A Seleção-Interativa escrita por Alice Zahyr


Capítulo 42
Capítulo 42 - E quem disse que acaba por aqui?


Notas iniciais do capítulo

Hey, gent! Cara eu nem tô acreditando, 17 comentários no último capítulo???? Vomorrer *-----------------* Por isso vou caprichar nesse, e espero que os reviews se mantenham ou aumentem! Ah, os donos de personagens que não apareceram, alguns aparecerão até o último capítulo, mas brevemente. Sei que é frustrante, mas quando eu comecei essa fic, não sabia o que significava realmente uma fic interativa. Personagens que apareceram muito, como a Samantha e a Anna, saibam que foi por coincidência, porque elas se encaixaram na história. Já os outros, como Evee e Marina, infelizmente não aparecerão tanto. Peço desculpas, de verdade, mas tentarei o máximo colocá-las na história, até porque gostei muito das personagens! Agora que eu sei o que é uma fic interativa, tenho outros projetos, como "A Dama Solitária" e "Revolução dos Semideuses", inclusive convido todo mundo pra ler essas duas, principalmente A Dama Solitária, pois é uma história original de ficção cuja realização é um desafio pra mim, que nunca escrevi ficções sérias antes. Por favor, leiam "A Dama Solitária", tem apenas nove capítulos ainda, e eu aposto que vocês vão gostar!

Alice



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PS: este capítulo voltará a ser narrado pela America.

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A foto de Jason e Maxon mudou tudo. Agora já não era mais o casamento que me afligia, e sim a possibilidade deles dois serem irmãos, primos ou parentes próximos. Só de pensar que eu havia me apaixonado por dois irmãos, minha consciência já me causava náuseas. Eu, definitivamente, era a última pessoa nesse mundo capaz de cometer incesto. Isso simplesmente nunca fora incluso no meu futuro. Mas agora essa possibilidade existia. E eu mal conseguia pregar os olhos durante a noite.

Houve um evento em homenagem á todas as participantes da seleção. Celeste, Kriss, Elise, Natalie e todas as selecionadas vieram ao castelo para serem, oficialmente, presenteadas e aparecerem no Jornal Oficial de Illéa. Isso foi na sexta á noite, e agora é madrugada. Toda a correria de vestidos, aluguel de flores, mesas, tapetes vermelhos, orquestras e toda a pompa me deixou tonta. Dei graças á Deus, literalmente, quando tudo acabou, e pude enfim me ver livre de Celeste e outras selecionadas, que me olhavam com uma inveja incômoda. A loira, inclusive, estava acompanhada de um magnata da indústria da moda, um velho com aparência ilegível e horrível capacidade de ser humilde.

Na hora do jantar, Samantha e Anna já iniciavam sua tentativa de enlouquecer o rei, que ultimamente andava mais assustado do que Lucy. Clarkson, quando aparecia, tinha uma expressão de pavor só de olhar para as duas, que definitivamente haviam tomado conta do castelo. A semana com elas ali foi surreal, com a rainha acordando com barulho de guitarras e livros sumindo misteriosamente da biblioteca. Eu me perguntei porquê o rei e a rainha não simplesmente enxotavam as duas do castelo, mas decidi que não queria saber disso quando lembrei que: A) Samantha e Anna eram, uma sulista, e outra mercenária B) O fato de terem menos de 20 anos não as tornavam menos perigosas C) Elas eram perigosas D) E deram de dez á zero nos guardas do palácio nos dias de treinamento de sobrevivência. Tão perigosas. Tão novas. E tão humildes.

Parece que a família real havia sucumbido ao poder adversário.

***

Samantha me olhou da outra extremidade da mesa, com uma expressão que eu conhecia bem. Ela me levantou uma sobrancelha, e em seguida saiu do salão, deixando Anna se divertir á custa de um soldado que tentava encaixar sua arma novamente. Obrigada a ir, me levantei, pedindo licença á todos, mas a rainha me segurou. Ela rapidamente arrumou a situação, dizendo que precisava tratar de algo comigo, e que seria breve. Se levantou e me indicou o caminho até a área restrita, atrás do Salão das Mulheres. Havia uma sala com algumas poltronas, e uma janela com vista para a Torre Principal. Eu não entendi o que Amberly queria comigo.

– America... - ela tinha um brilho nos olhos e segurou em minhas mãos - Daqui a três dias, você se casará com meu filho. Eu sempre soube que vocês ficariam juntos, pois Maxon é um garoto apaixonado, ele nunca desiste. E se vamos viver sob o mesmo teto, acho que já é hora de agirmos honestamente. Eu... Bem, eu sei sobre o sulista. Pouco, pra ser sincera, mas o bastante pra ter uma dúvida que me aflige.

