Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 27
Epílogo




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DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction JUST JUSTICE, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.

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N/A: Olá meus amores!

Eu sei, demorei mais do que o prometido para postar esse bendito epílogo, mas depois de uma espera de dois meses eis ele aqui. Durante este tempo recebi inúmeras reviews me inquirindo sobre uma série de questões, mas as duas perguntas mais recorrentes eram: o porque a Bella perdoou tão rápido o Edward e o que aconteceu com Carlisle. Já afirmo que estas duas questões foram a minha prioridade nesse epílogo, mas óbvio não foi à única.

Temos algumas cenas emocionantes (confesso andei chorando enquanto escrevia). Como eu disse no último capítulo, Edward voltar a andar está fora de cogitação. Eu sei que todo mundo torce para o Edward e ficam chateados quando ele sofre, mas esse Edward fui eu que criei, a personalidade dele não tem absolutamente nada haver com o da Tia Steph, assim este fim, com ele paraplégico foi o melhor fim que poderia dar. Levem em consideração que na minha fanfic favorita e que usei em muitos momentos como inspiração a autora matou o Edward, pelo menos não fui tão extremista assim! *HUAHUAHUAHUA*

Espero que todos curtam esse epílogo, e o vejam como uma parte divertida desse drama todo. Obrigada a todos que leram, comentaram, favoritaram, indicaram aos longos desses 20 meses, e espero para quem for ler depois que terminei isso aqui me deixem saber o que acharam. Foi com a ajuda de vocês que hoje encerro enfim este ciclo. Obrigada a Tod por desde o começo estar comigo, betando a fic – o que não é uma tarefa fácil -, me ajudando, dando palpite, me incentivando, mas principalmente por ser a minha amiga acima de todo! Obrigada gata!

Obrigada a todos por tudo e aproveitem a leitura! ;D

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JUST JUSTICE

capítulo vinte e cinco
Epílogo

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“Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem
tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza.”
-Pablo Neruda
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Edward Cullen

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“Vejo que vocês descobriram algo que não deveriam. Tsick, tsick, e olha que achei que os dois ficariam muito concentrados em seu próprio drama.” – a voz de Jacob disse distante e sombriamente.

“Porque ele viu algo em mim que nunca nenhum de vocês deram valor. A minha inteligência, a minha astucia, a minha vontade de ser o melhor.” – completou no mesmo tom, mas com um leve toque de escárnio.

“E deixar que vocês mostrem a todos quem somos nós? Surpreso, irmãozinho?” – fora a vez da voz de Carlisle soar distante e sombria, com um leve toque de escárnio. – “Eu poderia te dar uma série de razões, mas não temos tempo para ladainha.”

“Ciúmes?” – a minha própria voz perguntou distante e sombria, tudo parecia como se estivesse ouvindo de longe em minha mente.

“Não. Defesa de interesses.” – pronunciou escarnecido.

A escuridão sumiu e uma claridade nauseante deu lugar. Da mesma maneira que antes eu não via nada, mas ouvia tudo distante e sombrio, e o tom bruxuleante em meio da luz ainda estava presente. Um arrepio frio se alastrou por minha espinha, eu temi o que viria a seguir.

“Sua esposa perdeu a criança que estava esperando, Edward.” – uma voz desconhecida titubeou.

“Mas ela está bem?” – inquiri aflito.

“Sim... ela está, mas tememos que ela nunca mais possa gerar uma criança já que o útero foi atingido pelo projétil.” – completou a voz com pesar, fazendo com que a sua voz sumisse ao longe.

“Edward, nos exames que realizamos ontem, eu e minha equipe conseguimos enfim ver o tamanho do dano que o projétil que o atingiu em sua lombar causou. Eu tinha esperanças, antes de realizar os exames, que a lesão se reestruturasse e você por fim recuperasse os movimentos dos membros inferiores, mas...“ – começou a mesma voz que anteriormente deu a terrível notícia sobre Bella, falou com demasiado pesar.

“Eu estou paraplégico. Para sempre.” – sentenciei amargamente.

“Senhor Cullen, eu imagino o quão difícil está sendo processar esta informação, mas existem grupos de apoio para pessoas na sua situação. Não é como se tivesse acabado a sua vida. Você ainda pode ter uma vida normal, ter filhos, trabalhar no FBI, tudo como fazia antes.” – uma nova voz disse calmamente.

“Filhos? Já contaram a minhaesposa, que só esta esperando o mês de setembro chegar para assinarmos finalmente o nosso divórcio, que ela não poderá ter mais filhos?” – perguntei com menosprezo e ódio ecoando novamente as palavras ao longe, antes de mudar para um novo embate.

“Vai me acusar disso também?”- minha voz completou raivoso.

“Sua vida não acabou.” – a voz de Bella devolveu.

Engano seu, Isabella. Você ainda poderá andar com suas duas pernas, quem sabe adotar uma criança, enquanto eu... bem... eu ficarei preso para o resto da minha vida em uma cadeira de rodas.” – vociferei irritado.

“Como você pode ser tão... tão egoísta neste momento?” – replicou chorosa.

“Pelo menos eu comecei a ser agora e com motivos aparentes. Ao contrário de você que sempre foi uma puta egoísta.” – devolvi com repugnância e ódio.

