Tudo pode mudar por causa de um Nome escrita por HeyLay


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas lindas que estão lendo a minha fanfic! Tudo bom com vocês? Esse capítulo veio mais cedo para recompensar a demora do anterior! (êba!)
Eu já disse que tenho um estilingue? Eu ganhei há uns meses atrás e bateu a ideia... kkkk Obrigada ao carinha que me deu o estilingue!!!
Espero que gostem do capítulo 17.

Música do Capítulo:
It's My Life - Bon Jovi

"É a minha vida
É agora ou nunca
Eu não vou viver para sempre
Eu só quero viver enquanto eu estou vivo..."

Fiquem com... "A entrevista de Prim."



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Logo após me despedir de Cinna, caminhei até a sala de espera. Todos os outros Tributos estavam lá, inclusive Peeta. Encarei a todos eles, nervosos, esperando que Caesar falasse seus nomes. Eu não estava diferente. Sentei-me à esquerda de Peeta.

Passei os olhos por todos eles. Glimmer vestia um vestido cor-de-rosa claro, os cabelos dourados soltos, pouca maquiagem e bastante brilho espalhado pelo corpo. Seu acompanhante de Distrito vestia um terno de cetim azul marinho. O Distrito Dois estava combinando. Clove vestia um vestido vermelho cheio de anáguas e encrustado em milhares de pedras pequenininhas, as quais davam um contraste espelhado. Cato vestia um terno vermelho, também com pedras preciosas. Katniss me disse que as vermelhas eram rubis, as verdes esmeraldas e as transparentes, como as do meu sapato, na maioria das vezes era diamante. Não vi nenhum outro com diamantes. Os estilistas pareciam combinar qual roupa cada um usaria, caso contrário, aposto que teriam roupas repetidas. Eu não queria pensar em roupas. Mas eu deveria escolher entre isso e voltar com meu fascínio pela morte. Nesse caso, prefiro ficar olhando as roupas.

Carl e Izzy estavam idênticos, a única diferença era o modelo da roupa. Ela vestia um vestido prateado cheio de fórmulas e ele vestia um terno cheio de fórmulas matemáticas. Não soube dizer o que o Quatro vestia. O Cinco também passou despercebido. Parei meus olhos no Sete. Cherr vestia um macacão da cor de uma folha seca e Diogo estava exatamente igual à ela. Observei a menininha do Onze. Deveria ter minha idade. Vestia um vestido azul claro enquanto seu companheiro de Distrito vestia um terno da mesma cor. Nada de muito especial. Olhei para Peeta.

O terno era preto com listras brancas. Ele era o contrário do meu vestido, que era branco com alguns detalhes pretos. Em seu cabelo, tinham alguns vestígios de diamantes.

A música que inicia o programa tocou e a voz de Caesar inundou o lugar, tirando-me de meus pensamentos e fazendo com que ficasse nervosa.

— É hoje, meus queridos amigos da Capital! - começou. - Já sabemos quem são, mas não sabemos muito sobre eles! E será hoje o dia em que descobriremos!

A plateia foi à loucura. Caesar deu uma gargalhada sincera e cumprimentou a todos os "amigos da Capital".

Logo depois, chamou o primeiro nome.

Como Cinna disse, seria na ordem de Distritos e começaria pelas damas, assim como a colheita.

[...]

Todos pareciam ter ido bem, todos conquistaram a plateia. O que me deixava com medo, afinal eu não sabia se conseguiria fazer isso. A que mais me chamou a atenção foi Rue, que se mostrou uma menina forte, mesmo tendo poucas chances. Os Tributos do quatro foram lastimáveis. Eles não tinham sentimento, não pareciam querer tentar ganhar patrocinadores. Deram respostas em apenas "sim" ou "não" e saíram. Izzy foi incrível. Ganhou a plateia assim que entrou, fazendo piadinhas relacionadas a seu Distrito e coisa do tipo. Os Carreiristas se mostravam fortes e ansiosos por sangue.

E então Caesar anunciou o último Distrito.

— Com vocês... Primrose Everdeen! A mais nova surpresa do Distrito Doze!

Me levantei num salto. Peeta me segurou e olhou em meus olhos.

— Você consegue. - disse no mesmo tom com que falara comigo antes da apresentação individual.

Assenti e comecei a caminhar em direção ao túnel que me permitia chegar até o palco.

Caesar me recebeu com um belo sorriso de satisfação. Como se não estivesse pensando no fato de que vinte e três daqueles que conversaram com ele estariam mortos dali há dias. Obriguei-me a colocar um sorriso no meu rosto.

O entrevistador segurou em minha mão, cumprimentou-me com um abraço e me direcionou até uma poltrona branca como aquela que tinha no meu quarto.

— Primrose, Primrose... - começou. - Tudo bem com você?

— Hã... sim... - respondi, sem graça. Aquela atenção toda voltada pra mim estava me deixando louca. - Mas, pode me chamar de Prim, Caesar.