Eu tive de interrompê-la antes que ela me perguntasse.

– Perdão, vossa majestade...

– Chame-me de Amberly. - ela corrigiu, amorosamente.

– Amberly, eu te respeito muito, e a admiro. E entendo que esteja preocupado com Maxon, mas eu preciso dizer que... - mal terminei de falar quando Samantha abriu a porta da sala e, com uma expressão surpresa, implorou que eu a acompanhasse. Amberly me olhou totalmente confusa, mas eu tive de ir.

– America, eu preciso que você veja isso. - ela me arrastou até as escadas, de onde subimos até o último andar, onde ficavam os quartos da família real. Ela abriu a porta do quarto do rei e da rainha, o que me fez ter um surto.

– Samantha, você enlouqueceu? Tudo bem as guitarras, festas e demonstrações de quão rebelde você e Anna são, mas invadir o quarto do rei... Se nos vêem, vamos direto para a forca!

– Fica quieta, ninguém vai ver nada. Os guardas não têm coragem de me entregar, eles gostam de viver. - ela piscou. Meu queixo caiu. - Agora vê se presta atenção.

Samantha me empurrou até a sacada do quarto real, cuja localização me permitia ver toda a cidade até o seu horizonte, a floresta e a Torre Principal. Eu não entendi direito o que ela queria, até que, de repente, meus olhos pairaram sobre uma estrada de chão no meio da floresta, ao longe. Pisquei várias vezes tentando compreender o que eu via, até que enxerguei perfeitamente. Um grupo enorme de pessoas seguiam por aquele caminho, indo na direção norte.

– Mais um movimento migratório de castas? - arrisquei. Samantha me olhou com uma expressão frustrada e suspirou.

– Achei que essa ruivice te valesse de algo, America. Mas vejo que, mais uma vez, eu não errei em meu pré-julgamento. Essas pessoas não têm nada a ver com migração de castas. Elas estão vindo da parte sul de Angeles, e a parte sul é onde fica a base dos Mercenários. Eu realmente não imaginei que Jason fosse capaz de tal loucura, e é horrível saber que terei de dar vinte dólares para Anna porque ela ganhou a maldita aposta. - Samantha pareceu irritada com isso, e trocou o peso do corpo de um pé para o outro. - Eu espero que você tenha entendido o que eu quis dizer. - olhei para ela atordoada. Ela suspirou e virou os olhos. - America, querida, abra os seus olhinhos! Jason não te abandonou porque ele é o master idiota do mundo. Ele fez isso, porque precisava resolver um assunto pendente com os mercenários.

– Mas ele é um mercenário. - retruquei.

– Você não conhece nem metade dele, queridinha. Jason é como a ponta de um iceberg, tem tantos segredos que você teria de passar o resto da vida só para ouvi-los. Mas se tem algo que eu sei perfeitamente sobre ele, é que é a pessoa mais inteligente e boa que eu já conheci. Jason não se misturou com os Mercenários á toa, ele sempre teve um plano. Plano esse que nem eu entendi, inicialmente. Mas agora tudo ficou claro, você não percebe? - ela estendeu a mão para as pessoas que andavam, bem longe, visíveis apenas pela luz da lua - Jason está limpando a barra de todo mundo. Ele fez um acordo com os mercenários, que não vão mais incomodar. Talvez até se extinguem daqui a uns surtos de doença da vaca... - Samantha riu da própria piada.

– Limpando a barra de todo mundo? - perguntei.

– É. Agora você vai poder casar e viver em paz, porque os mercenários já não mais existem. - Samantha respondeu. Eu senti algumas lágrimas brotarem em meus olhos, e então ela fez algo imprevisível. Me abraçou. - Espero que você não seja burra o bastante para deixar um cara como Jason escapar pelas suas mãos.

Samantha começou a andar em direção á porta.

– Espera. - pedi. - Você ainda... Gosta dele?

Ela riu.

– Jason é como um irmão para mim. O que eu senti por ele não foi o bastante. Eu acho que, no fundo, não passou de uma ilusão. Uma forma de me convencer de que eu nunca gostara de Alec. - ela fez cara de nojo ao dizer o nome dele. - Mas não se engane. A garupa daquela moto é cobiçada.

– Eu... Vou vê-lo de novo? Vou ver algum de vocês outra vez? - perguntei, á altura do campeonato, lutando contra as próprias lágrimas. Samantha andou até mim e tirou um lenço de dentro da jaqueta de couro. Quando eu vi o que era aquele lenço, quase caí para trás.