Um buraco, como se tivesse levado um soco no estômago tomou  seu lugar em minha barriga. A minha garganta se fechou. Comprimia, apertava a minha traqueia impossibilitando que eu dissesse qualquer coisa. Minha cabeça rodava e meu coração palpitava pesadamente em meu peito. Engolia com dificuldade em seco.

“Sofrível? Emocional?” a minha voz questionava ao longe, rindo em escárnio em seguida. “Você não perdeu nada, Isabella. Você não sofreu nada. Você não faz ideia do que é ficar emocional.” – a irritação me consumia.

“Ah, então você acha que só você sofreu? Só você teve consequências emocionais? Acorda, Edward! Uma vida inocente foi tirada com extrema violência em meu próprio ventre! Você faz ideia do que é perder outro filho de maneira tão violenta?” – a voz de Bella vociferava com o mesmo tom de irritação.

“Agora para somar com a história de que eu sou um assassino vem a história do bastardinho.” – novamente me ouvi provocando ironicamente.

“Por que você está fazendo isso, Edward? Por que você está agindo dessa maneira? Você disse que queria criar aquela criança ao meu lado, o que mudou?” – escutei a voz de Bella perguntar desta vez um pouco mais controlada.

“Eu nunca quis criar o filho de outro homem. Sim, eu disse que ficaria ao seu lado, mas estava torcendo para que você perdesse essa criança, que seria uma lembrança eterna para mim da sua escolha. Você sempre escolheu ele, e iria escolher ele se Jake não o tivesse assassinado. Eu nunca fui nada para você, a não ser um brinquedinho no qual você se divertiu. Usou e abusou e depois no primeiro e único erro jogou fora como se não fosse nada!” – tornei a ouvir a minha voz pestanejar ao longe, ecoando o ‘nada’ até morrer.

A negritude de um limbo, de um poço sem fim me cegava, nada era capaz de ser visto pelos meus olhos, a tão famosa luz no fim do túnel, simplesmente não existia. O frio da solidão me consumia, a tristeza daquele desfecho consumia o meu imo. Minha alma estava dilacerada, sangrando por dentro, ferida como nunca antes esteve, e para comprovar meu ponto os ecos daqueles tiros que me causaram tudo isso; ecoaram mais uma vez em minha cabeça de maneira ensurdecedora.

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Meus olhos se abriram em um rompante. Os ecos dos tiros que me causaram parcialmente a minha vida e a de Bella um inferno, um desespero, ainda pareciam vivos em minha memória.

Gotas de suor frio escorriam por minha fronte, nuca, pescoço, rosto. Sentia as minhas mãos trêmulas, meu coração batendo descompassado em meu peito. Aqueles eventos de um passado não muito longínquo, ainda manchavam a minha memória como um aviso da minha falha pessoal. O que eu fiz, falei, ouvi de todos foi irrealista.

Tudo o que aconteceu, que me levou a ser um inválido parecia muito irreal. Era como se estivesse em um sonho e que a qualquer momento eu acordaria, mas eu sabia muitíssimo bem que não existia sonho, que eu estava muito bem acordado, e essa era a minha nova vida, pelo menos eu tinha o amor dela ao meu lado.

Vir-me-ei para encarar a face serena e angelical de Bella que claramente fingia dormir do meu lado. Eu a conhecia muito bem, assim como me conhecia bem o suficiente para afirmar que o meu sonho de segundos atrás não fora só vivo em minha memória, mas também expressei meu desespero através de sons, como sempre fazia quando tinha aqueles malditos sonhos, ou como Bella e meu psicólogo dizia: lembranças de eventos traumatizantes.

- Eu sei que você está acordada. – sibilei sentando-me na cama, encostando minhas costas na cabeceira da cama. Assim que as palavras saíram da minha boca os olhos castanhos como chocolates derretidos se abriram e me encaram com um misto de curiosidade e preocupação.

- Os mesmos sonhos novamente? – ela inquiriu com a voz rouca de sono. Somente assenti com a cabeça. – Edward... – se lastimou, sentando-se na cama para ficar no mesmo nível que eu. – os médicos já te disseram, eu já te disse tantas vezes, você não deve se prender ao que aconteceu, foi uma tragédia sim, mas temos que dar graças a Deus que ainda estamos vivos, estamos juntos. – explanou no mesmo tom e mesma dedicação de todas as outras vezes nestes dezoito meses.

Suspirei cansado.

- Eu sei Bella, mas... – engoli em seco, fechando meus olhos para não encarar aqueles castanhos que pareciam enxergar a minha alma. – eu te disse coisas tão terríveis, tão grotescas, que simplesmente não consigo compreender como você me perdoou tão rápido. – confessei envergonhado, algo que durante todos estes meses perambulava por minha cabeça, mas nunca tive coragem em admitir.

- Edward – começou minha esposa, sentando-se sobre as minhas pernas imóveis e segurando meu rosto gélido com suas mãos quentes, obrigando que a encarasse nos olhos. – Eu tinha que te perdoar naquele momento, eu passei cinco anos evitando te perdoar, te punindo, me punindo por um erro estúpido que nenhum de nós teve culpa, que simplesmente aconteceu. Então da próxima vez que você achar que eu te perdoei rápido demais, relembre que o perdão que te concedi demorou cinco anos para vir, ok? – disse autoritária, mas quebrando o efeito ao sorrir largamente no final e dando um leve estalinho em meus lábios.