Falei, sorrindo e espantando o medo. Ele gargalhou como se dissesse: "Ela é simpática, não acham?" E todos riram junto dele. Procurei Cinna no meio das pessoas. Ele estava na segunda fileira. Deu um aceno de cabeça, como se me mandasse prestar atenção no entrevistador. Foi o que eu fiz.

— Então, Prim, nós vimos o que você fez na colheita... - ele me olhou, como se checasse se eu sabia do que ele falava. - o sinal de respeito e adeus que seu Distrito faz para alguém que merece. - onde ele queria chegar com isso? - Nós queremos saber, então, Prim... com foi que você se sentiu quando viu todas aquelas pessoas te encarando.

— Hã... eu me senti triste, sabe. Mas também me senti determinada. Não queria demonstrar que seria a última vez que nos veríamos, queria mostrar que eu tentaria voltar pra casa.

Caesar pareceu limpar uma lágrima.

— E você vai tentar? - perguntou.

— Você tentaria? - perguntei, como se fosse óbvio. Ele assentiu.

— Creio que a resposta seja sim. - falou, gargalhando. Assenti, com um sorriso no rosto. A plateia aplaudiu.

— Hã... vamos para a próxima pergunta! - prosseguiu. Endireitei meu corpo na cadeira, esperando a pergunta. - O que achou da Capital?

Aquela resposta eu sabia.

— É incrível! - exclamei. - Todas essas cores, o tamanho, os prédios... e a comida! Meu Deus, a comida é muito boa!

Ele pareceu se contentar com a resposta.

— A comida? - assenti. - Qual a comida da Capital que mais gostou de experimentar?

— Chocolate com morango, com certeza.

— Olha só, pessoal! Temos uma fanática por chocolate aqui!

— Ah, Caesar, aquilo é divino! Quem não iria gostar? - todos riram. Olhei para Cinna, ele pareceu contente com a entrevista.

Alguns segundos se passaram e as risadas cessaram. Caesar deu-me um susto ao prosseguir.

— Prim, deixa eu falar sério com você agora... - ele já não estava? Pensei, ignorando o comentário e assenti. - Como já deve saber, as pessoas aqui da Capital costumam apelidar os Tributos de forma carinhosa... - continuou. Eu não sabia daquela coisa de apelidos, mas queria ver onde aquilo tudo ia dar. - Mas, para receber o apelido, deve ter feito algo de muito marcante... normalmente é um carreirista... - se era um carreirista, por que é que estava dizendo para mim? - mas esse ano foi diferente... o apelido carinhoso foi para um Tributo do Distrito Doze! - e então eu entendi o que ele queria dizer.

Aconcheguei-me na cadeira macia, endireitando meu corpo, e sorri.

— E então... eu posso saber qual seria o apelido? - perguntei, tentando não parecer pirada.

— Sim, sim... claro! - falou, animadíssimo. - Seu apelido, Prim, é Supernova.

— Espera aí? Supernova? O que isso tem a ver com carvão?

— Não tem a ver com nada em seu Distrito... - falou, calmamente. - mas a questão é, você sabe o que é isso?

— Bem, pode ser por causa da minha idade... acho que sou a mais nova dessa edição, não é? - ele assentiu. - Mas também pode ser aquela estrela...

— Na verdade, Prim, é um corpo celeste originado de uma explosão.

— Mas...

— Sua diferenciação no Desfile denomina a explosão que origina você. - continuou, ignorando-me. - Sabemos que o brilho desse corpo celeste pode durar muito tempo... nunca eternamente, o que não seria seu caso, afinal aquilo foi perfeito... além disso, a idade também ajudou a originar seu apelido. Tudo indica que você é isso. E, sendo assim, querida... você é uma Supernova.

— Eu... realmente não sei o que dizer... - digo, pasma.

Eu sabia que Caesar iria me ajudar.

— Bem, eu soube que tem uma surpresa para nossos queridos patrocinadores... -como eu imaginava, ele me ajudou. Mas eu não sabia que surpresa era essa. Eu não tinha nada para mostrar, pelo menos não sabia se tinha! - o que acha de esquecer as palavras e começar os atos? - brincou.

Assenti, me levantando com sua ajuda. Sorri para a população de patrocinadores à minha frente. Eu não sabia o que fazer, meu estilista não me dissera nada sobre aquilo. Cinna me encarou, fez um movimento circular com as mãos. Eu deveria girar. Soube disso quando disse, sem emitir sons, em direção à ele: "Quer que eu gire?" e ele assentiu.

Eu já ia começar, mas Caesar me parou.

— Espera aí, só um minuto! - e se aproximou. - É seguro, Prim? - sussurrou em meu ouvido. Apenas assenti e ele soltou minha mão.

