A Seleção-Interativa escrita por Alice Zahyr


Capítulo 15
Bônus-Leia para entender o próximo!


Notas iniciais do capítulo

Boa-noite, leitores maravilhosos e perfeitos! Sério,gente, sou apaixonada por vocês todos ♥
Gostaria de divulgar "Mystic High" e dar boas-vindas á Line, minha nova leitora!!! *_*

PS: esse capítulo não fará parte da história, ele é um capítulo bônus e será narrado por Jason.



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O quarto onde America estava fazia parte da base dos sulistas. O nome era Base Sul, e as outras bases espalhadas por aquele território tinham outros nomes, como Base A, Base B e Base C. Provavelmente ela perceberia que nós, sulistas, possuíamos uma base perto de Angeles para os ataques repentinos  e bem feitos.

O quarto onde eu a coloquei era bem seguro. Não havia janelas e a única saída, a porta, era de aço puro. As paredes eram brancas e a cama na qual America estava deitada possuía uma algema pendurada embaixo. Mas ela não havia visto, porque eu escondi.

O trajeto desde Angeles até a Base Sul foi meio engraçado, pra ser sincero. America desmaiou subitamente, e eu tive de pegá-la no colo. Não quis que meu parceiro, Hans, tocasse nela. Ele era louco por mulheres, mas algo nela durante a seleção me fez tomar gosto por ela. Coloquei-a nos ombros e segui a caminhada com Hans.

"Hans", o chamei, "o que acha dela?".

Ele riu, caçoando de mim.

"Geniosa. E você, o que acha dela?". Pude ver que ele estalava os dedos, fazia isso sempre que achava algo engraçado. Hans tinha umas manias estranhas.

"Hum..." parei para pensar. "Ela é bonita. E rebelde." respondi, desconfortável. Não era bom para falar sobre mulheres.

Hans pareceu achar graça.

" Você me surpreende, mesmo, Jason. Tem prestado atenção ultimamente nessa garota, você sabe, durante a seleção. Mas ela não é uma de nós. Apesar de já ter sido uma cinco e de ser contra as castas, ela ainda vive em Illéa e é uma selecionada. E o pior, ela quer ficar com o príncipe. Isso me enoja. Se ela soubesse a verdade sobre a família real..."

Eu balancei a cabeça, tentando reorganizar os pensamentos. Hans tinha razão, mas não podia insultá-la assim. 

"Tem razão, cara, mas ela é apenas uma garota iludida..."

Hans me interrompeu.

"Ela não pareceu nenhum pouco iludida desde que entrou." 

Eu troquei America de posição.

" Tá bem, certo. Mas o que queria, hein? Ela não tem acesso á informação. Você sabe, da informação de verdade. Mas nós temos. E a culpa de tudo isso é de Clarkson. Aquele rei... ah, quando tomarmos Angeles, quero poder cuidar dele sozinho. Vou fazê-lo pagar por tudo que fez com nós, sinto ódio só de pronunciar seu nome."

"É, não te culpo. E pensar que ele um dia já esteve entre nós, brincando com os mesmos brinquedos, comendo da mesma comida, morando no mesmo lugar... Arh." Hans cuspiu, com raiva. Decidi que seria melhor mudar o rumo da conversa.

"Hans", o chamei outra vez, "as vezes você não... pensa que o que fazemos é meio errado?"

Ele suspirou. "Já falamos sobre isso, Jason. Os grupos assassinos são necessários. E além do mais, não fazemos parte dele. São divisões que nem conhecemos, não podemos mudar isso."

Um silêncio pairou na conversa. America resmungou algo, mas voltou a dormir, o que me fez lembrar de algo.

"Cara, o que houve com ela?" perguntei. Por que ela desmaiou?

"Sei lá", ele deu de ombros. "Eles ficaram até tarde juntos, ela teve um dia cheio de coisas, e depois teve de lidar com a invasão. Nem todo mundo é de ferro, cara." Hans bateu em meu ombro, sorrindo. Ele gostava de elevar as habilidades dos sulistas, verdadeiros homens de ferro.

Hans era meu parceiro de ataques. Sempre estávamos juntos durante as invasões. Eu o conhecia desde que nascemos, nossas mães ainda eram de Illéa na época. Depois que Clarkson tornou-se rei, porém, a miséria voltou a assolar os de castas abaixo de Cinco. Como nossas famílias não conseguiam dar a volta por cima e foram abandonadas pelo governo, decidiram fugir. Acabaram conhecendo os rebeldes do Sul, e isso é tudo o que sei. Deduzo que elas encontraram nos sulistas uma resistência e um refúgio. 

Desde então estamos sempre juntos. Não sei o que me aconteceria se perdesse Hans durante algum combate, somos quase que irmãos. Todos na Base Sul sabem nossa história.

Durante o caminho, que era meio longo, paramos num abrigo camuflado. Deitei America em meu colo para não jogá-la nas pedras e Hans tirou água e alimento da jaqueta. Enquanto ele preparava uma coisa qualquer instantânea, meus olhos pairaram sobre ela e comecei a observá-la acidentalmente.

America possuía algo diferente. Seu rosto não parecia nada angelical, mas pelo contrário, eu a achava tão parecida - em jeito e aparência - com as sulistas que me peguei perguntando sobre sua linhagem familiar. Ela era parecida demais com as nossas. Seu jeito rebelde e sua aparência me chamaram a atenção durante a seleção, em parte porque ela me lembrava Sally.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? *_* Comentem >>>>