- Eu te amo tanto. – proferi a abraçando e trazendo o seu corpo mais próximo ao meu. Bella e eu, depois de toda a confusão e todos os perdões que se sucederam a nossa audiência de divórcio, vendemos os dois apartamentos que tínhamos – o meu, e o que ela havia adquirido junto a James – e compramos uma casa em um condomínio próximo a cidade, onde pudemos construir um ambiente mais funcional para mim.

Para apenas duas pessoas era uma casa enorme, mas assim que oficializássemos nossa união diante da nossa família, amigos e de Deus, pensávamos em adotar uma criança, uma vez que durante esses dezoito meses, a impossibilidade dela ficar grávida foi mais amadurecida para ambos; quanto a mim, enfim, ou pelo menos em parte, aceitava e me acostumava com a minha irreversível deficiência.

Entretanto, fora somente quando viemos morar juntos na nossa casa há cerca de nove meses que Bella disse que queria casar novamente comigo, desta vez diante de nossos amigos e com a benção da nossa família, e desta maneira começamos a planejar nosso casamento, que iria acontecer daqui uma semana.

- O que você tanto pensa, Senhor Cullen? – inquiriu divertida, correndo seu nariz por minha mandíbula.

- Em nosso casamento. – respondi sem ressalvas. – Gostaria que todos nossos amigos estivessem presentes. Que meu irmão estivesse presente. – declarei envergonhado, enterrando meu rosto em seus cabelos.

O funeral de Jacob aconteceu em Forks, quatro meses depois que Eleazar havia nos contato sobre seu suicídio na prisão. A demora nos serviços fúnebres foi devida a “falha e a traição” que ele havia cometido aos Estados Unidos, contudo, algumas semanas antes do enterro propriamente dito, foi encontrada uma carta escrita de próprio punho por ele, em que Jake confessava seus crimes, explicava suas motivações, os porquês havia feito tudo aquilo, mas, principalmente, onde poderíamos encontrar Riley Clark.

Foi uma operação em segredo que uniu o FBI, a CIA, o grupo de SEALS, e equipes policias mais bem treinadas da China para a sua prisão. Obviamente que demorou longos meses para que conseguisse capturá-lo, o cara era tão esquivo quanto Saddam Hussein ou Osama Bin Laden, mas felizmente há duas semanas os SEALS conseguiram capturá-lo em uma fazenda de criação de bichos da seda próxima a Xangai.

O interrogatório de Riley foi difícil e tumultuado. Ele se recusava a responder as questões e quando as respondia era muito esquivo e vago. Eleazar que pessoalmente conduziu os interrogatórios estava ficando louco, eu poderia até mesmo afirmar que ele havia começado a ficar calvo e tufos de cabelos brancos nasceram ao extremo em seus cabelos tão negros nestas duas semanas. Decidiram até mesmo fazer uma acareação entre ele e Carlisle, mas meu irmão não sabia quase nada sobre o esquema da máfia, comprovando mais uma vez que entrou de gaiato nesta história.

Carlisle.

Desde aquela noite fatídica não tornei a conversar com meu irmão. Meus pais iam frequentemente visitá-lo, até mesmo Bella acompanhou Esme em uma visita, mas eu nunca fui até aquele presídio no Texas visitá-lo, conversar com meu irmão e saber seus motivos e os porquês daquilo tudo por sua boca, e não pela boca de outros ou por relatórios redigidos.

- Acho que vou visitar meu irmão. – falei, acima de um sussurro ainda com meu rosto entre os cabelos de Bella, que assim que ouviu a minha frase rapidamente afastou nosso abraço e me encarou surpresa.

- Você tem certeza? – perguntou incerta.

- Eu preciso. – confirmei. – Eu devo isto a mim mesmo, Bella. Se eu não conversar com Carlisle, saber por ele, da boca dele suas motivações e os porquês, eu não vou conseguir superar tudo isso. – afirmei com uma certeza estrangeira para mim.

- Ok. Eu estarei ao seu lado. Irei com você ver Carlisle. – Bella disse solidária.

- Não! – rebati com voracidade, causando o espanto em minha esposa. – Bella, meu amor, eu devo fazer isto sozinho. Por mim mesmo. – a linda morena a minha frente trancou o maxilar e me encarou com preocupação, entretanto por fim ela suspirou pesadamente e concordou comigo.

- Tudo bem. – disse a contragosto. – Mas você quer fazer isso na semana do nosso casamento? – perguntou fazendo um ligeiro biquinho no final, me fazendo sorrir torto diante da teimosia dela.

- Bella, Bella, Bella nós não combinamos que essa semana você ficaria no hotel para causar uma ansiedade maior no dia da cerimônia? – perguntei arqueando minha sobrancelha.

- Talvez eu tenha mudado de ideia, e queira passar esses dias com você? Tocar você, fazer amor com você. – contrapôs dando suaves beijos em meu rosto. Ri diante de sua tentativa de me distrair.

- Bella, eu preciso fazer isso, e tem que ser essa semana. Tenho que ficar livre desse peso, dessa duvida que ronda a minha cabeça, toma minha alma. – expliquei sucintamente. Ela suspirou pesadamente, por fim concordando.

- Eu te amo. – disse inesperadamente, me abraçando com força, causando uma grande surpresa em mim, todavia, esta durou apenas alguns segundos, pois rapidamente retribui o abraço e repetindo as palavras que mulher da minha vida havia me dito.