Comecei a rodar em torno de mim mesma, como um corpo celeste faz. Eu tive a impressão de que Cinna já sabia sobre aqueles rumores sobre o apelido. Em primeiro lugar, porque ele era da Capital e os rumores correm rápido em uma nação de fofoqueiros. Em segundo lugar, não era fogo o que me engolia... como ele disse antes, eu era o fogo, mas algo de diferente acontecia ali... eu não era mais o fogo... eu era uma Supernova. As listras negras tomaram conta das parte branca do vestido, transformando-o em um cinza médio. Faíscas saíam da barra do vestido e um brilho cegante tomou conta de meu vestido, que exibia milhares de pequenos diamantes em contato com a luz de holofortes brancos e esse brilho iluminava todo o palco . Eu estava perfeita... e meu brilho nunca iria desaparecer. Soube disso quando todos à minha frente me encararam, pasmos, como se eu conseguisse ser mais bizarra que eles.

— Com vocês, Prim. A Supernova. - ele levantou meu braço. - Aplausos, queridos!

Uma onda de aplausos tomou conta do público. Cinna também aplaudia. A apresentação acabara... mas o brilho ainda permanecia em meu vestido, agora, totalmente branco.

[...]

Era a vez de Peeta.

O menino foi até a cadeira branca e sentou-se após cumprimentar o entrevistador. Caesar começou a falar algumas coisas sobre o desfile, assim como fizera comigo. Peeta se portava como se fosse um velho amigo do homem. Mas eu não estava prestando muita atenção.

Haymitch chegou perto de mim.

— Oi, loirinha... - disse, engolindo em seco. - belo vestido.

— Obrigada! Está tudo bem? - perguntei, percebendo sua inquietação. - Você pode ficar perto de coisas que queimam? Seu corpo não entraria em combustão?

— Sim, sim... claro que posso ficar perto de você! Que pergunta besta, Prim, sabe que é fogo falso! - falou. - tudo fabuloso... - imitou a voz de Effie, mas eu sabia que não estava tudo bem.

— Isso não é fogo!

— E o que foram aquelas faíscas?

— Muito boa sua observação. Eram faíscas! - ele se calou.

Caso algo não tivesse chamado a minha atenção na tela de TV à minha frente, eu procuraria saber o que é que havia errado com o homem, que também estava com os olhos vidrados na TV.

Talvez ele sentisse falta de sua família, de sua namorada, soube que fora assassinada... por isso, talvez, bebia tanto.

Mas a TV foi mais forte.

— Hum, e então, Peeta... - começou Caesar. - você é um garoto muito charmoso, bonito... - gargalhadas tomaram conta da plateia, não zombando da beleza do menino, mas concordando com o entrevistador. - deve fazer com que muitas garotas soltem suspiros por você no seu Distrito...

— Eu?! - cortou Peeta. - Não que eu saiba... - brincou. Com certeza era mentira.

— Então... já que não acha isso... pode me dizer pelo menos se há alguém por quem seu coração bate mais forte? - perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Todos temos paixões, Caesar, só que alguns não sabem disso... - disse.

— Então isso é um sim... - afirmou. O homem de cabelo azul encarou o menino, que concordou. Peeta soltou um suspiro. - você sabe, Peeta, da sua paixão?

— Sim, eu sei. Triste realidade... - estavam todos em silêncio. Atenciosos.

— É o seguinte... - Caesar tentava ajudá-lo, eu podia ver. - você vence essa coisa toda, ganha a coroa, volta pra casa... e, com certeza, terá a atenção dessa pessoa especial...

— Bem, Caesar, fico honrado por tentar ajudar mas...

— Mas...

— Vencer não seria uma boa opção...

— Posso saber o motivo? - é claro que saberia. Caesar sempre descobre tudo!

— Porque eu teria de matar, ou deixar que matassem, a irmã dela. E, bem, não acho que Katniss ia querer ficar com o garoto que teve o ato egoísta de deixar alguém que ela realmente ama morrer para, talvez, receber alguma atenção especial dela... Quem é que aceitaria? Eu receberia, sim, uma certa atenção... Mas não seria a que eu desejo.

— Então seu nome é Katniss...

— Sim... - Peeta suspirou.

— E então, o que vai fazer?

— Para falar a verdade?! - perguntou. Caesar assentiu. Eu não sei.

Finalizou.

— Que situação... - comentou.

— É...

— Então, amigos, com vocês, Peeta Mellarck! - Disse, levantando o braço do menino, assim como fez com o meu.

Caesar se despediu do menino e as luzes se apagaram.

Foi quando minha ficha caiu. A garota de quem Peeta falara antes era Katniss. E, provavelmente, Gale, o qual não era namorado dela mas ele pensou que sim, já deixou o olho de Peeta roxo por causa de um pedaço de bolo.

Eu senti meu corpo cair para o lado e Haymitch me segurar a tempo. Eu não estava inconsciente, mas não estava normal, estava abalada. Gale, o garoto que eu pensava ser doce, me enganara perfeitamente!

O ar faltara naquele momento. O mentor parecia, realmente, preocupado. Como se eu valesse à pena. Foi assim que me senti, pelo menos.


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço Reviews? Pessoal, falta apenas mais um capítulo para a Arena!!!!!