– Sim, o lenço que você pegou sem minha permissão em meu quarto. Achou mesmo que eu não pegaria de volta? - ela fingiu uma expressão brava, mas logo mostrou que era apenas brincadeira. - America, este manto é a única coisa que eu tenho da minha verdadeira origem. Minha mãe o guardou por anos, mas eu acabei descobrindo que... Que eu sou adotada. - seus olhos lacrimejavam. - E eu sei que é ridículo eu não saber, pois sou uma sulista e nada escapa de minha visão, mas acho que no fundo, eu não quero saber. Eu amo quem eu sou, e amo minha família, a sulista. Adoro fazer o que faço, você sabe, brincar de espião, e agora eu só tenho isso. - ela colocou a manta vermelha aveludada em minhas mãos. - É muito importante pra mim. Mas eu quero que você fique com isso. Para jamais se esquecer de Samantha Campbell, a sulista que tentou roubar seu homem. - nós rimos.

– É um adeus de verdade? - perguntei, entre soluços.

– Eu e Anna esbanjamos durante esses dias no castelo. Nos vingamos de Clarkson ao modo "Garotas Infernais", abusamos das roupas, e que roupas, e até pegamos emprestados umas joias. - Samantha disse, casualmente. - Mas é hora de voltar pra realidade, pra nossa realidade. O fim dos Mercenários não significa o fim de tudo, ainda há muita coisa para resolver. Coisas pelo qual lutar. Então acho que sim, isso é um adeus.

Eu a abracei com toda a minha força, como se pudesse segurá-la ali. Mas Samantha era uma mulher forte, ela tinha de voltar para a sua tropa e manter todo mundo vivo. Olhei em seus olhos, percebendo o quanto eu gostava dela, e como isso era irônico, já que de cara nós nos repelimos como dois polos iguais de um ímã. Mas, de repente, Samantha havia se transformado em uma amiga, e eu só me sentia cansada de ter sempre que dizer adeus ás pessoas boas que encontrei na vida. Ela disse um "Adeus, se cuida, ruiva" e foi embora.

Sem mais guitarras no castelo. Sem mais Samantha.

***

Parece que o tempo parou.

Ali, na sacada do quarto real, vendo os mercenários sendo exilados por Jason, cuja autoridade eu não conhecia, tudo pareceu inválido. A vida pareceu inválida. E eu, uma ingrata. Casaria com um homem perfeito - Maxon - que eu amara com todas as forças, e teria a vida mais maravilhosa impossível. Ainda assim, minha vida parecia inválida. Faltava algo, e eu não conseguia preencher o vazio com nada.

Quando um barulho de orquestra soou, fui acordada subitamente de meus pensamentos. Saí da sacada e sentei-me no chão, sem forças para me manter em pé. O closet da rainha estava aberto, o que me fez rir. Sequei as lágrimas na seda do vestido, e quando me levantei para descer, algo chamou minha atenção. No fundo do closet, nada sutil, havia uma espécie de lenço, de cor vermelha, visivelmente de veludo, e com o símbolo de Illéa na borda. Me aproximei para me certificar de que não estava enlouquecendo, e puxei o lenço, que se revelou uma manta.

A mesma manta que Samantha me dera.

Comparei as duas mantas por um longo tempo, tentando me convencer de que não era verdade o que minha mente maquinava á todo vapor. Mas eu não era cega. E nem tinha amnésia. Subitamente me lembrei de quando Lucy me contou, numa de nossas conversas quando estávamos no abrigo, que o rei arrumava outros "caminhos" para as crianças meninas que nasciam, pois a regra dizia que herdeiras não poderiam antevir os herdeiros. Um arrepio elétrico percorreu meu corpo, acordando cada nervo meu.

Caramba.

– Samantha é a filha da rainha. - eu sussurrei, incrédula.


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Notas finais do capítulo

Geeeeeente, eu queria convidar alguns leitores fantasmas a entrarem para o Nyah. Seguinte: as mais de cinco mil visualizações dessa fic indicam que, com certeza, muita gente que lê não tem conta aqui, e eu queria convidar essas pessoas (ou você, huehue) a entrarem para o site! O Nyah! foi o melhor site que já me inscrevi, e é ótimo ter conta aqui, poder comentar, favoritar, recomendar, ler vááárias histórias, acompanhar, etc. O convite tá feito! Já para os fantasmas do NYAH!, comentem né! AH, GENTE, OUTRA COISA!!! Essa fic tem ficado bem famosa na categoria "A Seleção", e eu agradeço MUITO á todos vocês, porém venho aqui lançar um desafio. Será que chegamos á 10 recomendações?! A fic está acabando, então você que lê e ama, que tal dar uma recomendação pra por essa fic nos tops?? Kkkk, darei cupcakes pra todos o/ SERÁ QUE CHEGAMOS Á 10?! Vejamos u_u