Bella e eu ficamos por mais um longo tempo sobre nossa cama trocando caricias, até que enfim nos rendemos ao sono nos braços um do outro.

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Foi em uma terça-feira nublada que embarquei em um avião de Washington para o Texas, onde Carlisle estava cumprindo a sua detenção. Eventualmente a minha deficiência causou alguns transtornos quando passava pelos detectores de metais instalados após 11 de setembro de 2001, como também dentro do avião.

Infelizmente, devido aos problemas causados por minha paraplegia, me senti ridículo e um estorvo a todos da companhia aérea e de ambos os aeroportos que passei, entretanto sabia muitíssimo bem que não poderia me deixar entrar nessa onda auto-depreciativa, não depois dos avanços que tive, assim falando com Bella por quase duas horas no telefone consegui me acalmar.

Como estava tarde para fazer uma visita a Carlisle, decidi deixá-la para o dia seguinte, desta forma, munido de um carro de aluguel especifico para paraplégicos, conduzi até uma cidadezinha próxima de onde ficava o presídio federal do Texas, onde aluguei um quarto em um hotel para passar a noite.

Foi uma noite infernal. Não consegui pregar o olho, e uma ansiedade gritante diante da iminência do encontro com meu irmão, que não só me traiu; como também traiu toda a nação estadudiniense. Por fim decidi que dormir não iria funcionar, optei assim por escrever meus votos de casamento que até agora ainda nem pensar eu tinha. Contudo a minha ansiedade e nervosismo perante o encontro com Carlisle em algumas horas, não me deixou produzir uma linha sequer.

Declarando-me por vencido às cinco e meia da madrugada, optei por começar a me arrumar, tomar meu desejum e seguir para o presídio federal do Texas, que iniciava o horário de visitação às oito da manhã. Mesmo realizando todas as minhas atividades vagarosamente, às sete horas já estava parado esperando abrir os portões de visitação da prisão em que Carlisle estava cumprindo a sua pena.

Os ponteiros do relógio no console do carro passava tão lentamente que se não estivesse conferindo o horário em meu telefone celular iria afirmar que o relógio havia parado. Mas sem mais tardar as cinco para as oito, eu comecei a arrumar a minha cadeira de rodas para enfim encontrar cara a cara com meu irmão.

Quando se é um agente federal, alguns privilégios são atribuídos quando visitamos algum detento em uma prisão do governo, por conta disto, que consegui passar na frente de muitas pessoas e também conseguir uma sala especifica, e não uma cabine de vidro minúscula para conversar com Carlisle.

Foram os dois minutos mais longos da minha vida. Até que finalmente pude ver o meu irmão com a pele mais branca do que nunca, com os cabelos loiros claríssimos compridos e bagunçados, da mesma maneira que comumente eu usava e com uma espessa barba cobrindo o seu rosto. A surpresa em seu rosto quando me viu foi evidente. Com toda a certeza ele não esperava me ver ali.

O guarda que acompanhava Carlisle não demorou no ambiente, informando para nós que estaria do lado de fora nos esperando, e qualquer problema eu poderia apertar a campainha ao meu lado.

Meu irmão ainda continuava quieto e com os olhos curiosos sobre mim, enquanto se acomodava na cadeira a minha frente. Com suas mãos algemadas, as apoiou sobre a mesa de alumínio que ficava entre nós.

O silêncio que recaiu era sufocante. Os olhos verdes de Carlisle tão iguais aos meus esquadrinhava meu rosto, era evidente que ele estava pensando no que diria, mas nada lhe surgia. O mesmo valia para mim. Eu queria conversar, dizer, perguntar mil e uma coisas, mas tudo o que eu queria inquiri-lo sumiu de minha mente.

Passou-se pelo menos uns trinta minutos, pelo menos assim me pareceu, antes que proferíssemos alguma palavra, e foi Carlisle que começou a conversa.

- Não esperava vê-lo. – disse ainda evidentemente surpreso.

- Eu também não. – confessei.

- Nossa mãe disse que você ia se casar essa semana. – comentou distraidamente.

- E eu vou. No sábado. – confirmei, ainda sem saber o que dizer.

- Com Isabella mesmo? – inquiriu, contudo com curiosidade.

- Sim. – respondi, dando um ligeiro sorriso. – Vamos enfim oficializar o nosso casamento diante de nossas famílias e amigos. – Carlisle sorriu compreensivo. – Gostaria que você estivesse presente. – confessei, sobressaltando o meu irmão.

- Não, você não gostaria. – rebateu a contragosto. – Edward, eu sou um traidor. Eu estava presente quando Jacob atirou para matar você e Isabella e eu não fiz simplesmente nada para evitar, na verdade, até mesmo odeio admitir isso em voz alta e é uma das coisas que mais me arrependo, senti um certo prazer quando o vi caindo semi desfalecido naquela calçada. – declamou com visível pesar.

- Carlisle – comecei, e quando meu irmão me encarou com seus olhos verdes, ambos sabíamos que a nossa conversa agora seria séria. – por quê? – perguntei brevemente.

