A Seleção-Interativa escrita por Alice Zahyr


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, príncipes e princesas! Como vão vocês? Ansiosos pelo próximo capítulo? EU também, hihi ^^ afinal, não sei se já disse isso pra vocês, mas quando entro aqui não faço a mínima ideia do que vou dizer, "A Seleção" é que possui meus dedinhos e começam a tomar forma pelas palavras que saem não sei de onde! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/429994/chapter/13

Eu não conseguia parar de sorrir. Estava parecendo uma boba agindo daquela forma. Mas Maxon não pareceu se importar, pra ser sincera, ele parecia tão bobo quanto eu, assim, com o olhar encantado, meio perdido, sem saber pra onde ir. 

Também, depois daqueles beijos... 

Já havíamos descido da Torre Principal e estávamos jogando palavras ao ar.

- Obrigada por esta noite, - eu disse, sorrindo - aquele lugar é perfeito. 

Maxon sorria, perdido em meu olhar.

- Não tão perfeito quanto você. - ele falou, passando a mão em meu rosto e me fazendo corar. Eu comecei a achar que ele fazia aquilo de propósito, depois de ter descoberto a forma de me deixar tímida.

- Maxon... - disse, em um ar divertido. - Como devo chamar nosso segredinho?

Ele olhou para o céu, como que buscando uma inspiração para responder.

- Observatório? - ele me perguntou, dando de ombros. 

- Claro, por que não? - eu disse, colocando os braços em seus ombros. - Nunca mais verei esse céu da mesma forma.

Maxon olhou para mim e levantou as sobrancelhas, como que surpreso. Só então me dei conta de que estava sendo uma romântico boba, e não a America da primeira noite, rebelde e geniosa. 

- Você sabe, por causa daquele queijo gigante assistindo nossos amassos. - eu falei, sem perceber o que realmente estava falando. Quando caí em si, olhei para Maxon e franzi a testa. Ele mostrava uma expressão aborrecida.

Mas logo vi que estava fingindo.

- America! - ele disse, e começamos a rir. 

Em parte porque meu comentário fora engraçado, e em parte porque Maxon não conseguia manter uma expressão rígida por muito tempo quando uma risada pedia espaço em seu rosto. Talvez ele fosse bom frente ás câmeras, mas não comigo. Ele não precisava ser o príncipe quando estávamos juntos. Precisava apenas ser o Maxon.

O belo e divertido Maxon. Sem aquelas roupas engomadas e suas saudações : "Ah, minha querida". Aquilo me envenenava, e ele, por algum motivo, achara que era engraçado me provocar com suas encenações.

- Acho que temos de ir, agora. - ele avisou. Então percebi os dois guardas acenando da janela da Torre B, a mais próxima do castelo, quando um horrível pensamento tomou conta de mim. Será que eles haviam nos visto?

Eu devia estar com uma expressão preocupadamente engraçada, porque Maxon pareceu adivinhar meus pensamentos.

- Não se preocupe, - ele falou, entre risos - não nos viram.

Suspirei, aliviada, e então concordei que deveríamos voltar.

Maxon e eu havíamos subido na árvore e estávamos conversando. Ele desceu primeiro, e enquanto ajeitava a camisa - por mais que eu achasse que ninguém o veria por hora - enrosquei meu vestido na árvore. Tentei tirar, mas só piorei a situação. Maxon chamou os guardas para se aproximarem de nós. 

Quando os guardas se aproximaram, porém, por ironia do destino, o alarme na Torre Principal soou. 

Droga.

Os rebeldes haviam invadido o terreno outra vez. Foi tudo em questão de segundos, e Maxon olhou para mim, assustado, me dando a mão.

- Não dá! Não consigo sair!  - eu exclamei com raiva.

- Rasgue! - ele falou, mas eu quase não conseguia ouvi-lo.

- O quê? - perguntei, ensurdecida pelo barulho da sirene.

RASGUE O VESTIDO! - Maxon gritou.

Eu puxei o tecido com toda a força que pude, mas não rasgava de jeito nenhum. Então os guardas vieram correndo para nos buscar. 

Mas eu estava perdida. Logo percebi que os rebeldes eram do sul.

Sulistas.

Vi dois homens vestidos com farda preta carregados de armas ao redor da roupa atrás da árvore, e eles apontaram para Maxon e depois para mim.

Droga. Meu sangue gelou. Eles me queriam. Os guardas não conseguiram chegar, foram baleados no caminho, mesmo que estivessem já pertos. Maxon olhou para mim com os olhos arregalados, puxando o vestido. Mas estava acontecendo tudo rápido demais, e eu tive que fazer minha escolha.

Ou era eu, ou era ele. E talvez o que eu fiz fosse prova de que o amava. E aquele seria meu sacrifício.

