que te dei isso, o casamento não pode ser só sexo sem graça! Precisa de emoção. Me diz Edward...

– Oh...

– Vamos meninas! Não temos mais tempo para fofoca!

Emmett sem ser convidado entrou no quarto e fiquei agradecida pelo jeito dele.

– Estávamos conversando, Bella é muito agradável e eu me sinto menos sozinha com ela.

–E você está melhor? Edward esteve esses dias a ponto de enlouquecer por causa de alguns plantões a mais.

– Sim, será bom sair um pouco.

– Então vamos!

Eu não imaginava que Emmett sabia dos meus plantões e no caminho para Blue Lake Rose foi me contando que Edward esteve na casa deles e estava muito preocupado e que acabou dormindo uma noite porque Emmett ficou com medo dele na estrada. Eu e Rose fomos no carro dela enquanto Edward e Emmett foram no de Edward, o que tinha de diferente era que além de George agora eu tinha outro segurança e eu precisava conversar sobre isso com Edward, mas não tinha esperanças de fazer ele voltar atrás nisso. Era uma guerra perdida.

Blue Lake era ainda mais linda do que Rose tinha me dito, o terreno era enorme e cobria quase toda área do lago. Tinha um pequeno deque e um barco simples para duas pessoas. O cheiro da grama verde era simplesmente perfeito e a casa de madeira antiga e grande me faia crer que estávamos no sul.

– De quem é a casa?

– Foram dos avós de Rose, ela herdeou e nós mantemos ela. Eles quase não vinham aqui. – Edward estava entrando com as malas quando Emmett terminou de contar. – O escritório tem tudo que você precisa caso receba alguma ligação, na última reforma atualizamos todo o sistema de luz e outras coisas.

– Venha, mandei preparar um quarto especial para vocês.

Subi as escadas com Edward carregando as malas e Rose apontando os lugares da casa. Quadros antigos, objetos de viagens e tapetes persas. Tinha uma variedade muito grande e Emmett enfatizou que o sistema de segurança era muito e que eles tinham os próprios seguranças da casa.

– Chegamos... espero que gostem.

Ela abriu a porta e Edward entrou primeiro colocando as malas na cama. Eu me senti em um filme, era um quarto lindo e grande. Tudo com cores claras e as cortinas feitas de um tecido leve que flutuava com o vento. Eu me aproximei da janela e vi o lago em toda sua glória, as árvores ao redor dele, a grama verde transbordando vida, os patos na margem brincando e os pássaros voando.

– Lindo não? Esse quarto tem a visão única do por do sol. – Rose falou atrás de mim. – Sabe o que vovó falava?

– O quê?

– Deixe o sol levar sua preocupação e a lua ouvir seus sonhos.

Oh... era lindo. Perfeito. Olhei para Edward e sabia que ele entendeu o que aquilo significava para nós.

– Venha amor, vamos deixar eles se refrescarem e descansarem. – Rose saiu com Emmett e demos uma olhada melhor no quarto vendo a porta aberta para o banheiro. Tinha uma banheira no meio em um estilo antigo e toalhas brancas, o chuveiro estava um pouco mais no fundo e a bancada de mármore deixava tudo tão romântico. Quando voltei para o quarto Edward estava olhando um pequeno arranjo de flor em uma mesa, sorri vendo a cara estranha que ele fazia.

– Não... o que será que é essa flor?

– Fruit de la Passion.

Respondi e ele sorriu.

– Desde quando sabe francês?

– Desde os meus 15 anos. Papai queria que aprendesse uma outra língua, acabei estudando francês e espanhol.

– Então... fruta da paixão?

– Sim, as cores dela lembravam a paixão de Cristo os católicos colocaram esse nome por conta disso. Mas há uma lenda que que diz que essa flor emana a paixão quando aberta para os casais apaixonados e dá a eles quando se amam algo eterno.

– Gostei e como você sabe disso?

– É algo que tenho interesse, flores... não posso só gostar da medicina. Isso seria desperdício, há no mundo muitas coisa para se explorar e se conhecer. Flores... por exemplo.

Eu lembrei das glicínias e sorri para ele. Ele levantou e me deu o primeiro beijo em dias. Não sei como pude viver sem isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Para que não sabe essa também é conhecida como a flor de maracujá, eu achei feia sabe, mas todas as informações são verídicas e ela realmente existe, para eles quem sabe não significa que terão um pouco mais de paixão...hum.. vamos ver não é mesmo meninas??????