- Não sei bem, Edward. Tantos motivos, nenhum motivo. – falou num sussurro abaixando sua cabeça e a balançando em um claro gesto de negação, erguendo-a em seguida. – Eu não sei que me motivou. Ciúmes de você? Inveja? Anseio por poder? Não sei. Fui um tolo acreditei em promessas, muito dinheiro, poder, justiça? Coisas fúteis e ridículas. Eu fui fútil e ridículo. E se hoje eu estou aqui, neste presídio cumprindo os dez anos de detenção que me foram atribuídos é porque eu mereci. É o preço que preciso pagar por uma falha de caráter que não é nenhum pouco condizente com a criação que tivemos. – disse, fazendo com que seus olhos assim como os meus se enchessem d’água.

- Carlisle... – comecei, mas ele ergueu suas mãos algemadas me silenciando.

- Edward, nada do que você me disser irá diminuir a minha culpa. Eu tenho consciência que não fui eu quem puxou o gatilho que te colocou nesta cadeira ou que impossibilitou a sua esposa de gerar uma criança, mas o fato de não ter impedido essa série de eventos horríveis, essas imensuráveis tragédias, é um peso que carregarei para o resto dos meus dias. É como se eu fosse o responsável. – disse emocionado, contudo firme em suas palavras. – Eu sou o responsável.

- Carlisle... não é a sua culpa. – tentei, contudo em vão.

- Edward, é a minha culpa sim, e já me convenci disso. Você é um homem muito mais nobre do que eu, porque mesmo sabendo toda a merda que eu fiz, veio aqui me encarar cara a cara sem medo, sem ressentimento, somente oferecendo o seu perdão, algo que eu não mereço. Desejo você e a Isabella toda a felicidade do mundo, e espero que depois que sair daqui Esme ainda esteja me esperando para termos o mesmo tipo de amor que vocês dois tem. – explicitou,  desta vez não contendo as lágrimas que escorriam por seu rosto.

“Tenha um casamento fantástico. E eu torço, com toda a sinceridade do mundo que você e Isabella possam ter uma criança, se não for biológica que seja adotada, vocês merecem muito isso.” – desejou levantando-se da cadeira em que estava sentado e caminhando até a porta da sala. – “Espero que em nove anos, poderemos ser amigos e verdadeiramente irmãos como éramos antes dessa merda toda. Até 2020.” – despediu-se batendo na porta para que o guarda o levasse para a sua cela.

Observei meu irmão saindo, e eu simplesmente não conseguia dizer nenhuma palavra a ele. Não sei quanto tempo fiquei ainda sentado sem reação, sem pensamentos naquela sala. Poderia ter passado alguns minutos, como também inúmeras horas, por fim o diretor da penitenciária veio me informar que deveria deixar o prédio porque o horário de visitação havia se encerrado, até mesmo para agentes federais.

Foi por um milagre praticamente que consegui retornar ao hotel onde havia passado a noite para repousar por mais uma, já que durante todo o caminho a minha cabeça estava em todo lugar, menos na estrada que se estendia a minha frente. Não liguei para meus pais e nem para a Bella. Eu não tinha o que dizer, eu não queria dizer nada a nenhum dos três.

Com esse pensamento egoísta que me limitei a mandar uma mensagem de texto para a minha esposa dizendo que estaria retornando a DC na tarde do dia seguinte. Perceptiva e me conhecendo bem demais, ela somente mandou uma breve resposta, desejando um excelente vôo. Ela sabia que eu não queria contar à conversa que tive com Carlisle ainda, mas eu sabia que cedo ou tarde este assunto voltaria em pauta.

Mais uma noite insone se seguiu. As palavras de Carlisle somadas com os eventos fatídicos daquela maldita noite voltaram a tomar a minha mente, até que o sono me venceu, mas foi somente um descansar de olhos, já que as oito o serviço de quarto do hotel me telefonou me acordando, a meu pedido, para que assim pudesse ir ao aeroporto.

Dormi durante todo o vôo, e quando este pousou em Washington me surpreendi ao extremo em encontrar Jasper, Emmett e Ben me aguardando no saguão do aeroporto.

- O que vocês...? – comecei a questionar, mas Emmett me interrompeu.

- Sua despedida de solteiro, chefinho. E nem adianta protestar, sua esposa está com nossas meninas. – explanou, já guiando a minha cadeira de rodas pelo aeroporto.

Estar em companhia dos três foi revigorante. As minhas preocupações e as tortuosas palavras de Carlisle não rondavam mais a minha mente, fazendo com que somente o pensamento de que em 48 horas estaria enfim casando oficialmente com a mulher da minha vida.

XxXxXxXxXxX

Normalmente as 48 horas que faltavam até a cerimônia, se passariam em uma tortuosa lentidão, contudo passou em um piscar de olhos, e inesperadamente eu me via em um fraque preto com uma gravata cinza de seda, ao lado dos meus pais em frente à Catedral Nacional de Washington.

Meu nervosismo estava à flor da pele. Normalmente esse nervosismo teria haver com o fato de alguém acabar com a sua vida de solteiro, mas o meu evidente nervosismo tinha mais haver com o histórico de Bella em me deixar esperando, e sendo ela como é: inconstante como o tempo em Londres, se ela desistisse do casamento não seria total surpresa.

Contudo, quando vi Rosalie, Alice e Angela chegando juntas, trajando vestidos negros meio justos e sem mangas até seus joelhos, na cintura das três uma fina faixa branca, e em suas mãos buquês de lírios brancos. Quando vi as minhas três amigas prontas para entrar na igreja, eu sabia: Bella iria vir. E com esse pensamento em mente iniciamos o cerimonial.