- Maxon, corra na frente e pegue a arma de um dos guardas! - eu gritei, olhando para um dos homens na árvore á minha frente esperando que entendessem o que eu estava fazendo. - RÁPIDO! ESTÃO CHEGANDO, PRECISAMOS NOS DEFENDER! 

- MAS E VOCÊ? NÃO VOU TE DEIXAR! - Maxon respondeu, com lágrimas nos olhos. Pude ver o terror que o assombrava, afinal eram os sulistas. Não se tratava de baderneiros, mas sim de assassinos

Eu olhei para ele duramente, e disse " VAI!". Ele foi, hesitante, mas consegui convencê-lo de que se não me ouvisse eu ficaria realmente bravo. Foi legal pensar, por um momento, que até em horas difíceis como aquelas eu poderia "controlá-lo", se não fosse invadida pelos pensamentos de que haviam sulistas á minha frente e que me levariam logo depois.

Maxon me ouvira e fora em direção aos guardas. 

Quando sua silhueta desapareceu por entre as sombras das árvores, os sulistas olhavam para mim.

Eu precisava ir.  Já havia rasgado o vestido, então desci correndo, sendo arranhada por alguns galhos, e os dois homens de preto desceram da árvore simultaneamente. Um deles se pôs atrás de mim, outro na frente.

Era loucura, eu sei disso. Mas não fiz apenas por heroísmo. Na verdade, em parte porque sabia que se os sulistas me tivessem, Maxon ficaria bem. Porém havia outros motivos: eu há tempos queria descobrir o motivo de tantas invasões. E aquela era minha chance. De certa forma senti que era injusto com Maxon e até mesmo com Aspen, que se dobrariam para me encontrar. Mas eu precisava ir. 

Não senti medo. Por mais dura que fosse a minha situação, nõ tive medo nenhum. Eu sabia que os sulistas me queriam por algum motivo, mesmo sabendo do que fizeram com Lucy e das barbaridades com as quais usavam para com os prisioneiros. Mas aqueles caras eram diferentes. Pareciam profissionais - não ladrões ou estupradores. Não triscaram em mim e manteram certa distância por todo o trajeto.

Quando olhei para trás, já havia sacrificado tudo para voltar correndo para Maxon.

Maxon e eu havíamos passado um tempo maravilhoso juntos, e por mais que eu soubesse que o que estava fazendo era suicídio, algo em meu coração me assegurou de que era o certo a fazer.

Ele já havia se sacrificado muito por mim. Era hora de eu fazer o mesmo. 

Dei uma última olhada para trás e só ouvi os gritos de Maxon. Ele estava desesperado. Meu coração se estilhaçou no mesmo momento em que ouvi Aspen gritar meu nome. 

Mas eu já me embrenhara na mata com aqueles caras. E então estive certa de que eu era louca. Porém uma louca determinada. Descobriria o que tanto atormentava aqueles sulistas. 

Comecei minha jornada. 

Um dos homens, que estava atrás de mim, me tocou com a ponta da arma. Eu não virei, mas ouvi. Não podia vacilar em nada com aqueles caras.

- Então, você é a senhorita America Singer? - ele perguntou. 

Na mesma hora meus músculos se contraíram. Aquela voz era familiar. 

Não havia passado por minha cabeça que eles poderiam estar realmente procurando por mim. Tudo o que eu pensara era que eles queriam alguma selecionada - qualquer uma. 

Droga. Como eu era burra e ingênua! Como pude não pensar naquilo? E se eles fizessem comigo o que fizeram com Lucy?  Meu corpo estremeceu e de repente minha visão ficou turva. 

- Senhorita? - um dos homens perguntou, parando a caminhada. Ele tinha uma voz firme, mas não pude imaginar de que forma ele conseguiria de repente se transformar num monstro se até ali não haviam nem triscado em mim. 

- Não... me... machuquem. - foi tudo o que consegui dizer antes que desmaiasse. 

- Hã? - um deles perguntou, parecendo confuso. "Merda, pensei, ele era tão sujo a ponto de brincar assim?" 

- Os assassinos. - o outro respondeu. 

- Ah, sim. Ela desmaiou. Eu levo. - e então o homem de preto e toca me colocou no ombro.

Repassei a conversa deles outra vez, forçando-me a ficar o máximo possível acordada. 

"Os assassinos". 

Então compreendi.

Eles não haviam me ameaçado, machucado ou bagunçado nada.

Aparentemente, havia algum engano entre os sulistas assassinos e os sulistas como estes. 

E eu descobriria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heeey! Tenho postado capítulos mais longos, recentemente, espero que não tenha ficado cansativo, mas o que posso dizer? Esses dedos que escrevem >< hahaha
Comentando,bora, everybody! *_*