Apesar da minha limitação de ter que entrar na igreja guiando uma cadeira de rodas, não foi um incomodo, eu realmente me sentia o mais feliz dos homens, e a sensação só foi multiplicada por dez quando ouvi os primeiros acordes da marcha nupcial.

Bella estava linda. Seus cabelos castanhos estavam presos em um coque baixo, deixando sua franja solta e de lado. Sua maquiagem era discreta e bem delicada. Os cílios estavam bem marcados, as maçãs do rosto estavam com um tom de pêssego, enquanto seus voluptuosos lábios com um brilho natural. Entretanto o seu vestido era estonteante, quer dizer, ela vestindo ele estava estonteante.

Liso, sem detalhes, o vestido do que eu acredito ser seda, abraçava todas as curvas de Bella e caia sobre o seu corpo até seus pés. Era claro que era tomara que caia, mas o decote do vestido era “escondido” por uma espécie de estola/echarpe do mesmíssimo tecido do vestido, contudo plissado e nas laterais presos com uma fita de cetim negro. E em suas mãos um discreto buquê de lírios brancos.

Perfeita. Ela estava absolutamente perfeita.

Um sorriso imenso e de pura felicidade era estampado em seu rosto, e eu poderia apostar que o meu era um reflexo do dela. Seus olhos castanhos como chocolate brilhavam emocionados. Sua pele parecia um diamante que quando iluminado pela luz, refletia mil e uma facetas de cores. Mesmo a distância em que estávamos – já que Bella entrava lado a lado com o seu pai o Xerife Swan – notei que o vestido da minha esposa tinha uma ligeira cauda, onde aparecia uma pequena carreira de botões negros. Típico de Isabella Swan-Cullen.

Foi uma cerimônia comovente. Eu e Bella nos emocionamos com as palavras do padre. Nossos votos foram os tradicionais, mas a verdade e a intensidade que jurávamos perante todos e a Deus a nossa união, era algo magnânimo. Lágrimas de felicidade escorriam pelos nossos rostos, enfim éramos o casal que há anos somos. Que estávamos destinados.

Após a cerimônia religiosa, teve um simples e íntimo jantar para nossos amigos e familiares, onde todos aqueles tradicionais cronogramas foram seguidos. O corte do bolo, a primeira valsa do casal, Bella jogando o buquê, meus padrinhos correndo a festa arrecadando dinheiro para a gravata do noivo, eu tirando a cinta liga azul que Bella usava com os dentes para o delírio de todos.

Sem sombra de duvidas foi uma cerimônia linda e exatamente perfeita para um casal como Bella e eu. Após a nossa noite de núpcias em um luxuoso hotel de Washington seguimos para a nossa lua de mel na Riviera Francesa. Não era uma escolha muito funcional para mim, mas era o que Bella queria, e se ela desejava eu faria sem contestar.

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Três anos depois...

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Eu continuava no cargo que Eleazar havia me designado há quase cinco anos, Chefe Geral do FBI, enquanto Bella ainda comandava a equipe de Crimes Organizados. Vivíamos uma vida boa e confortável. Apesar dos gênios um tanto quanto incompatíveis, que ocasionava diversas discussões em casa, não tinha o que reclamar da minha vida de casado.

Minha paraplegia ainda me causava revolta em alguns momentos, principalmente quando gostaria de surpreender ou ajudar Bella em algo, entretanto não posso negar que a minha vida sexual depois do acidente passou a ser muito mais interessante e intensa. Descobri maneiras de ter e dar prazer a minha parceira que nunca em minha vida imaginei ser capaz.

Contudo, apesar da vida sexual extremamente saudável que levávamos a lesão da Bella diante do tiro que levou que a impossibilitava de gerar uma criança ainda era difícil para nós. Foram vários tratamentos, várias consultas com os mais diversos médicos, mas todos afirmavam ser impossível termos uma criança gerada no ventre de Bella, talvez pudéssemos arrumar uma barriga de aluguel, mas tanto Bella quanto eu não queríamos isso. Desta forma, há um ano decidimos adotar uma criança.

Evidentemente que adotar uma criança não é um processo tão simples quanto Angelina Jolie e Brad Pitt fazem parecer. É um processo demorado e cheio de burocracias, buscando visar não só a adequação do adotado no ambiente como também a dos pais adotantes com a criança.

Porém, desde que pusemos os olhos em Henry sabíamos que ele era a criança feita para nós dois. Uma criança reclusa e quieta, que não se relacionava com as outras crianças, mas tinha uma inteligência excepcional. A coordenadora do orfanato onde o conhecemos disse que Henry, que atualmente tinha seis anos sofria de autismo, algo que lhe foi diagnosticado há dois anos.

Foi instantânea a ligação que tivemos com o garoto de cabelos castanhos, olhos castanhos esverdeados e pele clara. Ele se sentiu em “casa” numa família um tanto desajustada e desajeitada como a nossa. Inteligente e sagaz, Henry perguntou o que havia acontecido  comigo e o porquê não andava, como também questionou porque de Bella, uma mulher linda e nova não ter um bebê. Fomos sinceros e lhe explicamos concisamente o que aconteceu.

O garoto que se prendeu em cada palavra do que lhe contávamos, terminou a nossa narração com os olhos cheios de lágrimas, e utilizando de sua capacidade perfeita de fala, algo que poucas crianças autistas tem, Henry pediu:

- Por favor, me deixa ser o filhinho de vocês. Quero muito que você seja a minha mamãe Bella e você meu papai Edward.

Diante desse pedido emocionante de um garotinho especial, Bella e eu nos vimos impossibilitados de não arcar com esse pedido tão sincero, iniciando naquela semana mesmo nosso processo de adoção do pequeno Henry.

Por se tratar de uma criança especial e com necessidades especiais nosso processo foi mais lento. O conselho tutelar tentou barrar a adoção por conta da minha deficiência, mas com a ajuda de Eleazar esse obstáculo foi ultrapassado, contudo atrasou em quase quatro meses a vinda de Henry para o nosso lar definitivo.

Uma festança aguardava o mais novo membro da família Swan-Cullen. Meus pais, os pais de Bella e todos nossos amigos estavam ansiosos para receber o novo membro da nossa família, e foi com muita facilidade que o pequenino Henry se encontrou.

XxXxXxXxXxX

Era uma manhã de sexta-feira. Bella e eu estávamos de licença do FBI para aproveitar um pouco nosso filho. Henry e eu estávamos na aérea externa de nossa casa fazendo alguns desenhos com aquarela quando notei Bella completamente vestida e principalmente bem arrumada caminhando em nossa direção.

- O que aconteceu? – questionei, já que ela trajava as roupas que normalmente usava para trabalhar. – Algum problema no departamento?

- Você está linda mamãe Bella. – contrapôs Henry, impossibilitando que Bella respondesse de imediato a minha pergunta. – Vou até mesmo desenhá-la na aquaquela.

- Aquarela. – corrigimos Bella e eu em uníssono.

- Aquaquerela. – repetiu Henry mais uma vez errando, fazendo com que Bella desse um beijo estalado em sua bochecha tamanho inocência da nossa criança; rapidamente o garotinho desvinculou dos braços e dos lábios de Bella, e correu para a sua banqueta ao lado da minha cadeira indo desenhar sua mãe na sua tela.

- Você leva jeito com crianças. – elogiou Bella sentando-se no meu colo e me dando um ligeiro beijo nos lábios.

- Impossível não ter com esse rapazinho aqui, não é mesmo Henry? – afirmei perguntando a criança.

- Sim papai Edward! – comemorou alegre o menino, usando a cor vermelha para pintar a cor da blusa que Bella usava. Minha esposa gargalhou.

- O que foi? – questionei confusa.

- Ele parece um Smurf, dizendo “Sim papai Edward”. – a morena divertiu-se, fazendo com que eu risse também.

- Depois dessa provocaçãozinha comigo e com o meu filho, a senhora irá me dizer onde vai? – perguntei mais uma vez.

- Almoçar com Rose, Alice e Angela, elas querem me contar algo. – explicou rolando os olhos.

- Vocês se tornaram boas amigas mesmo. – afirmei sorrindo, enquanto afastava alguns fios de cabelo que lhe caiam no rosto.

- É na medida do possível. – esquivou-se. – Me deixa ir antes que aquela Mestre dos Magos venha me buscar pessoalmente, você e Henry ficam bem? Não demorarei muito e, por favor, Edward, qualquer coisa me liga. – disse levantando-se do meu colo e dando um suave beijo em meus lábios e bagunçando os cabelos do nosso filho.

Foi quando Bella estava deixando a varanda em que estávamos que Henry levantou-se de um átimo e correu até ela nos sobressaltando.

- Eu não vou ganhar um beijo de despedida, mamãe Bella? – perguntou o menino com os olhos de cachorro pidão. Imediatamente os olhos da minha esposa se encheram de lágrimas e ela deixou sua bolsa no chão e capturou nosso filho em um abraço apertando, aproveitando para enchê-lo de beijos.

- Claro que merece. Muitos beijos inclusive. – disse Bella entre seus beijos. – Agora mamãe tem que ir. Prometo que não irei demorar, e você promete cuidar do papai para mim? – perguntou, colocando o pequeno garotinho no chão.

- Prometo! – gritou a pimentinha desvinculando dos braços de Bella e vindo correndo em minha direção e sentando-se no meu colo, sobre as minhas pernas paralisadas.

- Vocês dois, juízo e sem bagunça. – alertou a morena já de longe da varanda.

Ficamos mais um tempo pintando aproveitando o ar quente do verão, antes que Henry finalmente reclamasse de fome. Como não era um excepcional cozinheiro como a Bella, mas que conseguia me virar se necessário optei por fazer algo rápido, gostoso e totalmente inapropriado para a alimentação de uma criança: pizza de frigideira.

Eu sabia que essa escolha de almoço, quando Bella tomasse ciência, entraríamos em uma longa discussão, mas Henry estava com fome, eu estava com fome e as coisas mais saudáveis estavam todas em lugares de difícil acesso, ou seja, tinha desculpas mais que suficientes para não seguir a dieta rotineira.

Como toda criança, Henry se deliciou e se fartou com a pizza de frigideira, e depois que almoçamos correu para a sala de TV para assistir ao DVD de seu desenho preferido, que por uma acaso também era o meu: Carros 1 e 2.

Na metade do primeiro filme, antes mesmo do Relâmpago McQueen deixar Radiator Springs rumo a Copa Pistão, Henry já estava profundamente adormecido. Aproveitando que também estava com sono, me acomodei no sofá ao lado do meu filho e também adormeci.

Assustei-me quando ouvi a risada de Henry e Bella vindo da cozinha. Demorando alguns minutos para me acomodar na minha cadeira, me surpreendi em encontrar os dois sentados no balcão da cozinha jogando de scrabble e deliciando-se uma panela de brigadeiro.

- Olha só que coisa feia! – censurei. – Os dois comendo chocolate e jogando scrabble e nem me chamaram! – fiz cara de magoado.

- Você estava roncando papai. – riu Henry.

- Eu não ronco! – protestei recebendo uma gargalhada de Bella e do garotinho.

- Não ronca pouco. – comentou divertida a morena.

- Pelo menos eu não ranjo os dentes. – provoquei, dando uma ligeira mordida no pescoço alvo e desnudo de Bella que estava com os cabelos presos.

- Rango? – perguntou confuso Henry, encarando Bella e eu. Demorou longos minutos para explicar para o garoto o que significava ranger os dentes.

Como já era final da tarde, Bella me instruiu que desse banho em Henry enquanto ela preparava o jantar, desta vez com algo saudável para a criança. Após um banho em que eu praticamente tomei junto, e um jantar espetacular preparado por Bella, nosso filho já estava caindo de sono, e que bastou colocá-lo em sua cama e desejar boa noite que estava dormindo profundamente.

Eu segui para a nossa suíte para tomar um banho e me preparar para dormir, enquanto Bella disse que iria dar uma organizada na cozinha. Fora só depois das onze da noite, quando Bella finalmente se juntou comigo a cama depois de seu banho que percebi que ela estava diferente.

- O que aconteceu? – questionei incerto, percebendo Bella torcer suas mãos e mordiscar com força seu lábio inferior. Percebendo que eu aguardava uma resposta ela esticou a sua mão e tirou um envelope não muito grande e branco da sua mesinha de cabeceira. – O que é isso? – inquiri confuso.

Ela suspirou pesadamente, fazendo com que seus olhos se enchessem d’água, me preocupando, mas antes que eu pudesse demonstrar a minha preocupação a minha esposa proferiu a frase que mais encheu meu coração de felicidade. A alegria que foi trazida junto com a vinda de Henry a nossa vida se multiplicou diante das duas pequenas frases que a mulher da minha vida, aquela que eu sempre amei e sempre amarei disse:

- Nós estamos grávidos. Parabéns papai, mais uma vez.

.

N/A: Ownnn... *morre com essa fofurice e esse clichê*

E aí, gostaram desse epílogo?! Eu sei ele foi curtinho e meio corrido, mas juro que o motivo é porque estou sem tempo e sem inspiração, mas acredito que tudo o que eu queria colocar nele, foi posto de forma divertida e interessante. Até mesmo essa fofurice de criança que estava nos meus planos, mas não de forma tão ampla foi exposta. Ou vai dizer que vocês também não ficaram todas own quando ele disse “aquaquela”?! Sério, quando comecei a escrever a parte do Henry eu me emocionei e cheguei a chorar mesmo. *TPM talvez?! KKKKKK*

Quero mais uma vez agradecer a todos por acompanharem, lerem, comentarem e principalmente participar ativamente dessa historia. Eu sei que algumas vezes (muitas) eu atrasei os capítulos, teve muitas reviravoltas, e principalmente a trama ficou confusa em alguns momentos, fazendo com que muitos abandonassem, principalmente quando tudo parecia que o Edward era o culpado, mas aos que continuaram e não desistiram de mim: obrigada MESMO por continuarem acompanhando isso aqui mesmo diante de tantos imprevistos.

Espero continuar vendo todos aqui nas minhas outras longfics TEENAGE DREAM e CONEXÕES ILÍCITAS, e nas minhas one-shots que continuarei, conforme o possível escrevendo.

Mais uma vez obrigada a todos e não se esqueçam que vocês se tornaram muito importantes para mim.

Amo vocês!

Beijos,

Carol.

.

N/B: Bom, não pretendo me estender nessa n/b, pois eu sou uma pessoa que chora fácil (jura, Tod?) e esse Henry muito me emocionou.

O que tenho pra acrescentar é que, como disse muitas vezes pra Carol, a mim o amor dos dois sempre foi claro. Não o amor convencional, mas o amor de qualidade, daquele que precisa de 5 anos de perdão mesmo. Acho que quando amamos alguém a dor que essa pessoa nos causa é a pior de todas, então assim foi com nossos dois agentes do FBI. Deixarão saudades. Quase dois anos de uma história emocionante, até mesmo pro Carlisle, que também conseguiu me levar às lágrimas, pois ele tem um caráter totalmente influenciável, e parece que isso que causou sua destruição. Possivelmente se ele convivesse com coroinhas na infância, hoje seria um padre. UHAUHAHUAUH, tá, parei.

Obrigada novamente a todos que leram por todos esses meses e que deram uma mínima chance (e que acredito que no final agradeceram por isso) a essa grandiosa história. Agora é continuar acompanhando TEENAGE DREAM e CONEXÕES ILÍCITAS, porque a autora aqui tem muita coisa boa pra dividir com todos nós, twilighters apaixonados e fiéis.

Com imenso carinho,

Tod.

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OBRIGADA A TODOS PELO IMENSO CARINHO.
NÓS VEMOS POR AÍ! ;D


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